A Ministra da Educação e Desenvolvimento Humano, Carmelita Namashulua, defende que a Covid-19 “veio agravar a situação da falta de salas de aulas no país”. A tese foi advogada esta segunda-feira, durante a abertura da Semana de Acção Global de Educação para Todos (SAGEPT), que decorre sob o lema “Um bilião de vozes pelo financiamento da educação”.
De acordo com os dados apresentados pela governante, até à eclosão da pandemia do novo coronavírus, o país contava com 9.766 turmas que estudavam ao ar livre e 20.950 salas de material precário. Com as restrições impostas pela pandemia, o cenário agravou-se, porém, a fonte não avançou o estágio actual.
Segundo Namashulua, outra situação que agrava a falta de salas de aulas no país são os ataques terroristas que se verificam na província de Cabo Delgado, assim como os ataques militares protagonizados pela auto-proclamada Junta Militar da Renamo, nas províncias de Manica e Sofala.
“Estes factores obrigam o sector a angariar mais recursos financeiros para a construção de salas de aula, aquisição de carteiras e material didáctico, fazendo jus ao lema «financiamento à educação». A formação do capital humano requer um grande investimento, daí que solicitamos a todos os intervenientes para uma maior sensibilização e advocacia de modo que o financiamento à educação seja prioridade de todos nós”, disse a titular da pasta da Educação.
Devido a esta situação, a Ministra da Educação e Desenvolvimento Humano afirmou estar em curso, neste momento, em todo o país, a edificação de salas temporárias com recurso à madeira e zinco, enquanto se constroem as salas de material convencional e definitivas. (Marta Afonso)