O mês de Fevereiro regista a maior média diária de internamentos, fatalidades e infecções por Covid-19, quando comparado com o mês de Janeiro. Contas feitas pela “Carta”, baseadas nos dados fornecidos pelo Ministério da Saúde (MISAU), indicam que nos primeiros 15 dias do mês em curso, as autoridades sanitárias registaram uma média diária de 36,1 pacientes internados devido a Covid-19, contra a média diária registada em todos 31 dias de Janeiro, que foi de 28,6 pacientes.

Dados do MISAU revelam que de 01 a 15 de Fevereiro de 2021 foram internados, cumulativamente, 542 pacientes, enquanto em Janeiro foram internados 887. Só de domingo para segunda-feira, houve registo de 24 novos internamentos.

Até 31 de Dezembro de 2020, a maior média diária de internamentos tinha sido registada no mês de Outubro, com 6,2 pacientes internados por dia. No geral, em Outubro foram hospitalizados 194 pacientes. Aliás, o sector público encontra-se no seu limite de internamentos, enquanto o sector privado está com a sua capacidade de internamento esgotada.

No que tange às fatalidades, contas feitas pelo nosso jornal revelam o mês de Fevereiro lidera as estatísticas. Nos primeiros 15 dias, foram reportadas 180 mortes, causadas pela Covid-19, equivalentes a uma média de 12 óbitos por dia, contra uma média de 6,4 mortes registadas em cada dia do mês de Janeiro. Neste ponto, até 31 de Dezembro, o mês de Novembro tinha sido recordista, com uma média de 1,3 mortes por dia, de um total de 39 fatalidades.

Relativamente às novas infecções, o mês de Fevereiro contava, até esta segunda-feira, com um total de 12.037 infectados, o que corresponde a uma média diária de 802,4 casos, contra as 20.012 infecções diagnosticadas em Janeiro, que equivalem a uma média diária de 645,5 novos casos. Até 31 de Dezembro, a maior média diária de infecções tinha sido registada em Setembro, onde as autoridades da saúde diagnosticaram um total de 4.812 infecções, equivalentes a 160,4 infectados. 

Com os dados conclui-se que o vírus (do novo coronavírus) continua a propagar-se à uma velocidade luz, sendo cada vez mais infeccioso e letal, sobretudo em pessoas com mais de 60 anos de idade, cuja taxa de letalidade está fixada em 7,2%.(A.M.)