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prisão na França do cofundador e CEO do Telegram, Pavel Durov, deixou parte da comunidade fã do mensageiro preocupada. Afinal, o aplicativo pode sofrer algum tipo de punição após a detenção do executivo?

 

Durov foi detido em um aeroporto nas proximidades de Paris no último sábado (24) e, por enquanto, segue em interrogatório. As autoridades antifraude e de cibersegurança da França lideram as investigações, que ainda não tiveram todos os detalhes revelados. 

 

As poucas informações reveladas até o momento sobre o caso indicam que Durov tinha um mandado de prisão em aberto na França. O motivo é a falta de colaboração da plataforma em investigações criminais e acusações de que o mensageiro é usado para a prática de crimes como lavagem de dinheiro, tráfigo de drogas, bullying e terrorismo.

 

O Telegram pode ser bloqueado?

 

De acordo com Arthur Igreja, especialista em Tecnologia e Inovação consultado pelo TecMundo, ainda é cedo para saber os impactos da prisão de Durov para o Telegram. Por ter cidadania francesa, ele pode responder por crimes no país, mas ainda não há uma acusação formal contra o executivo.

 

"Pode ser que ele seja liberado imediatamente, o processo continue, bem como seja prisão preventiva ou até mesmo multa. O cenário nos próximos dias pode mudar", explica. 

 

Mesmo com o CEO preso, é improvável que o Telegram seja proibido a nível global, até porque o app privado costuma dificultar respostas a questionamentos e demandas judiciais. Mesmo que o executivo seja considerado culpado, isso poderia resultar em uma proibição na própria França, caso a Justiça local assim determinasse.

 

Ainda assim, o estilo de gestão de Durov costuma render polêmicas. Para a Igreja, a postura "bastante questionadora e descentralizada" faz com que o mensageiro seja visto por algumas pessoas como defensora da liberdade, ou permissiva e de mais enfrentamento por outras.

 

O Telegram também está sob a mira do governo da Índia e corre o risco de ser banido no país. As acusações do governo são similares: o app é usado como plataforma para crimes como extorsão e apostas, sem oferecer uma moderação própria efetiva ou colaborar com investigações. (TecMundo)

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CEO de 39 anos é acusado de não coibir atividades criminosas no aplicativo de mensagens

 

CEO do Telegram, Pavel Durov 

 

O fundador e CEO do aplicativo de mensagens criptografadas Telegram, Pavel Durov, foi preso no aeroporto de Le Bourget, França, neste sábado, 24. Neste domingo, a empresa afirmou que seu diretor executivo "não tem nada a esconder" apesar de sua prisão sob acusações de que ele não conseguiu coibir atividades criminosas no aplicativo de mensagens. 

 

"O Telegram segue as leis da UE, incluindo o Ato de Serviços Digitais — sua moderação está dentro dos padrões da indústria", disse a empresa em um comunicado publicado pelo aplicativo. 

 

"Pavel Durov não tem nada a esconder e viaja frequentemente pela Europa", acrescentou. "É absurdo afirmar que uma plataforma ou seu proprietário são responsáveis pelo mau uso dessa plataforma." 

 

O bilionário franco-russo de 39 anos tinha acabado de desembarcar do Azerbaijão quando foi detido. Segundo a imprensa, Durov era alvo de um mandado de busca, emitido após uma "investigação preliminar". 

 

O CEO é investigado pela Justiça francesa, que acusa o Telegram de ser cúmplice de "tráfico de drogas, crimes contra crianças e fraudes", pela ausência de moderação e ferramentas oferecidas. O canal afirma que Durov pode enfrentar acusações neste domingo por diversos crimes, incluindo terrorismo, fraude, lavagem de dinheiro, receptação, conteúdos criminoso infantil, entre outros. Ele deve ficar sob prisão preventiva. 

 

'Liberdade de expressão absoluta'

 

Professor de Estudos de Mídia da Universidade da Virgínia, nos EUA, David Nemer, explica que o Telegram se diferencia de outras big techs em operação no país por se vender como uma plataforma de liberdade de expressão absoluta. 

 

— Pavel Durov, fundador do Telegram, traz para a plataforma a ideia de liberdade de expressão absoluta, em que qualquer interferência é vista como censura. Ao atrair uma audiência que quer promover discursos que são criminalizados, 

 

Telegram vira o mais próximo de uma plataforma da “dark web” que a gente tem na internet aberta. Ele traz conteúdos que sempre existiram na periferia da internet para o centro do debate, através de seus espaços facilmente acessíveis — aponta Nemer. 

 

Algumas das características que o tornam tão propício aos crimes são a autodestruição de mensagens, muito usada em chats para venda de drogas ou pedofilia, o anonimato, a ferramenta de busca interna, que funciona como um "Google" com alcance a todo o conteúdo aberto existente na plataforma, publicado por qualquer usuário. 

 

Diferentemente do WhatsApp, em que as contas são associadas a números de telefone públicos — qualquer usuário dentro de um grupo pode visualizar o número telefônico dos demais —, no Telegram os usuários podem frequentar chats sem mostrar foto, número, nome ou qualquer informação que os denuncie. 

 

O Telegram tem um longo histórico de atritos com autoridades. Antes das eleições presidenciais do ano passado, em março de 2022, o aplicativo de mensagens chegou a ser alvo de uma decisão de bloqueio determinada por Moraes sob a justificativa de que descumpria decisões judiciais e desrespeitava a legislação brasileira. 

 

Na época, entre as determinações judiciais descumpridas, estava a de bloquear contas ligadas ao youtuber bolsonarista Allan dos Santos, em meio a esforços do STF contra ataques às instituições e ao processo eleitoral. 

 

A empresa, porém, evitou um bloqueio após apresentar medidas para atender às determinações de Moraes. Além de remover as publicações e bloquear canais e perfis indicados pelo STF, o aplicativo indicou um representante legal no país e anunciou medidas para combater a desinformação, como o monitoramento dos 100 canais mais populares do Telegram no Brasil, o que levou o ministro da Corte a revogar sua decisão. (O Globo)

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A Hollard-Agri, uma iniciativa inovadora de microsseguros da Hollard Moçambique, tem criado um impacto significativo na vida de 16 mil pequenos agricultores afectados pela seca, nas províncias de Manica, Sofala e Tete, respectivamente.

 

Lançado há cerca de um ano, este microsseguro está a proporcionar uma cobertura essencial aos pequenos agricultores com base no custo das sementes promovendo a sustentabilidade, resiliência e garantindo os seus meios de subsistência. Para este produto, que cobre apenas o custo das sementes, a Hollard pagou sinistros de cerca de 10 milhões de meticais, na sequência de uma grave seca causada pelo fenómeno El Niño.

 

Israel Muchena, Diretor Executivo do Seguro Vida e Agricultura na Hollard Moçambique, afirmou: "O número de agricultores abrangidos, 16 mil, é ainda baixo quando comparado com os 4 milhões de pequenos agricultores em Moçambique. Contudo, o que estamos a fazer até agora poderá servir como um estudo de base para o lançamento de um programa nacional com todas as partes interessadas no desenvolvimento do sector agrícola, que ainda não implementem medidas para proteger o agricultor e melhorar a sua resiliência”.

 

A estrutura do microsseguro da Hollard foi concebida para ser acessível e económica, com prémios que tornam viável a participação dos agricultores. A opção mais básica do referido seguro climático oferece protecção financeira no caso de seca severa ou extrema nas fases de germinação até à maturação das culturas. O processo de pagamento é simplificado, accionado automaticamente por dados de satélite e por patamares de índices meteorológicos, garantindo um apoio financeiro atempado e sem procedimentos de participação de sinistros demorada.

 

Actualmente, cerca de metade dos agricultores abrangidos são provenientes de uma parceria específica, que inclui a oferta de seguros com a venda de sementes da empresa Phoenix Seeds Lda. “No início da campanha agrícola, os agricultores compram as sementes seguradas, uma abordagem mais acessível, que tem funcionado muito bem", enfatizou Muchena.

 

O relatório global da GermanWatch identificou Moçambique como um dos mais vulneráveis países no mundo aos riscos climáticos severos. A agricultura é a espinha dorsal da economia de Moçambique, com grande parte da população dependente da terra e das condições climáticas para o seu sustento e rendimento.

 

Com as alterações climáticas, aumentaram a frequência e a gravidade das secas, expondo os agricultores a riscos financeiros significativos. Mais difícil se torna quando os agricultores não têm acesso a serviços financeiros, e os modelos de seguros tradicionais não têm satisfeito as necessidades destes, devido aos prémios elevados e a processos de participação de sinistros complexos.

 

A Hollard-Agri, o microsseguro das sementes, é o principal produto de seguro paramétrico da Hollard Moçambique, e busca assim optimizar as oportunidades de criação de valor e melhoria das condições de vida de comunidades e, ao mesmo tempo, acrescentando inovação ao mercado segurador moçambicano.(Carta)

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Maputo acolheu, nos dias 22 e 23 de Agosto, a segunda edição da Conferência Local das Crianças e Jovens Sobre Mudanças Climáticas (LCOY-Moçambique). Organizado pela Plataforma Juvenil para Acção Climática (YCAC-MOZ) e co-organizado por parceiros como AEFUM, Cooperativa de Educação Ambiental Repensar, ECOP Moçambique e Aseder, o evento contou com a participação de mais de 150 jovens de todas as províncias do país, que se reuniram para debater questões urgentes sobre as alterações climáticas e propor soluções concretas.

 

A cerimónia de abertura contou com a presença da Directora Nacional de Mudanças Climáticas, Jadwiga Massinga, em representação do Governo de Moçambique, e da Chefe de Cooperação da Embaixada da Alemanha, Christine de Barros Said. Ambas destacaram a importância do envolvimento das novas gerações na luta contra as alterações climáticas e reforçaram o compromisso das suas instituições em apoiar os jovens nesta jornada.

 

"A força motriz do progresso está nas mãos dos jovens, que trazem consigo ideias inovadoras e a vontade de fazer acontecer", afirmou Jadwiga Massinga, sublinhando o papel fundamental das novas gerações na construção de um futuro sustentável. "Os impactos das mudanças climáticas afectam principalmente as nossas crianças e jovens, e é urgente que todos trabalhemos juntos para mitigar estes efeitos e proteger as futuras gerações."

 

Ao longo dos dois dias de conferência, os participantes exploraram temas centrais como Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDC’s), Mercados de Carbono, Direitos Humanos, Transição Energética, Água, Saúde e Biodiversidade. Estes temas foram abordados em vários painéis de discussão interactivos, permitindo aos jovens uma compreensão aprofundada das questões climáticas que afectam Moçambique e o mundo.

 

A representante da Criança Defensora do Clima, Flávia Nicole, destacou a importância de que “as vozes dos jovens e crianças moçambicanas sejam ouvidas e valorizadas na luta contra as mudanças climáticas, para que possamos construir um futuro verde e inclusivo para todos”. Flávia frisou ainda que proteger o meio ambiente é uma responsabilidade de todos, e não apenas das instituições governamentais ou das organizações internacionais.

 

Shana Mausse, representante dos parceiros presentes, relembrou que “as alterações climáticas não têm passaporte; elas afectam-nos a todos, independentemente da nossa localização geográfica. É por isso que o papel dos jovens moçambicanos nesta luta global é tão crucial.”

 

O evento também celebrou a cultura e a arte como ferramentas de sensibilização. A peça teatral "Plasticidade", apresentada pela Companhia de Artes A Palhota, e as músicas "Mãe Natureza" e "Verde Maria" de MC Chamboco, bem como "Xlaíssa Bazaruto" de Juliana de Sousa, inspiraram os presentes. Além disso, sob a orientação do pintor moçambicano Coana, os jovens criaram obras de arte que retratam os desafios e as soluções climáticas.

 

O ponto alto da conferência foi a ractificação da Declaração de Crianças e Jovens Sobre Mudanças Climáticas, um manifesto que representa as aspirações, preocupações e compromissos da juventude moçambicana no combate às mudanças climáticas. Este documento será partilhado com diversas entidades, tanto públicas como privadas, e servirá como base para futuras acções de mitigação e adaptação climática no país.

 

Com a ractificação desta declaração, a conferência reafirmou o compromisso dos jovens de Moçambique em desempenhar um papel activo na acção climática, contribuindo para soluções sustentáveis a nível nacional e internacional.

 

A Conferência Local das Crianças e Jovens Sobre Mudanças Climáticas (LCOY-MOZ) é uma iniciativa global promovida pela YOUNGO, o braço jovem da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCCC). O seu principal objectivo é proporcionar um espaço para que jovens líderes climáticos discutam, aprendam e contribuam para a acção climática global, com enfoque na realidade local.

 

O evento contou com o apoio da UNICEF Moçambique, Save the Children, GIZ, Tearfund, Embaixada da Alemanha, Embaixada dos Países Baixos e Enabel.

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O Governo do Malawi garantiu um contrato de arrendamento de 99 anos com Moçambique para desenvolver um terminal no Porto de Nacala para lidar com as importações e exportações de mercadorias para o país. Autoridades do governo, bem como especialistas em transporte e logística, dizem que o acordo aumentará o tráfego de cargas no Corredor de Nacala.

 

De acordo com a World Cargo e a Maritime News, Malawi garantiu o arrendamento do espaço no porto mais profundo do sul da África para a construção e operação de um terminal, o que criará uma estrutura logística mais económica, melhorando o comércio e o desenvolvimento económico.

 

O acordo acontece numa altura em que Malawi não conseguiu utilizar uma oportunidade semelhante por meio do Malawi Cargo Centre (MCC) em Dar-es-Salaam, na Tanzânia.

 

Também ocorre dois anos após as Pesquisas de Base, Intermediárias e Finais de 2021 de corredores comerciais seleccionados do Malawi mostrarem que a carga do país é movimentada principalmente nos portos de Beira e Durban, com os portos de Nacala e Dar-es-Salaam muito atrás, embora Nacala esteja à distância mais próxima, de 799 quilómetros.

 

“O Corredor de Nacala ocupa o primeiro lugar em termos de custo médio de transporte, com US$ 2.585 [cerca de 4,5 milhões de kwachas] por TPU [unidade equivalente a 20 pés], o que representa 70% do custo do Corredor da Beira, 66% do custo do Corredor de Dar-es-Salaam e 25% do custo do Corredor de Durban”, refere o estudo.

 

No entanto, apesar desta vantagem de custo, o Corredor de Nacala ainda atrai apenas cerca de 10 por cento da carga do Malawi. O Ministro da Informação e Digitalização, Moses Kunkuyu, que também é porta-voz do governo, disse que o acordo é semelhante ao que tem com a Tanzânia.

 

“Os benefícios que teremos se prendem com a possibilidade de construirmos instalações de armazenamento, que é o problema actual em Nacala. Dessa forma, podemos atracar e descarregar navios maiores, que são muito mais baratos”, explicou Kunkuyu.

 

Comentando sobre este desenvolvimento, o especialista em frete da MPK Freight Louis Uko elogiou o acordo, dizendo que será benéfico para a economia. Ele disse que será fácil juntar a vantagem da distância com oportunidades emergentes, como acesso directo ao mar, agilizando assim o desembaraço aduaneiro e reduzindo o congestionamento.

 

O director do Porto de Nacala, Neimo Induna, disse recentemente a jornalistas malawianos que a infra-estrutura pode movimentar 10 milhões de toneladas de carga por ano, mas neste momento a sua capacidade de utilização é de 40%.

 

“O equipamento é novo e não temos limitações em termos de quantidade de carga que o porto pode movimentar e as operações são 24 horas”, disse. 

 

O porto fica no Corredor de Desenvolvimento de Nacala, que está a ser desenvolvido em conjunto por Malawi, Zâmbia e Moçambique para facilitar a conectividade regional e o acesso marítimo para Malawi e Zâmbia, dois países sem litoral. Inclui 1 161 km de rede rodoviária e verá a reabilitação da linha ferroviária que conecta Lilongwe e postos de fronteira de paragem única entre os países.

 

A Companhia Nacional de Petróleo do Malawi começou recentemente a importar combustível através de Nacala usando o transporte ferroviário, o que lhe permitirá reduzir gradualmente a sua dependência dos portos de Beira, Durban e Dar-es-Salaam, onde os custos de importação são inflacionados devido ao uso do transporte rodoviário.

 

O Porto de Nacala foi reinaugurado em Outubro de 2023 e vinha sendo modernizado desde 2018, após uma injecção financeira de 300 milhões de dólares da Agência de Cooperação Internacional do Japão. A modernização incluiu a dragagem para uma profundidade de 14 metros e a aquisição de novos equipamentos de movimentação de carga. 

 

Em 2023, o porto movimentou 3,1 milhões de toneladas de carga geral, representando 103% do que havia previsto para o ano, com volumes esperados para atingir 3,5 milhões de toneladas até Dezembro de 2024, de acordo com o director do porto, Nelmo Induna. Além disso, quase 14 milhões de toneladas de carvão foram transportadas no ano passado da mina de Moatize, na província de Tete, para o porto de Nacala, através do Malawi.

 

O porto movimentou 18,9 milhões de litros de combustível destinados ao Malawi no ano passado e, até Julho deste ano, já movimentou 14,5 milhões de litros de combustível para o Malawi. Além do combustível, outras importações e exportações do Malawi que passam pelo porto incluem fertilizantes, trigo, clínquer, óleo vegetal, açúcar, ervilhas, tabaco e madeira. (WorldCargo News)

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O Ministério da Saúde garantiu, esta segunda-feira, ainda não ter registado qualquer caso de Mpox (varíola dos macacos), em Moçambique, pelo que, desmente a existência de casos desta doença em Moçambique.

 

Em comunicado emitido ontem, o Ministério da Saúde revela ter submetido, entre os dias 14 e 26 de Agosto, sete casos suspeitos de Mpox, cujos testes laboratoriais deram negativo. Os casos em referência foram detectados nas províncias de Cabo Delgado (quatro), Niassa (um), Zambézia (um) e Maputo (um).

 

As autoridades da saúde esclarecem, no documento, que os sintomas de mpox são similares às de outras doenças exantemáticas, como o sarampo, a rubéola e a varicela, pelo que os casos suspeitos podem estar relacionados à estas doenças.

 

Lembre que a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou, a 14 de Agosto último, a Mpox como uma Emergência de Saúde Pública de Interesse Internacional, facto que levou as autoridades de saúde a elevar o seu nível de alerta. (M. Afonso)

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A Polícia da República de Moçambique (PRM) deteve, na última sexta-feira (23), no bairro de Mahlazine, na cidade de Maputo, uma cidadã de 35 anos, suspeita de tráfico de órgãos, após uma denúncia feita pelo parceiro da sua empregada doméstica. A detenção ocorreu depois que a empregada encontrou órgãos humanos (braços e seios) no congelador da casa da patroa, o que a levou a informar o parceiro, que então denunciou o caso à polícia.

 

Entretanto, a detida afirma que está a ser acusada de um crime que não cometeu, alegando que nada foi encontrado na sua residência. "Quando a polícia revistou a minha casa e o meu quarto, encontraram apenas quatro seringas e coleira do meu cão. No meu carro, encontraram um kit de primeiros socorros e ervas medicinais que uso para os meus banhos. No meu telemóvel, encontraram algumas mensagens de um jovem que me arranja pessoas para trabalhar, mas no meu congelador não encontraram nada", explicou.

 

Segundo a porta-voz da Polícia da República de Moçambique (PRM), Marta Pereira, a cidadã foi detida por possuir na sua residência partes do corpo humano, que foram descobertas pela empregada, após a patroa ter ligado pedindo para retirar carne do congelador para preparar.

 

Mas como não era tarefa da empregada preparar comida, ao procurar a carne, deparou-se com um plástico contendo braços e seios femininos, o que a fez sair correndo até desmaiar. Pouco depois, a filha da patroa ligou para a mãe para contar o sucedido e esta retornou à casa, confrontando a empregada sobre o que ela tinha visto no congelador.

 

Em pânico, a empregada pediu à patroa que a enviasse de volta para a província de Gaza, onde reside, mas a patroa recusou. A empregada então contactou o seu parceiro, que accionou a polícia, tendo esta se dirigido de imediato à casa da suspeita, mas não encontrou nada, pois já havia removido os itens para outra residência.

 

Quando a polícia chegou ao local, rastreou o celular da cidadã e descobriu que ela recrutava pessoas, prometendo emprego na África do Sul, através da partilha de informações nas redes sociais sobre a solicitação de empregadas domésticas. Na mesma residência, a polícia encontrou vários medicamentos tradicionais, materiais de primeiros socorros, seringas e outros itens. (M.A.)

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O Presidente da República de Moçambique, Filipe Nyusi, disse ontem que o país recebeu, entre 2019 e 2023, cerca 8,9 mil milhões de euros em investimentos e pediu aos empresários “diversificação” dos destinos das exportações.

 

“Registamos um fluxo de investimentos diversificados acima de 10 mil milhões de dólares (8,9 mil milhões de euros) entre 2019 e 2023 direcionados para os setores de energia em 40%, turismo em 18%, indústria em 15 %, serviços com 14% e construção na ordem de 5%”, declarou o Presidente moçambicano, durante a abertura da 59.ª edição da Feira Internacional de Maputo (Facim), que decorre na província de Maputo até domingo.

 

Filipe Nyusi destacou que grande parte dos investimentos que ocorreram em Moçambique no período em referência são fruto, sobretudo, das medidas de aceleração económica, destacando a redução do Imposto sobre Valor Acrescentado (IVA) e a isenção de vistos para 29 países em 2022, que permitiram “a diversificação da economia”.

 

“Em termos da nossa estrutura do Produto Interno Bruno (PIB), esta realidade está mais do que patente” como ilustram os registos do primeiro trimestre do ano corrente, em que “os ramos de agricultura e outras atividades relacionadas que contam com 31,5%, a indústria extrativa, com peso de 10,5%, transportes, armazenagem e comunicações, com 8,5%, o ramo de comércio e serviços de reparação, com peso de 8%, e indústria com 7%”, detalhou Nyusi.

 

O Presidente referiu que Moçambique tem estado a registar uma dinâmica moderada de crescimento económico, com o PIB a alcançar uma evolução de 5% em 2023, sendo que no primeiro trimestre de 2024 o seu crescimento foi de 3,2%, abaixo dos 5,5% da previsão anual.

 

“Este resultado foi fruto do pendor das medidas contracionistas da política monetária que conduziram à atual situação, onde se conjugam a baixa inflação com tendências sólidas de crescimento económico, igualmente com exportações a par da estabilidade cambial”, referiu o chefe do Estado moçambicano.

 

No seu discurso de abertura da Facim, Filipe Nyusi pediu ainda aos empresários para “diversificarem” os destinos dos seus produtos, lembrando que Índia, África do Sul, China, Reino Unido, Itália, Correia do Sul, Croácia, Tailândia, Singapura são os atuais locais preferenciais das exportações moçambicanas. “Isso é um TPC [trabalho para casa] que temos, há que diversificar mais em qualidade e quantidade os destinos dos nossos produtos e de forma competitiva”, apelou Filipe Nyusi.

 

A Feira Internacional de Maputo, a maior exposição de bens e serviços de Moçambique, vai decorrer até 01 de setembro, contando com a presença de 3.300 expositores de 26 países, das quais 2.300 empresas são moçambicanas e 750 estrangeiras, de acordo com dados do Ministério da Indústria e Comércio, que promove a exposição. (Lusa)

Exportações moçambicanas para Zimbabwe atingem menos de 400 milhões de dólares em 2022 – Observatório.jpg

Moçambique exportou 336 milhões de dólares em produtos para o Zimbabwe em 2022. Os principais produtos que Moçambique exportou para o Zimbabwe foram óleo de soja (US$ 93 milhões) e petróleo refinado (US$ 59,7 milhões).

 

Nos últimos seis anos, as exportações moçambicanas para Zimbabwe aumentaram a uma taxa anual de 24,4%, de US$ 113 milhões em 2017 para US$ 336 milhões em 2022.

 

Por seu turno, Zimbabwe exportou bens no valor de 119 milhões de dólares para Moçambique em 2022, sendo os principais produtos o tabaco processado (US$ 26,6 milhões), minerais (US$ 25 milhões) e ferroligas (US$ 22,6 milhões). Nos últimos seis anos, as exportações de produtos do Zimbabwe para Moçambique diminuíram a uma taxa anual de 2,9%, de US$ 348 milhões em 2017 para US$ 119 milhões em 2022.

Os dados foram divulgados pelo Observatory Economic Complexity, uma plataforma de visualização e distribuição online para comércio internacional, na véspera da deslocação do Presidente Filipe Nyusi a Harare, onde vai inaugurar a Feira Agrícola do Zimbabwe.

 

As estatísticas indicam que há muito mais que os dois países ainda precisam fazer para melhorar o comércio, pese embora o Instituto de Estatísticas do Zimbabwe (Zimstat) tenha indicado que as exportações do Zimbabwe para Moçambique duplicaram em 2023, passando de cerca de US$ 190,4 milhões em 2022 para US$ 397,7 milhões.

 

O estadista moçambicano é esperado esta terça-feira, para abrir oficialmente a 114ª edição da Feira Agrícola do Zimbabwe (ZAS). O evento deste ano decorre desde ontem até sábado no Exhibition Park em Harare, e tem como lema “Cultivando a Prosperidade: Crescimento de Negócios, Inovando para Mudança, Nutrindo Nosso Futuro”, devendo atrair mais de 200.000 visitantes.

 

O director-chefe interino do Ministério das Relações Exteriores e Comércio Internacional para serviços de protocolo e conferências, Livit Mugejo disse que “não é uma visita de Estado, mas sim uma visita de trabalho. Ele vem apenas para a abertura oficial da 114ª edição da Feira Agrícola do Zimbabwe.”

 

A visita do Presidente Nyusi, disse Mugejo, ressalta o relacionamento de longa data entre Harare e Maputo, enraizado em laços históricos, culturais e económicos.

 

Ele também afirmou que o convite de um chefe de Estado estrangeiro para abrir a feira agrícola visa fortalecer as relações comerciais entre os dois países. “As relações bilaterais entre o Zimbabwe e Moçambique se fortaleceram com base na parceria estratégica mútua entre os dois países”, acrescentou.

 

“Neste caso, Moçambique não é apenas nosso vizinho, mas um parceiro comercial muito importante do Zimbabwe. Moçambique fornece uma rota comercial para nós para o mar. Portanto, a plataforma ZAS fornece aos dois países uma oportunidade de aumentar as suas relações bilaterais e comerciais.”

 

Em entrevista separada ao The Sunday Mail, o director executivo da ZAS, Andrew Matibiri, disse que doze expositores internacionais de países como Moçambique, Rússia, Índia, África do Sul, Zâmbia, Paquistão, E-swatini, Japão, China, Malawi e Tanzânia confirmaram a sua participação, contra cinco no ano passado.

 

Por outro lado, 16 empresas do Zimbabwe expõem na feira comercial de Maputo aberta ontem (26) pelo Presidente da República Filipe Nyusi, em Ricatla, distrito de Marracuene.

 

A Feira Internacional de Comércio de Maputo (FACIM), que acontece de 26 de agosto a 1 de Setembro, oferece uma oportunidade única para empresas do Zimbabwe se conectarem com os principais parceiros em Moçambique, criando uma plataforma que deve melhorar o comércio bilateral entre os dois países vizinhos. 

 

As empresas participantes são provenientes de sectores como alimentos processados, construção civil, bens de consumo, alimentos processados, vestuário e têxteis e produtos farmacêuticos. Outros sectores representados são vestuário e têxteis, engenharia, embalagens, móveis e insumos e implementos agrícolas. (Herald/The Sunday Mail)

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O Fórum das Rádios Comunitárias (FORCOM) denunciou, nesta segunda-feira (26), a agressão a dois jornalistas da rádio comunitária Paraphato, localizada no distrito de Angoche, província de Nampula, quando cobriam a campanha eleitoral do partido FRELIMO. O incidente ocorreu no último fim-de-semana nas ruas da vila municipal.

 

A denúncia foi feita em comunicado, no qual o FORCOM acusa figuras de destaque do partido FRELIMO naquele distrito, nomeadamente, o Primeiro Secretário e a Presidente do Conselho Municipal Dalila Ussene, como mandantes da violação e confisco do material de trabalho dos jornalistas Ussene Mamur e Raissom Tomé.

 

De acordo com a nota, no dia 24 de Agosto, o jornalista Ussene Mamur foi ameaçado e espancado e teve o seu material de trabalho confiscado, enquanto filmava o início da campanha eleitoral da FRELIMO na Escola Primária Farlahe, no bairro Inguri. O acto foi cometido pelo ajudante de campo da presidente do Conselho Municipal de Angoche, que questionou o jornalista sobre quem o havia mandado filmar, mesmo depois deste ter apresentado credencial.

 

No domingo (25), outro episódio semelhante também ocorreu durante a campanha eleitoral. Segundo o FORCOM, a presidente do Conselho Municipal, Dalila Ussene, e o Primeiro Secretário da FRELIMO ameaçaram e apoderaram-se do material de trabalho do jornalista Raissom Tomé quando este captava imagens de um acidente de viação envolvendo a caravana do partido no poder.

 

Além do confisco do material, o jornalista foi levado ao Comando Distrital da PRM, onde, após algumas horas, foi posto em liberdade por ordem do Comandante Distrital. Contudo, as imagens do acidente, no qual pelo menos 16 membros e simpatizantes da FRELIMO ficaram feridos e depois levados ao Hospital Rural local, foram apagadas. (Carta)

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