Caminhamos a passos galopantes para o término do Recolher Obrigatório (entre as 21:00 horas e as 04:00 horas) na região do Grande Maputo (cidades de Maputo e Matola e distritos de Marracuene e Boane), decretado pelo Governo, como uma das medidas com vista à contenção da propagação do novo coronavírus.
Entretanto, nem todos estão a cumprir a medida. Na capital do país, as trabalhadoras de sexo continuam a exercer as suas actividades na maior tranquilidade. Estas continuam a colorir as ruas da baixa da cidade de Maputo, sem cumprir com o distanciamento e muito menos o uso das máscaras.
Uma das trabalhadoras de sexo, que conversou com a nossa reportagem, é Otília, de 20 anos de idade, nascida no vizinho Zimbabwe, que disse estar naquela actividade por falta de oportunidades na vida. Conta ter saído do seu país para Moçambique à procura de emprego, mas terá sido na prostituição onde conseguiu o seu sustento.
O mais curioso é que a actividade, que também ganhou terreno nas redes sociais, através de venda online dos serviços, está a ser desenvolvida a escassos metros da 1ª Esquadra da Cidade de Maputo, facto que revela conivência por parte da Polícia da República de Moçambique, tida, aliás, como a maior beneficiária do negócio.
“Carta” conversou com Joaquim Mazivele, Chefe das Operações naquela unidade policial, mas mostrou-se indisponível para abordar o assunto, tendo nos encaminhado para o Departamento das Relações Públicas, no Comando da PRM da Cidade de Maputo. (Carta)