Ao todo, são 39 professores suspensos das suas actividades até 27 de Janeiro por se manifestarem em reivindicação ao pagamento das horas extras de 2023 e 2024 e consequente boicote de exames. De acordo com uma nota enviada à nossa redacção, os professores iniciaram uma onda de manifestações no dia 2 de Dezembro de 2024, apesar de tentativas dos gestores da escola para a suspensão dos protestos que não surtiram efeito.
Contudo, os professores demonstraram uma vontade clara de boicotar todo o processo de exames, justificando que a sua preocupação é legítima e justa. Depois de fracassadas todas as tentativas para se chegar a um entendimento, a direcção da escola decidiu afastar os docentes de todo o processo dos exames do ano lectivo de 2024.
Em contacto com a “Carta”, os professores desmentiram informações prestadas na passada segunda-feira, aos órgãos de comunicação social, pelo Director dos Serviços e Assuntos Sociais da cidade de Maputo, Armando Mutemba, alegando que os professores foram sensibilizados e estão a vigiar os exames. Os professores afirmam que a versão não corresponde à verdade.
"Alguns colegas é que estão a controlar os exames, porque boa parte de nós fomos suspensos. De lá para cá, alguns colegas têm sido intimidados e ameaçados pela direcção da escola, o que fez com que cinco dos nossos colegas recuassem e decidissem controlar os exames especiais", relatam os professores. (Carta)