Um incêndio destruiu um armazém de medicamentos que servia mais de 300 mil pessoas no centro de Moçambique, anunciaram hoje à Lusa as autoridades de saúde da província da Zambézia.
O fogo em Alto Molócue aconteceu no dia 12, mas só hoje foi relatado pelas autoridades e terá sido causado por um curto-circuito, destruindo fármacos, material médico e cirúrgico que devia abastecer 17 unidades hospitalares, disse o médico chefe da província da Zambézia, Isaías Marcos.
“Nesta altura, o depósito está completamente destruído e os peritos ligados dizem-nos que a infraestrutura não terá condições de ser reabilitada, tem de ser reconstruída”, referiu.
Segundo a fonte, do incêndio só foi possível recuperar uma pequena porção de medicamentos, duas geleiras de conservação, algumas peças de mobiliário e um computador que tinha informações sobre a gestão de medicamentos, referindo, entretanto, que o ciclo de distribuição de medicamentos ainda não foi afetado.
Isaías Marcos referiu que no dia seguinte ao incêndio, de forma antecipada, as autoridades de saúde criaram um espaço alternativo e enviaram medicamentos para abastecer todo o distrito.
“Enviámos a requisição que já tinha sido feita pelo distrito para o próximo mês. Foi uma antecipação face àquela situação. O distrito ficou com 'stock' zero após o incêndio”, referiu, acrescentando que as unidades hospitalares que dependiam do depósito já tinham sido abastecidas.
O próximo passo é, em conjunto com o governo distrital, o serviço distrital de saúde e parceiros, “trabalhar para encontrar algum fundo para garantir que haja a reconstrução do depósito”, concluiu.(Lusa)