A Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) volta a realizar, em Novembro próximo, a conferência anual do sector privado (CASP), depois de adiar o evento, em 2020, por causa da pandemia da Covid-19. Para o evento deste ano, a CTA leva uma carteira de diversos negócios avaliada em 850 milhões de USD. 

A informação foi avançada na última quinta-feira (09) em Maputo, enquanto a organização procedia ao lançamento da XVIIª edição da CASP 2021, a realizar-se sob o lema “Transformar o Ambiente de Negócios para a Recuperação Económica”.

O evento irá decorrer na capital do país, de 22 a 24 de Novembro que se aproxima, num modelo híbrido, isto é, presencial e virtualmente. A conferência será constituída por três principais componentes, nomeadamente, diálogo público-privado, mercado e cimeira de investimentos. Falando na ocasião, o Presidente da CTA, Agostinho Vuma, sublinhou que, como inovação, a conferência vai ser palco em que o sector privado irá passar a anunciar os investimentos e agenda de reformas para o ano seguinte. 

Segundo Vuma, a XVIIª CASP vai congregar mais de cinco mil participantes, desde empresários, banca nacional e internacional, Governo e investidores estrangeiros. “Para esta edição, esperamos uma carteira de negócios de demanda de 850 milhões de USD nas áreas de agro-negócio, indústria, turismo e infra-estruturas e energias. Até hoje temos 10 instituições financeiras internacionais que aderiram à conferência anual do sector privado, com destaque para o Banco Africano de Desenvolvimento, Banco Mundial, o Trade Development Bank, entre outros”, disse o Presidente da CTA.

Para o Ministro da Indústria e Comércio, Carlos Mesquita, a retoma da realização da CASP, depois de não ter sido realizada, em 2020, devido às medidas de prevenção e mitigação da Covid-19 é um sinal claro de que o diálogo público-privado não se deve vergar perante a pandemia. 

“Este exercício deve ser mais uma arma para o combate a mesma (pandemia), pois, de facto, a interacção entre os empresários, governos, parceiros de cooperação permite que, de uma forma estruturada e coordenada, possamos identificar as necessidades das nossas intervenções para reformar o ambiente de negócios para garantir a recuperação empresarial económica”, afirmou Mesquita. 

O governante reiterou o compromisso do Executivo de continuar a atrair investimentos para o país e aprofundar o diálogo com o sector privado. Por fim, encorajou o envolvimento de toda a classe empresarial, parceiros de cooperação e as forças vivas da sociedade para a materialização do evento. “Com estas palavras, declaro lançada a XVII^a Conferência Anual do Sector Privado”, concluiu Mesquita. (Evaristo Chilingue)