Cinco cidadãos mexicanos foram detidos pela Polícia da República de Moçambique (PRM), na passada quinta-feira, no distrito da Namaacha, província de Maputo, por fabrico de substâncias químicas ilícitas. Os cinco faziam parte de um grupo de sete indivíduos, que se dedicavam à actividade. Os outros dois eram moçambicanos e todos tinham idades compreendidas entre 23 e 50 anos.
De acordo com o semanário Domingo, o grupo empacotava a droga em sacos plásticos pequenos que possuíam desenhos de animais diversos, de modo a despistar as autoridades. À primeira vista, pareciam pacotes de carne, mas na verdade tratava-se de drogas, entre elas, a heroína.
À imprensa, os cinco mexicanos disseram que chegaram ao país há duas semanas e que vinham para trabalhar no sector de construção civil. Garantiram desconhecer os produtos encontrados pela Polícia, uma versão contrariada pelos dois cidadãos moçambicanos, que revelaram ter sido contratados para serem pastores de gado e guardas do local.
Porém, para o Chefe de Relações Públicas do Comando da PRM, na província de Maputo, Juarce Martins, não restam dúvidas que o local desactivado é um laboratório clandestino de produção de drogas, pelo que foram activadas forças operativas para investigar todos os contornos das instalações, sobretudo, os seus verdadeiros proprietários.
Martins avança que a justificação apresentada pelo grupo não convence, uma vez que no local não foram encontrados materiais de construção e nem sinais de criação de gado, além de vários tambores, bacias e baldes com substâncias químicas em transformação.
Refira-se que o grupo se encontra detido na Penitenciária de Máxima Segurança, vulgo B.O., no Município da Matola, província de Maputo. Uma fonte do Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) avançou que a fabriqueta foi desmantelada graças a uma denúncia popular, devido ao mau cheiro que as substâncias provocavam.
Sublinhe-se que a província de Maputo tem sido, nos últimos dias, o palco de várias detenções, devido ao tráfico de drogas. Há dias, por exemplo, cidadãos nigerianos foram detidos na posse de cocaína. (O.O.)