O Hospital Central de Maputo (HCM), a maior unidade sanitária do país, passa a contar com uma unidade especializada para o tratamento de pacientes com patologias que acometem a mama, quer sejam benignas, ou malignas.
De acordo com informações partilhadas na página oficial do HCM, a iniciativa é da Associação Moçambicana de Oncologia em parceria com a Mitsubishi Corporation e a Vodacom. O departamento irá contar com uma vasta equipa multidisciplinar composta por Médicos Patologistas, Oncologistas e Cirurgiões, auxiliados por Enfermeiros, e outros profissionais de saúde, que trabalharão em conjunto para o diagnóstico e tratamento de patologias da mama, em pouco tempo possível.
Além de priorizar os doentes com cancro da mama, serão também atendidos pacientes com outras patologias que acometem a glândula mamária, como a mastalgia (dor mamária), nódulos benignos, cistos, fluxo papilar (saída de líquido pelos mamilos), mastite (inflamação da mama) e pequenos procedimentos como biópsias e ecografias.
O objectivo deste departamento é tornar o diagnóstico e tratamento mais céleres, uma vez que todas as especialidades que envolvem os cuidados necessários estarão concentradas no mesmo local, ao contrário do que acontecia antes, em que cada especialidade envolvida trabalhava em compartimento diferente.
Nesta nova unidade espera-se que sejam atendidos, em média, 20 pacientes por dia durante os dias úteis da semana.
Dados do HCM indicam que um total de 141 casos de cancro da mama, dos quais três em homens, foram diagnosticados no ano passado e, até Outubro deste ano, as estatísticas hospitalares apontavam para 137 novos casos, sendo que, destes, quatro são homens. (Carta)
A Vodacom Moçambique mantém o compromisso com os mais altos padrões éticos e cumprimento de todas as leis e regulamentos aplicáveis no funcionamento de qualquer organização no mercado nacional e não só. A operadora de telefonia entende que o compromisso com a conformidade não é apenas mera obrigação, deve estar enraizado na cultura empresarial.
Recentemente, a Vodacom juntou na mesma sala actores dos sectores das telecomunicações e financeiro, Ministério Público, entre outros, para a troca de experiências sobre o papel fundamental que a ética, conformidade e privacidade desempenham no funcionamento das empresas. A ideia é estabelecer uma plataforma para discussão e partilha de normas, melhores práticas e modelos operacionais que garantam a gestão eficiente dos riscos legais a que as empresas estão sujeitas nas suas actividades diárias, num mundo de negócios em constante evolução.
O Director-geral da Vodacom Moçambique, Simon Karikari, referiu que os valores acima mencionados estão no centro das operações da telefonia. “Acreditamos firmemente que as empresas cumpridoras dos valores éticos não só perduram como também prosperam a longo prazo, incentivando a confiança e a credibilidade entre as partes interessadas e os clientes. Na Vodacom, entendemos que as empresas que priorizam a conduta ética e a conformidade legal oferecem vantagens substanciais ao Estado, promovendo um cenário de investimento atractivo para o capital estrangeiro, redução de casos de corrupção, reforço da reputação internacional, diminuição da necessidade de supervisão rigorosa do Governo e facilitação de uma alocação mais eficiente dos recursos do Estado. Além disso, a sua dedicação a práticas sustentáveis funciona como catalisador para promover um crescimento económico equilibrado, em harmonia com os objectivos gerais de desenvolvimento da nação”, destacou.
Karikari sublinhou que a estrutura organizacional na Vodacom está meticulosamente concebida para salvaguardar a privacidade dos dados dos Clientes. Ademais, os departamentos de Recursos Humanos, Segurança Cibernética e Comercial são submetidos a um escrutínio rigoroso ao longo dos seus processos, para identificar os riscos de privacidade e implementar controlos rigorosos, com vista a reforçar as medidas de protecção de dados. “Reconhecemos a importância primordial da privacidade dos dados e esforçamo-nos continuamente para exceder os padrões da indústria a este respeito”, ajuntou.
Para a Vodacom, a presente iniciativa não se limita apenas a beneficiar a telefonia, pois o seu impacto se estende a todos os intervenientes no ambiente de negócios em Moçambique. Ao defender uma boa cultura organizacional, as empresas criam um ambiente propício ao crescimento, confiança e sustentabilidade, aumentando a confiança dos clientes, promovendo uma concorrência saudável, atraindo investimentos e contribuindo em última análise para o desenvolvimento socioeconómico do país.
Todos os oradores reconheceram a importância da iniciativa levada a cabo pela Vodacom Moçambique com vista a elevar os níveis de ética institucional e contribuir para o crescimento das empresas de forma honesta, ao mesmo tempo que defendem a necessidade de maior comprometimento com estes valores, de modo a enfrentar desafios típicos da era digital.
A PHC Software, empresa líder no desenvolvimento de software de gestão, lançou esta terça-feira (05), em Maputo, a “Cris”, uma assistente de gestão com inteligência artificial. Trata-se da primeira assistente de inteligência artificial num software que vai contribuir para a transformação e modernização das empresas moçambicanas.
A Cris foi lançada durante uma Conferência sob o tema “O Futuro da Gestão com a Inteligência Artificial”, um evento que contou com a presença do CEO da PHC Software, Ricardo Parreira. Com o lançamento da Cris, abrem-se portas em Moçambique para novas formas de entender a gestão das empresas, aproveitar os dados disponíveis no sistema de gestão, tomada de decisão e formas de trabalho dentro do software.
A PHC Software destaca-se como a primeira empresa de software a integrar inteligência artificial nos seus sistemas integrados de gestão em Portugal, inaugurando uma era de inovação no sector. Durante a conferência, foi abordada a importância de compreender e aproveitar os benefícios práticos da inteligência artificial para potenciar a eficiência e tomada de decisões nas empresas.
O CEO da PHC Software enfatizou, na ocasião, o compromisso da empresa com Moçambique, referindo que trazer a Cris é mais do que um marco tecnológico e é um compromisso com a transformação e modernização do tecido empresarial neste país. “A inteligência artificial é uma saída, não uma ameaça e estamos aqui para capacitar as empresas a tirarem o máximo proveito dessa tecnologia”, disse Parreira.
A PHC Software desmistificou também a ideia de que a inteligência artificial poderá representar uma ameaça ao emprego. Na conferência, sublinhou que a inteligência artificial é uma ferramenta que, nas mãos certas, impulsiona um crescimento económico mais sustentável e inovador, beneficiando tanto as empresas como os colaboradores.
A assistente Cris está agora disponível em Moçambique, oferecendo às empresas locais a oportunidade de aprimorar os seus processos, analisar dados de forma mais eficaz e impulsionar uma maior produtividade e aproveitamento do software.
A PHC Software é uma multinacional portuguesa, fundada em 1989. Conta com 250 colaboradores, em Lisboa, Porto, Madrid, Maputo e Luanda e obteve, em 2022, um volume de negócios de 15 milhões de euros. A rede de distribuição conta com mais de 450 parceiros certificados e as suas soluções de gestão são usadas por cerca de 162 mil utilizadores em mais de 36 mil empresas clientes. (Carta)
Chegou ao fim o reinado de Julião João Cumbane na liderança da Empresa Nacional de Parques de Ciência e Tecnologias, onde desempenhava as funções de PCA (Presidente do Conselho de Administração) desde Novembro de 2019. Cumbane foi exonerado do cargo esta terça-feira por decisão do Conselho de Ministros e, para o seu lugar, foi nomeado Orlando Ernesto Sulumide Zobra.
Tal como é habitual, o Conselho de Ministros não avançou as razões da exoneração de um dos principais operativos da actual equipa de propaganda do governo do dia, nomeado ao cargo seis meses depois de ter acusado Armando Emílio Guebuza de ser padrinho do terrorismo que assola a província de Cabo Delgado desde Outubro de 2022.
Lembre-se que, a par de Filimão Suazi, Vice-Ministro da Justiça, e Miguel Guilherme Júnior, Reitor da Universidade Eduardo Mondlane, Cumbane integra a lista dos laureados pela “Administração Nyusi” por ter demonstrado competências na ciência do “lambebotismo”.
Durante os quatro anos em que esteve em frente àquela empresa pública, responsável pela gestão de quatro parques de ciência e tecnologia, pouco deu nas vistas como líder da instituição, sendo que a maior parte das suas aparições públicas se cingiam sempre às análises política e económica do país, que fazia na sua página do facebook.
Na sua página do facebook, meio que usa para desferir golpes contra os seus detractores e críticos do Governo, Cumbane reagiu à sua exoneração, afirmando que está “com sentimento de missão cumprida”, pelo facto de ter travado “um formidável combate, do qual tenho muito orgulho de ter participado”.
“A ENPCT,E.P. saiu do anonimato, há mais clareza entre os colaboradores, em particular, e o público, em geral, sobre a sua missão. A empresa já tem estratégia e plano de negócios e já arrecada mais receita própria do que há quatro anos. Enfim, a ENPCT, E.P. já tem forma de empresa de facto”, defende Cumbane.
Ao seu sucessor, Orlando Zobra, Julião Cumbane garante ter tudo para dar certo, pois, terá diante de si “instrumentos de gestão apurados, staff motivado e colegas do colégio de gestão (Conselho de Administração) que lhe irão transmitir tudo o que sabem”. (Carta)
Desenvolver talentos, conectar e criar oportunidades para impactar o mundo faz parte do ADN da Movitel Moçambique. Ao longo destes onze anos de actividade, tem procurado causar impacto na vida das pessoas e da sociedade, através de inúmeras actividades e iniciativas e os reflexos são bem visíveis nas comunidades rurais à escala nacional, visto que o auto-emprego nessa área cresce em cadeia.
A Movitel é, neste momento, a empresa que mais inspira a confiança das famílias moçambicanas, devido às suas boas práticas de prestação de serviços. A marca está implantada em todo o território nacional, movendo empatia genuína no seio dos utilizadores dos nossos diferentes serviços que agregam valores incomparáveis no mundo da conectividade.
Diariamente, a empresa é confrontada, nas suas instalações, com uma avalanche de pessoas que se socorrem das suas plataformas para desenvolver actividades geradoras de receitas para o auto-sustento. Ao conectar com o mundo, pela via da internet, proporciona directa e/ou indirectamente oportunidade de trabalho a milhares de moçambicanos.
Hoje, contabiliza, na sua carteira de clientes, muitos revendedores que, de forma inteligente, conseguem gerar rendas para a sua sobrevivência. Na verdade, a Movitel é um parceiro estratégico no mercado das telecomunicações, por isso tem estado a expandir-se pelas comunidades recônditas com intuito de lhes dar a real luz de esperança e de vida.
As comunidades rurais já têm acesso a diferentes serviços da Movitel e manifestam-se satisfeitas por estarem a usufruir de tecnologias de ponta que ajudam a transformar as suas vidas. A empresa continua a apostar na formação e transferência de conhecimento para diferentes segmentos da sociedade, incorporando nela soluções simples e impactantes de médio e longo prazos.
“É preocupação da Movitel formar pessoas para um desenvolvimento horizontal, envolvendo desde os novos colaboradores no processo de aquisição de competências até à retenção de talentos. Entendemos que a gestão de pessoas é importante para desenvolver as mudanças nos ambientes competitivos e nos mercados globais”, defende a companhia.
A Movitel respeita e cumpre as leis e normas laborais do país, por isso nenhum colaborador seu aufere abaixo do salário mínimo estabelecido pelo Governo. “Em essência, pautamos sobre construir uma ponte sólida entre as necessidades da Movitel e as aspirações dos nossos colaboradores, assegurando uma trajectória de sucesso mútuo”. (Carta)
O Centro Internacional de Diálogo – KAICIID, com sede em Lisboa, realizou no fim-da-semana passado, um encontro de “sensibilização inter-religiosa” em Pemba, Cabo Delgado, no qual reuniu membros das comunidades locais, líderes religiosos e organizações da sociedade civil. Deste encontro, saíram compromissos a curto e longo prazo de promoção do “diálogo entre líderes religiosos e decisores políticos, como ferramenta de prevenção de conflitos” naquela região.
“Conseguimos reunir aqui alguns dos mais proeminentes decisores de Cabo Delgado e de Moçambique para demonstrar como o diálogo pode ser uma ferramenta poderosa para colmatar as diferenças e ajudar na prevenção de conflitos e no diálogo inter-religioso. Com todos estes intervenientes sentados à mesa e a analisar planos concretos para o futuro, estamos a construir relações fundamentais que perdurarão durante muitos anos”, afirmou, no fim do encontro, Agustin Nunez, director de programas do KAICIID para a região de África.
Marcaram presença nesta iniciativa elementos do Gabinete do Secretário de Estado para Cabo Delgado, do Conselho Inter-religioso de Moçambique, da Fundação Aga Khan, da associação Kuendeleia (associação de voluntários de apoio aos deslocados de Cabo Delgado), e do Instituto para o Desenvolvimento Económico e Social de Cabo Delgado (IDES CEPCI), entre outras instituições.
Numa declaração assinada pelos representantes das organizações presentes, foi sublinhada a “necessidade de um compromisso que fomente uma coexistência pacífica através do diálogo inter-religioso no norte de Moçambique”, adianta o KAICIID em comunicado.
Como resultado do evento, foi ainda nomeada uma comissão, composta por membros das comunidades locais, líderes religiosos e organizações da sociedade civil, “para o desenvolvimento local de iniciativas, com o apoio do KAICIID, que promovam a paz intercultural para contribuir para o bem-estar, prosperidade e, acima de tudo, segurança do povo moçambicano”, acrescenta o comunicado.
Muito recentemente, a relatora especial da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre os direitos humanos dos deslocados internos, Paula Gaviria Betancur, que esteve de visita à província de Cabo Delgado, observou a enorme vontade das populações deslocadas de voltar para as suas casas, mas verificou também que “persiste a insegurança” e que as comunidades não têm como se auto-sustentar. (7MARGENS)