Foi através de um comunicado de imprensa recebido pela nossa redacção, esta terça-feira que a Montepuez Ruby Mining informou e confirmou que a 31 de Dezembro de 2020, por volta das 05:00 horas, um grupo de mineiros ilegais havia invadido uma área explorada por aquele consórcio, tendo na ocasião um mineiro ilegal, de 30 anos de idade, proveniente de Mogovolas, na província de Nampula, perdido a vida devido ao desmoronamento de uma mina, na concessão mineira da MRM.
O infortúnio terá ocorrido na manhã de 31 de Dezembro de 2020. Segundo escreve a MRM, a partir da informação fornecida, acredita-se que a mina artesanal tenha desmoronado em condições climáticas normais e que o mineiro ilegal ficou encurralado no subsolo. De acordo com o grupo de mineiros ilegais presentes na ocasião, na sua tentativa de resgate, apenas foi possível recuperar o corpo, porém já sem vida.
O incidente foi imediatamente comunicado à polícia local e ao pessoal médico, para uma investigação mais aprofundada.
O número crescente de incidentes e fatalidades envolvendo mineiros ilegais na concessão da Montepuez Ruby Mining (MRM) é uma grande preocupação para a empresa e para as comunidades locais, cujas aldeias se encontram sob pressão, devido ao fluxo de mineiros ilegais de cidades distantes, províncias vizinhas e outros países.
As práticas inseguras por parte dos mineiros ilegais, que são normalmente supervisionados ou coagidos por sindicatos de contrabando ilegal de pedras preciosas, financiados por comerciantes estrangeiros que operam na região, continuam a resultar na perda desnecessária de vidas humanas na região.
A MRM leva a cabo actividades de comunicação contínuas, para alertar sobre os perigos da exploração mineira ilegal e insta os indivíduos a não levarem a cabo tais actividades. A MRM também sensibiliza as comunidades vizinhas (onde os mineiros ilegais se abrigam temporariamente) sobre os perigos da exploração mineira ilegal.
Durante o ano de 2020, pelo menos vinte e cinco (25) pessoas, na sua maioria homens jovens de outros países ou aldeias distantes, perderam a vida ao empreenderem actividades mineiras ilegais sem segurança, na concessão da MRM, muitas vezes devido ao desabamento de minas, em que os mineiros ficam soterrados.
Estes incidentes têm sido levados ao conhecimento das autoridades, tanto a nível provincial como nacional, na esperança de que sejam tomadas medidas mais proactivas contra aqueles que estão a financiar, facilitar e encorajar o comércio ilegal de rubis moçambicanos, prejudicando Moçambique e a sua população, através da perda de vidas e da privação do país das tão necessárias receitas fiscais dos recursos minerais. (Carta)