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Redacção

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Com quase 42% dos votos nacionais contados, o Congresso Nacional Africano (ANC) permanece na pole position com 42,6%, a Aliança Democrática (DA) com quase 24%, e o Partido uMkhonto weSizwe do ex-presidente Jacob Zuma com perto de 10%. Os Combatentes pela Liberdade Económica (EFF) não ficam muito atrás, com 9,4% dos votos a nível nacional.

 

9.314 dos 23.293 distritos eleitorais concluíram a contagem. Isto equivale a quase 5,2 milhões de votos contados até agora. A nível nacional, o ANC obteve mais de 2,2 milhões de votos, a DA, pouco mais de 1,2 milhão de votos e o Partido MK, pouco mais de 500 000.

 

HOPE4SA, o partido político com quatro meses de existência, surpreendeu muitos ao obter mais de 11.000 votos em todo o país. De acordo com a Comissão Eleitoral Independente (IEC), mais de 70 200 votos foram declarados nulos até agora.

 

Entretanto, ao meio-dia de quinta-feira (30), o ANC reconheceu em privado que tinha perdido o seu domínio em KwaZulu-Natal. Às 18h do mesmo dia, procurou os partidos políticos para uma conversa sobre coligação.

 

Os contactos iniciais foram feitos a nível provincial à medida que surgiu a notícia de um possível acordo entre o ANC, a Aliança Democrática (DA) e o Inkata Freedom Party (IFP), segundo o Daily Maverick apurou de fonte fiável. Foi apresentado como sendo do interesse de uma governação estável um possível acordo entre KwaZulu-Natal e os governos nacionais. Mas nada acontecerá até que o Comité Executivo Nacional do ANC se reúna.

 

As perspectivas em KwaZulu-Natal para o ANC pareciam sombrias ao meio-dia, numa altura em que o partido uMkhonto Wesizwe (MK) superava por pouco o ANC, enquanto o IFP tinha 36,8% dos votos contados e o DA 11,4%. Às 19h30, aquela perspectiva provincial tornou-se decididamente sombria para o ANC, com 21,27% contra o apoio de 43,4% do MK nos votos contados, enquanto o IFP se situava em 17,9% e o DA em 10,3%.

 

Com estas percentagens, o ANC necessitará de um acordo tripartido para governar KwaZulu-Natal, com a adição de um pequeno partido. MK disse que não entraria em coligação com o ANC, de acordo com News24. Resta saber o que o partido liderado pelo ex-presidente Jacob Zuma oferecerá ao IFP, se é que oferecerá alguma coisa.

 

Zuma, um crítico do actual líder do ANC e presidente sul-africano Cyril Ramaphosa, foi forçado a se demitir do cargo de líder em 2018 e cumpriu um breve período de prisão em 2021 por desacato ao tribunal. O homem de 82 anos de idade foi impedido de concorrer ao parlamento na semana passada, por decisão do Tribunal Constitucional.

 

A notícia desta quinta-feira (30) sobre um possível acordo tripartido revelou que o ANC parecia prestes a perder a sua maioria, em KwaZulu-Natal e a nível nacional, pela primeira vez desde que Nelson Mandela liderou o governo do ANC na África do Sul, nas primeiras eleições democráticas em 1994.

 

De acordo com os resultados parciais, o Congresso Nacional Africano (ANC) caminha para uma vitória nas eleições legislativa sul-africanas, mas perderia a maioria absoluta que detêm desde o fim do apartheid, há 30 anos.

 

Nos resultados declarados pela IEC na votação nacional por volta da meia-noite, o ANC tinha 42,6% (abaixo dos 57% de 2019). Funcionários da Comissão Eleitoral Independente sublinharam que a contagem oficial poderá demorar vários dias e que alguns círculos eleitorais maiores poderão levar mais tempo a ser contabilizados.

 

Nas eleições anteriores, os resultados das zonas rurais, onde o ANC tem grandes redutos, de onde vêm massivamente os seus votos, estes chegaram mais tarde, impulsionando os resultados do partido. Uma vez contados todos os votos, se o ANC permanecer abaixo dos 50%, o partido será forçado a entrar numa coligação com um ou mais partidos. Dependendo da percentagem final, poderá ser necessário firmar um acordo com um dos maiores partidos da oposição, como a DA ou a EFF, para permanecer no poder.

 

A comissão eleitoral da África do Sul tem sete dias para declarar os resultados finais por lei. No entanto, geralmente são anunciados antes disso, e este ano, a comissão definiu o domingo, 2 de junho, como dia dos resultados finais.

 

Se o ANC perder a maioria, terá 14 dias, uma vez declarados os resultados finais, para formar um novo governo antes de um novo parlamento se reunir para eleger o presidente da nação.

 

“África do Sul está à beira de uma mudança política”, foi a manchete da primeira página do jornal BusinessDay desta quinta-feira, sublinhando a natureza histórica que estas eleições poderiam ter. Os 400 deputados eleitos vão nomear o presidente para os próximos cinco anos. “Espero que o ANC perceba que não precisamos mais dele”, disse à AFP o estudante Shaun Manyoni, de 21 anos de idade.

 

“Sinceramente, precisamos de uma mudança neste país”, desabafou durante a votação Sibahle Vilakazi, 25 anos de idade, da cidade de Durban.

 

“O MK está realmente a tirar votos do ANC”, disse o professor de Ciência Política Siphamandla Zondi.

 

Falando ontem a partir de Joanesburgo, o Primeiro Vice-Secretário-Geral do ANC considerou que os resultados parciais envergonhavam as piores previsões. “Todos estavam a olhar para o ANC com 36% a 40%, e temos a certeza de que iremos ultrapassar essa percentagem”, disse Nomvula Mokonyane.

 

Os partidos rivais criticaram o que chamam de arrogância do ANC, com Sihle Ngubane, secretário-geral do partido uMkhonto weSizwe, a dizer: “economicamente, eles falharam”.

 

A analista política Joleen Steyn-kotze disse que ainda é muito cedo para dizer se os votos do ANC ficarão abaixo da marca dos 50%, mas independentemente dos resultados, os partidos políticos na África do Sul poderão ter de mudar a forma como operam politicamente.

 

“Precisamos avançar no sentido de uma relação colaborativa entre os partidos políticos que, em última análise, poderão ser confrontados com a realidade em que terão de trabalhar juntos”, disse ela.

 

O ANC, que tem 230 deputados (57,3%), deve, no entanto, continuar sendo a maior bancada do Parlamento. Mas se ficar com menos de 50%, terá que buscar aliados para formar um governo de coligação.

 

No entanto, nada ainda foi decidido, uma vez que os resultados da votação ainda continuam a chegar e é esperado um quadro mais realístico na manhã desta sexta-feira (31). Ainda assim, os representantes políticos partidários mantiveram-se ontem, quinta-feira, atentos às tabelas de classificação dos resultados regularmente actualizadas no centro nacional de resultados da Comissão Eleitoral da África do Sul (IEC) em Gallagher Estate.

 

Mas com a contagem concluída até às 19h30, em apenas cerca de 30% dos 23.293 locais de votação, os resultados ainda poderão mudar significativamente, tanto a nível nacional como nas províncias.

 

'Chocante'

 

Esta quinta-feira, o clima era sombrio no escritório do ANC no centro nacional de resultados da IEC. Menos de 12 horas antes, longas filas de pessoas em KZN, vestidas de cores preta, dourada e verde do partido, aumentaram as expectativas de que já tinha sido feito o suficiente nos últimos dias da campanha.

 

Mas os resultados mostraram um quadro diferente. Os analistas de números sinalizaram que mesmo os votos de eThekwini, que demoraram a ser contados, não reverteriam a queda do ANC na província. O Presidente Nacional do ANC, Gwede Mantashe, não mediu palavras, chamando a votação para MK de “tribal”. Outra fonte disse simplesmente: “É chocante”.

 

Mas KwaZulu-Natal foi sempre uma dor de cabeça para o ANC, mesmo antes do MK, que também consumiu o apoio ao IFP e à EFF na província. O ANC em 2019 obteve 55,47% em KZN, uma queda de quase 10 pontos percentuais em relação aos 65,3% que recebeu em 2014.

 

Com a segunda maior população votante depois de Gauteng, o apoio eleitoral em KwaZulu-Natal tem um impacto significativo nos complexos cálculos de assentos para a Assembleia Nacional, que também incluem o escrutínio regional pela primeira vez.

 

Preocupações com a votação

 

Embora a CEI tenha mantido o seu discurso de que tudo estava organizado, os eleitores permaneceram nas filas até às 3 da manhã de quinta-feira nas câmaras municipais de Durban, Joanesburgo e Arcádia, Pretória, gerando preocupações sobre a gestão das eleições.

 

Entre as preocupações expressas, especialmente pelos partidos da oposição, estavam as inconsistências no tratamento dos três boletins de voto na contagem. Às vezes, a votação regional ficava para trás e, outras vezes, apenas os resultados da votação nacional eram publicados.

 

No briefing das 16h00 de quinta-feira, o Presidente da IEC, Mosotho Moepya, disse que as entradas nas tabelas de classificação foram concluídas e que a comissão estava a trabalhar arduamente para concluir a sua tarefa.

 

Domingo será o dia em que a IEC vai declarar os resultados finais das eleições e a distribuição dos assentos legislativos, desencadeando os próximos passos: posse dos novos deputados, eleição do Presidente e a tomada de posse presidencial.

 

Mas a IEC voltou atrás nas suas afirmações de que a participação eleitoral foi superior aos 66% registados em 2019. Esse número só seria finalizado quando os resultados fossem finalizados; e a IEC não poderá fazê-lo agora.

 

Como disse Moepya: “Estamos diante de algo que ainda está meio cozido, ainda está no forno”.

 

À medida que quinta-feira se transformava em sexta-feira, os resultados das eleições continuavam a chegar. (Daily Maverick/SABC)

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O Presidente da República de Moçambique, Filipe Nyusi, inaugurou nesta quarta-feira (29), na baixa do Infulene, no Município da Matola, uma infra-estrutura de tratamento de águas residuais para responder às necessidades dos municípios de Maputo, Marracuene e em Boane.

 

Considerado um empreendimento de grande magnitude, o Centro de Tratamento de Águas está inserido no Projecto de Saneamento Urbano que tem como objectivo aumentar o acesso ao serviço de saneamento seguro dos moçambicanos.

 

“Inauguramos esta infra-estrutura cientes de que investir em fontes de tratamento de águas residuais é também investir na protecção do ambiente e na promoção da saúde e bem-estar da população. Pretendemos também incrementar a capacidade de resposta às emergências originadas pelos desastres, sobretudo as sanitárias”, disse Nyusi durante o seu discurso.

 

Avaliada em 200 Milhões de Meticais, a infra-estrutura vai contribuir para o tratamento adequado dos resíduos. (M.A)

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O Director-Geral da Puma Energy Moçambique, Danilo Coreia, assegurou que o Governo já está a pagar a dívida acumulada pelo Estado junto às petrolíferas que importam e distribuem combustíveis líquidos em Moçambique.

 

“Realmente surgiu uma dívida muito grande, tendo se agravado em Março de 2021, por efeitos da guerra entre a Rússia e a Ucrânia. O Governo tomou medidas para diminuir a dívida e, neste momento, está de facto a reduzir. A Puma já diminuiu parte considerável da sua dívida, tendo caído de 50 milhões de USD para 14 milhões de USD”, afirmou Coreia.

 

Em conferência de imprensa sobre o relatório de um estudo encomendado pela empresa (que desafia o Governo a melhorar a segurança energética e o desenvolvimento de infra-estruturas), o Director-Geral da Puma disse que se o pagamento da dívida continuar nos moldes actuais e sem subida do preço do petróleo no mercado internacional, a dívida poderá ser totalmente liquidada, a curto prazo.

 

“Nós achamos que, se não houver grandes subidas do preço internacional nos próximos três ou quatro meses, a dívida vai estar resolvida. Isto revela um grande trabalho de colaboração entre o Governo e as empresas nos últimos meses e estamos muito satisfeitos com o processo”, disse a fonte.

 

Na óptica do gestor, o actual processo de pagamento da dívida por parte do Estado não só acontece ao nível da Puma Energy, mas também das restantes petrolíferas. Entretanto, reconheceu que cada caso é um caso.

 

A dívida do Estado às empresas de importação e distribuição de combustíveis em Moçambique já atingiu no passado níveis insustentáveis. Em Abril de 2022 era avaliada em 120 milhões de USD, tendo duplicado um ano depois, de acordo com dados fornecidos pela Confederação das Associações Económicas de Moçambique.

 

A insustentabilidade da dívida já levou ao colapso de algumas importadoras. Em Abril de 2022, a Associação Moçambicana de Empresas Petrolíferas disse que a dívida associada ao impacto do conflito entre a Rússia e a Ucrânia tinha afectado pelo menos 15 empresas de um universo de 30 empresas filiadas. (Evaristo Chilingue)

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As transferências anuais do Governo às comunidades abrangidas por projectos de exploração de recursos minerais e hidrocarbonetos cresceram em mais de 32,4 milhões de Meticais em 2023, de acordo com os dados avançados pela Conta Geral do Estado, publicada esta semana pelo Ministério da Economia e Finanças.

 

O documento revela que, no ano passado, o Executivo transferiu um total de 77,1 milhões de Meticais às comunidades, contra os 44,7 milhões de Meticais transferidos em 2022, o que representa uma subida de 72,5% em relação ao ano anterior. Em 2021, o Governo transferiu 73,9 milhões de Meticais às comunidades.

 

Entre as comunidades que registaram um salto gigantesco, está o povoado de Benga, distrito de Moatize, província de Tete, que saiu de uma receita de 4,9 milhões de Meticais, em 2022, para um valor de 15,3 milhões de Meticais, em 2023.

 

Na lista está, igualmente, a comunidade de Namanhumbir, distrito de Montepuez, província de Cabo Delgado, que passou de 11,8 milhões de Meticais para 21,4 milhões de Meticais. Por sua vez, a comunidade de Pande, distrito de Govuro, província de Inhambane, saiu dos 2,5 milhões de Meticais para 7,3 milhões de Meticais.

 

Agregando por províncias, o destaque vai para as comunidades de Tete, que saíram de 8,1 milhões de Meticais, em 2022, para 23,8 milhões de Meticais, em 2023, enquanto as de Cabo Delgado subiram de 12,3 milhões de Meticais para 23,6 milhões de Meticais. A província de Maputo continua a ser o parente mais pobre, encaixando anualmente valores inferiores a 1 milhão de Meticais. Em 2023, a província de Maputo recebeu 500 mil Meticais, contra 300 mil de 2022.

 

Refira-se que o valor em causa resulta do cumprimento do artigo 20 da Lei n.º 20/2014 (Lei de Minas) e do artigo 48 da Lei n.º 21/2014 (Lei de Petróleos), ambas de 18 de Agosto, que estabelecem a devolução anual de uma percentagem de 2.75% do Imposto sobre a Produção Petrolífera e Mineira às comunidades abrangidas pelos projectos da indústria extractiva. O valor, sublinhe-se, foi apurado com base nas receitas de 2021. (Carta)

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O Ministério Público moçambicano anunciou a instauração de processos com 40 indiciados no crime de branqueamento de capitais e a apreensão, nos últimos cinco anos, de 330 milhões de dólares (305 milhões de euros).

 

“O `modus operandi´ dos arguidos traduzia-se na criação de empresas de fachada que as usavam como veículo de exportação de capitais, cuja origem dos fundos em causa são de proveniência ilícita e, nalguns casos, desconhecida”, refere-se num comunicado da Procuradoria-Geral moçambicana distribuído ontem.

 

No âmbito da operação, designada “Stop Branqueamento de Capitais”, várias buscas a residências e a estabelecimentos comerciais foram realizadas nas cidades de Maputo e Matola, sul de Moçambique, e Nampula e Nacala, no norte do país.

 

“Para lograr os seus intentos, em colaboração com alguns despachantes aduaneiros e certos colaboradores dos bancos, estes falsificam os Termos de Intermediação Bancária e os Processos de Desembaraço Aduaneiro que as usavam para exportação de capitais, sob pretexto de importação de mercadorias em diversos países, principalmente os considerados paraísos fiscais”, indica a PGR.

 

Segundo o MP moçambicano, na operação, que tem também 15 empresas como indiciadas, 12 países foram identificados como recetores dos fundos, tendo sido acionada a cooperação jurídica internacional.

 

“Neste momento, o processo acompanhado dos arguidos detidos vai submetido ao juiz de instrução criminal para efeitos do primeiro interrogatório, sendo que diligências prosseguem para a captura de mais envolvidos”, conclui-se no documento do MP, sem, no entanto, esclarecer quantos indiciados estão detidos.(Lusa)

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O indiciado foi capturado na madrugada desta terça-feira (28), no distrito da Ka-Tembe, na cidade de Maputo e, posteriormente, enviado para o distrito de Mandlakazi, província de Gaza, área de jurisdição onde praticou grande parte dos crimes.

 

O presumível homicida tentou simular a sua morte quando foi capturado na Ka-Tembe, em Maputo, e foi acordar na morgue. De lá, foi levado para o Hospital provincial de Xai-xai para receber alguns cuidados. Já nas mãos da Polícia da República de Moçambique (PRM), em Mandlakazi, o suposto assassino, de 35 anos de idade, confessou o crime.

 

“Quando faço as minhas contas, até aqui matei 11 pessoas. A primeira pessoa que matei foi a minha esposa com quem vivia na zona do Xiquelene (Praça dos Combatentes), na cidade de Maputo. Foi a primeira vez que conheci uma cela. Quando consegui fugir da cadeia, conheci outra esposa na Manhiça e também a matei por me trair. Daí, fui viver em Mandlakazi onde matei outras nove mulheres”, detalhou.

 

“Na verdade, confesso tudo que eu fiz. A primeira esposa que eu matei é porque me traiu. Encontrei-a com um homem e o mesmo indivíduo conseguiu fugir. Então, foi esse o caso que me levou à prisão. Entretanto, não cumpri a pena porque consegui fugir para Mandlakazi, onde conheci uma outra mulher e esta também matei porque me traiu. Para matar as minhas vítimas não uso arma ou faca, eu mato apertando o pescoço e a sangue frio. Sempre que apanho outra mulher, acabo matando”, confessou o suposto assassino.

 

Segundo a PRM em Mandlakazi, a sua detenção foi possível graças à colaboração com as autoridades policiais de Maputo, sendo que posteriormente será entregue à justiça para que seja responsabilizado.

 

Refira-se que foram todos estes homicídios que criaram agitação um pouco por toda a província de Gaza e 28 pessoas foram salvas pela polícia quando estavam para ser lixadas pela população por conta dos crimes cometidos por este indivíduo. (M.A.)

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Não basta ser uma empresa ou instituição empregadora, é necessário que haja políticas e estratégias que estimulem um ambiente de trabalho excepcional, priorizando o bem-estar e a satisfação do trabalhador. É pensando nestes pressupostos que, pela terceira vez, a Tempus Global Group distinguiu 39 organizações que se destacam em Moçambique naquilo que a organização chama de Proposta de Valor ao Consumidor (EVP).

 

Entre as instituições distinguidas, a MultiChoice Moçambique figura numa lista reduzida das 10  melhores organizações para trabalhar em Moçambique. A avaliação é baseada em cinco critérios, nomeadamente, Compensação e Benefícios; Carreira; Ambiente de Trabalho, Cultura Organizacional e Equilíbrio entre Vida Profissional e Pessoal.

 

Para Alzira Manejo, Directora de Recursos Humanos da MultiChoice Moçambique, esta premiação que decorreu recentemente em Maputo vem celebrar a postura da empresa pela sua capacidade de regenerar-se, acompanhando a evolução, ao mesmo tempo que procura inovar, melhorar os seus valores e atingir os seus objectivos em um ambiente saudável.

 

“Antes de mais, a MultiChoice valoriza as pessoas, porque é delas que os objectivos da empresa dependem para serem alcançados, ciente de que as características valorizadas mudam ao decorrer do tempo, pois as pessoas vivem uma eterna busca pela realização e carreira”, aponta Manejo.

 

Alzira Manejo acredita muito na comunicação como sendo fundamental para uma boa gestão e para um bom ambiente de trabalho. “Procuro ser sempre clara e dar o devido retorno, apontando os objectivos que justifiquem as nossas acções, para além de adoptar uma postura flexível e liderar pelo exemplo”, acrescenta.

 

A MultiChoice preocupa-se em desenvolver uma boa cultura organizacional e um ambiente de trabalho saudável e inspirador, ciente de que o local laboral é onde os colaboradores passam a maior parte do seu tempo.

 

“Nós fazemos, por exemplo, avaliação de desempenho para acompanhar o desenvolvimento do trabalhador, capacitá-lo para poder exercer as suas funções com excelência”, partilha a gestora, acrescentando que “damos aos colaboradores muitos benefícios que muitas outras empresas não dão e temos sempre atenção para a questão de carreira, onde é comum alguém começar como um agente de ‘call center’ e terminar como um director.”

 

De acordo com Manejo, para terminar, a distinção da Tempus Global Group serve como uma “lufada de ar fresco” para os trabalhadores, à medida que veem renovado o compromisso da empresa em oferecer melhores condições de trabalho, e, enquanto directora de Recursos Humanos, sente-se lisonjeada por este prestigiante prémio.

 

Refira-se que esta distinção se enquadra na 3ª. edição do ‘Elite Employer’, um programa da Tempus Global Group que tem como base os dados mensuráveis da Pesquisa Nacional de Benefícios e Gestão de Capital Humano. Trata-se do maior estudo de benefícios já feito em Moçambique que, nesta edição, avaliou cinco pilares do EVP de mais de 200 organizações.

quarta-feira, 29 maio 2024 21:22

BCI alinhado com ‘O Poder do Network’

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O BCI apoiou, mais uma vez, o programa "O Poder do Network", que teve lugar no sábado (25), na capital do país, e que já vai na sua 2ª edição. O apoio insere-se no âmbito da parceria entre o Banco e a Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE).

 

Tido como um dos maiores eventos de networking do mundo, o programa reuniu cerca de 1500 jovens, que ouviram os palestrantes e empresários moçambicanos, nomeadamente Lineu Candieiro, Ayaz Hassan e Nilza Chipe; e os brasileiros Bruno Avelar, Davi Braga, Mayra Cardi, Carlinhos Malaquias, e Thiago Nigro, por cerca de 10 horas.

 

O denominador comum entre as apresentações foi a partilha de conselhos úteis rumo ao sucesso, tais como sair da zona de conforto, ser ousado, a vontade de mudar, a atitude, o sentido de organização, os cuidados com a imagem, entre outros. Para o efeito cada palestrante testemunhou experiências pessoais vividas, os momentos altos e baixos que, segundo referiram, devem ser encarados como parte do percurso e não fatalidades. Sobretudo, como afirmou Bruno Avelar, desistir não é regra, e nenhum percalço presente deve servir de mote para definir o que a pessoa é.

 

Segundo a organização, o sucesso do programa deixa augurar a realização de outras edições futuras.

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O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, disse hoje que “dezenas de terroristas” foram abatidos em confrontos com as forças governamentais, que se registam desde a madrugada, em Mocímboa da Praia, província de Cabo Delgado, norte do país.

 

“A operação desta madrugada ainda esta a continuar, os terroristas estão a levar ´porrada`, dezenas e dezenas ficaram em terra e muito equipamento foi capturado”, afirmou Nyusi.

 

O chefe de Estado moçambicano falava durante a inauguração da Estação de Tratamento de Águas Residuais de Maputo.

 

“A operação continua” e os terroristas “estão em debandada, estão em fuga”, avançou Nyusi, reconhecendo que “são momentos difíceis para o povo” dos distritos assolados pela violência em Cabo Delgado.

 

O Presidente declarou que os combates que começaram na madrugada de hoje registam-se na zona de Limala, ao lado de Mbau, no distrito de Mocímboa da Praia.

 

Nos confrontos, prosseguiu, as Forças de Defesa e Segurança (FDS) moçambicanas, juntamente com “as forças irmãs do Ruanda, entraram em confrontação, em contacto direto com o inimigo”.

 

Antes dos combatentes em Mocímboa da Praia, já se tinham verificado confrontos, entre segunda-feira e terça-feira, no distrito de Nangade, entre a força local – uma milícia formada por veteranos da luta de libertação nacional -, e os rebeldes, prosseguiu o chefe de Estado moçambicano.

 

“As forças locais, os veteranos, juntamente com os seus descendentes, entraram em contacto [com os insurgentes] e puseram fora de combate alguns terroristas”, disse Filipe Nyusi.

 

Cabo Delgado enfrenta desde outubro de 2017 uma rebelião armada com ataques reclamados por movimentos associados ao grupo extremista Estado Islâmico, combatida desde 2021 com o apoio dos militares do Ruanda e dos países da África austral, esta última em processo de retirada do terreno desde abril, a concluir até julho próximo.(Lusa)

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Fornecedores estão a recusar assinar contratos com a Comissão Nacional de Eleições para a prestação de bens e serviços necessários para as eleições gerais de outubro, devido a dívidas da CNE, disse hoje o presidente da entidade.

 

“Neste momento, devia-se assinar todos os contratos que visam facilitar o processo da própria votação [nas eleições gerais de 09 de outubro], mas não é possível, porque os fornecedores exigem que os órgãos eleitorais tenham pagado os recursos necessários”, disse Carlos Matsinhe aos jornalistas, à margem de um evento da Comissão Nacional de Eleições (CNE) na província de Inhambane, sul do país.

 

Matsinhe afirmou que os órgãos eleitorais devem dinheiro de bens e serviços fornecidos para o recenseamento eleitoral, o que leva empresas a recusar manter relações comerciais com aquelas entidades.

 

“Todas as províncias têm essas deficiências, [relacionadas com] algumas dívidas que os órgãos eleitorais têm”, declarou o presidente da CNE.

 

Em abril, o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, considerou “muito caro” o modelo de eleições no país, assinalando que o dinheiro gasto com escrutínios “dava para equipar” as Forças Armadas.

 

“O ciclo de eleições em Moçambique é muito caro (…), é muito dinheiro, dava para equipar aqueles jovens que estão a defender a pátria”, afirmou Nyusi, referindo-se aos militares envolvidos no combate a grupos armados na província de Cabo Delgado, norte do país.

 

O chefe de Estado moçambicano falava na abertura da reunião da Associação dos Combatentes de Luta de Libertação Nacional (ACLLIN), um braço político da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder, de que Filipe Nyusi é presidente.

 

O país, prosseguiu, precisa de repensar o modelo de eleições, apelando a uma reflexão sobre a pertinência de realização do registo de votantes para cada ato eleitoral.

 

“Fizemos no ano passado o recenseamento [para as eleições autárquicas], este ano estamos a fazer de novo”, para as eleições gerais de 09 de outubro, declarou o chefe de Estado moçambicano.

 

“Se calhar, alguns custos, algumas despesas [com os escrutínios] pudessem servir para proteger a nação, desenvolver o país”, reforçou.

 

Apesar de enfatizar que o custo de realização de processos eleitorais é elevado, Filipe Nyusi defendeu que o país deve manter os sufrágios eleitorais.

 

As eleições gerais de 09 de outubro próximo em Moçambique vão custar 20 mil milhões de meticais (288 milhões de euros), segundo dados avançados pela CNE.

 

Moçambique vai realizar em 09 de outubro as sétimas eleições presidenciais e legislativas, as segundas para os governadores provinciais e as quartas para as assembleias provinciais.

 

O atual Presidente da República e da Frelimo está constitucionalmente impedido de voltar a concorrer para o cargo, porque cumpre atualmente o segundo mandato na chefia de Estado, depois de ter sido eleito em 2015 e em 2019.(Lusa)

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