À luz da Lei Eleitoral, os partidos políticos com assento no parlamento têm a prerrogativa de indicar um membro por cada Mesa de votação, porém, em quase todos os pleitos nunca conseguiram preencher as vagas, sobretudo os da oposição, que enfrentam sérias dificuldades de “namorar” membros nas províncias do sul do país, com maior destaque para a província de Gaza, onde é quase sentença de morte identificar-se com um partido da oposição.
Falando, última quinta-feira, em conferência de imprensa, Langa revelou ainda que, durante o processo de formação, foi notória a troca constante dos MMV ligados aos partidos políticos, o que provocou um ambiente de instabilidade.
“Por outro lado, grande parte dos partidos políticos não conseguiu também colocar delegados de candidatura para as Mesas de Voto. Os nomes deviam ser enviados até 20 dias antes do dia da votação em nome de dois, um efectivo e um suplente, entretanto, mesmo com o prazo estendido muitos não conseguiram cumprir”, acrescentou a fonte.
De modo a garantir o normal decurso do processo, o STAE contratou 143.990 MMV, dos 160 mil formados em todo o país para o efeito. Refira-se que a Mesa de Voto é composta por sete elementos, sendo que quatro provêm de um concurso público e três são indicados pelos partidos políticos, nomeadamente, Frelimo, Renamo e MDM.
Reconhecendo que os subsídios também têm sido foco de conflitos nos processos eleitorais, Cláudio Langa garantiu que o Presidente de Mesa irá receber 3.700 Mts, o vice-Presidente 3.500 Mts e o Secretário e os escrutinadores 3.200 Mts. O elemento da protecção irá receber 1.700 Mts e, para o lanche, irão receber 200 Mts, pagos no próprio dia. (Marta Afonso)