O fenómeno do terrorismo que, desde Outubro de 2017, eclodiu na Província de Cabo Delgado regista, nos últimos dias, um outro desenvolvimento – O regresso à normalidade da vida das populações nas regiões afectadas.
Contrariamente aos oportunistas que, durante os ataques, violavam as mulheres e raparigas, igualmente, alguns activistas e colaboradores de ONG’s se aproveitavam dos seus poderes humanitários para trocar comida com sexo. Sabe-se que o terrorismo trouxe consigo a fome, pobreza e miséria nas famílias.
Embora tenham ocorrido problemas do género nos campos de acolhimento de deslocados, actualmente, o cerne da questão é outro. Os nossos Chuck’s Norris, que nos vieram apoiar no combate ao terrorismo, com a tranquilidade reposta na Província, irão olhar para um novo caminho, as nossas lindas irmãs pintadas de mussiro, lenço na cabeça e capulana colorida devidamente amarrada e alinhada à cintura. E os militares carentes de desejos carnais, depois de longos meses de intensos combates, poderão procurar alimentar-se, sexualmente, nas gatas da 3ª maior baía do mundo.
Destas relações, embora os homens estejam a cumprir uma missão temporária na Pérola do Índico, quem sabe, poderão deixar por cá os seus rebentos. Veremos, nos próximos tempos, bebés parecidos com os temíveis generais oriundos do Ruanda, Botswana, Zimbábue, Tanzânia, África do Sul, Angola e outros.
Estaremos diante dos novos cidadãos do Índico. Os novos Moçambicanos com apelidos tswanas, kigalianos e zulus. Não nos espantemos, se durante o período da consolidação, as fofas do Corredor de Sofala, das ruas de Chimoio, as moçoilas de Nacala, das Cidade de Nampula e Montepuez, procurem ter um Sargento sedento de carinho e desejos carnais, e com as contas das ajudas de custo a transbordar, optem em gastar algum para o bem do turismo doméstico, amplamente afectado em Cabo Delgado.
A situação que escrevo não é nenhuma novidade, para quem acompanha a história dos povos que vivenciaram situações de género. Isso acontece em vários quadrantes do mundo, onde a pólvora foi semeada e o sangue derramado. Não é em vão que alguns bons filhos que este País já viu nascer terão sido concebidos em território estrangeiro, devido ao contexto da luta de libertação nacional.
Caberá as habilidades individuais de cada uma das mamãs ou das manas para segurar estes valentes soldados que, aos poucos, devolvem a tranquilidade nas zonas afectadas pelas acções dos terroristas. (Carta)