Para o nosso primeiro show de marrabenta da velha guarda deste ano, trazemos um músico de referência no panorama nacional: Alberto Mucheca. Nascido a 01 de Janeiro de 1946, em Chibuto, província de Gaza, faz a sua primeira gravação no estúdio 1001 em 1972. Hoje, Alberto Mucheca conta com seis álbuns. Autor de temas como “Ulava Nikuyini”, “Mu jhoni jhoni”, “Aldeia 25 de Junho” e “Beijo”, Mucheca é um fazedor de Marrabenta de raiz, que usa a música para expressar suas alegrias e insatisfações sociais e políticas. Temas como casamento prematuro, prostituição, migração e amor, são parte do seu repertório original e relevante.
(01 de Fevereiro, as 18 Hrs na Fundação Fernando Leite Couto)
O projecto Palavras são Palavras é um evento criado e realizado pela empresa Palavra & Palavras Eventos, Lda. (P&P Eventos, Lda). Este projecto tem como objectivo realizar um evento onde as pessoas se encontram para se expressarem ou se manifestarem artisticamente. O sarau pode envolver poesia, leitura de livros, música acústica, cinema, fotografia, dança e também outras formas de arte como pintura, artesanato e teatro. Sua principal característica é o encontro entre pessoas que tem como objectivo expor o seu lado artístico ou transmitir um pouco do seu conhecimento adquirido no que diz respeito às diversas manifestações culturais. Nesta perspectiva, Palavras são Palavras é um projecto que visa resgatar a cultura de, contar e ouvir histórias, recitar poesias, despertar o gosto pela leitura, incentivar a produção de escrever poemas, escutar músicas, apresentação teatral, desenvolvendo assim o interesse pelos autores, escritores e, principalmente, motivar as pessoa à conhecer a diversidade cultural presente neste belo pais que é Moçambique. No futuro pretendemos levar o projecto a vários locais de Moçambique, sobre tudo nas escolas. Para tal necessitamos de todos o tipo de apoio, patrocínio e parcerias para levar este projecto avante.
(01 de Fevereiro, as 17:30 min em Maputo)
O comerciante da Maxixe, Balesh Moanlal, raptado na passada sexta feira à noite no restaurante “Nacional”, localizado na Estrada Nacional N1, a poucos km do centro da cidade, no sentido norte, continua ainda no cativeiro. Fonte da comunidade hindu da Maxixe disse à “Carta” que a família de Balesh ainda não foi contactada pelos raptores. O caso deu-se por volta das 23 horas, quando três homens mascarados irromperam no “Nacional” e terminaram abruptamente um jantar que reunia amigos maioritariamente comerciantes da comunidade. Quando os mascarados desceram do carro que os transportava, empunhando as armas, os convivas entraram em pânico e puseram-se em fuga.
O dono do restaurante, Subhash Arquissandas, próspero comerciante da Maxixe, um dos herdeiros do Grupo Chizingo, foi baleado na coxa e permaneceu estatelado. De acordo com uma fonte, todos os outros conseguiram fugir, mas Balesh teve um ataque de pânico e deixou-se cair.
Os raptores tentaram levar Subhash, que estava ferido. Não conseguiram carregá-lo. Acabaram por levar consigo Balesh. “O alvo era Subhash”, disseram fontes de “Carta”. Os eventos duraram uns quatro minutos. Os raptores zarparam com Balesh em direcção à zona de expansão da cidade da Maxixe. “Carta” sabe que Subhash, depois de receber tratamento médico no Hospital Rural de Chicuque foi evacuado para Nelspruit. Balesh continua no cativeiro. Os dois empresários estão na casa dos 50 anos.(Carta)
A esposa do empresário de Lichinga, Fazal Lacá, dona Lina, acaba de perder também a vida na sequência dos ferimentos graves que sofrera no acidente de ontem que tirara a vida ao marido. A senhora havia sido ferida gravemente num braço, mas terá sofrido demasiadas contusões causando-a hemorragias internas. O enterro de Fazal Lacá tinha sido adiado para amanhã justamente porque os lideres religiosos locais esperavam que a mulher recuperasse, para ser informada. Lacá era natural de Inharrime, em Inhambane, e tinha 78 anos de idade. (Carta)
Uma carta que Samora Machel Júnior tencionava enviar ao Presidente da República, Filipe Nyusi, através do seu gabinete, acabou circulando nas redes sociais antes de chegar ao destinatário, apurou “Carta de Moçambique” de fontes reputadas. Antes de enviar formalmente a missiva para o gabinete de Nyusi, Samora quis dar conhecimento ao SG da Frelimo, Roque Silva, e aos dois antigos Presidentes da República, designadamente Armando Guebuza e Joaquim Chissano. O documento surgiu circulando sexta-feira à noite nas redes sociais, tendo-se tornado viral ontem de manhã. Fontes de “Carta” asseguram que o documento foi vazado, alegadamente para criar a percepção de que Samora Júnior prefere discutir assuntos com interlocutores do partido na praça pública, ao invés de usar os canais e os palcos internos.
Na sua carta para Filipe Nyusi, Samora Machel apelava o PR à “convocação de uma reunião magna, para discutir, sem reservas e limitações, o estado actual do Partido e do País” e acrescentava que isso era “uma obrigação inevitável à luz do seu mandato”. Subscrevendo a carta como membro do Comité Central da Frelimo, Samora disse que a formação estava a viver uma crise profunda e, por isso, era tempo de “se tomar acções decisivas e voltar a encarreirar o Partido no caminho certo, ao lado do Povo”.
Entre os grandes factores para a crise, Samora elencou vários aspectos, como o envolvimento de altos quadros do partido no esquema de fraude financeira das chamadas "Dívidas Ocultas"; o posicionamento do partido na legitimação das garantias soberanas ilegalmente concedidas; a inclusão dessas dívidas, contraídas por empresas privadas, no orçamento do Estado, fazendo que o seu pagamento atravesse, pelos menos, duas gerações de moçambicanos; o crescimento e a perpetuação da insegurança de bens e pessoas no norte do país, sem capacidade de controlo do crescente extremismo étnico que está evidente; a destruição económica das empresas públicas e privadas da nossa economia; e a degradação de Moçambique nos índices de negócios e corrupção internacionais, entre outros.
Ele referiu-se igualmente ao “aumento do custo de vida com um incremento brutal de taxas e impostos que estão para além da capacidade normal das carteiras moçambicanas, asfixiando o nosso desenvolvimento económico”. E não deixou de recordar a sua exclusão, sem explicação, da corrida eleitoral para a escolha do cabeça de lista da Frelimo para as recentes eleições locais em Maputo, naquilo que interpretou como um “atropelo estatutário”, uma situação que, diz ele, ocorre nos últimos anos a vários níveis da hierarquia, imperando “um desrespeito pelas normas que deveriam servir para o são funcionamento das instituições”. (Carta)
O respeitado empresário de Lichinga, Fazal Lacá, perdeu a vida ontem por volta das 23 horas, após ter sofrido um grave acidente de viação quando saía de uma festa de casamento na companhia da mulher. O acidente aconteceu bem próximo do Hospital Provincial do Niassa. Uma viatura Toyota (pick up de duas cabines) saiu da sua faixa de rodagem e foi embater violentamente no carro conduzido por Lacá, que perdeu a vida poucos minutos após ter dado entrada no hospital com ferimentos graves.
A mulher de Lacá teve um braço fracturado e será operada ainda hoje em Lichinga, de acordo com uma fonte familiar em declarações à “Carta”. Segundo a fonte, a senhora está a passar por mais exames para se apurar doutras eventuais mazelas. Fazal Lacá, já a caminho dos 80 anos, era um carismático empresário local. Sua principal actividade foi o comércio a retalho, mas também "meteu a mão" em sectores como a agricultura, turismo e avicultura.
Foi um actor ferveroso do associativismo empresarial, tendo desempenhado papéis de relevo junto da CTA, um dos quais o de Vogal na anterior direcção do organismo. Foi o fundador da Associação de Hotelaria do Niassa.
A notícia da sua morte espalhou-se rapidamente em Lichinga ontem à noite. Esta manhã, a cidade acordou enlutada, consternada. Lacá era uma referência incontornável na vida empresarial, política e cultura da cidade, uma daquelas figuras eminentes cuja história vai estar eternamente ligada ao nome do Niassa. Ele vestia a rigor, andava sempre de fato e gravata e um chapéu de abas. Vai a enterrar amanhã. (Carta)
O Tribunal Supremo (TS) remeteu finalmente ontem um pedido à Assembleia da República (AR) visando o levantamento da imunidade do deputado Manuel Chang. Na sequência desse pedido, a Presidente da AR, Verônica Macamo, convocou uma sessão da Comissão Permanente para o próximo dia 29, terça-feira. Na argumentação para o pedido da levantamento da imunidade do deputado Chang, o Tribunal Supremo alegada que Manuel Chang é acusado de 7 crimes, nomeadamente burla por defraudação, abuso de cargo ou funções, violação da legalidade orçamental, peculato, corrupção passiva para acto ilícito e branqueamento de capitais.
De acordo com o pedido do Supremo, o levantamento da imunidade do deputado Chang visa a aplicação de uma medida de coação máxima, a prisão preventiva. A solicitação do TS foi promovida no âmbito do processo 1/PGR/2015, que investiga judicialmente o caso das chamadas “dívidas ocultas”, onde Chang foi constituído arguido com outras figuras centrais da orquestração de um endividamento de mais de 2 bilhões de USD. O TS alega que a prisão de Manuel Chang é necessária dado “existir o risco de fuga e perturbação da investigação". Se a Comissão Permanente anuir à solicitação do TS, um mandado de captura vai ser expedido contra Manuel Chang. "Carta" sabe que nos próximos dias a investigação local sobre o caso das dívidas ocultas vai conhecer desenvolvimentos cruciais(Carta).
O Governo sul-africano reagiu na última quarta-feira à morte de Andrew Hannekom, cidadão daquele país acusado de ser um dos financiadores dos insurgentes que aterrorizam Cabo Delgado há dois anos. Num comunicado citado pela Lusa, porta-voz do Alto-Comissariado da África do Sul em Moçambique, Ndivhuwo Mabaya, disse que a Ministra das Relações Internacionais e Cooperação, Lindiwe Sisulu, recomendou que se deve investigar urgentemente os contornos da morte de Andrew Hannekom, que perdeu a vida no hospital provincial de Pemba, onde se encontrava em tratamento desde sábado. Segundo a nota da Lusa, citando Ndivhuwo Mabaya, “a ministra Lindiwe Sisulu orientou o Alto-Comissário a trabalhar urgentemente com as autoridades moçambicanas para se apurar as circunstâncias da morte de Hannekom ”. (O.O.)
As torneiras das Águas da Região de Maputo (AdeM) jorram água com um nível de turvação acima dos padrões, o que deixa consumidores preocupados no que concerne ao uso da mesma. De acordo com um documento facultado à “Carta” pela AdeM, o facto deve-se a reparação feita na conduta de 800mm na estação de tratamento do Rio Umbeluzi, que originou um arrastamento de sedimentos dos tubos e aumentou a turvação da água.
Em relação ao aspecto da água, a AdeM explicou que o mesmo deve-se também a alteração da água bruta do Rio Umbeluzi, que tem perdido a oxigenação por falta de chuvas. Por outro lado, a AdeM constatou durante o processo do controlo da qualidade da água, que a mesma está sendo distribuída com um cheiro forte, contendo algas e por vezes com uma cor acentuada.
Enquanto busca-se por soluções definitivas para este problema, embora o actual sistema de tratamento de água não tenha sido concebido para lidar com esta situação, estão a decorrer actividades de modo a serem retiradas as algas dos rios usando para tal a mão-de-obra local; no entanto, a AdeM garante que a água pode ser consumida porque cumpre com os parâmetros químicos e microbiológicos recomendados pela Organização Mundial da Saúde. (M.A.)
Na manhã de ontem, o pai de Amade Abubakar deslocou-se ao posto policial de Macomia para visitar o jornalista, como tem feito desde a sua prisão; todavia, foi informado que o filho tinha sido transferido para a Cadeia de Máxima Segurança, na cidade de Pemba, também conhecida como “BO de Pemba”. A notícia criou indignação no seio familiar.
O progenitor do jornalista, preso há mais de 19 dias, entrou em contacto com um dos filhos que, de imediato, abordou o advogado de Abubakar. "O advogado confirmou a transferência de Abubakar com todo o processo para a 'BO de Pemba'", relatou o irmão.
Ainda em contacto com a “Carta”, o irmão disse não conhecer as causas que ditaram a transferência de Abubakar. “Neste momento estamos a contactar o advogado para saber se podemos visitá-lo lá ou não. Não sabemos porque se procedeu deste modo”.
Recorde-se que Andre Hanekon, acusado de ligação à insurgência em Cabo Delgado e que morreu há dias, aguardava julgamento na BO de Pemba, para onde foi transferido o jornalista. Amade é indiciado de violação de segredo do Estado por meios informáticos e instigação pública a um crime com uso de meios informáticos, previstos e punidos nos termos dos artigos 322 e 323, todos do Código Penal. (S.R.)