Devido à sua vulnerabilidade às mudanças climáticas e fragilidade socioeconómica, Moçambique está exposto (em cada três a quatro anos) a ciclones tropicais, secas, inundações fluviais e tempestades costeiras.
Esta constatação está inserida no relatório da 2ª avaliação do Mecanismo Africano de Revisão de Pares (MARP), apresentado no dia 9 de Fevereiro último em Addis Abeba, na Etiópia.
De acordo com um especialista sobre dívida externa e direitos humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), Juan Pablo Bohoslavsky, a aplicação dos direitos económicos, sociais e culturais em Moçambique não deve ser comprometida pelo serviço da dívida do país, particularmente a sua componente de 'empréstimo secreto'.
Num artigo publicado a 29 de Março último no site oficial do Alto Comissariado dos Direitos Humanos da ONU sobre a passagem em meados de Março deste ano do Ciclone IDAI por quatro províncias do Centro de Moçambique, Bohoslavsky refere que os direitos humanos e impactos devastadores daquele fenómeno natural devem imperativamente ser considerados nas discussões sobre a dívida.
Eneas Comiche decidiu ir aos magazines, buscar armas e enfrentar os vendedores de rua em Maputo. Por decisão do Conselho Municipal da Cidade de Maputo, a partir desta segunda-feira, 01 de Abril, é proibida a venda informal em locais impróprios como à beira das estradas, nos passeios, entre outros lugares.
A medida foi tomada numa reunião de emergência realizada, este domingo, entre o Edil da capital do país, Eneas Comiche, e quatro vereadores, na sequência dos acidentes de viação ocorridos sábado e domingo no bairro do Zimpeto, que resultaram numa vítima mortal e 27 feridos.
Segundo consta num comunicado emitido no final do referido encontro, a decisão está em conformidade com a Resolução número 94/AM/2008, de 23 de Outubro, que aprova a postura sobre Mercados e Feiras, bem como o previsto na alínea 03 do artigo 25 do Regulamento do Comércio Ambulante e em Lugar Fixo.(Carta)
Um importante troço para o Malawi, nomeadamente, 110 km da Estrada Milange-Mocuba, na província da Zambézia, é hoje inaugurado. A infraestrutura foi reabilitada no âmbito da segunda fase do Projecto de Desenvolvimento Integrado do Corredor MilangeMocuba, com um financiamento da União Europeia no valor de 150 milhões de Euros, equivalente a 93,6% dos custos de construção. O restante valor da obra foi coberto pelo Governo de Moçambique.
O que se receava já está a acontecer. Desde as 8 horas de ontem até às 8 horas de hoje, quinta-feira, foram registados cumulativamente 139 casos de cólera. O Director Nacional de Saúde, Ussein Isse, disse a jornalistas esta tarde no Aeroporto Internacional da Beira, que já há 39 doentes com cólera internados. Segundo ele, ainda não hã registo de mortes por cólera, apesar de ontem terem entrado no hospital central local dois corpos sem vida. "A medicina legal está a fazer o seu trabalho para apurar as causas dessas mortes”, disse ele. Ontem, o Ussein Isse fez referência a diarreias, contando 2800 casos, 1900 foram diagnosticados na cidade da Beira. O quadro dramático de saneamento do meio na cidade da Beira representa um grande desafio tanto para as autoridades de saúde bem assim para as de Saúde.(Carta)
O Presidente da República, Filipe Nyusi, inaugurou esta quinta-feira (28), no Hospital Central de Maputo, o primeiro serviço de radioterapia do país. A construção e apetrechamento da nova infra-estrutura custou 17 Milhões de USD, parte dos quais financiados pelo Orçamento do Estado. Numa primeira fase, serão alocados ao serviço 19 médicos moçambicanos, que beneficiarão de um treinamento ministrado por uma equipa portuguesa durante um período de dois anos, como forma de garantir uma prestação de serviços de qualidade.
De acordo com Ridwan Esmail, Chefe do Departamento de Radioterapia no HCM, o serviço hoje inaugurado “vem complementar o que faltava em termos de quimioterapia”. O tratamento por radioterapia será usado apenas em casos de doenças oncológicas. A Organização Mundial da Saúde estima em 70 a percentagem de doentes oncológicos em Moçambique que precisam de tratamento por radioterapia. O acesso a estes serviços será feito de forma gratuita. Prevê-se que serão poupados cerca de 6 Milhões de USD, com o tratamento anual de 300 pacientes dentro do país.
De 2016 a 2018, Moçambique gastou 4.870.149,25 USD no tratamento de 251. Geralmente, os pacientes que eram forçados a deslocar-se ao estrangeiro, usando as facilidades da Junta Médica. Nessas circunstâncias, o dinheiro gasto no tratamento de cada doente era equivalente a 19.402,29 USD por ano.
Filipe Nyusi desafiou os médicos afectos ao departamento de radioterapia a atenderem mais de 500 doentes por ano, contra os 300 propostos, como forma de garantir uma certa celeridade no combate ao cancro, que é a segunda causa de morte no país. Por sua vez, Ridwan Esmail garantiu que, nos primeiros dois anos, a manutenção do equipamento de radioterapia, assim como o treinamento da equipa do HCM, será da responsabilidade dos parceiros. (Marta Afonso)