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Redacção

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Mais de 10 mil alunos das escolas da cidade de Maputo tornaram-se "embaixadores do ambiente", uma iniciativa que surge no âmbito do lançamento do Dia Mundial da Fauna Bravia. Neste ano, a efeméride, que será celebrada no dia 3 de Março próximo sob o lema “A Vida Por Debaixo do Mar”, tem como principal alvo a fauna marinha. Portanto, ensinar os alunos as formas de conservação ambiental e os mecanismos de lutar contra o extermínio dos animais que estão ou não em via de extinção fez com que a organização Fundo Mundial da Natureza (World Wildlife Fund-WWF) e seus parceiros organizassem jornadas destinadas a cultivar os bons hábitos e práticas de protecção ambiental nas crianças, adolescentes, jovens e adultos.

 

É neste âmbito que escolas de Maputo, nomeadamente Escola Secundária Francisco Manyaga, Colégio Kitabu, A Luta Continua, EPC de Chiango e outras, têm estado a receber ensinamentos e acompanhamento das instituições que estão à frente do programa, uma vez que a conservação ambiental é, segundo os organizadores, um assunto preocupante em Moçambique. No nosso país, das espécies marinhas protegidas destacam-se a manta raia, as tartarugas marinhas, o cavalo-marinho e tubarão-baleia.

 

Jovens na conservação ambiental

 

Segundo Ivan Laranjeira, representante da associação IVERCA, a razão da escolha das escolas como principal foco do Dia Mundial da Fauna Bravia deve-se ao facto de o lema da celebração da data este ano estar virado para a juventude, que tem sido uma camada pouco envolvida na luta contra os crimes ambientais. Por causa disso, viu-se a necessidade de contactar escolas onde é possível interagir com os alunos e influenciá-los, por serem importantes intervenientes na questão da conservação ambiental.

 

Já Yolando Bila, Director-adjunto da EPC de Chiango, onde mais de 200 alunos tiveram a oportunidade de se tornar embaixadores ambientais, louvou a iniciativa, realçando que ela deve continuar porque “é brincando que se aprende”. Na opinião de Bila, falar da natureza para os alunos permite que eles levem a mensagem para a comunidade, e materializem os ensinamentos das disciplinas de ciências naturais e sociais para a realidade.

 

Alunos reconhecem ter aprendido muito

 

Os alunos presentes na palestra, que depois beneficiaram de lições práticas com apresentação teatral do grupo Mutumbela Gogo, reconheceram ter aprendido muito sobre o ambiente. Tal foi o caso de Eunício Francisco, José Chaúque e Cecília Samo, que garantiram que, a partir do evento, passarão a sensibilizar outras crianças nos seus bairros sobre as vantagens de conservação ambiental. Destacaram o facto de viverem próximo de uma zona à beira-mar, o que lhes vai permitir ajudar na promoção das campanhas do género porque, conforme referiram, “a vida marinha é tão importante como a humana”.  

 

Para além da cidade de Maputo, nas províncias de Sofala, Gaza, Inhambane, Tete, Niassa e Cabo Delgado também houve alunos que se tornaram embaixadores do ambiente.  (Omardine Omar)

Líderes Africanos  reúnem-se esta semana em Abidjan para comemorar o Primeiro de Março - Dia Africano da Alimentação Escolar. O evento de três dias organizado pela União Africana em parceria com o governo da Costa do Marfim é uma arena para os governos celebrarem as conquistas e confirmarem os planos futuros para programas de alimentação escolar em toda a África. O Programa Mundial para a Alimentação das Nações Unidas (PMA) reconhece a crescente vontade política e o compromisso dos governos para investirem na alimentação escolar em todo o continente. Os estados africanos continuam a priorizar a alimentação escolar por meio de políticas e legislação, para aumentar os ingressos, melhorar a retenção, a frequência e o desempenho das crianças na escola, para além de criar crescimento económico e inclusão da rapariga no acesso a educação.

 

“Nos últimos anos, testemunhamos a mudança da alimentação escolar, dos programas de proteção social para uma característica central das estratégias de muitos países para garantir a segurança alimentar e nutricional para todos”, disse Daniel Balaban, diretor do Centro de Excelência contra a Fome no Brasil. “A alimentação escolar tornou-se uma intervenção chave para os países alcançarem os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável 2 (e 4), e a União Africana tem sido uma grande defensora da adopção de alimentação escolar local como uma estratégia continental para melhorar a educação, a nutrição, e criar oportunidade para a agricultura familiar participar na eliminação da fome.”

 

“Programas de alimentação escolar estão a mudar a qualidade da educação em África - milhões de pessoas, especialmente raparigas, têm acesso regular à educação e refeições nutritivas, graças aos governos nacionais cujo compromisso é apoiado pela União Africana”, disse Carmen Burbano, Diretora de Alimentação Escolar do PMA. “Os benefícios desse investimento vão para além das escolas para comunidades inteiras - os pequenos agricultores estão  a encontrar novos mercados para seus produtos, o que impulsiona as economias e cria empregos - e os governos colherão os benefícios do capital humano.”

 

“Nos últimos 20 anos, a alimentação escolar tem impulsionado os ingressos, assiduidade, frequência e desempenho escolar, assim como o acesso das raparigas à educação nas escolas primárias nas zonas rurais em Moçambique”, disse Karin Manente, Directora Nacional e Representante do PMA no País. “Investir na alimentação escolar, particularmente no Programa Nacional de Alimentação Escolar (PRONAE), exige de todos nós uma visão abrangente, tal como está na Agenda da União Africana sobre Alimentação Escolar. Temos a  esperança de ver a Alimentação Escolar converter-se numa das áreas prioritárias no próximo Plano Estratégico (2020-2029) do MINEDH, com os devidos instrumentos legais e programáticos para a ampliação do seu sucesso.” (Carta)

As detenções de Manuel Chang, Ndambi Guebuza, Gregório Leão, Inês Moiane e outros arguidos no famigerado caso das dívidas ilegais fizeram com que a bancada da Frelimo tomasse uma atitude camaleónica. Com efeito, a 9ª Sessão da Assembleia da República que arrancou nesta quinta-feira (28) em Maputo serviu para o partido no poder afirmar e reafirmar que distanciava-se “de forma inequívoca” dos “comportamentos desviantes”, e que as garantias soberanas e avales na Conta Geral do Estado “não significa a legalização das dívidas não declaradas”.

 

Margarida Talapa, chefe da bancada parlamentar da Frelimo, disse que “desde que se desvendou o caso das dívidas não declaradas, a Frelimo tem reafirmado a necessidade da responsabilização exemplar daqueles que aproveitando-se das suas funções ter-se-ão eventualmente apropriado de parte dos valores em benefício próprio, lesando o Estado Moçambicano”.  

 

Talapa afirmou que AR criou uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) com a missão de investigar e recomendar as medidas apropriadas, cujo relatório foi apreciado, aprovado e posteriormente encaminhado à Procuradoria-Geral da República (PGR) para os trâmites legais subsequentes. A chefe da bancada da Frelimo disse que o seu partido distancia-se de forma inequívoca dos comportamentos desviantes que põem em causa a gestão transparente da coisa pública.Acrescentou que a Frelimo continuará a pugnar pelo combate tenaz e cerrado contra a corrupção, branqueamento de capitais e outras formas de crime organizado praticados por quem quer que seja.

 

Sobre garantias soberanas e avales

 

Para Margarida Talapa, o registo das garantias soberanas e avales na Conta Geral do Estado quando feito consoante a Legislação em vigor não significa a legalização das dívidas não declaradas, muito menos representa impedimento às actividades em curso nas instituições da justiça. Acrescentou que a Conta Geral do Estado (CGE) é equivalente ao Relatório e Balanço de Contas do exercício económico de uma empresa. “Nela devem ser registadas todas as operações que alteram ou possam alterar o património do Estado, como são os casos de garantias emitidas pelo Estado”, afirmou.

 

A chefe da bancada da Frelimo reiterou que o registo é necessário para o Tribunal Administrativo, enquanto auditor externo da CGE, poder fazer o devido julgamento e envio, com ou sem reservas, à AR para deliberar, aprovar ou, havendo matéria que justifique, criar CPI, como foi o caso das garantias soberanas. Talapa referiu também que sem o registo na CGE não haveria nada a julgar.

 

Salvaguardar os interesses dos moçambicanos

 

Numa outra passagem do seu discurso, Margarida Talapa encorajou o Governo a continuar focalizado na identificação de melhores soluções que salvaguardem os interesses dos moçambicanos, sem prejuízo do exercício do direito de regresso, ou seja, responsabilizar os agentes estatais que por actuação ou omissão tenham causado danos ao próprio Estado. Exortou os órgãos de administração da justiça a fazerem justiça com celeridade para a protecção dos direitos, liberdades e garantias de todos os moçambicanos. (Omardine Omar)  

São todos moçambicanos os 20 jovens formados na capital da Etiópia, Adis Abeba, para serem assistentes de bordo da prestigiada companhia aérea etíope Ethiopian Airlines. Daquele número, 10 são do sexo masculino, e idêntico número de mulheres. A formação, com a duração de dois meses, terminou nesta semana. Os assistentes de bordo moçambicanos da ET regressaram esta quarta-feira da Maputo. Os recém-formados reconhecem que o curso foi uma mais-valia para eles e para a empresa.

 

“Carta” colheu as opiniões dos formados, ainda ‘frescos’. Todos eles disseram estar orgulhosos pelo feito, e tinham como palavra de ordem: “Estamos preparados”. Neide Sabino, natural de Maputo, destacou os conhecimentos que adquiriu e garante que será uma hospedeira de qualidade. “Foi muito bom, uma experiência única. Foi muito bom saber como devem ser tratados os passageiros. Aprendemos também a salvar vidas”, disse Neide, ainda que as suas palavras não conseguissem dissimular a emoção cravada no seu rosto.,

 

Também Fiuza Omar, outra hospedeira recém-formada em Adis Abeba durante dois intensos meses, afirmou que “foi uma experiência única que me permitiu aprender muita coisa que não sabia. É muito gratificante saber que sou uma moçambicana que vai trabalhar com a Ethiopian Airlines…Não há explicação para tal”.

 

O realizar de um sonho

 

A formação dos 20 jovens moçambicanos foi o realizar de um sonho para alguns deles. Há os que sempre sonharam acompanhar de perto tudo o que acontece no avião quando descola e aterra. Tal é o caso de Lacson Francisco Taimo, que reconheceu que era seu sonho seguir essa profissão ‘das nuvens’. “Somos o mais novo grupo Ethiopian Airlines em Moçambique, e isso enche-nos de orgulho e responsabilidade. 

 

Estamos todos emocionados pela recepção que estamos a ver agora. Foi uma formação que nos permite saber mais sobre esse trabalho, e esperamos, todos, provar a qualidade moçambicana. A qualidade é a principal característica dessa grande companhia em África. Foi um sonho que se tornou realidade”, disse o jovem Taimo. Os jovens moçambicanos já estão a voar para os vários destinos da ET em Moçambique. (Carta)

O Estado moçambicano está a processar judicialmente, através da Procuradoria Geral da República (PGR), as seguintes entidades: o Credit Suisse International, o Credit Suisse AG,  a Privinvest Shipbuilding S.A.L. Abu Dhabi (Branch), a Abu Dhabi Mar LLC,  a Privinvest Shipbuilding Investments LLC, a Logistics International SAL (Offshore) e a Logistics International Investments. 

 

Os cidadãos Surjan Singh, Andrew James Pearse e Detelina Subeva também são réus no mesmo processo. Uma fonte da PGR confirmou o facto à “Carta de Moçambique”, esta tarde. Trata-se de uma acção de responsabilidade civil.

 

A acção foi intentada junto do High Court of Justice/Queens Bench Division, tendo dado entrada ontem, dia 27 de Fevereiro. Singh, Detelina e Pearse eram funcionários do Credit Suisse quando o calote dos mais de 2 bilhões de USD começou a ser montado. Os três estão acusados como réus processo americanos em que o libanês Jean Bostani e o deputado Manuel Chang são os principais réus detidos. Singh, Detelina e Pearse estão sob liberdade provisória. Na acção do Estado moçambicano ficou de fora Jean Bostani e o VTB (banco russo que também, por enquanto, não foi acusado pelos EUA).

 

Mas, e pela primeira vez desde que este caso estoirou em Dezembro, a Privinvest e todo o conglomerado à volta do empresário franco-libanês, Iskander Safa, está a ser processado. “Carta” confirmou junto de suas fontes que se trata de uma acção de responsabilidade civil. Ou seja, o Estado moçambicano pretende receber uma indemnização de cada um dos acusados por seu papel no calote. A opção por uma acção cível, e não criminal, está a ser comentada como comportando riscos, nomeadamente o risco do insucesso. Há quem considere que o ideal seria a PGR ter intentado primeiro uma acção criminal, e através dela exigir uma indemnização, uma vez que já está praticamente provado que houve fraude, negligência e incumprimento de regras de prudência por parte do banco suíço. Por essa via, seria mais prático os visados serem responsabilizados criminalmente primeiro e, depois e como consequência, civilmente. (Carta)

quinta-feira, 28 fevereiro 2019 14:07

Cinema / 24 semanas de Anne Zohra Berrached


O filme retrata o dilema de uma mulher que está grávida de seis meses e descobre que o seu bebé foi diagnosticado com Síndrome de Down e um problema no coração. Seguido de conversa com a Psicóloga Dra. Dália Matsinhe. O filme é de 2016, será interpretado em Alemão com legenda em Português e tem 102´.

 

(05 de Março, das 19 às 21Hrs no Centro Cultural Franco-Moçambicano)

quinta-feira, 28 fevereiro 2019 14:06

Cinema / A Mandine Gay

Inserido no Ciclo de Cinema da Mulher, este documentário destaca experiências da vida de mulheres negras depois da descolonização em África e nas Antilhas, questionando os clichês e a identidade das mesmas. Duração: 129’. Idioma: Francês com legenda em Português

 

(04 de Março, das 19 às 21Hrs no Centro Cultural Franco Moçambicano)

quinta-feira, 28 fevereiro 2019 14:03

Literatura / Matsalwa ya Wusungukati

Nesta obra o autor mostra-nos a diferença entre (geralmente nos confundimos e pensamos que trata da mesma coisa) ,  entre Mhamba, celebração em memória, missa e deposição de flores, diz–nos que vivemos numa época em que as pessoas não se preocupam em pesquisar as suas origens, para perceber a sua própria realidade e identidade, imitam e repetem hábitos e modos de vida sobre a qual não têm conhecimento profundo. Por outro lado, fala-nos da importância da mulher para o homem e do amor. Lamenta o facto de alguns casais viverem no sofrimento oprimindo-se um a outro por ignorância em relação ao objectivo que levou Deus a dar uma mulher para o homem (como osso dos seus ossos).

 

(04 de Março, às 18Hrs no Auditório do BCI)

quinta-feira, 28 fevereiro 2019 08:43

LAM vende Boeing 737-500 para “uniformizar” frota

A LAM desfez-se em Dezembro de um dos seus Boeings, um 737-500 Classic (de 111 lugares), que havia recebido “Zalala”, uma praia na Zambézia, como nome de baptismo. Fontes de “Carta” dentro da companhia sugeriram que a venda para o Afeganistão, nomeadamente para a “Ariana Afegha Airlines” (que já deu um banho de imagem ao aparelho, com suas cores) tinha sido feita na calada da noite. Mas, para a direcção da LAM, o facto de o Comandante Hilário Tembe, actual chefe de Operações, ter levado a avião para Kabul, numa noite de véspera de fim do ano, não significava uma intenção de escamotear a venda, tanto mais que a LAM já prestou um informe sobre o negócio à Procuradoria-Geral da República, de acordo João Pó Jorge, Director Geral da empresa, uma Sociedade Anónima dita de bandeira.

 

A venda do Zalala à Ariana rendeu à LAM cerca de 2.500.000 USD, de acordo com Pó Jorge. “Havia muitos interessados e o preço do 737-500 estava alta, na altura. Não foi preciso lançar concurso público. A tomada da decisão foi colegial, em consulta com os accionistas e com a tutela” disse ele. 

 

Mas quais foram as razões que determinaram a venda de um aparelho que já era propriedade integral da LAM? Pó Jorge, falando à “Carta”, na passada sexta-feira, justificou-se com o custo em que a LAM incorreria se tivesse optado por uma manutenção denominada "Check C", em que se faz quase que uma “intrusão” em todas as componentes do avião. Essa ida do Zalala às “facas” devia ter acontecido em Setembro de 2018, quando o aparelho atingiu o limite de horas de voo antes do “Check C”, para o que a companhia devia ter criado uma provisão de cerca de 1.500.000 USD, de acordo com o DG da LAM.

 

Pesando os prós e os contras, a direcção geral da LAM optou por se desfazer do Boeing 737-500 para evitar desembolsar o valor do custo da manutenção, mas também para desfazer-se de um modelo de aeronave que está a ser descontinuado e não era eficiente em alguns aeroportos como Lichinga e Quelimane. O problema, dizem os “whistleblowers” da LAM, é que a companhia vendeu propriedade própria para depois “tapar o buraco” com uma opção de aluguer de um Boeing 737-300 NG (de 126 lugares), alegadamente mais oneroso, à Star Air Cargo, da África do Sul, firma com quem a LAM tem um passado de diferendo justamente por rendas de aluguer atrasadas.

 

Concretamente, a LAM foi buscar à companhia sul-africana um Boeing, que voa ainda sem nome de baptismo local, que custa 2.800 USD/hora, numa média de 60 Mil USD por semana. O modelo do contrato envolve a aeronave, sua manutenção e seguros. A LAM paga adicionalmente 80 USD por dia de hospedagem e per diem a cada um dos membros da tripulação. Pó Jorge reconhece que é um “deal” de rentabilidade limitada, contudo afirma que, neste, momento, a LAM está com dificuldades de ir buscar aeronaves.

 

O DG da LAM prefere insistir nos ganhos de uniformização da frota, agora com dois Boengs NG (Next Generation), dado que já vem a operar com um 737-700 NG (de 132 lugares) baptizado Poelala, uma lagoa de Inharrime, em Inhambane. O Zalala (um Boeing de fabrico de 1998), agora vendido para o Afeganistão foi primeiramente alugado, em 2013, à Gegas, baseada na Irlanda, com uma renda de 55 mil USD/mês, apenas o avião. O contrato era para durar até 2016 mas a LAM optou por comprá-lo em 2015, tendo pago 1100.000 USD. 

 

Com os NG, a LAM garante melhorar na "performance" das aeronaves, no consumo de combustíveis e na própria navegação. Pó Jorge minimiza a polémica sugerida. Apesar de a opção de recuperar uma relação com a Star Air Cargo não ter sido bem vista por correntes internas, o DG da LAM está tranquilo e diz que toma as decisões de forma colegial e sempre com a anuência dos accionistas (o IGEPE sobretudo) e da tutela ministerial. (Marcelo Mosse)

A intensa chuva que caiu na noite de sábado (23), acompanhada de trovoadas e ventos fortes, afectou sobremaneira as províncias de Gaza e Maputo onde causou vários danos no sistema elétrico da empresa Eletricidade de Moçambique (EDM). Dados preliminares facultados ontem pelos directores da EDM em Maputo e Gaza indicam que os prejuízos daquela empresa pública de electricidade estão avaliados em cerca de 10 milhões de Mts. 

 

Na província de Gaza, a mais afectada, o mau tempo foi responsável pela destruição de 280 postes de baixa e média tensão, 8,5 quilómetros de cabos elétricos, entre outros danos provocados em diverso material eléctrico. De acordo com o director da EDM em Gaza, Edson Loforte, a reposição dos danos a que acima se fez referência poderá custar aos cofres da empresa 8 milhões de Mts. Loforte frisou que a informação é preliminar, uma vez que diariamente continuam a surgir novos casos de avaria na rede eléctrica.

 

Já na província de Maputo, o respectivo porta-voz da EDM, Neves Xavier, no último domingo informou que, ao nível da sua jurisdição, os danos provocados pelo vendaval do passado sábado estão avaliados em cerca de 1.500.000,00 Mts. Foram destruídos 30 postes de média tensão, para além da avaria de um Posto Transformador (PT) localizado no bairro Zona Verde, destruição de nove pára-raios (equipamento que protege os PT das descargas atmosféricas), e dois pórticos (postos em que se faz a montagem e fixação de todos os acessórios de um posto PT). 

 

Quanto ao número de afectados, o vendaval de sábado passado terá deixado sem corrente elétrica, até o final do dia seguinte, mais de 28 mil clientes da EDM, dos quais 23 mil em Gaza e 5 mil na província de Maputo. Face à restrição forçada de electricidade, provocada pelo mau tempo, os directores da EDM garantiram que a energia elétrica já foi reposta, exceptuando alguns casos isolados. (Evaristo Chilingue)