Director: Marcelo Mosse

Maputo -

Actualizado de Segunda a Sexta

BCI
Redacção

Redacção

quarta-feira, 23 janeiro 2019 05:49

“Desmond” devasta cidade da Beira

Um cenário trágico é o que se pode assistir na Beira. A chuva não dá tréguas há dias: ruas intransitáveis, casas alagadas, árvores tombadas, gente desesperada que perde os seus haveres a cada minuto que passa. Este drama surge na sequência da tempestade tropical “Desmond” que vem fustigando a zona centro do país, com especial incidência a província de Sofala.  O Município do Dondo, a paredes-meias com a capital provincial, também se encontra a viver na mesma situação de pânico: enxurradas que não dão tréguas há dias.

 

Na Beira, os moradores queixam-se de até ao momento não terem recebido qualquer tipo de apoio por parte das autoridades. Muitas pessoas tiveram de abandonar as suas casas, por se encontrarem alagadas, tendo procurado abrigo em locais seguros (zonas altas). De referir que em Julho de 2017 foi inaugurado o novo sistema de drenagem do rio Chiveve, na cidade da Beira, uma obra pomposa que consistiu na reabertura do canal e edificação de comportas e bacias de retenção de águas pluviais, com capacidade para 250 mil metros cúbicos, tendo sido construídas casas de máquinas a partir de onde é feito o controlo da entrada e saída das águas do mar.

 

A grande verdade é que este novo empreendimento não tem estado a aliviar os beirenses do martírio provocado pelo “Desmond”. De recordar que a cidade da Beira se situa abaixo do nível das águas do mar. A sua localização geográfica, com grande exposição ao oceano, marés cada vez mais elevadas e um grande nível de erosão costeira, tem feito com que, ciclicamente, situações de mau tempo, conjugadas com tempestades marítimas, provoquem inundações.(Carta)

Um tribunal de Nova Iorque determinou ontem a classificação de "caso complexo" ao processo de investigação às `dívidas ocultas` de Moçambique e agendou uma nova sessão de pré-julgamento para 7 de Fevereiro. A decisão foi comunicada na audiência no Tribunal Federal do Distrito Leste de Nova Iorque, a primeira neste caso e que foi presidida pelo juiz William Kuntz. A classificação de "caso complexo" foi proposta pela procuradoria-geral dos EUA e teve oposição da defesa.

 

Um "caso complexo", onde se conta um grande número de suspeitos, advogados, testemunhas e provas, aponta para uma gestão judicial com um grau de intensidade acrescido e uma duração mais prolongada do julgamento, motivo pelo qual a defesa de Jean Boustani se opôs.

 

A justiça decidiu pela classificação de "caso complexo" devido ao número de arguidos de vários países -- oito arguidos de, pelo menos, cinco nacionalidades: moçambicana, libanesa, búlgara, neozelandesa e britânica. A procuradoria-geral dos EUA, representada por quatro oficiais da justiça e uma inspetora da polícia federal FBI, disse ter juntado mais de um milhão de páginas com transcrições de comunicações, transferências bancárias, históricos bancários dos suspeitos e documentos falsos que irá introduzir até final da próxima semana como material acusatório.

 

Grande parte da sessão foi ocupada pela proposta de colaboração com a justiça do principal suspeito e único que se encontra no território dos EUA, Jean Boustani.

 

Nenhuma decisão foi tomada quanto ao pedido de prisão domiciliária numa residência de alta segurança em Nova Iorque para Jean Boustani e a sua família, sendo a mesma adiada para as próximas audiências.

 

Os procuradores da acusação disseram que uma residência de alta segurança, como a proposta pela defesa de Jean Boustani, é um tratamento diferenciado da Justiça para com arguidos de maior poder económico, sendo uma "prisão privada" de altas condições e cujos oficiais de segurança se podem tornar "empregados" do arguido.

 

A acusação também sustentou que Jean Boustani vai continuar a ter um elevado risco de fuga dos Estados Unidos, se lhe for concedida prisão domiciliária, pelo apoio que tem do dono multimilionário da empresa na qual era negociador, a Privinvest, baseada nos Emirados Árabes Unidos.

 

Segundo os procuradores, o dono da Privinvest poderá obter um documento de identidade falso para Jean Boustani e dar-lhe a oportunidade de fugir. A defesa de Jean Boustani, que considera que o risco de fuga não pode ser concretamente provado, deu os exemplos de vários casos em tribunais federais em Nova Iorque em que os arguidos, que não tinham nenhuma ligação aos EUA, tiveram direito a prisão domiciliária. A nova audiência em Nova Iorque, no dia 7 de Fevereiro às 11:00 locais (18:00 em Maputo), decorrerá dois dias depois da audição do ex-ministro das Finanças de Moçambique em Joanesburgo, África do Sul, Manuel Chang, que enfrenta pedidos de extradição para Moçambique e para os Estados Unidos, ao abrigo das investigações sobre as `dívidas ocultas` de Moçambique. O caso começou em dezembro num tribunal de Nova Iorque e centra-se na figura do negociador Jean Boustani como principal criador de um esquema de corrupção e fraude monetária em Moçambique. (Lusa)

terça-feira, 22 janeiro 2019 17:22

Aly Sicola é o novo PCA da EDM

O Governo indicou o Eng. Aly Sicola Morola Impia para presidir o Conselho de Administração da Electricidade de Moçambique, cerca de 6 meses depois da saída do anterior PCA, o Dr. Mateus Magala. Impia, natural de Pebane, na Zambézia, é um quadro da casa. Já foi Administrador Executivo do Pelouro de Planeamento e Desenvolvimento de Negócios Qualificações Académicas.

 

Seus colegas dizem que ele é um técnico altamente dotado, conhecedor dos meandros da empresa. E nos últimos 10 anos ganhou experiência nas áreas de gestão, fundamentais para a cadeira onde se vai sentar. Também tem capacidade para trabalhar em equipa, de acordo com uma fonte sénior da EDM. Aly Sicola tem uma Licenciatura em Engenharia Electrotécnica pela UEM (1995). 

 

O novo PCA da EDM já ocupou as seguintes pastas: Director de Planeamento de Sistemas (2012 – 2016), Director da Rede de Transporte (2012), Chefe de Departamento de Planeamento e Segurança de Sistemas na DRT (2009 – 2011). Já foi docente em regime parcial na cadeira de Máquinas Eléctricas, na Faculdade de Engenharia da UEM (2009 – 2010). Na empresa trabalhou em diversos departamentos e para além da licenciatura fez vários cursos de curta duração no exterior.

 

No seu perfil da rede social Facebook, Aly Sicola descreve-se da seguinte maneira:  “Sou Engenheiro Electrotécnico, trabalhador da EDM e Docente em tempo parcial na UEM-Engenharias. Visitei alguns países como Suécia, Noruega, Finlândia, França, Portugal, Alemanha e, recentemente (2010), os Estados Unidos de América. Gosto de conversar, ir à praia, restaurantes e uma boa cerveja gelada, de preferência Heineken”. (Carta)

 As obras de construção da estrada que liga o Campo do 1º de Maio, na Av. Milagre Mabote, ao entroncamento de Compone, na Av. Vladimir Lenine, estão a decorrer a passo de camaleão, uma não há consenso entre o Conselho Municipal de Maputo e os proprietários das casas afectadas pelo empreendimento, que se recusam a demolir parte dos seus quintais para dar espaço à nova via. Os trabalhos deveriam ter sido concluídos há um ano. A via “corta” praticamente todo o bairro da Maxaquene, ligando as avenidas Vladimir Lenine e Milagre Mabote. A pavimentação desta rua vai ajudar a diminuir o congestionamento que se verifica, especialmente na Vladimir Lenine, nas horas de ponta.

 

Entretanto, alguns munícipes abrangidos pela obra são unânimes em afirmar que o empreendimento será uma mais-valia, porque poderá alavancar o volume de negócios dos comerciantes daquela zona, devido ao movimento que se verificará após a sua conclusão. Todavia, apelam ao CMM para que sejam colocadas lombas como forma de se evitarem acidentes, para além de se tratar de uma zona onde existem muitas crianças. Ontem à tarde uma criança foi atropelada mortalmente. Antes do acidente de ondem já tinha havido dois atropelamentos. A via terá uma extensão de 3 km e o custo da obra está avaliado em pouco mais de 150 milhões de Mts. (Carta)

A economia de Moçambique deverá manter-se sem grande alteração em 2019, com a taxa de variação do Produto Interno Bruto a perder 10 pontos base relativamente a 2018 para 3,4%, segundo a Economist Intelligence Unit (EIU). O mais recente relatório sobre o país afirma que as dificuldades no acesso ao credito por parte dos produtores agrícolas continuará a impedir a capacidade de crescimento deste sector e a quebra dos preços internacionais do carvão vão representar um travão a novos investimentos na exploração mineira.

 

A EIU menciona igualmente como travões ao desenvolvimento do país os problemas financeiros bem como o elevado montante de pagamentos em atraso por parte do governo que “continuam a pesar fortemente no sector bancário e a minar a confiança dos investidores.” A prazo, particularmente com o início da exploração de depósitos de gás natural na bacia do Rovuma, a economia terá tendência a crescer mais rapidamente, com uma previsão de 4,5% no intervalo 2020/2022.

 

O relatório recorda a existência de um excesso de oferta no mercado mundial de gás natural e que os materiais para a construção das infra-estruturas necessárias para a extracção e processamento do gás natural terão de ser importados na sua quase totalidade, pelo que o impacto na economia do país será limitado. No entanto, o início da extracção de gás no campo Coral Sul, previsto para 2023, fará com que a previsão de crescimento económico nesse ano cresça já para uma taxa de 7,5%, se bem que a influência deste projecto no resto do tecido económico, através da prestação de serviços, deva vir a ser muito limitado. De entre os principais indicadores económicos a taxa de inflação deverá manter-se entre 6,1% este ano e 6,7% em 2023 e o saldo orçamental deverá aumentar de menos 8,0% em 2018 para menos 8,3% este ano, tempo de eleições, até chegar a 2023 com um valor de menos 4,1%. (Macauhub)

Moçambique está entre os cinco países africanos recomendados pela Consultora EXX África como os melhores destinos para investir este ano, juntamente com Angola, Etiópia, Gana e Mauritânia.Citada pela Agencia Lusa, a Consultora afirma que para colocar Moçambique neste lugar baseou-se na pesquisa local metodologia própria de previsões e cálculos relativamente ao risco quantitativo.

 

No documento denominado “Africa Investment Risk Report 2019”, os analistas liderados por Robert Besseling, explicam que a análise "apresenta algumas das nossas previsões de risco para este ano e sinaliza potenciais oportunidades de negócio e novos investimentos”, num conjunto de estimativas que leva em linha de conta "os principais motivos para os riscos político e de segurança e económico, bem como outras tendências de mais longo prazo que podem determinar a trajectória de risco de um país”.

 

Como se pode ver, nesta lista não constam as maiores economias africanas, nomeadamente Nigéria, África do Sul e Egipto. Para os analistas, o facto “pode, ou não ser surpreendente na selecção dos cinco principais países para investir”, mas explicam que além de já terem aparecido em edições anteriores existem questões específicas de cada país, como as eleições muito disputadas na África do Sul e na Nigéria, e a “velocidade de cruzeiro” no Egipto.

 

 Relativamente ao ano passado, a Costa do Marfim saiu da lista devido "às novas pressões orçamentais e à mudança da dinâmica política, mas Angola e Gana continuam solidamente na lista dos favoritos para este ano, que têm também duas apostas em localizações talvez mais “arriscadas”, concluem os analistas, referindo-se a Moçambique, Etiópia e Mauritânia. (Carta)

terça-feira, 22 janeiro 2019 15:06

Renamo reitera que Manuel de Araújo vai tomar posse

A Renamo garante que Manuel de Araújo vai tomar posse como Presidente da edilidade de Quelimane, no próximo dia 7 de Fevereiro. Esta tarde, em conferencia de imprensa, José Manteigas, o porta-voz do partido, disse que a Renamo não vai tolerar “as manobras da Frelimo, que está a usar mecanismos maquiavélicos para assumir o poder em Quelimane”.

 

Ele lembrou que o acórdão do Conselho Constitucional que validou e proclamou a reeleição de Manuel de Araújo em Quelimane é irrevogável e que a recente decisão do TA e do Governo visa apenas “distrair os moçambicanos que estão a acompanhar atentamente o julgamento internacional dos envolvidos nas dívidas ilegais”.

 

A Renamo entende que a perda de mandato de Manuel de Araújo em Quelimane não passa de uma chantagem política do governo da Frelimo, que está a “usar as instituições estatais e judiciais para atacar a vontade do povo”. Para José Manteigas, o que aconteceu na segunda-feira em Quelimane foi “um duro golpe à jovem democracia moçambicana, à Constituição da República, ao Estado de Direito Democrático, ao Memorando de Entendimento do dia 6 de Agosto de 2018, à paz e à reconciliação nacional”.  

 

Manteigas disse que a situação que se assistiu em Quelimane “viola” o direito do povo moçambicano de exercer o poder político através do sufrágio universal. Disse ainda que “houve parcialidade na análise do processo de Manuel de Araújo por parte do Ministério da Administração Estatal e Função Pública e do Tribunal Administrativo”. Manuel de Araújo foi destituído ontem de edil da cidade de Quelimane por vias administrativas e em sua substituição foi empossado, interinamente, Domingos de Albuquerque, Presidente da Assembleia Municipal, que praticamente governará a cidade durante 15 dias.(Omardine Oumar)

terça-feira, 22 janeiro 2019 14:02

Exposição / Reflexo

Reflexo foi o tema que escolhido para esta exposição. Pelo percurso tomado nesta fase em que ultimamente tem sido inspiradora e depois de muitas outras fases, os vislumbres criativos do abstracto são de facto um sentimento de nostalgia. E pela grande saudade, admirada e positiva, a mística de África vem trazendo muita criatividade. Nesta etapa da vida, este é o melhor momento para começar uma excursão e apresentar essa fase, não havendo melhor lugar que a Fundação Fernando Leite Couto para o fazer. Este tema reflectirá muito em África, dando mais destaque a Moçambique, para que se pondere o quotidiano e as suas belezas que tanto nos inspiram.

 

(30 de Janeiro a 25 de Fevereiro, das 18 as 21Hrs na Fundação Fernando Leite Couto)

terça-feira, 22 janeiro 2019 13:52

Cinema / Do Outro Lado (Auf Der Anderen Seite)

Sinopse do filme: Auf Der Anderen Seite

 

Inicialmente, Nejat não aprova o relacionamento de seu pai com a prostituta Yeter, o que muda quando ele descobre que o pai envia constantemente dinheiro para a Turquia no intuito de pagar os estudos da filha dela, Ayten. Nejat cresce apaixonado por Yeter, mas sua repentina morte faz com que ele se afaste de seu pai. Nejat decide ir a Istambul para procurar Ayten, descobrindo que ela se tornou uma activista política e está na Alemanha. O filme conta o destino entrelaçado de seis pessoas de três famílias e duas gerações de descendentes de alemães e turcos. Jogando em ambos os países, é dividido em três partes, cada uma com subtítulo.

 

(23 de Janeiro, as 18 hrs no Centro Cultural Moçambique-Alemão)

O Millennium bim foi, uma vez mais, reconhecido como o Melhor Banco de Moçambique na área de Trade Finance Providers, em 2018. Este galardão foi-lhe atribuído pela prestigiada revista de referência internacional em informação sobre mercados financeiros e análise do sector bancário mundial, Global Finance. A cerimónia de premiação teve lugar há poucos dias, em Londres, Reino Unido, durante o BAFT (Europe Bank to Bank Forum), sendo esta a 3ª vez que o Banco recebe o galardão que destaca o Millennium bim como a melhor instituição bancária do mercado em soluções de Trade Finance disponibilizadas aos seus Clientes, no apoio a operações de comércio internacional.

 

Esta distinção da Global Finance como “Melhor Banco de Moçambique em Trade Finance” junta-se a outros prémios internacionais de relevo atribuídos pela Euromoney e Global Finance, de entre outras instituições, como Melhor Banco de Moçambique e que fazem do Millennium bim a instituição bancária mais premiada do país.

 

Os critérios de selecção da Global Finance para a atribuição do prémio tem como indicadores a qualidade do atendimento, o volume de transacções relacionadas com o comércio, o âmbito da cobertura global, a competitividade dos preços, a disponibilização de produtos, serviços e tecnologias inovadoras, gestão de risco, entre outros.  A escolha da Global Finance foi realizada tendo em consideração as opiniões de reputados analistas do sector, especialistas em tecnologia e quadros seniores de todo o mundo. Esta eleição foi ainda reforçada por um estudo de opinião junto dos leitores da revista internacional, nos quais se encontram os líderes de opinião do mercado financeiro internacional, seguradoras de crédito, empresas, correctores e consultores.

 

De acordo com José Reino da Costa, PCE do Millennium bim, “este prémio vem reconhecer uma vez mais o empenho e qualidade do Banco na promoção de serviços e produtos que tenham um impacto significativo na vida dos moçambicanos. Este prémio reconhece também todo um trabalho conjunto garantido por todos os nossos Colaboradores”. O Millennium bim é o maior grupo financeiro de Moçambique, tendo, actualmente, 1,8 milhões de Clientes. Este indicador revela o reconhecimento dos moçambicanos pelo desempenho do Banco e forte contributo para a bancarização, inclusão financeira das populações, e consequentemente, para o desenvolvimento da economia moçambicana.

 

O Millenium bim é o maior grupo financeiro moçambicano e tem marcado o ritmo de crescimento do sector bancário nacional. No processo de bancarização da economia moçambicana, o Banco está presente em todas as províncias do país e conta hoje com uma vasta rede de balcões, mais de 300 agentes bancários e uma das maiores redes de ATM e POS, e com o contributo dos seus 2.500 colaboradores que servem mais de 1,8 milhões de clientes. O Millennium bim é o primeiro banco moçambicano presente no ranking dos 100 maiores Bancos de África. (Carta)