O conjunto de dívida e obrigações da Vodafone M-pesa SA. (M-pesa), para com os clientes, fornecedores ou ao Governo, em impostos (o que em contabilidade expressa-se em passivos) continuou elevado no ano passado, quando comparado ao total de activos (bens, como o dinheiro em caixa, entre outros direitos da empresa).
Em demonstrações financeiras anuais, referentes ao ano económico do M-pesa, findo a 31 de Dezembro de 2019 e, a que “Carta” teve acesso, consta que, os passivos da empresa baixada de 4,3 mil milhões de Meticais em 2018, para 3,8 mil milhões de Meticais em 2019.
Entretanto, algo chama atenção. Que os 3,8 mil milhões de Meticais são 70% do total de activos da empresa, avaliados, até à data, em 5,4 mil milhões de Meticais. É uma percentagem relativamente elevada.
Divulgadas há dias, as demonstrações financeiras do M-pesa reportam que dos referidos passivos, pouco mais de 3 mil milhões de Meticais são “recursos dos clientes” e, o valor remanescente é referente a diversos “impostos” ao Governo e, entre “outros passivos”.
Todavia, nesse quadro financeiro, o M-pesa (detido pela Vodacom Moçambique) consegui receita avaliada em 4.3 mil milhões de Meticais, contra 2.8 milhões de Meticais registados em 2018, e o lucro depois do imposto avaliado em 895,4 milhões de Meticais contra 394,8 milhões de Meticais, conseguidos em 2018.
A nossa fonte demonstra ainda que de 2018 ao ano em análise, o número de clientes do M-pesa cresceu 14% de antes 3.7 milhões para atingir 4.3 milhões. Os agentes (M-pesa) activos cresceram 27% atingindo 31.401 agentes activos em comparação com 24.729 em 2018.
“A Empresa registou um total de 1.236 milhões de transacções (2018: 926 milhões) realizadas por clientes durante o exercício financeiro de 2019, representando um crescimento anual de 33%. Um crescimento semelhante foi alcançado para os valores das transacções, com um total de 429 milhões de MT (2018: 277,3 milhões de MT), um crescimento de 55% entre as carteiras durante o exercício”, relatam as demostrações financeiras do M-pesa que também afirma pretender expandir os serviços e garantir que a maioria dos moçambicanos tenha acesso a serviços financeiros básicos.
Em relação à crise pandémica, os administradores do M-pesa reconhecem as incertezas que a Covid-19 traz para o mercado global e particularmente nacional, mas reafirmam a certeza de continuar em continuar em actividade. (Evaristo Chilingue)