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Redacção

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segunda-feira, 01 julho 2019 15:15

Música / Tégui

Tégui é uma jovem cantora e compositora moçambicana de música R&B e soul. Silke Teresa Guilamba é da geração dos anos 90 em Maputo e desde pequena cultivou o gosto pela música influenciada pelo pai, amante de R&B, Soul e MPB. Foi com a música “Fallin” de Alicia Keys que começou a descobrir seu talento e veio a ganhar em 2008 um concurso de música na sua escola, passando de Silke para Tégui (Junção de Teresa e Guilamba). Em 2010 actuou no seu Baile de Finalistas e gravou a sua primeira música intitulada “Sinceridade” e uma a solo intitulada “Say Yeah”.

 

(05 de Julho, às 18Hrs na Fundação Fernando Leite Couto)

A Renamo, o maior partido da oposição no xadrez político nacional, elegeu, entre sexta e sábado, em conferências provinciais, os candidatos a Governadores de província, tendo em vista as Eleições Gerais, aprazadas para 15 de Outubro próximo. As referidas conferências serviram, igualmente, para a escolha dos candidatos a deputados da Assembleia da República (AR).

 

A viagem do papa Francisco a Moçambique, de 04 a 06 de setembro, inclui uma missa no maior estádio do país, um encontro inter-religioso e uma visita a um hospital, entre várias iniciativas, segundo o programa hoje divulgado pelo Vaticano.

 

A chegada do papa está marcada para sexta-feira, dia 04 de setembro, às 16:30 (menos uma hora em Lisboa), com uma cerimónia de receção no aeroporto internacional de Maputo.

 

No dia seguinte, Francisco fará uma visita de cortesia ao Presidente da República, Filipe Nyusi, no Palácio de Ponta Vermelha, no centro da capital, seguindo-se um encontro com as autoridades, sociedade civil e corpo diplomático, no mesmo local.

 

Dali a poucos quilómetros, já na baixa de Maputo, o líder da igreja católica dirige depois um encontro inter-religioso com jovens no pavilhão desportivo de Maxaquene.

 

Após um almoço na Nunciatura, o papa Francisco encontra-se com bispos e sacerdotes e outros membros da comunidade católica na Catedral da Imaculada Conceição.

 

Para sexta-feira, dia 06 de setembro, estão agendados eventos na periferia de Maputo: uma vista ao Hospital do Zimpeto e uma missa no Estádio do Zimpeto - o maior e mais moderno estádio do país - seguindo-se uma cerimónia de despedida no aeroporto de Maputo com saída para Madagáscar pelas 12:40.

 

A vista papal a África vai continuar até dia 10 de setembro passando por Madagáscar e ilhas Maurícias.

 

No caso de Moçambique, esta será a segunda visita de um papa, 30 anos depois de João Paulo II. (Lusa)

A consultora Economist Intelligence Unit (EIU) prevê uma recessão de 2,2% este ano em Moçambique devido aos efeitos dos ciclones na economia, que deverá recuperar em 2020, com um crescimento "modesto" de 2,7%.

 

"Houve prejuízos extensos nas infraestruturas, construções, portos e agricultura devido aos ciclones, que deverão pesar fortemente na economia neste e no próximo ano", avisam os consultores da unidade de análise económica da revista britânica The Economist, os únicos entre as principais consultoras a anteverem uma recessão no país este ano.

 

Numa análise à economia moçambicana, enviada aos clientes e a que a Lusa teve acesso, os analistas da Economist escrevem que o crescimento de Moçambique deverá "recuperar de forma modesta" em 2020, com uma expansão de 2,7%, acelerando para uma média de 4,6% entre 2020 e 2022, ainda assim abaixo da média superior a 7% dos anos antes da descida do preço das matérias-primas e da crise das dívidas ocultas.

 

A indústria do gás será um dos principais motores do crescimento da economia, diz a EIU, apontando os investimentos da Eni, ExxonMobil e da Anadarko como exemplos de grandes petrolíferas mundiais que preparam avultados investimentos no país, "o que deverá tranquilizar outros investidores e melhorar a confiança na economia".

 

No entanto, alertam, "a construção dos equipamentos implica enormes importações e, como resultado, a contribuição direta do gás natural liquefeito para o crescimento económico será limitado até a produção começar, o que deverá acontecer a partir de meados da próxima década".

 

Ainda assim, ressalvam, "o início da produção do campo Coral, que deverá acontecer em 2023, vai aumentar o crescimento no final do período da análise, levando a uma expansão real do PIB de 7,5% nesse ano".

 

A inflação deverá aumentar este ano, para 7,1% "devido às pressões resultantes das graves perturbações no setor agrícola, que obriga a significativas importações alimentares, aumentando ligeiramente para 7,2% em 2020 e mantendo-se perto dos 6% até 2023.

 

O metical deverá continuar a descer de valor face ao dólar, "devido à inflação elevada e défices no orçamento e na balança corrente", devendo valer, em média, 64,7 por dólar este ano, desvalorizando-se continuamente até serem necessários 69,4 meticais por dólar em 2022.

 

Do ponto de vista político, a análise da EIU salienta o domínio das eleições presidenciais e parlamentares em 15 de outubro e as negociações de paz entre os dois principais partidos políticos no país

 

"A Frelimo [Frente de Libertação de Moçambique], partido no poder, vai ter de conseguir suplantar as frustrações dos eleitores sobre o alto nível de desemprego e as limitadas oportunidades económicas, com a política orçamental a continuar a tentar aumentar os padrões de vida para estancar estas tensões", escrevem.

 

A Frelimo, dizem, "vai continuar a exercer o seu domínio do espaço político e a sua influência sobre as instituições estatais e a comunicação social vai ser uma vantagem" e, por isso, esperam que vença as eleições de outono.(Lusa)

A fundação Suíça, denominada Global Aliance for Improved Nutriction (GAIN), que trabalha em Moçambique, desde 2011, no âmbito do desenvolvimento nutricional, revela que uma em cada três pessoas é mal nutrida, em todo o mundo, sendo que, neste grupo, 821 milhões sofrem de desnutrição crónica.

 

A informação consta do relatório intitulado “Análise situacional sobre a nutrição no local de trabalho em Moçambique”, divulgado semana passada, pela organização em parceria com a Confederação das Associações Económicas (CTA), no qual sublinha ainda que a desnutrição é responsável pela morte de 3,1 milhões de crianças menores de cinco anos, para além de deixar cerca de 165 milhões de crianças desnutridas.

 

Para GAIN, a desnutrição, em Moçambique, é uma questão que afecta todos os grupos etários espalhados por todo o país, causando problemas tanto para o bem-estar dos indivíduos, como manifestados, através de impactos sociais mais amplos.

 

De acordo com o documento, estima-se que, no país, cerca de 16 milhões de Mts do Produto Interno Bruto (PIB) tenham sido perdidos, devido à desnutrição e perda na produtividade. Acrescenta ainda que, anualmente, o governo gasta cerca de 62 milhões de Mts no combate contra este mal.

 

O estudo afirma, ainda, que Moçambique é um país com uma população com rápido crescimento, entretanto, esse crescimento é dificultado pela desnutrição e subnutrição.

 

O relatório indica, igualmente, que 54 por cento de todas as mulheres em idade reprodutiva têm anemia, 8 por cento das mães ainda estão abaixo do peso, 5 por cento dos adultos são obesos e 23 por cento dos adultos estão acima do peso a nível nacional.

 

As previsões da GAIN apontam que o nosso país continua a ser um dos países mais vulneráveis do mundo. A desnutrição de micronutrientes é um grande impedimento para o desenvolvimento sócio-económico e contribui para um ciclo vicioso de subdesenvolvimento, em detrimento de grupos já desprivilegiados. (Marta Afonso)

O Presidente do Conselho de Administração da Bolsa de Valores de Moçambique (BVM), Salim Valá, diz que o processo de subscrição para a compra, pelos moçambicanos, dos 2,5 por cento (um terço do total de 7,5 por cento) de acções da Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB), está a decorrer conforme previsto.

 

Iniciada a 17 de Junho passado, a subscrição termina a 12 de Julho corrente. “A Oferta Pública de Venda está a correr devidamente, conforme esperado”, disse Valá na última sexta-feira (28 de Junho) à margem do lançamento do livro “Economia Moçambicana Numa Encruzilhada?”, de que é autor.

 

Entretanto, alegando questões éticas, o PCA da BVM negou dar detalhes sobre o assunto, como é o caso do número de pessoas subscritas.

 

“Por uma questão ética, não me posso pronunciar, mas depois do período de subscrição, em sessão especial de Bolsa, vamos apresentar os resultados ao público”, garantiu Valá.

 

Em representação da Comissão Coordenadora da Oferta Pública de Venda de acções da HCB, o Presidente do Conselho Executivo do Banco Comercial e de Investimentos (BCI), Paulo de Sousa, disse também, e evocando a mesma razão, não ser momento oportuno para tecer comentários a respeito do assunto, sob risco de influenciar a operação.

 

A subscrição para a compra de acções da HCB é feita através das plataformas disponíveis, nomeadamente, balcões dos bancos intermediários (BCI e Banco de Investimento Global), por uma aplicação parasmatphones e a tecnologia USSD destinada, especialmente, aos cidadãos nacionais que se encontrem nas zonas recônditas e que não tenham conta bancária.

 

Os 2,5 por cento de acções, que a HCB oferece, nesta primeira fase, correspondem a 686 milhões de acções e cada está a ser vendida através da BVM, a um preço fixo de 3 Meticais (Mts). Das acções disponibilizadas, nesta fase, a maior produtora de energia eléctrica, no país, espera embolsar dois mil milhões de Mts, que se destinarão ao reforço da capacidade financeira da empresa, os seus planos de investimento e crescimento. (Evaristo Chilingue)

segunda-feira, 01 julho 2019 06:19

Salim Valá defende diversificação da economia

O Presidente do Conselho de Administração (PCA) da Bolsa de Valores de Moçambique (BVM), Salim Valá, diz que os recursos naturais que abundam, em Moçambique, são importantes para o desenvolvimento, mas é necessária a diversificação da economia nacional.

 

Falando, na última sexta-feira (28), em Maputo, à margem do lançamento do seu livro intitulado “Economia Moçambicana numa Encruzilhada?”, Valá disse que os recursos minerais, com destaque para o gás natural a ser extraído na Bacia do Rovuma, província de Cabo Delgado, permitirão, a breve trecho, muitos recursos financeiros ao país, mas podem não ser a solução da pobreza.

 

“Por isso, é preciso continuar-se a trabalhar para a diversificação da economia. É necessário um apoio às pequenas e médias empresas, às mulheres e jovens. Temos de dar instrumentos aos empreendedores para poderem enfrentar os desafios do presente e do futuro, num mundo globalizado”, defende Valá, apelando tanto ao Governo, assim como ao sector privado, que opera no país.

 

A diversificação da economia é uma das várias questões que Valá aborda no seu sexto livro que, na essência, debate sobre três temas, nomeadamente, políticas económicas, bolsa de valores e desenvolvimento territorial. Em cada capítulo, “apresento, de forma aberta, os problemas, mostrando, o que está a acontecer no terreno e o que temos de fazer para solucionar os problemas”, explica a fonte.

 

Publicado no dia em que o autor celebrava o quinquagésimo aniversário natalício, o livro termina sem conclusão sobre se Moçambique está ou não numa encruzilhada.

 

“Mas, eu acredito que o país não está num beco sem saída. Acredito haver grandes espaços para a melhoria económica, há alternativas para a diversificação económica (…) para atacar com mais vigor a questão da pobreza, criando mais riqueza para os moçambicanos”, observa Valá. (Evaristo Chilingue)

 

O Presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Donald Trump, e o líder norte-coreano, Kim Jong-un, encontraram-se, este domingo (30 de Junho), na zona desmilitarizada coreana (DMZ, na sigla em inglês). Aceitando o convite de Kim, às 15h46 locais (7h46 em Portugal Continental e 8h46, em Moçambique), Trump deu um passo simbólico e tornou-se o primeiro chefe de Estado norte-americano em funções a pisar solo da Coreia do Norte.

 

Os dois líderes acordaram retomar as negociações bilaterais sobre o desmantelamento do programa nuclear e de armamento do regime norte-coreano e Trump convidou Kim a visitar os EUA “​quando for a altura certa”.

 

“Foi feita história”, disse Donald Trump, numa declaração aos jornalistas, ao lado de Kim Jong-un. Já o líder do regime norte-coreano declarou que este é um “novo presente” nas relações entre os dois territórios. Momentos depois, Trump, Kim Jong-un e o Presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, tiveram uma inédita reunião a três.

 

“Quero apenas dizer que tenho uma grande honra em fazê-lo [pisar solo norte-coreano]”, afirmou Trump​. “Passar esta linha é uma grande honra, grandes progressos foram alcançados, grandes amizades foram feitas e esta tem sido, em particular, uma grande amizade.”

 

A DMZ foi estabelecida ao longo da fronteira entre as duas Coreias, na sequência do armistício que suspendeu a guerra coreana de 1950-53.

 

“Acredito que ao encontrarmo-nos aqui, que é um símbolo de divisão, ao se encontrarem aqui dois países que têm um passado hostil, estamos a demonstrar ao mundo que temos um novo presente”, referiu, por seu lado, o líder norte-coreano.

 

Antes, ainda antes de Trump passar a linha de demarcação militar que separa as duas Coreias, Kim disse, em inglês: “É bom revê-lo.” E acrescentou que nunca esperara ver o Presidente dos Estados Unidos “neste sítio”.

 

Sublinhando o aspecto inédito deste momento, durante uma conferência de imprensa com Kim Jong-un, Trump afirmou: “Estamos a ouvir esta voz [a de Kim], ninguém ouve esta voz, ele não faz conferências de imprensa.”

 

“Gostámos um do outro desde o primeiro dia”

 

Segundo o Guardian, os dois líderes insistiram na ideia de que este é um momento “histórico”, condenando os que criticam a falta de resultados dos encontros anteriores (a cimeira histórica de Singapura, em Junho de 2018, e o encontro de Hanoi, no Vietname, em Fevereiro passado).

 

Trump anunciou que os dois países vão mobilizar novas equipas de negociadores para discutir o programa nuclear norte-coreano.

 

Questionado pelos jornalistas se acreditava que os anteriores negociadores da Coreia do Norte  estavam vivos, respondeu: “Penso que sim... Sei que um está vivo.”

 

O Presidente dos EUA agradeceu a Kim por estar disponível para este encontro, garantindo que só no sábado (29 de Junho) lhe telefonou (Trump está na região, devido à cimeira do G20, em Osaca, Japão).

 

Antes, Trump tinha usado o Twitter para fazer a mesma sugestão. Uma informação corroborada por Kim Jong-un.​

 

O presidente norte-americano voltou a afirmar diferenças face à anterior Administração norte-americana, liderada por Barack Obama. E realçou a importância dos laços pessoais que diz ter com Kim: “Encontrámo-nos e gostámos um do outro desde o primeiro dia, e isso é muito importante.” (Público.pt)

O Presidente do Conselho Municipal da Beira e do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), o terceiro maior partido do país, foi escolhido, semana finda, para representar Moçambique no Bureau político do Fórum Africano para Segurança Urbana das Nações Unidas (AFUS). O Fórum tem como papel implementar os objectivos urbanos da ONU.

 

O Comitê Executivo é um fórum para a discussão acerca da implementação das directrizes de todo o sistema da ONU sobre cidades e assentamentos humanos mais seguros.

 

A Procuradoria-geral da República já submeteu, ao Tribunal Judicial da Cidade de Maputo, a acusação contra o antigo Ministro dos Transportes e Comunicações. Paulo Zucula é acusado de receber subornos da construtora brasileira Odebrecht, no âmbito da construção do Aeroporto Internacional de Nacala.

 

Em prisão preventiva, desde o passado dia 06 de Junho, Paulo Zucula é acusado de prática de dois crimes, nomeadamente, corrupção passiva para acto ilícito e branqueamento de capitais na forma continuada.

 

Além do antigo Ministro dos Transportes e Comunicações, o Ministério Público acusou, igualmente, o arquitecto Emilliano Finoch, à data dos factos, dono da construtora Geo Projectos Construções. Emillinano Finoch também foi detido, no início do mês, mas viria a beneficiar de liberdade provisória mediante pagamento de caução no valor de 20 milhões de meticais.

 

O processo nº 58/11/P/2019 – IP foi aberto na sequência dos subornos que terão sido pagos ao antigo ministro dos Transportes e Comunicações do governo de Armando Guebuza pela construtora brasileira Odebrecht, no âmbito da construção do Aeroporto Internacional de Nacala e do Terminal de Carvão da Beira.

 

A construtora brasileira Odebrecht admitiu, num acordo com o Departamento da Justiça dos Estados Unidos da América, ter pago subornos no valor de 900 mil USD a governantes moçambicanos para a construção do Aeroporto Internacional de Nacala.

 

Além de Paulo Zucula, outro dirigente que terá beneficiado dos pagamentos indevidos da Odebrecht é Manuel Chang, antigo Ministro das Finanças, nos dois mandatos de Armando Guebuza, também foi constituído arguido no mesmo caso.

 

Mas, porque o antigo titular da pasta das Finanças encontra-se detido na África do Sul, no âmbito do processo das dívidas ocultas, o Ministério Público fez a separação das culpas e aguarda pela sua extradição para deduzir a acusação. (O País)