Três anos depois de 29 pessoas terem perdido a vida em consequência de um acidente de viação, ocorrido na Estrada Nacional Nº 4 (EN4), concretamente no bairro Luís Cabral, arredores da Cidade de Maputo, o país volta a ser atingido por mais uma tragédia rodoviária.

Desta vez, a tragédia teve lugar no distrito da Manhiça, província de Maputo, tendo tirado a vida a mais de 30 pessoas, sendo que mais de 40 encontram-se feridas, das quais 11 continuam a lutar pela vida no leito hospitalar (10 no Hospital Central de Maputo e uma no Centro de Saúde do Distrito da Manhiça).

O acidente do tipo despiste e capotamento envolveu três viaturas pesadas, sendo um autocarro da transportadora Nhancale (que fazia o trajecto Beira-Maputo), um camião basculante e outro camião articulado.

Testemunhas oculares relatam que o sinistro terá sido causado pelo condutor do autocarro que, na tentativa de fazer ultrapassagem, terá embatido num dos camiões, o que provocou o despiste e consequente capotamento.

Familiares das vítimas entrevistados pela STV revelam haver, entre os óbitos, membros da mesma família. É o caso de um casal jovem que perdeu a vida junto com os seus dois filhos menores de idade.

Os corpos foram encaminhados à morgue do Centro de Saúde do Distrito da Manhiça, que, devido a sua capacidade limitada, teve dificuldades em conservá-los. Dos corpos encaminhados àquela unidade sanitária, oito ainda não foram reconhecidos.

Os Administradores dos distritos da Manhiça (Cristina Mafumo) e de Marracuene (Ahmad Shafee Sidat) marcaram presença no local ainda na noite de sábado, com objectivo de acompanhar os trabalhos de salvamento das vítimas.

O Centro de Saúde da Manhiça diz ter recebido 26 pacientes vítimas do sinistro, dos quais 11 em estado grave, que prontamente foram transferidos para o Hospital Central de Maputo (uma delas acabou perdendo a vida). Dos 15 pacientes que permaneceram naquela unidade sanitária, 14 já tiveram alta e apenas uma é que continua em observação médica. (Marta Afonso)