Director: Marcelo Mosse

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Actualizado de Segunda a Sexta

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Economia e Negócios

EUTM moz fadm min

A formação abrange aspectos técnicos e tácticos com o objectivo global de restabelecer a paz, mas não se limita apenas a questões militares. As unidades das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) seleccionadas para as Forças de Reacção Rápida (QRFs), vistas operacionais eficientes em Cabo Delgado devastado pelo conflito, também recebem instruções sobre direito humanitário internacional e WPS (Mulheres, Paz e Segurança).

 

 Até ao fim do seu mandato, a EUTM MOZ vai treinar e equipar unidades moçambicanas seleccionadas para compor 11 equipas das Forças de Reacção Rápida (seis do Exército e cinco da Marinha) e equipas de controlo táctico (TACP) em simultâneo para apoiar as forças armadas moçambicanas nos esforços para trazer de volta a segurança em Cabo Delgado.

 

A componente essencial para atingir esse objectivo inclui a garantia das melhores condições de formação; aconselhar sobre a logística de aquisição, entrega e gestão dos fundos do mecanismo designado, European Peace Facility (EPF), e o desenvolvimento de um ciclo de gestão do conhecimento sólido e confiável, garantindo a integração das lições aprendidas para o cumprimento da missão.

 

O 4º ciclo de formação da EUTM MOZ teve início a 2 de Maio e terá a duração de 16 semanas (quatro meses). Embora as forças aero-transportadas, terrestres e marítimas tenham as suas próprias especificações de treinamento, todas seguem uma abordagem comum.

 

Isso inclui um teste preliminar sobre habilidades individuais, como formação progressiva do estágio individual ao colectivo, com uma fase final de avaliação de coesão das Forças de Reacção Rápida para oficiais, suboficiais e soldados; uma abordagem abrangente de assuntos relacionados ao DIH (Direito Internacional Humanitário); bem como um módulo de formação de formadores para encorajar as FADM a apoiar a sua própria formação contínua. (Defenceweb)

ane vandalismo

A  Administração Nacional de Estradas (ANE) na província de Maputo tem estado a somar prejuízos por roubos e vandalização dos sinais rodoviários nas pontes e estradas avaliados em cerca de cinco milhões de meticais. Segundo a Delegada da ANE na província de Maputo, Rubina Nurmomed, trata-se de uma situação que já vem acontecendo há algum tempo, onde indivíduos até aqui não identificados vão removendo na calada da noite, ao longo das estradas, sinais de trânsito colocados pela ANE.

 

À imprensa, Rubina disse que a vandalização inclui a remoção dos sinais nas pontes e drifts de onde retiram ainda as barreiras de protecção. Entretanto, suspeita-se que o material removido destes locais esteja a ser usado para o fabrico de panelas fortes. ANE lança um apelo às comunidades residentes nas proximidades destes locais para que denunciem qualquer acto de vandalismo. (Carta)

ciclone freddy col min

A Electricidade de Moçambique (EDM) já investiu cerca de 120 milhões de meticais para a reposição total do sistema eléctrico em algumas províncias do centro do país, depois da destruição causada pelo ciclone Freddy em Março último.

 

De acordo com o comunicado da EDM, 275.004 clientes de nove distritos tinham sido afectados com a falta de corrente eléctrica após a passagem do ciclone Freddy, sendo que a província da Zambézia foi a que mais sofreu.

 

Entretanto, o documento diz que nesta quarta-feira a EDM restabeleceu o fornecimento da corrente eléctrica aos clientes dos distritos de Nicoadala, Posto Administrativo de Macusse e no povoado de Licuar, na Zambézia que ainda se encontravam sem energia desde o mês de Março.

 

O documento refere que ainda existem localidades como de Chirimane que continuam sem corrente eléctrica. Neste momento, equipas da EDM continuam no terreno com o objectivo de garantir energia para esta comunidade e também para as localidades de Zalala, Madal e no povoado de Supinho. A EDM prevê que, até ao fim do presente mês, a situação esteja normalizada naquele ponto do país. (Carta)

pca tmcel mox

O presidente da Comissão de Gestão da empresa Moçambique Telecom (Tmcel), Mahomed Mussá, nomeado esta terça-feira (16), pelos accionistas, para revitalizar a empresa pública de telecomunicações, é um homem bastante experimentado no sector, mas do perfil, não há rastos de que ele tenha salvado qualquer empresa em falência ou totalmente arruinada. Entretanto, passou por três empresas, das quais duas falidas e outra cuja continuidade de operações é actualmente bastante duvidosa.

 

Mahomed Adamo Mussá, nome completo, tem 28 anos de experiência no sector das telecomunicações, dentro e fora do país. É formado pela Universidade Eduardo Mondlane (UEM), entre os anos de 1989 a 2004. O perfil, a que “Carta” teve acesso, é omisso em relação à área de formação de Mussá. Contudo, o perfil detalha que, de Outubro de 1994 a Maio de 2001, ele trabalhou na falida empresa Telecomunicações de Moçambique (TDM). Aqui, Mussá ocupou vários cargos de chefia, nomeadamente, o de Chefe de Departamento - Divisão de Operações de Rede Celular; Gerente de Projecto (Implementação e Expansão da Rede Móvel GSM) e Gerente de Projectos de Transmissão.

 

Das TDM foi para a Mcel, também falida (aliás, estas duas geraram a Tmcel, empresa que ele pretende ressuscitar), onde ficou 13 anos e cinco meses. Aqui, de Novembro de 2001 a Agosto de 2014, Mussá ocupou mais de cinco cargos de chefia. Nos primeiros anos, foi Director Regional (Região Centro), Chefe do Departamento de Operações de Rede; Director Técnico-Adjunto; Director Técnico; Director Regional (Região Norte) e no último (de Abril de 2014 a Agosto de 2014), foi Conselheiro do Conselho de Administração da então Mcel.

 

Durante dois anos (de Setembro de 2014 a Agosto de 2016), o perfil do Presidente da Comissão de Gestão da Tmcel reza que ele foi Membro não-executivo do Conselho da V1 Telecoms (Pty) Ltd, uma empresa de telecomunicações sediada na África do Sul e que até então operava também na Tanzânia, Uganda, Angola e Moçambique. No entanto, não há rastos de estar a operar.

 

Depois de largar a V1 Telecoms (Pty) Ltd na África do Sul, dedicou-se à Consultoria Independente de Negócios de Telecomunicações, na empresa MAM Consultoria (ao que tudo indica, ele é que fundou), de Setembro de 2014 até ao dia da sua nomeação, tendo já oito anos e nove meses. O perfil de Mussá detalha ainda que ocupou dois cargos de chefia na Abaricom Moçambique, nomeadamente, o de Director de Tecnologia e de Director Operacional, de Novembro de 2014 até ao dia da sua nomeação para Presidente da Comissão de Gestão da Tmcel. A Abaricom é uma multinacional do Botswana de Tecnologia da Informação e Serviços.

 

De Novembro de 2021 até ao dia da sua nomeação (um ano e sete meses), Mussá também era Vice-presidente do Conselho Empresarial Indonésia-Moçambique. Contudo, como se pode depreender, ele é um homem largamente experimentado no sector das telecomunicações. Tem 28 anos a trabalhar no sector, dos quais 20 anos, no sector público, e os restantes no sector privado. Todavia, de todo o perfil não consta que ele já revitalizou qualquer empresa em decadência ou falida.

 

Entretanto, se ele tem 20 anos na gestão de telecomunicações públicas, tal sorte não teve Mahomed Rafique Jusob Mahomed, o exonerado Presidente do Conselho de Administração da Tmcel, que liderou a empresa juntamente com Mário Luís Albino e Binda Jocker, durante seis anos.

 

Mahomed Rafique Jusob é formado em Direito e bastante experimentado em Administração Pública. Desempenhou várias funções, como de Director-Geral do Centro de Promoção de Investimentos (2000-2010); Vice-Ministro da Indústria, Comércio e Turismo (1994-2000); Director-Geral da Companhia da Empresa Turismo (1992); Director-Geral da Mocargo (1983); Director Adjunto da ANFRENA (1982). Antes desses cargos, foi funcionário do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), onde de 2013 a 2016 foi Director Executivo.

 

Olhando para o estado actual da Tmcel, depreende-se que Mahomed Adamo Mussá, presidente da Comissão de Gestão e responsável pelas áreas Comercial e Sistemas, Nordino José Wazo, gestor para a área de Operações e Cezerillo Horácio Eugénio Matuce, gestor para as áreas de Administração e Finanças, têm um grande fardo por carregar nos próximos tempos. (Evaristo Chilingue)

renamo parlamento min

A Bancada Parlamentar da Renamo na Assembleia da República entende que a proposta de Lei que cria o Fundo Soberano de Moçambique não espelha e nem garante a transparência de uma gestão criteriosa das receitas provenientes da exploração dos recursos naturais. No seu entender, a lei pode contrariar o objectivo de alavancar a economia e assegurar o bem-estar do povo.

 

Este posicionamento foi feito esta quarta-feira, na Assembleia da República, onde a Renamo diz que a presente proposta de Lei devia prever a criação de uma autoridade do Fundo Soberano dotada de personalidade jurídica e autonomia administrativa e financeira, que confere uma gestão transparente para os moçambicanos. Segundo o Partido Renamo, o Fundo Soberano não deve ser uma conta ou uma carteira de activos financeiros, mas sim uma entidade acima de qualquer suspeita e deve ser constituído por receitas de todos os projectos sobre a exploração dos recursos naturais esgotáveis do país.

 

A Bancada entende ainda que o Fundo não deve estar sob gestão do Banco de Moçambique por este não garantir um perfil criterioso e transparente e por ter alguns dos seus quadros seniores envolvidos no escândalo das dívidas ocultas, o que poderá não garantir alguma transparência.

 

Por estas e outras razões, a Bancada da Renamo na Assembleia da República não aprovou a Proposta de Lei que cria o Fundo Soberano. (Marta Afonso)

Zimbabwe nyusi min

Dezenas de simpatizantes da ZANU PF em todo o país deslocaram-se ontem ao aeroporto internacional Robert Mugabe para receber o Presidente Filipe Nyusi, que se encontra no país para uma visita de Estado de três dias. Durante a sua visita, o Presidente Nyusi deverá presidir à cerimónia de lançamento da pedra do Monumento a Samora Machel na Cidade da Libertação, actualmente em construção em Harare.

 

Outros assuntos da agenda incluem o fortalecimento da cooperação bilateral em áreas como indústria e comércio, energia, agricultura, turismo, TIC, meio-ambiente e educação, ciência e tecnologia.

 

Entretanto, todo o tráfego aéreo foi impedido de sair do Aeroporto Internacional Robert Mugabe, enquanto os apoiantes da ZANU PF cantavam e dançavam para o Presidente Mnangagwa, quando este aguardava a chegada do Presidente moçambicano. Os pilotos foram instruídos a esperar nos seus aviões, de acordo com o capitão do voo Air Link, que estava para voar de Harare para Joanesburgo. Alguns passageiros podem ter perdido os seus voos de ligação por causa da medida.

 

Alguns internautas reagiram nas redes sociais dizendo que não é assim que as coisas devem ser feitas. A pompa política não deve interferir no movimento do tráfego aéreo. É uma clara interferência na gestão do serviço público. Este é abuso de poder e definitivamente inaceitável ―. (Carta)