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quinta-feira, 13 julho 2023 14:21

Francisco Mabjaia, o Mista-Tractor: um coleccionadornato de trafulhices, escreveu Juma Aiuba

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Pois é! O retrato do putativo adversário de Shafee Sidat na noite das “facas longas” das eleições internas no partidão, marcadas para 15 de Julho - o camarada Francisco Mabjaia - empurra-o para aquele perfil de pessoas consideradas de “inúteis” na sociedade, “que não acrescentam nenhum valor”, que “estragam tudo quemexem”.

 

Esta última imagem recorda aquela célebre premonição de Carlos Cardoso, que escreveu, em 1997 que, se Guebuzachegasse a Presidente, acabaria estragando Moçambique. Cardoso acertou em cheio! Moçambique está estragado!

 

Muitos residentes de Marracuene estão aterrorizados com a eventualidade de Francisco Mabjaia poder ter a chance de, em vez de construir, destruir a nova autarquia local, levando para lá sua incompetência quanto baste. Estragar Marracuene!

 

Ele é capaz de se colocar na contramão dos trabalhos deShafee Sidat, que em tão pouco tempo dinamizou a localidade e mostrou que, com vontade e trabalho árduo, a região pode ser catapultada para uma centralidade urbana decente, com ordenamento correcto, saneamento, electricidade para todos, equipamentos desportivos e de lazer, turismo e investimento. 

 

Francisco Mabjaia é tudo o que Marracuene não quer, apesar de ele vir enfatizando que é um “nativo”. Mas e depois!?

 

Quem o conhece há mais tempo, lembra-se da sua passagem inglória e cinzenta pelo antigo Ministério para a Coordenação da Acção Ambiental (MICOA) e a sua rudeza no trato com jornalistas e com a opinião pública.

 

Lembra-se da sua inutilidade quando dirigiu a Federação Moçambicana de Basquetebol.

 

E dentro dos recantos da militância frelimista, Mabjaia abraçou um carreirismo centrado no escovismo e na bajulação, com traços vistosos de improbidade, como no caso da oferta de um tractor ao Presidente Nyusi. 

 

Mas a melhor caracterização do aspirante a edil de Marracuene foi feita pelo saudoso cronista Juma Aiuba, num artigo publicado na “Carta”, em 7 de Dezembro de 2018. Eis a prosa arrebatadora do finado cronista:

“A queda de Francisco Mabjaia (na verdade, os motivos da queda), como primeiro-secretário da FRELIMO da cidade de Maputo, coloca-nos diante de um mistério muito difícilde decifrar. Um caso capaz de embaraçar qualquer criminalista ou laboratório forense avançado. Um caso de Ci-Esse-Ai.

 

Tudo o que se sabe é que o ‘mista-tractor’ vinha sendo vítima das suas próprias decisões um tanto quanto acrobáticas. Mas aí está. O homem é um coleccionadornato de trafulhices. Qual foi então a trafulhice que precipitou a sua queda?

 

1. A compra de votos para a sua reeleição conseguida com 97 por cento dos votos?

 

2. A tentativa de oferta, numa reunião pública e em directonas tê-vês e rádios nacionais e internacionais, de um tractor agrícola completo, novinho em folha, ao presidente do seu partido, no décimo primeiro congresso?

 

3. A tentativa de concorrer, contra a vontade do Comité Central, a cabeça-de-lista do seu partido à presidência do Município de Maputo?”

 

Juma Aiuba traça de Mabjaia um perfil de ética duvidoso, que não encaixa na cabeça de muitos militantes e simpatizantes da Frelimo, que querem o bem e o melhor para Marracuene. 

 

O melhor que Mabjaia pode fazer é renunciar, como fez Calisto Cossa na Matola.

 

Acrescentar ao seu currículo mais uma nódoa de perdedor nato parece de autofagia sem paralelo. 

 

Marcelo Mosse

13 de Julho de 2023

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