Manuel Luís Machava, Benjamin Luís Mucavele e Carlos Manuel Pinto, arguidos no processo nº. 62/2020, em que são acusados de serem mentores do rombo de 155 milhões de Meticais no Tesouro, a partir do Centro de Desenvolvimento de Sistemas de Informação de Finanças (CEDSIF), uma instituição ligada ao Ministério da Economia e Finanças (MEF), estão sendo procurados dentro e fora do país.
Segundo noticiou, esta quarta-feira, o Jornal Notícias, as autoridades judiciais moçambicanas emitiram mandados de captura internacional contra os três arguidos, cujo processo autônomo já foi aberto pelo Gabinete Central de Combate à Corrupção (GCCC).
Neste momento, avança o matutino, a 6ª Secção do Tribunal Judicial da Cidade de Maputo (TJCM) está a ouvir os outros dois membros do “esquema”. Os mesmos estão detidos desde Março último. São Liliana Bule, funcionária de uma das empresas usadas para sacar os valores, e Gama Nhampalele, Técnico de Informática do CEDSIF.
De acordo com o Notícias, os três foragidos são acusados pela prática dos crimes de branqueamento de capitais, falsificação de documentos, furto informático de moedas ou valores e ainda fraude relativa aos instrumentos e canais de pagamentos electrónico.
O jornal sublinha que, na lista das empresas cujas contas foram usadas no esquema, estão algumas firmas detidas por funcionários da Autoridade Tributária, que tinham relações comerciais com o CEDSIF.
Referir que o caso foi despoletado, em Março último, pela “Carta”, e que as empresas envolvidas no milionário esquema são: a Exotyca, pertencente ao foragido Carlos Manuel Pinto, que drenava dinheiro para Polnielvos Shopping, Lda.; Candeia Construções; Else Moz-Prestação de Serviços; Shona Toner; Heismoz-Prestação de Serviços; Unikus Publicidade, Lda.; e SS e Filhos, Lda. (Carta)