O Embaixador do Reino da Arábia Saudita, em Moçambique, reagiu, finalmente, às acusações dos funcionários daquela representação asiática, que alegam ser racista e de trata-los como escravos. Numa nota enviada à Agência de Informação de Moçambique (AIM), um dos órgãos que reproduziu o nosso artigo, Abdulmalek Alyosfi começa por dizer que está a respeitar todas as medidas de prevenção contra o novo coronavírus e que até terá distribuído material de protecção para todos os funcionários sem discriminação.
Na missiva, Alyosfi diz que o Islão exterminou a escravatura e que os ensinamentos e princípios da sua religião contradizem com a escravatura, pois, reconhece a liberdade individual, igualdade, assim como os direitos humanos. Refere ainda que os trabalhadores, sem excepção, começam as suas actividades as 09:00 horas e cessam pelas 15 horas.
Os salários, garante, são pagos de acordo com as normas sauditas e variam de 646 USD (para o jardineiro) e 1.460 USD (para o tradutor) e que todos os direitos estão salvaguardados no contrato de trabalho.
O Embaixador saudita, em Maputo, explicou ainda que a proibição da entrada de marmitas nas instalações da Embaixada visa evitar a propagação do vírus e que todos são obrigados a trabalhar com máscaras. Disse ainda que sempre esteve aberto para respostas e pedidos de esclarecimento, porém, tal não se verificou durante os últimos dias, quando a nossa reportagem se deslocou para aquele local.
Referir que, no documento, o Embaixador não explica a questão do aumento salarial, reclamado pelos funcionários queixosos e muito menos a questão de existirem trabalhadores que trabalham ilegalmente na Embaixada e as acusações sobre racismo. (O.O.)