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quarta-feira, 21 julho 2021 08:07

Covid-19: Nada ainda foi decidido em torno do transporte público de passageiros

Seis dias depois da última comunicação à Nação, proferida pelo Chefe de Estado no âmbito do Estado de Calamidades, o sector de transportes ainda não apresentou as medidas a serem implementadas nos transportes públicos de passageiros, com vista a conter a propagação do novo coronavírus.

 

Lembre-se que, na sua última comunicação, Filipe Jacinto Nyusi deixou para o Ministério dos Transportes e Comunicações, a responsabilidade de elaborar medidas a serem adoptadas para reduzir a superlotação dos autocarros, assim como as enchentes nas paragens e terminais de passageiros.

 

Entretanto, reunido nesta terça-feira em mais uma Sessão Ordinária do Conselho de Ministros, o Governo, que decidiu fechar escolas, igrejas e ginásios passou por cima do assunto.

 

Na conferência de imprensa concedida no final da sessão, o porta-voz do Governo disse apenas não haver outro caminho a seguir, senão a aquisição de meios. “Não há outro caminho a ser seguido, senão a aquisição de novos meios. É um assunto que tem sido estruturado pelo Governo. Ainda não são suficientes os meios, mas há um trabalho que está a ser feito para que se resolva o problema”, disse Filimão Suazi.

 

Os próximos autocarros, de acordo com as informações partilhadas em Janeiro último pela Agência Metropolitana de Transportes de Maputo (AMT), instituição responsável pela planificação e gestão do sistema integrado de transportes nos municípios de Maputo, Matola e distritos de Boane e Marracuene, na província de Maputo, estarão no país em Agosto próximo.

 

Ou seja, a depender dos novos autocarros, só em Agosto é que o Governo irá apresentar medidas de combate à Covid-19 nos transportes públicos de passageiros. Até esta terça-feira, os autocarros continuavam superlotados e as paragens permaneciam abarrotadas.

 

Refira-se que, em Abril de 2020, durante a vigência o primeiro Estado de Emergência, o Governo chegou a determinar o transporte de apenas um terço da capacidade de lotação de cada transporte, facto que levou à escassez e paralisação dos transportes. Uma semana depois reviu a sua posição, tendo determinado o transporte de passageiros, obedecendo o limite da lotação de cada viatura. (Carta)

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