Numa altura em que várias instituições se movem para esclarecer o famigerado caso, alegadamente, envolvendo Afonso Dias, Comandante Distrital da Polícia da República de Moçambique (PRM) em Morrumbala, na província da Zambézia, e uma menor de 16 anos de idade, o porta-voz da PRM na Zambézia, Sidner Lonzo, chamou a imprensa esta terça-feira para desmentir a informação e as Organizações da Sociedade Civil que denunciaram o caso.
Segundo Lonzo, o comandante não tem qualquer caso com a menor, até porque, de acordo com suas palavras: "instaurámos uma comissão de inquérito que foi até ao distrito de Morrumbala e constatámos que não há evidências do envolvimento do comandante distrital com a dita menor".
O caso vem levantando fortes debates e repúdios desde que uma denúncia foi despoletada por Organizações da Sociedade Civil. Trata-se do caso de uma alegada união entre o Comandante da PRM do Distrito de Morrumbala (Zambézia) e uma menor de 16 anos, que foi acompanhada por "alguns funcionários seniores do Estado naquele distrito".
De salientar que três Organizações da Sociedade Civil denunciaram a “atitude hedionda” do Comandante Distrital da Polícia da República de Moçambique (PRM) de Morrumbala.
As referidas organizações nacionais que trabalham na área da protecção dos direitos da criança são: Rede Contra o Abuso de Menores - Rede CAME, Rede da Criança-RDC e Fórum da sociedade Civil para os Direitos da Criança – ROSC.
Todas elas se juntaram para repudiar a atitude do Comandante Distrital da PRM do Distrito de Morrumbala que, não obstante ser um agente da lei e ordem, de uma forma deliberada e consciente, (a seu ver) violou os direitos e o bem-estar de uma criança duma forma grosseira e pública, ao contrair matrimónio com a mesma.
Mais grave do que tudo é que, de acordo com fontes ouvidas pela nossa reportagem, o caso terá ocorrido há alguns anos, quando a referida rapariga tinha apenas 14 anos de idade, tendo o mesmo sido consentido pelos próprios familiares. Hoje, com 16 anos, e com um filho do Comandante, tudo foi feito para “fechar as lacunas legais” e possíveis implicações futuras como estas levantadas nos últimos dias pelas OSC. (Carta)