A Ministra britânica de Desenvolvimento Internacional, Penny Mordaunt, anunciou esta quinta-feira (11) que o governo do seu país vai conceder um financiamento extra de aproximadamente 18 milhões de USD para ajudar as vítimas do Ciclone IDAI em Moçambique, Malawi e Zimbabwe. Conforme referiu Mordaunt, aquele montante junta-se aos 28 milhões de USD doados pelo governo britânico logo após a passagem do mortífero e destruidor IDAI pela região Centro de Moçambique.
Do financiamento extra que o Reino Unido vai conceder em apoio às vítimas do IDAI no nosso país, Malawi e Zimbabwe, cerca de 13 milhões de USD são para ajuda humanitária nas componentes de alimentação, água e saneamento. Os restantes cinco milhões de USD destinam-se à educação de emergência para as crianças afectadas pelo desastre.
Um comunicado enviado à nossa Redacção refere que durante a recente Reunião da Primavera do Banco Mundial realizada em Washington D.C., nos Estados Unidos da América (EUA), Penny Mordaunt foi co-anfitriã de um encontro para discutir a resposta ao ciclone IDAI, tendo a Ministra aproveitado a ocasião para encorajar outros doadores a aumentarem os respectivos financiamentos.
Ainda durante a reunião para análise da resposta a ser dada ao ciclone IDAI, Mordaunt disse que desde a passagem do ciclone IDAI o seu país tem liderado a campanha de apoio às vítimas da destruição provocada por aquele fenómeno natural. Sublinhou que o financiamento extra a ser concedido pelo governo do seu país vai contribuir no incremento da ajuda onde ela for mais necessária. Segundo Penny Mordaunt, por causa das mudanças climáticas o Reino Unido já está a prestar assistência aos países africanos com vista à sua adaptação aos choques climáticos, facultando a capacidade técnica necessária, assim como apoio financeiro.
Até 2021, o governo britânico compromete-se a gastar 6,5 mil milhões de USD para ajudar os países em desenvolvimento a responder aos desafios das mudanças climáticas nas áreas da agricultura e energia.
Durante uma ‘mesa-redonda’ do Banco Mundial, a Ministra britânica de Desenvolvimento Internacional pediu aos seus homólogos de outros países para prestarem apoio às nações africanas a fim de estas melhorarem a sua preparação e resiliência às crises. O apoio, de acordo com Penny Mordaunt, deverá abranger o fortalecimento do uso e precisão das previsões para prever padrões climáticos destrutivos, e aumento da utilização do financiamento de risco de desastres. Isso vai permitir que mais facilmente os países tenham acesso ao financiamento após um desastre. (Carta)
Aparentemente não chegam a todos os verdadeiros destinatários as doações que massivamente têm sido enviadas dos mais variados cantos de Moçambique e do mundo inteiro, para apoiar as vítimas do ciclone Idai. Contrariamente ao que foi apregoado, as companhias de telefonia móvel ainda se ressentem dos efeitos da mortífera e devastadora tempestade que em meados de Março último flagelou a região Centro do país, com maior gravidade a província de Sofala, sua capital Beira em especial. Prova disso têm sido as dificuldades que a equipa da “Carta” enviada à capital de Sofala enfrenta nas comunicações através de algumas redes das companhias de telefonia móvel (cujos nomes reservamo-nos o direito de não revelar), e que estiveram na origem do atraso no envio deste trabalho à nossa Redacção em Maputo.
Para apurar a veracidade dos factos em torno das queixas apresentadas por aqueles que viveram na carne os efeitos do Idai, “Carta” visitou alguns centros de acomodação e bairros da Beira. Observando atentamente o que se passa na cidade, volvidos sensivelmente 24 dias após o Idai, pode-se dar crédito à ideia sustentada por alguns segmentos da opinião pública, segundo a qual há um certo aproveitamento político da tragédia trazida pelo ciclone à sua passagem por alguns distritos da região Centro e uma parte da província de Inhambane.
O que constatámos no nosso périplo pela capital de Sofala foi a existência de pessoas residentes nas zonas urbanas aparentemente esquecidas, que para o seu sustento diário são obrigadas a contar com as próprias forças. Vimos em certos locais da Beira casas desprovidas de tectos, e nem mesmo as igrejas, mesquitas e outras infraestruturas escaparam à força dos ventos que chegaram a atingir uma velocidade de aproximadamente 240km/hora.
Os beirenses ‘marginalizados’
Muitos beirenses contactados pela nossa reportagem disseram não sentir-se abrangidos pelo abraço dos que internamente e a partir do estrangeiro quiseram demonstrar a sua solidariedade para com aos afectados pelo ciclone Idai. Na memória dos beirenses irá prevalecer a recordação de durante algum tempo Beira ter-se tornado na ‘capital do mundo’, ainda que muitos habitantes daquela cidade sejam de opinião que não se sentem beneficiados pelo apoio que várias organizações humanitárias e governos do mundo inteiro têm prestado às vítimas de um fenómeno natural de triste memória que deixou um rasto de destruição e morte.
Desumano é como se pode classificar o cenário a que “Carta” assistiu no centro de acolhimento dos afectados pelo Idai que funciona na Escola Primária Eduardo Mondlane, situada no bairro nobre de Ponta-Gea, agravado pela “praga de moscas” que invadiu a cidade da Beira! Naquele local, as pessoas dormem no chão frio, e os alimentos são confeccionados nas mais precárias condições.
Em conversa com a nossa reportagem, fonte oficial que nos pediu anonimato disse que os dias têm sido difíceis para as famílias que vivem na Escola Primária Eduardo Mondlane. Gradualmente, as mais de 1500 pessoas que eram acolhidas naquele centro começaram esta semana a sair de lá, tendo algumas delas sido aconselhadas a regressar às suas casas, enquanto outras, sobretudo as que praticamente perderam tudo, terão de esperar pelo reencaminhamento a ser-lhes dado pelas organizações que prestam assistência às vítimas do Idai. Entretanto, quase todos os alunos da Escola Primária Eduardo Mondlane regressaram às aulas, e caso não se tenham transferido para outros estabelecimentos de ensino ver-se-ão obrigados a compartilhar as instalações com as vítimas do ciclone.
Joaquina Magalhães, uma das munícipes da Beira contactada pela “Carta”, não escondeu a sua tristeza pelo facto de o Idai ter destruído aquela cidade que, segundo ela, “já não terá o mesmo brilho”. Joaquina garante que por muitos anos que viva nunca esquecerá a tragédia do ciclone Idai, realçando que não quer voltar a viver uma situação idêntica. Contou que a madrugada do dia 15 de Março foi a mais longa da vida dela, por ter assistido, impotente, ao desabamento de tectos e casas em poucos segundos! Garante ter visto pessoas a voar como simples objectos. “O ciclone Idai despiu a cidade da Beira”, frisou. Para um outro munícipe beirense, Felizardo Junqueiro, o ciclone Idai foi e sempre será lembrado com lágrimas, principalmente nos dias 14 e 15 de Março de cada ano. Para Junqueiro, o grande problema neste momento são os apoios que não chegam às famílias, sobretudo as dos bairros da zona urbana. De acordo com Felizardo Junqueiro, os secretários dos bairros foram desde as primeiras semanas instruídos no sentido de produzir listas para apoios. “Mas até aqui nem água vai, nem água vem”, lamenta, acrescentando que essa foi a razão por que ele e outros munícipes desistiram de tais apoios optando por contar com as próprias forças.
A cidade da Beira poderá equiparar-se a uma “nova Pompeia africana”. Pompeia, antiga cidade do Império Romano, na Itália, onde agora é o território do actual município de Pompeia (a 22km de uma outra cidade, Nápoles), foi destruída durante uma grande erupção do vulcão Vesúvio no ano 79 D.C., que provocou uma intensa chuva de cinzas que a ‘sepultou’ completamente.
Reorganização da “nova Beira
Tendo em conta a tamanha destruição que Beira sofreu, os munícipes desta cidade ouvidos pela “Carta” são de opinião que o Governo deveria começar com um plano de reorganização da “nova Beira”. Acrescentaram que para além dos efeitos do ciclone Idai, a erosão corrói lentamente a capital de Sofala, como acontece no Bairro dos Pescadores, ao longo da Praia Nova e noutras áreas nos arredores da urbe. Os nossos interlocutores também disseram que a reconstrução das casas danificadas é apenas uma medida paliativa, porque aos poucos as águas do Oceano Índico vão consumindo a zona habitacional. Alertam que caso essa situação prevaleça, “dentro de alguns anos as coisas podem piorar”.
Embora no ano de 79 D.C. a cidade de Pompeia tenha sito vítima da fúria de um vulcão jamais vista, e em 2019 a cidade da Beira ter sido fustigada por um ciclone considerado, pelo menos até ao momento, o mais violento do hemisfério sul, urge aprender com o que os italianos fizeram quando em 1748 reencontraram por acaso a antiga cidade de Pompeia. (Omardine Omar, Beira)
Por causa dos estragos causados pelo ciclone IDAI no Centro do país, particularmente na capital de Sofala, Beira, os panificadores desta cidade não têm tido mãos a medir para garantir o fornecimento de pão às famílias, tendo em conta que toda a cadeia de produção daquele alimento básico ficou afectada.
Neste momento, os panificadores da Beira queixam-se dos elevados custos no fabrico do pão para satisfazer os consumidores daquela segunda maior cidade moçambicana. Como resultado dos danos provocados pelo IDAI, actualmente na Beira e no distrito de Dondo só funcionam 10 das 32 panificadoras lá existentes, cujos proprietários são membros da Associação Moçambicana dos Panificadores (AMOPAO), delegação de Sofala.
De acordo com Mohammad Wassim, delegado provincial da AMOPAO em Sofala, os elevados custos que o fabrico do pão implica devem-se ao facto de a maioria dos panificadores ainda não dispor de energia eléctrica, sobretudo na Beira. Wassim disse que na falta de electricidade os panificadores têm como alternativa os geradores, que para poderem funcionar precisam de combustível, ou recorrem à lenha, cuja preparação implica custos relacionados com o aluguer de motosserras. “Mas os que têm energia eléctrica queixam-se de esta ser muito cara, desde que houve um aumento da tarifa a partir do dia 01 de Março último”, afirmou Mohammad Wassim.
A farinha de trigo, principal matéria-prima no fabrico do pão, também passou a ser mais cara depois do IDAI. Segundo o delegado da AMOPAO na província de Sofala, antes do dia 14 de Março um saco de trigo custava 1.450,00 Mts, mas agora custa 1.680 Mts. Para este aumento, os fornecedores da farinha de trigo apresentam como justificação os elevados custos no transporte do produto, uma vez que as moageiras na Beira deixaram de funcionar por terem ficado danificadas pelo ciclone.
Mohammad Wassim acrescentou que “para além desses factores, na cadeia de produção do pão houve outros produtos cujos preços também subiram”. Citou como exemplos os fermentos, vitaminas e saco plástico, afirmando, no caso deste último, que “apesar de existir no mercado nacional é importado”. Face aos custos no fabrico do pão, que resultam em prejuízos no negócio dos panificadores, Wassim defende ser legítimo um reajuste do preço daquele alimento básico. Adiantou que o aumento no preço do pão é uma proposta que vem sendo apresentada pelos panificadores desde há sensivelmente dois anos, e que agora tornou-se uma “necessidade” devido aos efeitos do ciclone IDAI. (Evaristo Chilingue)
Félix Machado, Director da Terramar Logística, na Beira, uma empresa privada escolhida pelo governo de Moçambique para trabalhar com o Programa Mundial de Alimentação (PMA) na distribuição de ajuda às vítimas do Ciclone IDAI, no centro do país, já teve um caso de fraude e perdeu o emprego por essa razão, escreve a Zitamar News.
O Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC) anunciou, a 1 de Abril corrente, uma comissão conjunta para a distribuição de ajuda, composta pelo PMA e pela empresa privada Terra Mar Logística. Félix Machado, Diretor da Terra Mar, já foi Director Comercial da Cornelder de Moçambique, a joint-venture moçambicana-holandesa, que opera o Porto da Beira. Machado encabeçava um departamento que deveria ter evitado, em 2015, um fraudulento esquema que custou ao Porto da Beira mais de 500 Mil USD.
Um representante da Cornelder disse à Zitamar News, nesta semana, que Machado não foi considerado responsável por aquilo que foi descrito como “uma irregularidade interna”, mas que “o seu departamento deveria ter detectado a irregularidade e, por isso, ele foi responsabilizado por este fracasso”.
De acordo com uma reportagem do jornal “Notícias”, de Fevereiro de 2015, a “fraude” envolveu funcionários ligados ao sector de manuseamento de cargas para a Zâmbia, Zimbábue, Malawi e RD do Congo. A reportagem refere ainda que Cornelder disse ter lidado com as “irregularidades” internamente, descartando a necessidade de procedimento criminal.
Machado disse à Zitamar que não discutiria o caso por telefone, mas que estava de “consciência tranquila”. Na Beira, todo o mundo sabe que Félix Machado foi “expulso da Cornelder por roubo”. (Carta)
Responsáveis das companhias eléctricas do Malawi e de Moçambique assinaram, esta quinta-feira, em Lilongwe, acordos técnicos e comerciais com vista à interligação do Malawi com os demais países da SADC, tornando-se, deste modo, membro operativo da Southern African Power Pool (SAPP), entidade regional do sector eléctrico. O projecto irá criar o estabelecimento de uma linha de transmissão com Moçambique que irá satisfazer as crescentes necessidades energéticas do Malawi e abrirá oportunidades de negócio energético a nível dos países membros da SAPP.
A Electricidade de Moçambique poderá render com estes acordos 50 milhões de dólares americanos, por ano, segundo apurámos. O ministro moçambicano dos Recursos Minerais e Energia, que testemunhou o acto, disse, na ocasião, que os acordos vão cimentar as relações entre os estados membros da SADC e são uma oportunidade para a consolidação dos laços de cooperação. “É um projecto que à partida irá promover a exportação e cimentar a exportação de energia de Moçambique para o Malawi e, a longo prazo, irá garantir a ligação do Malawi a Nacala, Nampula, criando um anel que vai permitir segurança nos fornecimentos de energia à região norte de Moçambique”, disse Max Tonela.
Segundo ainda Tonela, a perspectiva que se tem é de criação de uma infra-estrutura de interligação com todos os países vizinhos de modo a promover a exploração do potencial do mercado regional, tendo em vista a viabilização dos grandes empreendimentos energéticos, aproveitando as economias de escala propiciadas pela coordenação regional. “Há ganhos para os dois lados e, particularmente para Moçambique, não só através da venda de energia como também através de taxas de trânsito de energia entre o Malawi e outros Países da SADC”, apontou Max Tonela quando questionado por jornalistas.
O representante do Banco Mundial na cerimónia, Dhruva Sahai, referiu-se igualmente à importância da assinatura dos acordos entre Moçambique e o Malawi, recordando que “efeitos climáticos no rio Shire têm tido repercussões negativas sobre a geração de energia particularmente na época seca”. “O projecto irá responder aos desafios e preocupações energéticas do Malawi e assegurar segurança no fornecimento”, disse o representante do Banco Mundial.
Por seu turno, o embaixador da Noruega no Malawi, Steinar Hagen, elogiou os progressos alcançados entre os dois estados até à assinatura dos acordos. “Para Moçambique será uma oportunidade de venda de energia da HCB, que poderá chegar directamente ao Malawi”, disse o diplomata noruegês que apontou que o seu país irá apoiar outros projectos que visem o acesso à energia. “O projecto de Transmissão de Temane tem estado a progredir de forma satisfatória”, sublinhou.
O projecto de interligação eléctrica consiste na construção de 218 quilómetros de linha de transporte de energia de alta tensão (400 KV), ligando a subestação de Matambo (na província de Tete, Moçambique) e a subestação de Pombeya (no Malawi). Ainda no âmbito da implementação do projecto deverão ser ampliadas as subestações de Matambo, de 220 para 400 kV e de Pombeya de 132 para 400 kV.
O projecto está orçado em 127 milhões de Euros, sendo a participação de Moçambique de 92 milhões de Euros, financiados pelo Reino da Noruega com 30 milhões de Euros, pelo Governo Alemão, através da KfW, com 20 milhões de Euros, e pelo Banco Mundial com 42 milhões de Euros. A participação do Malawi é de 35 milhões de Euros, financiados pelo Governo Alemão (20 milhões de Euros) e pelo Banco Mundial com 15 milhões de Euros. (R.B.)
Seu álbum Aperitivo alimenta-nos os ouvidos até hoje! Paulo Miguel Torres Caliano, nascido a 30 de Março de 1978 na cidade de Tete, filho de pai Ronga (Maputo) e mãe Ntsega (Zumbo) numa família de músicos. Quando pequeno via os seus irmãos e primos a tocarem. A primeira aparição em público foi em 1995, no KUDEKA, onde cantou para mais de 1000 almas, e todos saíram de lá unânimes de que tinha nascido naquela noite de Junho uma nova revelação na família Caliano, que era já sobejamente conhecida no mundo da música. Desde então não parou de cantar. Gravou alguns temas na RM (delegação de Tete) e formou uma banda onde tocava com os seus irmãos: Esmael, Alfredo, Zeno e Bruno. Em 1997 decide ir para Maputo à procura de oportunidades para aprender e fazer música e não saiu mais. Foi convidado a fazer parte de uma das bandas jovens mais famosas dos anos 90: Mozpipa (2001-2005. Em 2006 seguiu a sua carreira a solo. Em 2009-2010 foi vencedor da Melhor Canção (Ngoma) e melhor vídeo musical (MMA). Tem 1 disco no mercado intitulado APERITIVO, e já está na fase final da gravação do segundo disco.
(18 de Abril, às 18Hrs na Fundação Fernado Leite Couto)
Fernando Leite Couto vive nas pessoas que o estimam e admiram. Por isso em Abril vamos celebrar o 95.º aniversário natalício do patrono desta casa e o 4.º aniversário da FFLC com três figuras, cada uma a seu tempo e contexto de actuação, privaram com Fernando Leite Couto. Ana Boene na qualidade de Directora da Mediateca do BCI teve vários momentos de convívio laboral com FLC. Simeão Anguilaze, ex-aluno de Fernando Leite Couto na Escola de Jornalismo na década 80 e Rui Fernandes, gestor de diversas empresas, conviveu e apoiou diversas iniciativas criadas e desenvolvidas pelo Patrono desta Casa. Este encontro pretende resgatar o calor desse convívio que hoje acontece na fruição da memória, projectando o futuro.
(17 de Abril, às 18Hrs na Fundação Fernando Leite Couto)
Este evento surge no âmbito das celebrações do Dia Internacional do Jazz (designado pela UNESCO comemora-se a 30 de Abril), e que terá em palco os artistas: Stélio Mondlane, de Moçambique, Zoë Modiga da África do Sul e Sandra St. Victor, dos Estados Unidos da América. E estarão todos na sua máxima força nos palcos do Franco para celebrar o Jazz!
Sandra St. Victor nasceu em Dallas, nos Estados Unidos da América. Ao longo dos anos, ela conquistou o respeito e a admiração dos seus colegas, tendo gravado com artistas como Prince, Chaka Khan e Tina Turner. A sua música também faz parte da banda sonora do filme Shrek.
Sandra é uma artista incrível em palco. Já gravou horas na estrada em digressão ao lado de estrelas tão tais como Roy Ayers, Red Hot Chili Peppers e Ziggy Marley. Conhecida e amada como membro fundador do trio The Family Stand, a prolífica cantora e compositora tem convertido fãs nota por nota ao longo das últimas duas décadas com a sua voz potente de R&B, Rock, Gospel e Jazz. Recentemente, a revista Ebony elogiou St. Victor como uma “cantora que balança”, ao lado de ícones como Grace Jones, entre outras. Como compositora, o trabalho de Sandra St. Victor foi indicado aosGrammy Awards em 2009 e 2003, com canções escritas por Lalah Hathaway e The Temptations, respectivamente. Como artista, ela foi introduzida no Soul.
(13 de Abril, às 18Hrs no Centro Cultural Franco-Moçambicano)
A polícia britânica prendeu nesta quinta-feira o fundador do site de vazamentos de dados sigilosos Wikileaks, Julian Assange, em um novo capítulo da história do ativista. As revelações feitas por Assange mostravam detalhes pouco conhecidos da atuação dos Estados Unidos no Afeganistão e no Iraque. Segundo os documentos, soldados americanos são acusados de atacar e matar homens, mulheres e crianças que não tinham relação direta com os conflitos.
Assange foi preso na embaixada do Equador em Londres, onde estava exilado havia sete anos. A prisão não estaria relacionada aos vazamentos, mas à acusações de abuso sexual feitas por duas mulheres contra ele na Suécia - casos que ele havia colocado como possíveis investidas dos EUA em uma suposta campanha de "caça às bruxas" contra o Wikileaks. Ele também teria violado as leis dos Estados Unidos ao publicar no Wikileaks documentos secretos do governo americano.
O ativista havia-se refugiado na embaixada para evitar a extradição para a Suécia ou, ainda, para os Estados Unidos, mas acabou surpreendido com a retirada do asilo. A Polícia Metropolitana disse que ele foi preso por não se render à Justiça.
"Violações"
A prisão ocorre um dia após o Wikileaks ter anunciado que havia descoberto uma operação de espionagem das atividades de Assange na embaixada do Equador.
O atual governo do presidente do Eaquador, Lenín Moreno vinha limitando as ações permitidas a Assange no interior da embaixada em Londres. Segundo o correspondente da BBC James Landale as autoridades equatorianas já tinham vetado o acesso à internet a Julian Assange e tinham acusado o co-fundador do Wikileaks de estar desenvolvendo atividade política o que não é permitido àqueles que têm o pedido de asilo atentido.
O presidente do Equador, Lenin Moreno, disse que retirou o asilo de Assange depois de ele ter violado repetidamente regras internacionais. Em vídeo publicado em sua conta no Twitter, o presidente do Equador, Lenín Moreno, disse que a conduta de Assange era "desrespeitosa e agressiva". Moreno acrescentou que o WikiLeaks publicou declarações "hostis e ameaçadoras". O ex-presidente do Equador Rafael Correa, que atendeu em 2012 o pedido de asilo feito por Assange, criticou a decisão de Lenín Moreno.
"Lenín Moreno [...] revelou ao mundo sua miséria humana, entregando Julian Assange a polícia britânica - não somente um asilado, como também um cidadão equatoriano", disse Correa.
Para o ex-presidente, a decisão de entregar Julian Assange à polícia britânica "põe em risco a vida dele e representa uma humilhação para o Equador". O Wikileaks, por sua vez, tuitou que o governo do Equador agiu ilegalmente ao encerrar o asilo político de Assange "em violação do direito internacional".
O secretário de Estado para Assuntos Internos do Reino Unido, Sajid Javid, confirmou, também via Twitter, a prisão de Assange: "Posso confirmar que Julian Assange está agora sob custódia da polícia e vai responder à Justiça no Reino Unido. Gostaria de agradecer ao Equador por sua cooperação e à polícia por seu profissionalismo. Ninguém está acima da lei." Assange tem 47 anos e havia se recusado a deixar a embaixada, alegando que seria extraditado para os Estados Unidos para interrogatório sobre as atividades do WikiLeaks.
Para seus apoiadores, Julian Assange é um corajoso defensor da verdade. Para seus críticos, ele é alguém que busca publicidade e que pos vidas em risco ao colocar uma massa de informações confidenciais em domínio público. Assange é descrito por ex-colaboradores como intenso, motivado e altamente inteligente - com uma capacidade excepcional de decifrar códigos de computador.
Ele criou o Wikileaks, que publica documentos e imagens confidenciais, em 2006 - ganhando manchetes em todo o mundo em abril de 2010, quando divulgou imagens de um vídeo mostrando soldados dos Estados Unidos matando 18 civis no Iraque. Eles atiravam do alto de um helicóptero.
No final daquele ano, no entanto, Assange acabou detido no Reino Unido após a Suécia emitir um mandado de prisão internacional por denúncias de abuso sexual contra ele.
As autoridades suecas queriam interrogá-lo sobre denúncias apresentadas por duas mulheres no país. Uma o acusava de estupro. A outra, de que ele a havia molestado e coagido sexualmente em agosto de 2010, quando esteve em Estocolmo como convidado para dar palestra. Ele diz que os dois encontros foram totalmente consensuais. Assange foi preso pela polícia britânica em 11 de abril depois de passar quase sete anos exilado na embaixada equatoriana e retirar-se das instalações da embaixada. (BBC)
O Parque Nacional da Gorongosa (PNG) ‘escapou’ da devastação provocada pelo ciclone IDAI à sua passagem pelo centro do país, com maior intensidade na província de Sofala, onde está localizado aquele importante património natural e maior habitat da fauna bravia de Moçambique. Segundo Rui Branco, Director de Conservação do PNG, exceptuando pequenos danos nas estradas que dispensam quaisquer obras de restauração, nada foi afectado naquele Parque.
“Não tivemos nenhum impacto negativo no que diz respeito à fauna. Apenas tivemos algumas estradas cortadas e certas áreas inundadas, mas nada que necessite de trabalhos de restauração”, afirmou Branco na entrevista que concedeu aos jornalistas à margem do encontro de Disseminação do Relatório de Estudo sobre “Crimes contra a Fauna Bravia em Gorongosa e Niassa: o Processo Legal, da Captura ao Cumprimento da Pena”, que teve lugar na manhã desta quinta-feira (11).
Rui Branco contou que a “sorte” deveu-se ao facto de o rio Púnguè, cujas águas atravessam o parque, ter transbordado lentamente, o que permitiu a deslocação dos animais para áreas mais seguras nas zonas altas. Dentro do parque, o turismo foi a actividade mais afectada, devendo ficar suspensa até Maio próximo. Em causa está a intransitabilidade de algumas estradas, agravada pelas inundações em algumas áreas no interior do PNG.
Mas se bem que de forma directa o PNG não tenha sido grandemente afectado pelo IDAI, indirectamente ficou ‘beliscado’ na medida em que as comunidades da zona tampão do Parque perderam os seus bens. Rui Branco assegurou que o Parque Nacional de Gorongosa, em parceria com os governos local e central, e outras organizações internacionais, participou nos trabalhos de busca e salvamento das vítimas do ciclone Idai, para além da prestação de assistência, para o que distribuíu 30 toneladas de alimentos a cerca de 20 mil afectados. Em 2019 o Parque Nacional da Gorongosa foi eleito como um dos melhores destinos, pela National Geographic Travel. (A. Maolela)