Director: Marcelo Mosse

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Actualizado de Segunda a Sexta

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Economia e Negócios

A Sociedade Dugongo, principal produtora de cimento no sul de Moçambique, está a enfrentar um problema técnico com o extractor dos fornos de produção de cimento na sua fábrica, localizada no distrito de Matutuine, na província de Maputo, refere uma nota imprensa da empresa recebida na nossa redacção.

 

Tal problema, diz a nota, “traduz-se na libertação de pó de calcário através de extractores do ar para a uma chaminé de dissipação”. 

 

A Dugongo garante que a situação está circunscrita à fábrica e seus arredores e não representa perigo à saúde pública, pois pode ser mitigada através do uso de máscara ou fecho de portas e janelas das residências.

 

“Não obstante, no âmbito das medidas de monitoramento e mitigação inseridas no nosso Plano de Gestão Ambiental e Social, as nossas equipas técnicas estão a trabalhar afincadamente para resolver o problema e no domingo, dia 20, terá início o processo de substituição da peça, esperando-se que a partir da próxima 6af, dia 25, parem as emissões das partículas poluentes e se normalize a situação”, lê-se na nota.

 

A empresa informa que “o prazo deve-se à especificidade dos fornos industriais, que só podem ser ligados e desligados de forma gradual. Neste, momento, os fornos da fábrica de Matutuine estão com uma redução de 80% da sua capacidade de produção com vista a acautelar esta situação”.

 

A Dugongo promete manter o público informado sobre este processo, “no âmbito do seu compromisso com o interesse público com vista a acautelar esta situação, bem como evitar que haja uma subida do preço de cimento no mercado”.(Carta)

Monta Engil min

O Governo moçambicano anunciou que três empresas, incluindo a portuguesa Mota-Engil, estão a realizar obras de emergência para reabilitação das zonas críticas da Estrada Nacional 1 (N1), tentando resolver os problemas de trânsito da principal via rodoviária do país.

 

"Nós adjudicámos a estas empresas e esperamos que os trabalhos decorram sem sobressaltos e com celeridade", disse o ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, Carlos Mesquita, durante a visita a Caia, Sofala, centro de Moçambique.

 

O governante visitou o troço da N1 entre Nhamapadza e Caia, e explicou que os trabalhos, a realizar pelos empreiteiros Karina Construções, Concity e Mota-Engil África, consistem na remoção de asfalto em algumas secções e no tapar de buracos noutras.

 

"Nas secções onde os empreiteiros estão a remover o asfalto, usam o mesmo para misturar com outros materiais para permitir a resistência necessária", explicou o ministro.

 

O governante revelou que as obras arrancaram este mês e já permitiram recuperar um terço dos 77 quilómetros a serem intervencionados.

 

A N1 atravessa o país, ligando a cidade de Pemba, na província de Cabo Delgado (norte), à cidade de Maputo (sul), com 2.477 quilómetros, mas em vários pontos apresenta-se quase intransitável.

 

"Viemos testemunhar 'in loco' os trabalhos que estão ser efetuados nesta via que liga o norte ao sul do país (…) Constatamos que as mesmas estão a decorrer sem sobressaltos, sendo que os empreiteiros estão a esforçar-se para terminar no período previsto", afirmou.

 

O ministro acrescentou que apesar de a empreitada estar a decorrer sem sobressaltos, as empresas deverão ainda criar equipas adicionais para a intervenção nos troços mais críticos, para acelerar o ritmo das obras.

 

Segundo o governante, os empreiteiros estão a privilegiar a componente de drenagem, com vista a permitir o escoamento das águas pluviais.

 

"Após a finalização das obras, esta estrada vai dinamizar a economia do país, sendo que os residentes nas áreas adjacentes à N1 e os passageiros estão ansiosos em ver as obras a terminar", referiu.

 

Carlos Mesquita revelou igualmente que os empreiteiros na N1, além de executar os trabalhos em curso assumiram o compromisso de se manterem no terreno durante a época chuvosa, que começa em outubro, para que possam responder a situações pontuais.

 

Na mesma ocasião, Carlos Mesquita pronunciou-se sobre o troco Inchope-Save, tendo revelado que o concurso público para a adjudicação das obras de reabilitação foi lançado na segunda-feira e que dentro de 30 dias será escolhido o empreiteiro.

 

"Esperamos que o empreiteiro comece a mobilizar os equipamentos em meados ou finais de setembro", indicou o governante, revelando ser importante que as obras se iniciem antes da época chuvosa que se aproxima.(Lusa)

BNI informa min

Com o objectivo de dinamizar as exportações que garantem a entrada de divisas ao país, o Banco Nacional de Investimento (BNI) disponibilizou esta quarta-feira (16), em Maputo, uma linha de financiamento no montante de 25 milhões de USD para os próximos cinco anos.

 

Falando no lançamento da linha, a Chefe da Unidade de Desenvolvimento de Negócios no BNI, Ancha Omar, explicou que o financiamento resulta de uma parceria com o Banco Afreximbank e é dedicado apenas às Pequenas e Médias Empresas (PME).

 

Segundo Omar, para ter acesso ao financiamento, os empresários devem ser exportadores e possuir as credenciais/licenças para o efeito; actuar nos sectores produtivos (com destaque para o agro-negócio, indústria ligeira, processamento alimentar e logística); ter situação fiscal regularizada; dispor de situação líquida positiva no último balanço aprovado e não apresentar dívidas não regularizadas na banca comercial.

 

Durante a apresentação, a Chefe da Unidade de Desenvolvimento de Negócios no BNI precisou que a taxa mínima é de 500 mil USD e a máxima de 6.5 milhões de USD. Os empréstimos em dólares, detalhou Omar, têm uma taxa de juro que varia de 13.5% a 15.5%.

 

Falando dos objectivos da linha, ela disse que o BNI pretende com o financiamento permitir às PME o acesso a recursos financeiros para alavancar os seus negócios, fortalecendo assim a economia local; aumentar a capacidade das PME de expandir as suas operações e alcançar novos mercados; aumento das exportações e contribuir para a entrada de divisas no país, bem como reduzir a dependência das importações. (Carta)

sexta-feira, 18 agosto 2023 06:41

Preços continuaram a cair em Julho passado

inflacao mercado mz min

Os dados recolhidos em Julho último, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) nas Cidades de Maputo, Beira, Nampula, Quelimane, Tete, Chimoio, Xai-Xai, Maxixe e Cidade de Inhambane, quando comparados com os do mês anterior, indicam que o país registou uma deflação (queda de preços) na ordem de 0,34%.

 

Segundo o INE, a divisão de alimentação e bebidas não alcoólicas foi de maior destaque, ao contribuir no total da variação mensal com cerca de 0,49 pontos percentuais (pp) negativos. Analisando a variação mensal por produto, a autoridade destacou a queda dos preços do tomate (10,8%), da cebola (7,3%), do coco (5,6%), da couve (4,9%), da alface (8,6%), do amendoim (3,6%) e do repolho (10,6%). Estes contribuíram no total da variação mensal com cerca de 0,67pp negativos.

 

“No entanto, alguns produtos, com destaque para o milho em grão (13,0%), o peixe seco (4,4%), os veículos automóveis ligeiros em segunda mão (3,36%), o peixe fresco (0,9%), as refeições completas em restaurantes (0,5%), o vinho (4,9%) e as cervejas para o consumo fora de casa (0,9%), contrariaram a tendência de queda de preços, ao contribuírem com cerca de 0,34pp positivos no total da variação mensal”, lê-se no comunicado do INE.

 

De Janeiro a Julho do ano em curso, a autoridade refere que o país registou um aumento de preços na ordem de 2,22%, motivado pelas divisões de alimentação e bebidas não alcoólicas, de transportes e de restaurantes, hotéis, cafés e similares, que tiveram maior aumento de preços ao contribuírem com 0,72pp, 0,38pp e 0,32pp positivos, respectivamente.

 

Em termos homólogos, os dados do mês em análise, quando comparados com os de igual período de 2022, indicam que o país registou um aumento de preços na ordem de 5,67%, por influência das divisões de bens e serviços diversos e de educação, que foram as que tiveram maior aumento de preços ao variarem com 17,63% e 14,13%, respectivamente.

 

Analisando a variação mensal pelos centros de recolha, que serviram de referência para a variação de preços do país, o INE notou que, em Julho findo, todos os locais tiveram uma deflação. As cidades de Maxixe e Inhambane destacaram-se com uma queda de 0,75%, seguida da Cidade de Chimoio com 0,67%, de Xai Xai com 0,46%, da Beira e de Tete com 0,40% cada e, por último, as Cidades de Nampula, de Maputo e de Quelimane com 0,25%, cada. (Carta)

quinta-feira, 17 agosto 2023 17:20

HCB e EDM assinam contrato de mútuo financiamento

hcb assi
A Hidroelétrica de Cahora Bassa (HCB) e a Electricidade de Moçambique (EDM) assinaram, na tarde de ontem, 16 de Agosto de 2023, em Lichinga, um contrato de mútuo financiamento que estabelece os termos e condições da disponibilização de um montante de pouco mais de três milhões de dólares americanos ao orçamento do Gabinete do Projecto Hidroeléctrico de Mphanda Nkuwa.

Este montante é correspondente à comparticipação da EDM, em cumprimento do previsto no artigo sétimo, número um, do Diploma Ministerial n.o 18/2019, de 7 de Fevereiro (“Mútuo”), e deve ser reembolsável até ao fecho financeiro do Projecto.

Os custos de desenvolvimento do Projecto suportados pela EDM e pela HCB, empresas mandatadas pelo Governo para desenvolver e implementar o Projecto da Central Hidroeléctrica de Mphanda Nkuwa, deverão ser contabilizados como adiantamentos ao capital social das sociedades de objecto específico a serem constituídas para o desenvolvimento do Projecto de Mphanda Nkuwa.

Este acordo foi rubricado pelos PCAs das empresas HCB, Dr. Tomás Rodrigues Matola, e da EDM, Eng. Marcelino Gildo Alberto. A cerimónia contou com a presença do Ministro
dos Recursos Minerais e Energia, Dr. Carlos Zacarias, em representação do Governo de Moçambique e outros membros do corpo de gestão das duas empresas. (Carta)

banco moz min
Os desembolsos de empréstimos externos a Moçambique caíram para 120 milhões de dólares (110 milhões de euros) no primeiro trimestre, menos de metade face ao igual período de 2022, segundo dados do banco central compilados pela Lusa.

De acordo com dados de um relatório estatístico do Banco de Moçambique, relativo ao primeiro trimestre, esta evolução “reflete uma redução na contratação de dívida externa”, globalmente de 55,8%, tendo em conta os desembolsos totais de 271,5 milhões de dólares (248,8 milhões de euros) no primeiro trimestre de 2022.

O documento, deste mês, explica que os desembolsos de empréstimos externos à Administração Central, para o setor público, caíram 63,2% em termos homólogos, para 12,9 milhões de dólares (11,8 milhões de euros), neste caso “devido à redução registada nos créditos multilaterais para projetos (53,6%), maioritariamente desembolsados pela International Development Agency”, que contraíram 92,8%.

 

No setor privado registou-se “uma redução do endividamento”, em 54,7% face ao primeiro trimestre de 2022, para 107,1 milhões de dólares (98,5 milhões de euros), “determinado, principalmente, pela diminuição da procura de recursos financeiros externos por parte dos GP [Grandes Projetos] em 100%”.

 

“Num contexto em que os empréstimos externos contratados por ‘Outros Setores da Economia’ incrementaram em 9,9%, com ênfase para o ramo de transportes e comunicações e de agroindústria”, explica ainda o relatório do Banco de Moçambique.

 

O documento acrescenta que as responsabilidades e obrigações financeiras com o serviço da dívida externa – que incluem pagamento de capital e juros – “incrementaram em 35,4%” no primeiro trimestre de 2023, somando 230,9 milhões de dólares (212,2 milhões de euros), justificado pelo aumento dos pagamentos do Estado, em 213,2 milhões de dólares (196 milhões de euros), e do setor privado, em 17,7 milhões de dólares (16,3 milhões de euros), o que corresponde a um aumento de 29,7% e mais de 100%, respetivamente.

 

O Estado moçambicano fechou o primeiro trimestre com um ‘stock’ de dívida pública total de quase 14.490 milhões de dólares (13.141 milhões de euros), uma ligeira de redução, de 0,1%, face ao último trimestre de 2022. De acordo com o balanço económico e social da execução do Orçamento do Estado de janeiro a março de 2023, do Ministério da Economia e Finanças, o 'stock' da dívida externa mantém “a tendência de estabilização”, tendo até “reduzido em 2%”, para o equivalente a 634.972 milhões de meticais (9.015 milhões de euros).

 

O Governo moçambicano aprovou anteriormente a denominada Estratégia de Gestão da Dívida pública 2023-2026, que orienta as opções de endividamento ao longo dos próximos anos e para “trazer os limites para os indicadores de sustentabilidade da dívida na contração de créditos".

 

Prevê, ao nível de dívida externa, “privilegiar o financiamento na modalidade de donativos” e “na modalidade de créditos altamente concessionais para projetos rentáveis”, enquanto na dívida interna a prioridade passa por “privilegiar a emissão de Obrigações de Tesouro de maturidade longa”.(Lusa)

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