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Redacção

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Os “Los Blancos” e os “Rossoneri” são as duas equipas mais bem-sucedidas da história da Liga dos Campeões (ambas ostentam 15 e sete títulos, respectivamente) e vão defrontar-se na competição pela primeira vez desde a época 2010/11. O jogo será amanhã, 5 de Novembro, às 22:00h e conta com a transmissão em directo e exclusivo, da SuperSport, para as plataformas da DStv e GOtv em Moçambique.

 

As duas equipas venceram em casa nos últimos confrontos da Liga dos Campeões, com o Milan a derrotar o Club Brugge por 3-1 e o Real a vencer o Borussia Dortmund por 5-2, numa repetição da final da época passada.

 

O Real Madrid tem uma ‘vantagem’ para o jogo desta terça-feira. O jogo contra Valência, agendado para o sábado passado (2 de Novembro), foi adiado por conta das cheias que assolaram a cidade do leste espanhol.

 

Os dados estatísticos mostram que o Santiago Bernabéu é um ‘terreno difícil’ para os italianos. O Milan venceu apenas uma e única vez o Real Madrid neste estádio, durante a fase de grupos da Liga dos Campeões 2009/10. Na altura, Alexandre Pato marcou duas vezes na vitória por 3 a 2.

 

“O mais importante é que acreditámos em nós próprios. Esta é a nossa casa, cheia de adeptos e nestas circunstâncias tudo pode acontecer!”, afirmou Vinícius Júnior, que marcou três golos contra o Dortmund.

 

Ainda na noite desta terça-feira, o Liverpool vai receber o Bayer Leverkusen, num jogo em que o treinador do clube alemão, Xabi Alonso, regressa à Anfield em busca de uma vitória sobre um dos seus antigos clubes.

 

Na quarta-feira, os jogos serão disputados no emblemático San Siro, onde o Inter de Milão vai receber o Arsenal, e no Parc des Princes, onde o Paris Saint-Germain recebe o Atlético de Madrid.

 

O Atlético quer recuperar da surpreendente derrota por 3-1 em casa contra o Lille no final de Outubro, com o treinador Diego Simeone a admitir que está a atravessar uma fase complicada.

 

A DStv e GOtv são as únicas e verdadeiras casas de futebol em Moçambique, oferecendo uma gama e uma profundidade de acção que nenhum outro concorrente consegue igualar. É literalmente, 'futebol imbatível'. A DStv também oferece uma ampla gama de opções de idiomas em português e inglês.

 

Detalhes da transmissão, em directo, dos jogos da Liga dos Campeões Europeus 2024/24:

 

Terça-feira, 5 de Novembro

 

  • 19:45: PSV Eindhoven v Girona – na SuperSport Premier League (na GOtv e DStv) e SuperSport Máximo 1
  • 19:45: Slovan Bratislava v Dinamo Zagreb – na SuperSport Variety 3 e SuperSport Máximo 2
  • 22:00: Bologna v Monaco –na SuperSport La Liga (na DStv e GOtv)
  • 22:00: Borussia Dortmund v Sturm Graz – na SuperSport Action (na DStv e GOtv)
  • 22:00: Celtic v RB Leipzig – na SuperSport Football (na DStv e GOtv)
  • 22:00: Lille LOSC v Juventus –na SuperSport Variety 2 (na DStv e GOtv) e SuperSport Máximo 360
  • 22:00: Liverpool v Bayer Leverkusen – na SuperSport Premier League (na DStv e GOtv) e SuperSport Máximo 1
  • 22:00: Sporting CP v Manchester City – na SuperSport Variety 1 (na DStv e GOtv) e SuperSport Máximo 3
  • 22:00: Real Madrid v AC Milan – na SuperSport Variety 3 (na DStv e GOtv) e SuperSport Máximo 2

 

Quarta-feira, 6 de Novembro

 

  • 19:45: Club Brugge v Aston Villa – na SuperSport Premier League (na DStv e GOtv) e SuperSport Máximo 2
  • 19:45: Shakhtar Donetsk v Young Boys – na SuperSport Variety 3 (na DStv e GOtv) e SuperSport Máximo 1
  • 22:00: Red Star Belgrade v Barcelona – na SuperSport Variety 3 (na DStv e GOtv) e SuperSport Máximo 3
  • 22:00: Bayern Munich v Benfica – na SuperSport Variety 1 (na DStv e GOtv) e SuperSport Máximo 360
  • 22:00: Feyenoord v RB Salzburg – na SuperSport Action (na DStv e GOtv)
  • 22:00: Inter Milan v Arsenal – na SuperSport Premier League (na DStv e GOtv) e SuperSport Máximo 1
  • 22:00: Paris Saint-Germain v Atletico Madrid – na SuperSport PSL (na DStv e GOtv) e SuperSport Máximo 2
  • 22:00: Sparta Prague v Stade Brest – na SuperSport La Liga (na DStv e GOtv)
  • 22:00: VfB Stuttgart v Atalanta – na SuperSport Football (na DStv e GOtv)

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Fixada mensalmente pelo Banco de Moçambique (BM) e a Associação Moçambicana de Bancos (AMB), a taxa única de referência para as operações de crédito de taxa de juro variável, a Prime Rate do Sistema Financeiro, foi calculada em 19,80% para o mês de Novembro, o que representa uma queda em relação a Setembro em que a taxa era de 20,50%.

 

A redução da Prime Rate representa algum alívio para cidadãos e empresas que tenham ou que pretendam empréstimos nas instituições financeiras, pois esta taxa aplica-se às operações de crédito contratualizadas (novas, renovações e renegociações) entre as instituições de crédito e sociedades financeiras e os seus clientes, acrescida de uma margem (spread), adicionada ou subtraída, mediante a análise de risco de cada categoria de crédito ou operação em concreto.

 

Como tem sido apanágio, a queda da Prime Rate irá influenciar na redução da Taxa de Juro de Política Monetária, mais conhecida por Taxa MIMO, em finais de Novembro corrente. Em Setembro passado caiu de 14,25% para os actaus 13,50%, devido à contínua consolidação das perspectivas da inflação em um dígito, no médio prazo, num contexto em que a avaliação dos riscos e incertezas associados às projecções mantém-se favorável.

 

As margens de pelo menos 14 instituições de crédito (ICSF) constantes em comunicado conjunto do BM e AMB variam, no que diz respeito ao crédito à habitação para particulares, de nulo a 6%. Ainda a particulares, a margem para o crédito de consumo varia de nulo a 10%.

 

Quanto ao crédito às empresas, a margem parte de 0,67% aos 5,00% para empréstimos até um ano, ou variar entre 1,00% a 6,00% para prazos maiores. De acordo ainda com o comunicado, as margens dos spreads das 14 ICSF em operações de leasing mobiliário e imobiliário partem de nulo a 5,00 %.

 

De acordo com o comunicado que temos vindo a citar, as margens padronizadas de taxas de juro de pelo menos cinco instituições de microfinança são mais elevadas, variando de 8,30% a 58.95%. (Carta)

Povo no poder041124.jpg

Aliando-se aos partidos políticos, profissionais do sector da saúde e a comunidade islâmica estão a usar a crise pós-eleitoral para fazer ecoar a sua voz perante as suas preocupações, que se resumem num país melhor para todos e onde a liberdade de expressão é respeitada.

 

No último sábado, centenas de membros da comunidade islâmica marcharam na Cidade de Maputo, a partir do Mercado Central, na zona baixa, em direcção à Praça da Independência. Os manifestantes pediram mais educação e serviços de saúde; o fim dos raptos e da corrupção; e um Moçambique melhor para todos e onde a liberdade de expressão seja respeitada.

 

Em alguns dísticos dos manifestantes vestidos de roupas brancas lia-se “queremos paz, justiça, saúde, liberdade, educação, somos contra raptos, corrupção, ditadura, mentira”. Entretanto, quase a alcançar a Praça da Independência, um grupo de agentes da Polícia da República de Moçambique impediu que os manifestantes de marchar pacificamente.

 

Além de impedir o acesso à Praça da Independência, a Polícia lançou gás lacrimogéneo e disparou balas verdadeiras contra os manifestantes, em mais um acto de demonstração de força perante cidadãos desarmados e indefesos.

 

Por sua vez, a Comunidade Médica de Moçambique convocou, durante o fim-de-semana, uma marcha para esta terça-feira, a partir das 9h00, cuja concentração será em frente ao Banco de Socorro do Hospital Central de Maputo, ao longo da Avenida Eduardo Mondlane.

 

“A Comunidade Médica de Moçambique convida a todos os profissionais de saúde, estudantes dos cursos de saúde, sociedade civil e todos que se identificam com esta causa para uma marcha em defesa da saúde e dos direitos humanos”, lê-se na convocatória.

 

Todavia, em comunicado conjunto datado de 03 de Novembro, os Ministérios da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos e da Saúde disseram não reconhecer a referida organização. “Compulsando o registo de entidades legais em Moçambique, a referida comunidade não constitui entidade legalmente estabelecida”, lê-se na nota.

 

Nesse contexto, os Ministério exortam “aos profissionais de saúde para que continuem a exercer as suas actividades em observância ao juramento do exercício da profissão dentro dos mais altos padrões éticos-deontológicos e sem qualquer tipo de discriminação”.

 

Ainda no contexto das manifestações, no domingo último, o partido Povo Optimista para o Desenvolvimento de Moçambique (PODEMOS) convocou uma marcha para esta segunda-feira, com outros partidos, para repudiar os resultados das eleições gerais de 09 de Outubro passado, anunciadas pela Comissão Nacional de Eleições.

 

No comunicado, o PODEMOS convida a todos os membros e simpatizantes e ao povo moçambicano para, junto aos partidos, marcharem para a reposição eleitoral. “Apelamos a uma marcha pacífica e ordeira, dentro da lei”, lê-se no comunicado.

 

O candidato Presidencial Venâncio Mondlane mostrou-se (em vídeo publicado no domingo, na sua página de Facebook) firme na sua intenção de mobilização de quatro milhões de cidadãos moçambicanos para a marcha na cidade de Maputo, prevista para o dia 07 de Outubro. (Evaristo Chilingue)

Moçambicanos marcham no estrangeiro em repúdio à violência policial.jpg

Cerca de duas centenas de pessoas marcharam sábado, em Lisboa, contestando a violência e a liderança no país. A marcha começou junto à embaixada de Moçambique, em Lisboa, onde mais de 120 pessoas se concentraram para pedir “o povo no poder”, tendo terminado na Praça do Comércio.

 

Entoando palavras de ordem e empunhando cartazes, após cantarem o hino moçambicano, os manifestantes desceram até à Praça do Comércio. Já na zona ribeirinha, os manifestantes voltaram a entoar a “Pátria Amada”, repetindo por várias vezes o verso “nenhum tirano nos irá escravizar”.

 

No meio dos cartazes em que pediam “socorro”, “justiça” ou assinalavam que "quem adormece na democracia acorda na ditadura", também se liam críticas ao Presidente eleito, Daniel Chapo, candidato apoiado pela Frelimo, partido no poder desde 1975.

 

A Comissão Nacional de Eleições (CNE) anunciou em 24 de Outubro a vitória de Daniel Chapo com 70,67% dos votos nas eleições de 09 de Outubro para escolher o Presidente de Moçambique.

 

Venâncio Mondlane, apoiado pelo Partido Optimista para o Desenvolvimento de Moçambique (PODEMOS), ficou em segundo lugar, com 20,32% dos votos, e contestou os resultados, que ainda precisam de ser validados e proclamados pelo Conselho Constitucional. Mondlane foi apoiado por vários dos intervenientes na marcha.

 

Em declarações à Lusa, um dos elementos da organização do protesto, Ernesto Damião, em Portugal há três anos, considerou que “o povo chegou a um limite e está a dar um basta”. “O que nos trouxe aqui a protestar foi: primeiro, prestar solidariedade ao nosso povo e, segundo, demonstrar à comunidade internacional e ao povo português (…) a real situação que está a acontecer no nosso país e gostávamos que essas entidades prestassem atenção no que está a acontecer”, apontou Ernesto Damião.

 

Nesse sentido, o moçambicano lamentou que “muitas liberdades” estejam a ser limitadas no país e criticou a forma como a Frelimo tem gerido o país desde a sua independência. A manifestação nasceu de um projecto chamado Quid Iuris, criado por jovens moçambicanos.

 

Gilana Sousa, da Quid Iuris, saudou a adesão à marcha, que contou com “mais pessoas do que previa”. Questionada sobre o que motivou a manifestação, a jovem explicou que o principal móbil foram “os constantes assassinatos que têm acontecido”, mas também “a violência policial extrema” em Moçambique.

 

“Nós, por exemplo, conseguimos manifestar-nos. É um direito que está consagrado na Constituição da República de Moçambique, mas, neste momento, se os nossos irmãos se quiserem manifestar, muito provavelmente podem não voltar a casa com vida”, lamentou.

 

Gilana Sousa admitiu que as tensões em Moçambique se intensificaram depois das eleições de Outubro. “O povo queria uma mudança e, não conseguindo essa mudança, revoltou-se, mas parece que a revolta não está a ser bem recebida”, disse.

 

Um dos objectivos da manifestação, segundo Gilana Sousa e Ernesto Damião, passa por mobilizar as autoridades portuguesas para o diálogo com Moçambique. “Portugal e Moçambique têm relações externas muito fortes”, apontou Gilana, que defende que Portugal deve “colocar-se numa posição e dizer o que acha dessa situação”, bem como mediar um diálogo.

 

Também à Lusa, Joana Gemo, ligada a Venâncio Mondlane, considerou que tem faltado uma verdadeira oposição em Moçambique, que, na sua opinião, “sempre foi um país com problemas”. “Hoje em dia há uma oposição à altura”, disse, referindo-se ao candidato apoiado pelo PODEMOS: “Conseguiu fazer com que percebêssemos que temos poder”.

 

“Achamos que é o momento de lutarmos para acabar com a tirania em Moçambique. São 50 anos de sofrimento, 50 anos de assassinatos”, lamentou.

 

Joana Gemo, em Portugal há 17 anos, disse que, apesar de se sentir bem acolhida em território português, quer voltar para Moçambique, que considera ainda território inseguro.

 

Esta foi a primeira vez em que moçambicanos, residentes no estrangeiro, saíram à rua para repudiar actos de violência que acontecem no país, assim como a governação. Lembre-se que, nas suas comunicações virtuais no Facebook, Venâncio Mondlane tem convidado os moçambicanos residentes no estrangeiro a replicarem a contestação que se verifica no país. (Lusa/Carta)

Ainda há restrições no acesso à internet em Moçambique.jpg

Continua limitado o acesso à internet, em Moçambique, desde que o Governo decidiu, no passado dia 25 de Outubro, suspender os serviços de internet móvel como uma das medidas para conter as manifestações em curso no país, convocadas por Venâncio Mondlane em protesto contra os resultados eleitorais de 9 de Outubro, que dão vitória à Frelimo e Daniel Chapo com mais de 70% dos votos.

 

Na noite desta quinta-feira, Moçambique voltou a registar um novo apagão na internet da rede móvel, depois do bloqueio verificado na tarde e noite do dia 25 de Outubro. Ontem, o apagão começou pouco depois das 17h00, em algumas redes (como da Movitel), tendo sido concluído por volta das 20h00, nas restantes operadoras. A conexão por dados móveis só foi restabelecida esta manhã.

 

Desde o apagão verificado no segundo dia da segunda fase das manifestações que o acesso à internet móvel tem sido limitado, em todo o território nacional, facto agudizado na passada quinta-feira, primeiro dia da terceira fase da greve geral, com o bloqueio das redes sociais, com destaque para o FacebookInstagram e WhatsApp.

 

Até a manhã desta segunda-feira, o acesso às redes sociais, em todo território nacional, era feito com recurso à rede virtual privada, denominada VPN (sigla em inglês), porém, com alguma oscilação. Aliás, desde sexta-feira passada que as restrições têm afectado também o envio e a recepção de emails, em particular o Gmail.

 

Até ao momento, não houve quaisquer explicações para as restrições no acesso à internet. Ontem, o Vice-Ministro dos Transportes e Comunicações disse simplesmente que o acesso pleno à internet terá lugar assim que as condições forem criadas, mas sem dar detalhes.

 

Num comunicado policial publicado na quinta-feira, o Instituto Nacional de Comunicações de Moçambique limitou-se apenas a dizer que estava preocupado com “o uso das redes de telecomunicações no País para a publicação de vídeos e mensagens que promovem e estimulam manifestações violentas e outros actos de desobediência e desestabilização social”.

 

Igualmente, as operadoras de telefonia móvel não conseguem explicar as causas do apagão e nem das restrições no acesso à internet. Em mensagens privadas enviadas neste fim-de-semana, as três operadoras (Tmcel, Vodacom e Movitel) limitaram-se a pedir desculpas pelo “inconveniente causado”, depois de, no sábado do dia 25 de Outubro, terem enviado 2GB aos clientes como pedido de desculpas, uma oferta de apenas 24h.

 

“Caro cliente, devido à dificuldade temporária de acesso a algumas redes sociais, poderá usar os nossos pacotes de dados das redes sociais para todos os aplicativos da internet. Pedimos desculpas pelo inconveniente causado”, refere a mensagem enviada pelas três operadoras aos clientes.

 

Em comunicado divulgado na quinta-feira, o MISA-Moçambique condenou o bloqueio das redes sociais no país, considerando o acto como uma clara violação contra as Liberdades de Imprensa e de Expressão e o Direito à Informação, “que são direitos fundamentais na República de Moçambique”.

 

Para o MISA, as medidas visando fazer face às manifestações não podem ser feitas à custa de direitos fundamentais. “Ao se limitar as comunicações por Internet, não se está apenas a limitar o fluxo sobre as manifestações convocadas para os próximos sete dias. Se está, também, a violar o direito dos cidadãos de trocar informações através de plataformas digitais”, defende, lembrando que há moçambicanos que dependem das comunicações por internet para realizar as suas actividades sem se fazer às ruas. (Carta)

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Moçambique viveu, sexta-feira, sábado e domingo, um dos fins-de-semanas violentos e sangrentos da sua história, com a Polícia da República de Moçambique, nas suas diversas especialidades, a fazer mais vítimas mortais e os manifestantes a atearem fogo em diversas infra-estruturas públicas e privadas.

 

Nem o encontro da última quinta-feira, entre o Comandante-Geral da Polícia e o Presidente do PODEMOS, partido que suporta candidatura de Venâncio Mondlane, foi suficiente para aproximar as posições extremadas entre a Polícia, através da sua Unidade de Intervenção Rápida, e os cidadãos, no âmbito das manifestações populares em curso no país desde 21 de Outubro e que se encontram, agora, na sua terceira fase.

 

Informações recolhidas pela “Carta” indicam que, só na província de Nampula, oito pessoas foram assassinadas pela Polícia, no sábado, sendo três na cidade de Nampula; quatro na vila de Namialo, distrito de Meconta; e uma no distrito de Mecuburi. Pelo menos 30 pessoas deram entrada no Hospital Central de Nampula, de acordo com os dados divulgados pelo CDD, uma organização da sociedade civil de defesa dos direitos humanos.

 

De acordo com o CIP Eleições, uma publicação do Centro de Integridade Pública, a província de Nampula foi o epicentro das manifestações, com três focos identificados, sendo que o primeiro foi testemunhado em Namialo, onde os manifestantes bloquearam a Estrada Nacional Nº 1, impedindo, por um lado, a comunicação entre a cidade de Nampula e todos os distritos costeiros e, por outro, entre a cidade de Nampula e os distritos da zona norte da província, incluindo a província de Cabo Delgado.

 

O segundo foco das manifestações, em Nampula, segundo o CIP Eleições, esteve localizado no distrito de Mecuburi. Neste local, foi baleado mortalmente um manifestante, após ter sido vandalizada a sede do partido Frelimo.

 

Em Mecuburi, os manifestantes partiram todas as janelas da sede da Frelimo e destruíram alguns bens, como computadores, material propagandístico e produtos alimentares. A Polícia foi ao local e efectuou vários disparos de gás lacrimogéneo, balas de borrachas e reais para dispersar os manifestantes, que atingiram mortalmente uma pessoa.

 

Em reacção, conta o CIP Eleições, os manifestantes foram incendiar a casa do Polícia que assassinou a tiros o cidadão que estava nas manifestações. Toda a casa, incluindo os bens no seu interior, foi reduzida a cinzas. “Perante a incapacidade da Polícia local para conter a fúria popular, foi destacado um contingente em três viaturas a partir de Nampula para ir reforçar a corporação que já se mostrava cansada e em risco de ficar sem munições e ser capturada pelos manifestantes”, sublinha.

 

O terceiro foco de manifestações, na província de Nampula, foi mesmo na cidade capital, no mercado Waresta e Trim Trim, saldando em três pessoas foram mortas e pelo menos 28 ficaram gravemente feridas.

 

Já na sexta-feira, no distrito de Pebane, província da Zambézia, uma pessoa foi morta pela Polícia, durante uma manifestação. Os manifestantes, que circulavam pelos arredores da vila, escalaram o edifício do Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE) para protestar contra os resultados eleitorais, tendo sido impedidos pela Polícia.

 

Enfurecidos, relata o CDD, os manifestantes invadiram o Comité Distrital da Frelimo e a Polícia respondeu, lançando gás lacrimogéneo para os manifestantes e efectuou disparos, o que resultou no baleamento de três pessoas, sendo que uma delas perdeu a vida.

 

Em Maputo, a Polícia impediu a conclusão de uma marcha pacífica no bairro de Intaka, no município da Matola. A marcha teve lugar na manhã de sábado, tendo partido do bairro Mukhatine e com destino à rotunda de Tsivene, no bairro Cumbeza, distrito de Marracuene.

 

O evento foi comunicado à Polícia e a diversas autoridades locais, tendo até contado com a escolta policial, mas faltando pouco mais de 500 metros para a rotunda de Tsivene, a Polícia começou a lançar gás lacrimogénio e a disparar balas reais. Não há relato de vítimas mortais e nem de feridos.

 

Como retaliação à actuação policial, os manifestantes começaram a paralisar o trânsito e a desembarcar passageiros e ordenaram o encerramento de estabelecimentos comerciais. Dois BTR foram estacionados entre Cumbeza e Boquisso desde quinta-feira. Aliás, em quase toda a Área Metropolitana de Maputo, as FDS (Forças de Defesa e Segurança) espalharam blindados, militares e agentes da Polícia armados com armas de guerra.

 

Refira-se que a terceira fase das manifestações convocada por Venâncio Mondlane termina na próxima quinta-feira, com a ocupação das principais avenidas e praças da capital do país. (Carta)

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A época festiva já está chegar e as férias também! A DStv e GOtv estão preparadas para oferecer momentos mágicos para ti e toda a tua família. Novas telenovelas, desenhos animados, conteúdos locais e internacionais; mais desporto para todos os bolsos, géneros e gostos.

 

Esta época simboliza, na DStv e GOtv, o sentimento de gratidão pelo que temos e conquistamos – os nossos clientes. Tudo que fazemos, o foco é a satisfação dos clientes. O objectivo é estimular, através do melhor entretenimento, a união e a motivação necessárias para manter a família feliz e alegre. Dando valor às refeições caseiras, criar memórias entre as família, amigos e vizinhos.

 

\“Reafirmamos o nosso compromisso de ser o contador de histórias mais amado de Moçambique, oferecendo o que há de melhor em conteúdo. Somos mais do que um simples serviço; somos companheiros e membros das famílias moçambicanas. Criámos memórias e agregamos valor a cada momento…. Juntem-se à nós, DStv e GOtv, para celebrar a vida com alegria, risos e surpresas”, disse Agnelo Laice, Director Geral da MultiChoice Moçambique. 

 

Por isso, seleccionamos cuidadosamente uma série de conteúdos onde as histórias, gargalhadas e aventuras inesquecíveis ganham vida.

 

Mais conteúdos locais

 

O canal “com cenas moçambicanas” que traz conteúdos de alta qualidade, compostos maioritariamente por telenovela, séries de ficção, reality shows, programas musicais, magazine de lifestyle e de sociedade; todos produzidos em Moçambique, preparou para ti a estreia de novos programas. Maningue Magic está disponível na DStv  e GOtv (nos pacotes DStv Família e GOtv Max).

 

Tudo nosso: é um programa televisivo inovador que capta a essência da cultura moçambicana, proporcionando uma experiência rica e diversificada para o público. Este programa oferece um palco para artistas já estabelecidos e emergentes nas diversas formas de manifestação artistico-cultural (música, dança, poesia, teatro, artes plásticas e ilusionismo). Além disso, conta com o sofá, um espaço para celebrar artistas moçambicanos consagrados, valorizando suas realizações através de conversas descontraídas e interativas. "TUDO NOSSO" promete entreter e inspirar, elevando a cultura local a novos patamares.

 

Apresentadores:

 

João Carlos Uamusse ou simplesmente “Coelhinho” – é a nova aposta do canal Maningue Magic, com mais de 10 anos de experiência profissional. O apresentador e criador de conteúdos digitais, destaca-se pelo seu estilo humorístico, descontraído e engraçado de produzir vídeos a falar de assuntos da actualidade.

 

Ivandro Sigaval – é também a nova aposta do canal. É um apresentador de televisão emergente, poeta, activista social, slammer e escritor que utiliza a arte para explorar questões socioculturais (igualdade de género e direitos humanos). Através do seu trabalho artístico, já representou Moçambique em eventos internacionais nos seguintes países: Brasil, Angola, Malawi e África do Sul.

 

Data de estreia: 18 de Novembro de 2024

 

Horário: 17h30, de segunda à sexta-feira

 

Novelas, filmes e conteúdos infantis:

 

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Fórmula 1

 

O campeonato Mundial de Fórmula 1 2024 está na derradeira fase final, faltam apenas quatro (4) Grande Prémios (GP) para encerrar o calendário. Trata-se dos GPs:

 

  • do São Paulo (dia 3 de Novembro),
  • de Las Vegas (no dia 23 de Novembro),
  • do Catar (dia 1 de Dezembro); e,
  • do Abu Dhabi (8 de Dezembro).

 

Verstappen detém uma vantagem de 47 pontos sobre Norris no topo da classificação e parece provável que venha a conquistar o quarto título consecutivo - apesar de a Red Bull ter ficado para trás em termos de ritmo. Em relação ao Campeonato de Construtores, a McLaren tem apenas 29 pontos de vantagem sobre a Ferrari no topo da classificação, com a Red Bull a mais 25 pontos de distância, em terceiro. Tudo ainda continua em aberto!

 

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Balama011124.jpg

A exploração de grafite pela empresa Syrah Resources no distrito de Balama, em Cabo Delgado, está paralisada há um mês, devido à alegada falta da conclusão do processo de compensação às comunidades locais, após a empresa ter sido autorizada a utilizar a terra para a instalação da central de produção. Devido ao imbróglio, não é permitida a entrada de nenhum trabalhador nas instalações da empresa.

 

Segundo fontes da "Carta”, o processo de compensação ocorreu com a participação das autoridades locais, que garantiram a recepção de uma parte dos valores, sendo que a outra metade seria disponibilizada quando a empresa iniciasse as operações, o que não aconteceu até hoje.

 

"Ao chegar aqui, a empresa fez um acordo com as comunidades sobre as terras que eram nossas machambas e agora não temos onde cultivar. Naquela época, foi acordado que eles deviam pagar pelo menos 60 mil por hectare, mas esse dinheiro não foi disponibilizado até hoje, por isso não vamos sair até que a situação seja resolvida", disse um dos manifestantes, que lembrou que a comunidade não recebe a devida compensação há cerca de dez anos.

 

A fonte também acusou o governo local de não estar a agir para garantir que as comunidades recebam as suas compensações, afirmando que a população apresentou diversas vezes as suas preocupações.

 

Os manifestantes, que se encontram acampados na principal entrada do campus da Syrah Resources, vêm das comunidades de Balama-sede, Mualia, Nacole, Ncuite, Ntete, Pirira, 7 de Setembro e Ntete. Eles exigem a presença de representantes de alto nível da empresa para dialogar.

 

As autoridades locais não se mostram abertas a comentar o diferendo, mas informações confirmam que várias queixas foram enviadas aos governos local e provincial e aos órgãos de administração da justiça.

 

Nesta semana, a Syrah Resources recebeu nova autorização do Governo moçambicano para continuar com as suas actividades e assegurou um financiamento de 64,73 milhões de dólares para investir nas operações da mina em Balama. (Carta)

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A insegurança alimentar em Moçambique deve piorar devido ao conflito na província de Cabo Delgado e eventos climáticos extremos induzidos pelo fenómeno La Niña, que agravam perdas agrícolas, segundo um relatório divulgado por agências da ONU.

 

O documento, um relatório semestral elaborado pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO, na sigla inglesa) e o Programa Alimentar Mundial (PAM) com base em investigações efetuadas por peritos das duas agências da ONU, abrange o período de novembro de 2024 a maio de 2025. No caso de Moçambique, o relatório coloca o país na lista de “alta preocupação”.

 

As duas agências calculam em 773 mil o número de pessoas que deve enfrentar níveis agudos de insegurança alimentar e consideram que a situação de paz e segurança em Cabo Delgado [província do norte de Moçambique] se deteriorou no primeiro semestre de 2024, após a retirada da Missão da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral em Moçambique.

 

A escalada, caracterizada por aumento e disseminação geográfica da violência, provocou mais de 160 mil deslocados de janeiro a julho de 2024, o que representa um aumento de 140% em comparação com o mesmo período do ano passado.

 

“Além disso, o evento La Niña aumenta a probabilidade de tempestades tropicais, ciclones e inundações mais frequentes de novembro a abril, o que deve impactar negativamente os meios de subsistência em todo o país”, sinaliza-se no documento.

 

Outro país africano de língua oficial portuguesa referenciado é Angola. No levantamento da FAO e do PMA considera-se que, apesar da falta de dados recentes, a situação de segurança alimentar em Angola é preocupante e requer monitorização.

 

“As províncias do sul e do leste foram afetadas por uma seca induzida pelo fenómeno El Niño” e a diminuição das reservas alimentares e a falta de oportunidades de trabalho na agricultura diminuíram significativamente o poder de compra das famílias”, destaca-se no relatório, adiantando que a inflação em Angola tem aumentado de forma constante, tendo atingido 31,1% em julho. (Lusa)

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A petrolífera PUMA Energy Zâmbia mandou parquear todos os seus camiões em lugares seguros em Moçambique, na sequência da greve convocada pelo candidato presidencial Venâncio Mondlane, apoiado pelo Partido PODEMOS.

 

A greve, iniciada ontem, e que se prolonga até dia sete de Novembro, enquadra-se na terceira fase das manifestações gerais que visam contestar a mega-fraude das últimas eleições gerais de 09 de Outubro último, bem como o assassinato de Elvino Dias e Paulo Guambe, ambos ligados ao partido Povo Optimista para o Desenvolvimento de Moçambique (PODEMOS). No total, serão quatro fases e 25 dias de manifestações.

 

Na quarta-feira (30), a petrolífera zambiana aconselhou a todos os transportadores que passam por Moçambique a parquear os seus carros até novo aviso, devido a possíveis distúrbios. “Por favor, instruam os vossos motoristas a movimentarem-se com cuidado e a estarem em parques seguros. Todos os camiões em Moçambique devem ser parqueados até novo aviso”, diz a carta.

 

O presidente da Associação de Empresas de Marketing de Petróleo da Zâmbia (OMCAZ na sigla em inglês), Kafula Mubanga, avisou que o país poderá passar por alguns períodos de falta de combustível nos próximos dias devido à onda de protestos contra a fraude eleitoral em Moçambique.

 

Mubanga disse que este desenvolvimento irá interromper as linhas de abastecimento de combustível para vários operadores, colocando pressão sobre o crítico sector energético da Zâmbia que já mexeu nas suas reservas estratégicas.

 

Ele destacou que os desafios actuais em Moçambique e no Zimbabwe devem servir como um lembrete de que a salvação da Zâmbia depende do investimento em oleodutos tanto de Moçambique como de Angola para garantir o abastecimento de combustível.

 

Mubanga acredita que é necessária uma abordagem proactiva, desprovida de retórica política para estabilizar o fornecimento de combustível, daí que admita que os protestos em Moçambique irão piorar a escassez de combustível em várias partes da Zâmbia.

 

Por outro lado, o porta-voz da Companhia Nacional de Petróleo do Malawi (NOCMA, na sigla em inglês), Raymond Likambale, disse na quarta-feira (30) que ainda não estava em condições para afirmar se as manifestações de uma semana em Moçambique (iniciadas ontem), contra os resultados eleitorais fraudulentos, poderiam afectar ou não o frágil abastecimento de combustível para o seu país.

 

Acrescentou que o Ministério das Relações Exteriores do Malawi estaria em melhores condições de esclarecer se a questão afectaria ou não o abastecimento de combustível. “Não sabemos os detalhes da greve e, portanto, é difícil afirmar agora se terá impacto ou não no fornecimento de combustível. Dado que isso está a acontecer em Moçambique, o Ministério das Relações Exteriores será capaz de nos orientar adequadamente”, disse Likambale.

 

Por seu turno, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Charles Mkhalamba, ainda não se pronunciou sobre o assunto. Malawi depende da infra-estrutura rodoviária e ferroviária de Moçambique para o escoamento de combustível e de grande parte das suas mercadorias, principalmente dos portos da Beira e Nacala, no Oceano Índico, e qualquer perturbação pode prejudicar o sistema de abastecimento ao país vizinho.

 

A tensão político-eleitoral em Moçambique ocorre numa altura em que Malawi anunciou um sistema de racionamento de combustível para garantir o seu acesso equitativo em todo o país. A medida foi tomada na sequência da falta de divisas para cobrir as necessidades do país em termos de importação de combustível.

 

Numa declaração assinada pelo Presidente do Conselho da Administração da Autoridade Reguladora de Energia do Malawi (MERA), Henry Kachaje, a entidade informa que cada consumidor terá direito a um limite de combustível que poderá comprar.

 

“A MERA vai direccionar as entregas para postos de abastecimento específicos. Também fica proibida a compra de combustível em galões. Pedimos a todos para evitar o açambarcamento de combustível para posterior venda no mercado paralelo”, diz a declaração.

 

Alguns vendedores estão a aproveitar a escassez de combustível para vender o produto a preços exorbitantes no mercado negro. Por exemplo, um galão de cinco litros é vendido por cerca de 35 mil kwachas, cerca de 1200 meticais, por comerciantes ilegais. (Carta/Phoenix News/The Daily Times)

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