Numa altura em que Moçambique lidera a lista de países com elevado risco de branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo, o Banco de Moçambique (BM) diz que o combate a esses crimes deve ser enérgico e permanente face às consequências associadas aos males, numa economia em desenvolvimento como a nossa.
“A implementação de acções de prevenção e combate enérgico ao branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo deve ser permanente, com vista a minimizar este fenómeno, que pode pôr em causa a credibilidade do nosso sistema financeiro”, disse na última terça-feira (26) em Maputo, o vice-Governador do BM, Victor Gomes.
A gigante mineira brasileira Vale anunciou na terça-feira que encerrará sua mina de carvão em Moatize, na província de Tete, por três meses no próximo ano para “manutenção”. Em agosto, a subsidiária moçambicana da Vale anunciou que, no segundo trimestre de 2019, registou uma perda operacional de 145 milhões de USD, seguida de uma perda de 120 milhões de USD no primeiro trimestre.
Como resultado dessas perdas contínuas, a empresa fez uma revisão e está mudando seu foco da mineração de carvão térmico para o carvão metalúrgico usado na produção de aço. O preço do carvão térmico tem caído, em grande parte devido às empresas internacionais de eletricidade, que estão se afastando da energia gerada por carvão para a energia renovável ou a geração a gás, com menores emissões de carbono e menos poluente.
A empresa Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) obteve o seu sétimo Certificado de Segurança Operacional (IOSA), concedido após auditoria nesse âmbito, pela Internacional Air Transport Association (IATA). O certificado é renovado para o período de 26 de Outubro de 2019 a 26 de Outubro de 2021, na sequência de bons resultados obtidos na auditoria, realizada de 27 a 31 de Maio do ano em curso.
A auditoria em referência avaliou a conformidade de mais de 900 requisitos do IOSA, distribuídos por oito secções, nomeadamente: Organização e Gestão (ORG); Operações de Voo (FLT); Controlo Operacional e Despacho de Voo (DSP); Engenharia e Manutenção de Aeronaves (MNT); Operações de Cabine (CAB); Operações de Terra (GRH); Operações de Carga (CGO) e Gestão de Segurança (SEC).
A renovação do certificado é prova de que a LAM tem documentado nos seus manuais operacionais e devidamente implementado os requisitos aplicáveis, constantes do IOSA Standards Manual (ISM), 12ª edição. A LAM foi certificada pela primeira vez em 2007, tendo sido recertificada sucessivamente em 2009, 2011, 2013, 2015 e 2017. O registo da recertificação pode ser acedido em: https://bit.ly/2XNnkVe (Carta)
O ministro da Economia e Finanças, Adriano Maleiane, disse ontem que a saída de Moçambique da categoria de incumprimento financeiro ('default') mostra que o país está a sair de uma fase má, mas que é "tradicionalmente um bom pagador".
"Moçambique tem tradição de ser um bom pagador. Há episódios maus que aconteceram, mas hoje estamos a voltar para aquilo que somos", disse Adriano Maleiane, falando à margem de um evento público em Maputo para o canal televisivo STV. A agência de notação financeira Standard & Poor's (S&P) melhorou o 'rating' de Moçambique para CCC+, retirando-o da categoria de incumprimento financeiro ('default') e atribuindo à economia do país uma perspetiva de evolução estável.
A Zâmbia deve 70 milhões de dólares (63,5 milhões de euros) à empresa pública Electricidade de Moçambique (EDM) relativos a importação de energia em 2015 e 2016, anunciou o ministro da Energia daquele país.
A Zâmbia está a pagar a dívida em parcelas mensais, referiu hoje o jornal News Diggers, ao citar o ministro da Energia da Zâmbia, Matthew Nkhuwa.
Estão à vista mais três portagens “sufocantes” nas estradas moçambicanas. Depois de, no ano passado, o Governo ter aprovado taxas consideradas até hoje proibitivas para atravessar a baia de Maputo para o Distrito Municipal da KaTembe e ao distrito de Matutuine, através da Ponte Maputo-KaTembe e das estradas de ligação, agora é a vez dos utentes da Estrada Nacional Nº 6 sentirem o sufoco do “crédito chinês”, com as taxas propostas para as três portagens da via que liga a capital provincial de Sofala, Beira, ao vizinho Zimbabwe, através da fronteira de Machipanda.
Esta segunda-feira, uma tabela contendo as taxas a serem cobradas nas Portagens de Dondo, Nhamatanda e Chimoio foi posta a circular nas redes sociais, com valores que rondam entre 300 a 2.870 Mts. De acordo com a tabela, a que “Carta” teve acesso, por cada travessia na Portagem de Dondo, província de Sofala, os veículos da “Classe 1” irão pagar 90 Mts, enquanto os da “Classe 2” irão desembolsar 220 Mts. Já os veículos da “Classe 3” serão cobrados 440 Mts e os da “Classe 4”, a última, terão de pagar 650 Mts.