Director: Marcelo Mosse

Maputo -

Actualizado de Segunda a Sexta

BCI

Política

VV090924.jpg

O Candidato Presidencial do Povo Optimista para o Desenvolvimento de Moçambique (PODEMOS), Venâncio Mondlane, para as eleições de 09 de Outubro próximo, pretende investir na melhoria da conectividade rodoviária, ferroviária e marítima.

 

O aspirante à Ponta Vermelha equaciona igualmente a construção de estradas e pontes de raiz resilientes aos eventos naturais extremos. Mondlane pretende ainda a construção de uma ferrovia norte-sul para comboios eléctricos de alta velocidade em 10 anos, designado “Moz Expresso”.

 

A aposta do candidato suportado pelo PODEMOS centra-se também no investimento em transporte ferroviário de passageiros moderno, ligando grandes centros urbanos e áreas residenciais peri-urbanas mais populosas, na cabotagem e interconectada com a linha férrea norte-sul e nas principais vias fluviais, através de uma rede de estradas e pontes de raiz resilientes aos eventos naturais extremos.

 

No âmbito do desenvolvimento sustentável da economia, o manifesto de Mondlane foca-se nas infra-estruturas de tecnologias de informação, nomeadamente, expansão e modernização da infra-estrutura de banda larga, especialmente nas áreas peri-urbanas e rurais; expansão da rede 5G nas principais áreas urbanas; instalação de centros de dados locais para melhorar a segurança e a velocidade das comunicações, bem como garantir o custo acessível de internet a todas as camadas sociais.

 

Caso seja eleito, o candidato pelo PODEMOS espera investir na água para consumo humano e produção agro-industrial, expandindo a rede de unidades de captação e armazenamento; promover o investimento em unidades de pequena e média escala de águas subterrâneas para consumo humano; abolir as recentes decisões do Governo de tributação das actividades de exploração e abastecimento de águas subterrâneas em unidades de pequena escala nas zonas residenciais peri-urbanas e rurais, bem como priorizar investimentos de manutenção das redes de distribuição nas zonas urbanas e peri-urbanas.

 

Ainda no âmbito do desenvolvimento sustentável da economia, o manifesto de Mondlane elenca a promoção da localização de pequenas e médias indústrias nas zonas rurais, próximas dos centros de produção das respectivas matérias-primas e/ou de consumo dos bens finais; promoção do estabelecimento e desenvolvimento de redes de fomento combinando financiamento e a assistência técnica aos produtores individuais e pequenos e médios empresários.

 

O candidato vai ainda mais longe. Projecta igualmente a promoção de pequenas e médias indústrias nas zonas rurais, próximas dos centros de produção das respectivas matérias-primas e/ou de consumo dos bens finais; promoção do estabelecimento e desenvolvimento de redes de fomento combinando financiamento e a assistência técnica aos produtores individuais e pequenos e médios empresários.

 

No que toca ao Investimento Directo Estrangeiro (IDE), o candidato pensa em estabelecer requisitos de transferência de tecnologia e localização de segmentos da cadeia de valor em Moçambique; eliminar isenções fiscais para maximizar a receita fiscal e criar a capacidade do Estado de investir em capital humano, infra-estruturas, e numa administração pública eficiente.

 

Do seu manifesto, Mondlane vislumbra também definir sectores de actividade reservados aos investidores nacionais ou onde investidores estrangeiros só podem operar em parceria com maioria de nacionais, por exemplo: exploração primária de florestas, pedra e areia de construção, construção de estradas e pontes e comércio rural de retalho.

 

Mondlane promete também agravar as molduras de sanções pela violação das normas no caso de construção de indústrias próximo de zonas residenciais. Aposta ainda em intensificar a inspecção e auditoria ambiental e aplicar rigorosamente as penas em casos de violação de leis, para além de capacitar as comunidades com conhecimento dos instrumentos legais para a sua defesa.

 

Por fim, no âmbito do desenvolvimento sustentável, Mondlane projecta medidas e incentivos para cada província industrializar o tratamento resíduos sólidos; instituir a Comissão de Peritos sobre Normas de Construção sob liderança da Ordem dos Engenheiros de Moçambique para rever e adequar as normas às necessidades de resiliência a efeitos extremos relacionados com mudanças climáticas e recomendar um currículo e planos de reciclagem dos engenheiros e arquitectos, bem como critérios de certificação das empresas de construção e fiscalização de obras. (Carta)

BernadonoRafael0909254.jpg

A Polícia da República de Moçambique (PRM) registou, nas primeiras duas semanas de campanha eleitoral, um óbito resultante de um incidente e 26 ilícitos eleitorais. De acordo com a Agência de Informação de Moçambique (AIM), entre os casos, constam 14 relacionados com a danificação de material de propaganda eleitoral e oito de agressão e de ofensas corporais graves e simples.

 

A informação foi avançada pelo Comandante-Geral da PRM, Bernardino Rafael, tendo detalhado que neste período também foram registados casos de venda de material de campanha, entre outros. Rafael informou que, em conexão com os ilícitos eleitorais, 19 cidadãos encontram-se detidos e os seus processos seguem os trâmites legais.

 

“Houve também o registo de três acidentes de viação, que incluem a queda de passageiros (membro de um dos partidos), choque entre carros do mesmo partido e um caso de despiste e capotamento”, explicou.

 

Não obstante os incidentes e outros relatos, Bernardino Rafael faz um balanço positivo dos 15 dias de campanha eleitoral e remete parte do que aconteceu a emoções dos membros e simpatizantes dos partidos políticos.

 

Falando sobre a logística da PRM, Rafael assegurou que, havendo ou não, a corporação continuará a garantir que o processo eleitoral decorra de forma segura. (Carta)

CHAPOZAMBEZIA080924.jpg

Asfaltar a estrada de 200 quilómetros que liga o distrito de Gilé à Estrada Nacional Número Um (EN1), reabilitar hospitais rurais, expandir a rede eléctrica, criar emprego e criar  transferir a Assembleia da República de Maputo para Mocuba são as principais propostas apresentadas pelo candidato presidencial da Frelimo aos eleitores da província da Zambézia durante os três dias de campanha – entre quarta e sexta-feira passadas.

 

Daniel Chapo visitou oito distritos da Zambézia, o segundo maior círculo eleitoral, começando por Gilé. Lá, prometeu asfaltar o troço de pouco mais de 200 quilómetros (R323), que liga o distrito, partindo da localidade de Namuaca até Alto Ligonha, na EN1.

 

O candidato presidencial da Frelimo prometeu ainda transferir a sede do parlamento moçambicano para a cidade de Mocuba, caso vença as eleições de 9 de Outubro. Chapo justificou a proposta com a necessidade de descentralização de poderes, com diferentes cidades assumindo papéis como capital política, económica, turística e jurídica. Além disso, prometeu melhorias em infra-estruturas locais, incluindo a criação de um parque industrial, abastecimento de água e a construção de um hospital distrital.

 

Chapo esteve, igualmente, em comício, em Alto Molocué, governado pela Renamo, onde  destacou seu plano de combate à corrupção e sua proposta de criar empregos e construir infra-estruturas, incluindo estradas e centros de saúde.

 

“Há coisas que nós não podemos admitir. O jovem sofre para conseguir documentos para emprego e depois de dar entrada liga alguém a dizer que, para ser admitido, tem de pagar dinheiro. Temos de acabar com isso, porque se um jovem procura emprego, é porque não tem dinheiro”, disse.

 

Em Milange, Daniel Chapo prometeu atrair investimentos para transformar a agricultura local em uma actividade comercial e instalar fábricas de agro-processamento, visando criar mais empregos para jovens. Além disso, comprometeu-se em concluir as obras de estradas que interligam o distrito e a estrada que conectará Milange a Mulumbo, tirando este último distrito do isolamento.

 

Em Murrumbala, prometeu asfaltar uma estrada e construir uma ponte sobre o Rio Chire, além de reabrir a fábrica de algodão local. Não parou por aí, Chapo prometeu concluir a asfaltagem da estrada Nampevo-Mutuali-Gurué, expandir a rede sanitária e eléctrica e melhorar o abastecimento de água.

 

Em Pebane, propôs a construção de uma fábrica de castanha de caju, expansão da electrificação e iniciativas para fomentar o turismo e criar empregos.

 

DCHAPO060924.jpg

Em acção de campanha eleitoral demonstrativa do reconhecimento da importância de uma “governação de proximidade” e de “inclusão de todas as forças vivas” da sociedade, Daniel Chapo, candidato presidencial suportado pelo partido Frelimo, manteve, entre o final da tarde de ontem e a primeira metade da noite do mesmo dia, um encontro com líderes religiosos no distrito de Pebane, na província da Zambézia, no qual foram discutidas questões sociais e espirituais que afectam aquela sub-região, além da premência do reforço da colaboração entre as instituições religiosas e o Governo a vários níveis.

Durante a referida reunião, que incluiu um jantar entre o mais jovem candidato presidencial e dezenas de representantes de várias confissões religiosas, Chapo destacou o papel crucial que as lideranças religiosas desempenham na promoção da paz e do desenvolvimento social, “pelo que, caso seja eleito, a vossa inclusão na governação estará, à partida, garantida”.

 

"Pedimos este encontro porque os nossos líderes religiosos têm uma influência significativa nas nossas comunidades. A colaboração entre as lideranças religiosas e o Governo é fundamental para o fortalecimento dos valores morais e de paz, respeito e unidade, valores que todos nós moçambicanos prezamos ou devemos prezar", afirmou Chapo.

Os líderes religiosos presentes expressaram suas preocupações sobre questões como a pobreza, o acesso à educação e à saúde, tendo solicitado apoio do candidato para enfrentar desafios tais. O Maulana Mussa, um dos participantes, ressaltou a importância de políticas públicas que considerem as necessidades das comunidades mais vulneráveis, por acreditar que “o desenvolvimento sustentável passa pela inclusão de todos os sectores da sociedade; e a fé tem um papel importante nesse processo".

Os líderes religiosos da comunidade muçulmana pediram ao candidato apoiado pela Frelimo que pondere reactivar, uma vez eleito, uma prática que já se observava antigamente, que consistia no apoio aos crentes necessitados que almejassem viajar à Meca, para efeitos de peregrinação, “visto que isso acarreta muitos custos e não são todos os muçulmanos que reúnem condições para cumprir com este pilar do alcorão”.

Chapo reafirmou o seu compromisso e da formação política de que é parte, a Frelimo, em trabalhar lado a lado com todas as comunidades religiosas, garantindo que as suas preocupações serão levadas em conta na elaboração e implementação de políticas públicas.

 

O candidato presidencial apoiado pela Frelimo, o único com experiência de governação no conjunto dos quatro que se “batem” para se tornarem inquilinos do Palácio da Ponta Vermelha nos próximos cinco anos, destacou, ainda, a importância de um ambiente de cooperação e diálogo para garantir a estabilidade e o progresso no distrito de Pebane, em particular, e na Zambézia e no país, em geral.

 

"Não posso deixar de sublinhar que o nosso foco é construir um distrito onde todos possam prosperar, independentemente da sua fé, com saúde e educação para todos, quais epicentros do nosso projecto de governação, cujo princípio orientador é não fazer as coisas da mesma forma e esperar resultados diferentes", concluiu Chapo.

Esta sexta-feira, 6, Chapo cumpre o seu último dia de campanha na província da Zambézia, trabalhando em Mocuba, a “capital económica”, e em Quelimane, a cidade capital provincial. Aliás, Chapo termina igualmente, hoje, a sua “caça ao voto” na região centro do país, considerando que, antes da Zambézia, esteve nas províncias de Sofala, Manica e Tete.(Carta)

drogas_rsa (1).jpg

Soldados sul-africanos impediram no mês de Agosto a entrada no seu país de drogas no valor de R$ 10 milhões provenientes de Moçambique e do E-swatini, de acordo com estatísticas fornecidas pela Divisão de Operações Conjuntas da Força de Defesa Nacional da África do Sul (SANDF).

 

A Direcção de Comunicação Corporativa (DCC) da SANDF revelou que moçambicanos carregando narcóticos avaliados em R$ 2,7 milhões foram interceptados por soldados que patrulhavam as fronteiras de Moçambique/Mpumalanga no mês passado.

 

Ainda no mesmo período, soldados em KwaZulu-Natal, ao longo das fronteiras de Moçambique e Eswatini, apreenderam narcóticos avaliados em R$ 7 milhões de contrabandistas e mulas de drogas. Outras apreensões de drogas relatadas no âmbito da “Operação Corona” pelo quartel-general táctico conjunto provincial do Exército da África do Sul nas províncias do Cabo Oriental e Limpopo totalizaram R$ 88.000. O maior contribuinte foi o Zimbabwe, com R$ 66.000 apreendidos em drogas.

 

Confiscos de contrabando não especificados, mas normalmente constituídos por cigarros, bebidas alcoólicas, produtos farmacêuticos, bem como roupas e calçados de marca falsificada foram apreendidos nas fronteiras de Moçambique, E-swatini e Zimbabwe. O valor total estimado é de R$ 3,8 milhões, com Moçambique a liderar o grupo com R$ 3,4 milhões, seguido pelo Zimbabwe (R$ 377.000) e Eswatini com R$ 66.426.

 

O fluxo de imigrantes ilegais para a África do Sul em Agosto foi de 839, menos 71 em relação ao mês anterior, sendo 387 zimbabueanos e 247 moçambicanos. Outros registos de Agosto incluem R$ 1,2 milhão em gado recuperado; 16 criminosos presos; veículos roubados no valor de R$ 1,2 milhão recuperados em Mpumalanga e Limpopo e R$ 16.000 em armas de fogo apreendidas. (Defence web)

FNYUSICHINA.jpg

O Presidente da República, Filipe Nyusi, anunciou que a China poderá apoiar a formação de militares moçambicanos no combate ao terrorismo que, desde Outubro de 2017, apoquenta alguns distritos da província de Cabo Delgado.

 

Falando em conferência de imprensa que marcou o fim da visita de trabalho de seis dias à China, Nyusi explicou que nos próximos dias as autoridades militares chinesas deverão apresentar os detalhes estratégicos para a adequação dos militares moçambicanos, incluindo protecção marítima e combate ao tráfico de drogas.

 

“Eles vão dizer como é que vão fazer; nós, como Moçambique, durante os encontros bilaterais, ficamos a saber quais são os apoios que nos vão dar, por exemplo, na área da protecção do mar, um espaço onde tem acesso o terrorismo, o tráfico de drogas, além de que foram mais profundos ao dizerem que vão treinar mais militares”, disse.

 

O estadista moçambicano sublinhou que, nos encontros bilaterais, a China garantiu dar continuidade à assistência de militares moçambicanos. A busca pelo apoio no combate ao terrorismo, segundo Nyusi, é diversificado e inclui países com ideologias diferentes.

 

A China tem apoiado Moçambique no combate ao terrorismo, desde a sua eclosão em Cabo Delgado, em Outubro de 2017, com alguns dos ataques reclamados pelo grupo extremista do Estado Islâmico.

 

Nos últimos meses, os ataques terroristas em alguns distritos de Cabo Delgado reduziram de forma significativa, facto que levou ao encerramento, em Julho último, da Missão Militar da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SAMIM, sigla em inglês), volvidos precisamente três anos.

 

O apoio da SADC também ajudou a restabelecer a autoridade do Estado em todos os distritos que haviam sido tomados pelos terroristas, particularmente onde decorrem trabalhos de pesquisa e exploração de hidrocarbonetos.

 

 

Sobre a sustentabilidade do meio-ambiente, Nyusi disse que as estratégias serão apresentadas ainda no mês em curso, durante a 79ª sessão ordinária da Assembleia Geral das Nações Unidas, que deverá iniciar na próxima terça-feira (10).

 

“Como nós sabemos quais são as medidas que devem ser tomadas, por exemplo, para a protecção da floresta do Miombo, e somos campeões nesse aspecto, então, vamos apresentar ainda este mês o pacote em Nova Iorque”, disse.

 

Aliás, um site do governo chinês cita o presidente da China, Xi Jinping, a afirmar que o seu país apoia Moçambique no combate ao terrorismo e na manutenção da paz e estabilidade, acrescentando que está pronta para cooperar estreitamente com o país em plataformas multilaterais, incluindo nas Nações Unidas.

 

Xi falava durante o encontro com Nyusi, que teve lugar quarta-feira (04) em Beijing, minutos antes do início do Fórum de Cooperação China-África (FOCAC). “A China está disposta a expandir a cooperação com Moçambique em áreas como infra-estruturas, energia e recursos minerais, agricultura e economia digital, e apoiar a industrialização e diversificação económica de Moçambique”, diz Xi.

 

O estadista chinês afirmou que o próximo ano marcará o 50º aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas entre os dois países e espera que ambos os lados unam esforços para levar adiante a amizade, aprofundar a cooperação mutuamente benéfica e adicionar novo conteúdo à parceria estratégica abrangente de cooperação China-Moçambique.

 

Nyusi participou no 9º FOCAC, em resposta a um convite formulado pelo seu homólogo chinês. O evento decorreu sob o lema “De Mãos Dadas Promovendo a Modernização e Construindo uma Comunidade China-África de Alto Nível com um Futuro Compartilhado”. (AIM)

Pág. 7 de 873