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sexta-feira, 09 fevereiro 2024 06:30

Frelimo parece estar à deriva!

“Não tanto assim. No meu entendimento, o partido é o mesmo apenas no nome. A ideologia está confusa, já esteve mais clara. Na altura, até podia ser errada, como alguns criticam, que era socialista, comunista. Mas estava lá. Hoje mudou. Dois: o que estou a defender não é a subsistência da ideologia, porque ideologia é como chegar. Por exemplo, o socialismo diz que vamos assim e o objectivo é o desenvolvimento do Povo e de todos. O capitalismo diz que vamos assim, mas o objectivo é também o desenvolvimento. A ideologia pode mudar, pode haver diferença de opinião durante o processo, mas ter o foco no crescimento do povo não pode mudar. O Partido que não quer isso nem devia existir. Está a governar o quê? Está a governar um país que não existe. O povo que existe é este. Não vamos importar outro povo. O povo é este e é este que reclama melhores condições de vida”.

 

In Paulo Zucula, Jornal Canal de Moçambique, nº 869, página 2 de 07 de Fevereiro de 2024

 

O cidadão Paulo Zucula assume, na entrevista ao Jornal “Canal de Moçambique”, ser militante do partido Frelimo, ao responder a seguinte pergunta do jornalista: “e a sua Frelimo como é que está?” A resposta foi a seguinte: “a Frelimo já mudou de ideologia. E há momentos em que eu próprio, apesar de ser militante da Frelimo, tenho problemas em entender qual é a nossa ideologia hoje. É mais embaçada, é como se eu tivesse óculos que não são da minha graduação. E não consigo ver bem. Não sei se são os meus óculos que estão errados. Nada está claro”, conclui. Ou seja, estamos perante um membro sénior de um partido, que não conhece a ideologia do seu próprio partido e o que é mais grave, na minha opinião, existem muitos Paulos na Frelimo.

 

A razão do título é a seguinte: todos sabemos que as eleições gerais para o Presidente da República, para a Assembleia da República e das Assembleias Provinciais, estão marcadas para o mês de Outubro, contudo, a Frelimo, partido no poder, cujo Presidente é coincidentemente, o Presidente da República, não tem o candidato para estas eleições, que foram marcadas para o mês de Outubro, ou seja, daqui a oito meses. Isto, no mínimo, é anormal, sobretudo, tratando-se do fim de mandato do Presidente da República e que, por Lei, não se pode candidatar.

 

Pode-se atribuir a isso vários nomes, pode-se dizer até que a Frelimo possui uma máquina de campanha “demolidora” que a eleição do Presidente da República, candidato da Frelimo, depende da mobilização dos seus membros e não do Presidente em si. Pode-se evocar mil e uma razões, mas essas razões, aos olhos do comum cidadão, não têm qualquer sentido. Pior para os detractores da Frelimo, a não indicação do candidato significa, para estes, que qualquer um, indicado pela Frelimo, ganha as eleições! Será esta a mensagem que se pretende transmitir?

 

Mas a questão é mais grave quando membros da Frelimo, sobretudo seniores, aparecem amiúde a apresentar-se candidatos ou potenciais candidatos internos para concorrer a candidato à presidência pela Frelimo, cada um evocando suas razões de candidatura. Muitos membros seniores da Frelimo desabafam, através dos Órgãos de Comunicação Social, sobre o actual estágio do partido, como diz Paulo na entrevista: “A Frelimo fez batota” nas autarquias, todos sabemos que existem várias queixas sobre a falta de transparência das eleições Autárquicas.

 

A questão que se coloca é: teremos de admitir que a Frelimo está, realmente, à deriva? Sim, porque o SLOGAN da Frelimo foi sempre “a vitória organiza-se, a vitória prepara-se”. Desta feita, estará a Frelimo organizando a vitória! Se sim, onde é que está a organizar essa vitória? No silêncio sepulcral! Não pode ser, a Frelimo tem condições de ganhar as eleições, mas deve estruturar-se para o efeito. A Frelimo deve descer às bases para um trabalho mais incisivo e direccionado às eleições Gerais de Outubro, porque, caso não o faça urgentemente, a confusão pós-eleitoral será um dado adquirido. Diz o velho ditado que “a mulher do César não basta ser fiel, é preciso que se pareça” e a Frelimo, um partido libertário, um partido com longa experiência política e de Governação, parece deitar tudo isso abaixo e parece um partido amador.

 

Hoje, Moçambique é um país onde todos se comunicam e se cruzam, através das redes sociais. Não existe um cidadão do meio rural ou do meio urbano, que não saiba política, os debates, ao contrário do que acontece nos partidos políticos, que não debatem coisa alguma, a sociedade debate sobre sua vida, através das redes sociais e tudo indica que existe uma percepção generalizada sobre o custo de vida alto, não sendo propriamente imputável às políticas governamentais. O povo precisa de ser esclarecido e quem melhor o faria é o candidato da Frelimo e os candidatos do mesmo partido à Assembleia da República e às Assembleias Provinciais, ausentes!

 

Por aquilo que a Frelimo representa na sociedade moçambicana, são muitas pessoas que acreditam nela por isso os dirigentes do partido devem tomar uma atitude que decepe as piores percepções existentes sobre o partido, a Frelimo deve aparecer e fazer-se ouvir junto das massas, a Frelimo não pode e nem deve parecer que está à deriva!

 

Adelino Buque

terça-feira, 06 fevereiro 2024 09:21

Poluição sonora soberana e conexa

Um amigo recém-chegado das províncias contou-me da turbulenta experiência de tomar um café e a de passar em revista alguns periódicos num café da Av. Julius Nyerere, a parisiense Champs­Élysées da Cidade das Acácias. O motivo: a poluição sonora soberana e conexa.

 

Mal ele chegara ao café, e ainda na matinal solenidade dos cumprimentos, as sirenes da Ponta Vermelha interromperam a fala da cortesia. “Ainda não é nada Boss”. Era a voz do servente que o atendera e que decidira intervir diante dos sinais de estupefação do seu mais recente cliente.     

 

Depois da ordem do pedido: uma outra sirene, um outro órgão de soberania. Com a chegada do café: idem. No decurso do manuseamento do adoçante: ibidem. E assim sucessivamente até que ele, penosamente, terminara o café.   

 

Pelas suas contas todos os órgãos de soberania já haviam desfilado na passerelle e de que chegara, finalmente, o momento para a sua habitual leitura matinal. "Boss, agora é a vez da Segunda Liga Sonora”. E da passerelle, o desfile sonoro de outros timoneiros da governação nacional e municipal.   

 

Do pouco que o amigo conseguira ler dos periódicos, uma das notícias reportava sobre o impacto sinistro, entre outros males, da corrupção, da falta de transparência e do défice de comunicação pública na governação do país e na vida do cidadão.

 

"A conta". No decurso do seu pagamento, o amigo visitante, que enquanto mostrava ao solícito servente a notícia acima, segreda-o: "Por conta disto era suposto que eles passassem de fininho".

 

Nando Menete publica às segundas-feiras

domingo, 04 fevereiro 2024 13:13

Os Mesmos Ecos da Tua Voz

Eduardo Mondlane completaria 104 anos se continuasse no nosso seio. A sua amada de sempre, Janet Rae Johnson Mondlane, caminha de forma robusta para os 89 anos. A meio da atmosfera da festa de todas as festas, recebi e li, com agrado, uma das cartas que Mondlane escreveu para o seu maior amor, Janet. O simbolismo destas cartas se encaixa num plano que se situava muito para além do simples amor, e fazia jus, contextualmente, à grandiosa epopeia que foi a luta de libertação e independência de Moçambique. Estas são as cartas que fizeram a nossa liberdade e o sonho de vivermos como moçambicanos e sem distinções.

 

Estas relíquias de um passado que se quer manter presente, revisitam o tempo de todos os tempos. Relembrar as intimidades do casal equivale a abrir uma janela para o passado, para vislumbrar o arco-íris da emancipação e apreciar como cada linha e cada página traçada são o elo que reconecta o presente que um dia foi passado para que todos tivéssemos um melhor futuro. Segue abaixo um trecho:

 

"... O mundo está à espera do momento em que o homem conhecerá os outros em termos do seu valor humano, e não, em termos de cor e de língua. As culturas estão a fundir-se lenta, mas, seguramente. Há uma comunicação cada vez mais rápida, tanto física como espiritual. ... Tudo isto significa que tu e eu podemos ser cidadãos do mundo se, assim, o desejarmos... O mundo tem fome de pessoas que se atrevam a sair e a conhecer outros seres humanos. Não me interpretem mal, não quero dizer que uma cultura seja má ou inadequada. Mas, quero dizer que qualquer cultura pode ser inadequada se fizermos dela um ídolo. Embora, amemos a nossa própria cultura, não devemos esquecer que ela é uma parte e apenas uma parte de um mundo maior - a humanidade. Esta ideia é aceite por milhões de pessoas hoje em dia, mas é difícil encontrar alguém que se aventure a ir mais longe, excepto muito poucos. Sejamos, tu e eu, esses poucos. As gerações futuras vão agradecer-nos por termos começado, mesmo que os nossos nomes desapareçam na confusão do progresso." Eduardo Mondlane para Janet Books.

 

Cartas Editadas. Ecos da Tua Voz 1920-1950.

 

Quem sabe poderemos ter, em 2024, a próxima edição do “Ecos da Tua Voz”.

sexta-feira, 02 fevereiro 2024 11:41

Assim no tempo de João de Sousa *

A primeira impressão que tenho dele, ao vê-lo,  é de que estamos perante uma figura frágil, pela forma como se move pisando a terra na vertical. Fica-nos a imagem de um taciturno. Um indivíduo com medo de avançar.  Ele tacteia o chão com a perna direita que baila no ar antes de assentar a leve planta do pé. Dança hesitante uma dança desconhecida, em contraste com a voz límpida onde mora toda a sua alma.  Aliás, é com a voz timbrada que  combate todas as vicissitudes, e leva os delírios  dos estádios à todos os cantos das nossas casas. E a todos os lugares.

 

Mas também com o nome de João, tinha poucas possibilidades de não luzir, e ele fez isso, como se as auroras lhe pertencessem. João de Sousa é um megafone elegido, através do qual  vamos receber todo o turbilhão dos campos de jogos, que agora voltam a vibrar depois do silêncio após o último suspiro de uma estrela que nunca descansou. E se a vida é inesperada, então a própria morte também o é. Como agora, que ruíu para sempre esse pilar que sustentava na sua medida e peso, a plataforma do desporto nacional.

 

Os xiricos e os grundigs e os philips, derrubados pela tecnologia imparável, lembram-se com certeza, mesmo nas catacumbas, da voz do João de Sousa. Ele vibrava com as multidões que foi alimentando durante tempos sem fim. Como se cada relato fosse o último, ou o primeiro, numa longa jornada de vida levada na intensidade. A sua arma  era o microfone, funcionando como escafandro na penetração das peripécias do jogo. E tudo o que ele fazia, passava primeiro pela filtração do fogo, como o ouro que se pretende puro.

 

É esta a figura que excedeu os limites, mostrando igualmente, a par do conhecimento profundo sobre o desporto, a sua desmedida paixão pela música. Pela boa música. E nunca será repetitivo dizer isso, pois, programas como “O fio da memória” e “História das Músicas”, trazem-nos uma pessoa culta e preocupada em renovar as memórias. Ele tinha medo que a juventude se perdesse, por não saber de onde vêm estes ventos todos que fundamentam a arte e a cultura. Não queria ser cúmplice da falta de testemunho.

 

Agora cabe-nos prestar vénia ao homem de convicções inabaláveis. Que se recusou a abandonar os mares, pois sem as águas, as guelras do João de Sousa deixariam de insuflar oxigénio para alma. Haveria a morte por dentro. É por isso que estava sempre alí, no centro social da Rádio Moçambique onde se juntava aos amigos, aos velhos amigos, atraindo também a juventude que queria ser  como ele. Eram as pessoas e os jogadores e os amantes do desporto que lhe faziam viver, como se estivesse no marulhar dos grandes estádios, onde a sua voz de ouro misturava-se com o entusiasmo das multidões.

 

João de Sousa, um facebookista generoso, nunca se cansou de nos lembrar os feitos de grandes figuras do desporto e da cultura, e também da política. Esse gesto deixava-lhe com o coração cheio. Os likes e os comentários que recebia de inúmeros facebookistas  que lhe seguiam, eram o sinal de que a vida só é bela quando a partilhamos. E João fazia isso com alegria. Com entusiasmo. Com engajamento.  E continuou a fazê-lo mesmo estando no derradeiro desfiladeiro da vida, sem saber que estava.

 

Quando ele partiu, para sempre, era como se o estádio da Machava estivesse abarrotado no tempo dos Xiricos e dos Grundgs e dos Philips, aplaudindo um jogo que vai começar daqui a pouco. Os que não puderam ir estão em casa colados aos receptores, ansiosos, e no estúdio da Rádio Moçambique  está um locutor que chama: alô João de Sousa, alô João de Sousa! E o relator não consegue entrar em linha, há um problema de retorno. Alô João de Sousa, alô João de Sousa! Nada!

 

Os técnicos que estão no campo, e outros técnicos que estão na sede, entram em pânico porque não conseguem ouvir do outro lado a voz do João. Alô João de Sousa, alô João de Sousa! Também nada!

 

O  ambiente do público é que triunfa: hooooooooooo!!!! Hooooooooo! Mas João de Sousa, nada! Os técnicos insistem e....nada! E o jogo já decorre há meia hora, intenso, com a nossa selecção a ganhar por duas bolas a zero.

 

Alô João de Sousa, alô João de Sousa! Até que o relator, finalmente, passado o tempo de sofrimento, responde quando decorria o segundo tempo: Boa tarde estimados ouvintes! Faltam dez minutos para terminar a partida, Moçambique ganha por duas bolas a zero. O estádio está completamente cheio, com pessoas penduradas nos postes de iluminação. A nossa selecção está endiabrada. É indiscritível o que está a acontecer no Estádio da Machava......

 

Apesar de nos dizer que é indiscritível  o que está a acontecer, ele descreve tudo de forma detalhada, numa situação em que o tempo não lhe dá muito pano para mangas. O juiz apitou pela última vez, permitindo a que João de Sousa gritasse: termina a partida! Moçambique ganhou por três bolas a zero!

 

 Mas o guerreiro deixou as armas cá fora para quem as quiser aproveitar. O cheiro do João de Sousa impregna-nos como país, que ainda tem muitos golos por marcar. Ainda teremos muitos jogos por realizar, com a voz do João em “off” na memória. As músicas do “O fio da memória” e de “História das Músicas”, iremos cantá-las nas madrugadas em que já não seremos nós os ouvintes, mas o João que nos escutará no silêncio do pós-atmosfera. Também os pavilhões de básquetebol ressurgirão sem o João, lembrando as noites de glória. Era o João que gritava: sacôôôôôô!!!!!!!

 

*Texto em homenagem a João de Sousa, pela pasagem dos quatro anos após a sua morte

O processo de libertação nacional e o pós-independência permitiram que moçambicanos de várias regiões buscassem novas oportunidades de vida, alguns devido a circunstâncias obrigatórias e outros por motivos profissionais. A reestruturação estatal levou muitos militares macondes e não só a se deslocarem em massa para Maputo, onde estabeleceram residência e formaram famílias. Algo profundo com eles veio - a identidade cultural.

 

Desde que se fixaram por aqui, os ritos de iniciação e as manifestações culturais do povo maconde sempre estiveram presentes. Uma área específica tornou-se a catedral deles - a capela da zona militar e as casas à sua volta. Esse local não se tornou apenas um centro de encontro para os macondes, mas também um ponto de convergência para todos os moçambicanos.

 

O espaço não está em condições e sequer um dia mereceu algo que pudesse incentivar a prática e a preservação da identidade cultural. Maltratados, mas resilientes, jovens descendentes e naturais de Cabo Delgado ainda mantêm viva e firme a prática de mapiko, n’goma, nkamango, likumbis e demais manifestações.

 

Apesar de não estar em condições ideais, esse espaço, especialmente próximo à capela, deve ser reconhecido como uma reserva cultural urbana de importância internacional. Deveria ser um local dedicado à preservação da história e das tradições macondes que por ali se enraizaram.

 

Infelizmente, a zona militar é subutilizada e merece uma reestruturação. Poderia se transformar num ponto turístico de destaque na cidade, semelhante à Mafalala, mas com um toque sofisticado, oferecendo hospedagem, restaurantes e eventos culturais regulares.

 

Precisamos de uma visão que reconheça e promova as manifestações culturais já presentes no local. Turistas nacionais e internacionais têm interesse em testemunhar a arte e aprender mais sobre a cultura maconde e não só.

 

Que a vontade de transformar em condomínios de luxo aquela zona não mate o traço único dos macondes, que carregaram consigo do planalto e, hoje, exaltam na capital de todos nós.

O processo de libertação nacional e o pós-independência permitiram que moçambicanos de várias regiões buscassem novas oportunidades de vida, alguns devido a circunstâncias obrigatórias e outros por motivos profissionais. A reestruturação estatal levou muitos militares macondes e não só a se deslocarem em massa para Maputo, onde estabeleceram residência e formaram famílias. Algo profundo com eles veio - a identidade cultural.

 

Desde que se fixaram por aqui, os ritos de iniciação e as manifestações culturais do povo maconde sempre estiveram presentes. Uma área específica tornou-se a catedral deles - a capela da zona militar e as casas à sua volta. Esse local não se tornou apenas um centro de encontro para os macondes, mas também um ponto de convergência para todos os moçambicanos.

 

O espaço não está em condições e sequer um dia mereceu algo que pudesse incentivar a prática e a preservação da identidade cultural. Maltratados, mas resilientes, jovens descendentes e naturais de Cabo Delgado ainda mantêm viva e firme a prática de mapiko, n’goma, nkamango, likumbis e demais manifestações.

 

Apesar de não estar em condições ideais, esse espaço, especialmente próximo à capela, deve ser reconhecido como uma reserva cultural urbana de importância internacional. Deveria ser um local dedicado à preservação da história e das tradições macondes que por ali se enraizaram.

 

Infelizmente, a zona militar é subutilizada e merece uma reestruturação. Poderia se transformar num ponto turístico de destaque na cidade, semelhante à Mafalala, mas com um toque sofisticado, oferecendo hospedagem, restaurantes e eventos culturais regulares.

 

Precisamos de uma visão que reconheça e promova as manifestações culturais já presentes no local. Turistas nacionais e internacionais têm interesse em testemunhar a arte e aprender mais sobre a cultura maconde e não só.

 

Que a vontade de transformar em condomínios de luxo aquela zona não mate o traço único dos macondes, que carregaram consigo do planalto e, hoje, exaltam na capital de todos nós.

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