É já amanhã, 20 de Dezembro, que mais de 30 milhões de moçambicanos irão saber que avaliação o Chefe de Estado faz do ano de 2022, que está prestes a findar. Em cumprimento do plasmado na alínea b) do artigo 158 da Constituição da República, Filipe Jacinto Nyusi dirige-se amanhã à Assembleia da República para prestar o seu Informe Anual sobre o Estado Geral da Nação.
Naquele que será o antepenúltimo Informe anual de Filipe Nyusi aos deputados e à sociedade moçambicana, constitui expectativa das diversas forças vivas da sociedade saber se o Estado Geral da Nação é ou não satisfatório.
Lembre-se que desde 2016 que o Presidente da República não diz aos moçambicanos se o país está bom ou não, embora a maioria defenda que Moçambique não goza de boa saúde. No seu Informe de 2021, por exemplo, Filipe Nyusi disse que o Estado Geral da Nação era de “auto-superação, reversão às tendências negativas e conquista da estabilidade económica” sem, no entanto, dizer se era bom ou mau.
Num ano marcado pelo agravamento do custo de vida, é expectativa dos moçambicanos ouvir a avaliação do Chefe de Estado em torno da implementação do Pacote das Medidas de Aceleração Económica, anunciadas em Agosto último, com o objectivo único de minimizar o elevado custo de vida.
Também é do interesse dos moçambicanos saber em que estágio está o combate aos ataques terroristas na província de Cabo Delgado, tal como os passos já dados na implementação do processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR) dos guerrilheiros da Renamo.
O combate à corrupção e ao crime de raptos são outros temas que também alimentam debates quotidianos na sociedade, num momento em que se nota uma relativa frustração da sociedade em relação aos resultados do julgamento do caso das “dívidas ocultas”. (Carta)