O Governo moçambicano avançou, esta quarta-feira, que cerca de 500 mil pessoas foram forçadas a abandonar as zonas de origem, em consequência dos ataques terroristas, que ocorrem na província de Cabo Delgado, desde Outubro de 2017.
A informação foi revelada pelo Primeiro-Ministro (PM), Carlos Agostinho do Rosário, no primeiro, dos dois dias reservados à Sessão de Perguntas ao Governo, na Assembleia da República (AR). O governante anotou que as pessoas se encontram, actualmente, refugiadas em outros locais nas províncias de Cabo Delgado, Niassa, Nampula, Zambézia, Manica, Sofala e Inhambane.
“Como consequência das acções terroristas, até este momento, cerca de meio milhão de pessoas foram forçadas a abandonar as suas zonas de origem e a refugiarem-se em outros locais nas províncias de Cabo Delgado, Niassa, Nampula, Zambézia, Manica, Sofala e Inhambane”, disse o Primeiro-Ministro.
Do Rosário disse que o Executivo, em articulação com os parceiros de cooperação e a sociedade civil, está no terreno a prestar apoio multiforme aos deslocados, cujo número teima em conhecer uma tendência cada vez crescente a cada dia que passa. A intervenção, anotou o PM, incide principalmente no fornecimento de abrigo, bens alimentares e não alimentares.
O Primeiro-Ministro avançou ainda que, nos locais de reassentamento, foram demarcadas áreas para a prática da agricultura nas províncias de Cabo Delgado, Nampula e Niassa para permitir que os reassentados comecem a produzir e não dependam exclusivamente da assistência alimentar.
Adiante, o governante anotou que o terrorismo, os ataques que vêm sendo perpetrados pela auto-proclamada Junta Militar da Renamo, os raptos, os assassinatos e outros tipos de crimes são os desafios que a sociedade enfrenta e que impactam directamente no desenvolvimento do país.
Perante este quadro, Agostinho do Rosário deixou a garantia de reforço da capacidade operativa das Forças de Defesa e Segurança, de modo a estarem à altura dos desafios que se lhes propõem.
“Reiteramos, a partir deste pódio, o nosso compromisso de continuar a desenvolver acções, visando o reforço das Forças de Defesa e Segurança em termos de formação e capacitação, meios e equipamentos de modo a prosseguirem de forma implacável e eficaz no combate a estas acções criminosas que põem em causa o processo de desenvolvimento do nosso país”, garantiu o governante. (Carta)