A Inspecção Nacional das Actividades Económicas (INAE) apreendeu 1.025 sacos de cimento, devido à especulação de preços. O acto aconteceu na província e Cidade de Maputo, onde foram autuados um distribuidor (na capital do país) e dois retalhistas (nos dois locais).
Apesar de reconhecer que, nos últimos dias, o país tem-se deparado com uma contínua escassez de cimento no mercado, motivada pela insuficiência de matéria-prima para a sua produção – maior parte provém do exterior – o porta-voz da INAE, Tomás Timba, garantiu que o preço do cimento, à boca da fábrica, mantém-se entre 390 Meticais e 420 Meticais, apesar de ter reduzido a quantidade disponibilizada no mercado.
A INAE revela que, do trabalho que tem vindo a desenvolver, constata haver também deficiência na distribuição do cimento, como também há falta de clareza no processo de fornecimento deste produto por parte dos distribuidores. Segundo Timba, os distribuidores, para além de colocar o cimento nos locais normais, optam em desviá-lo para o mercado informal, onde os preços são relativamente altos e especulativos, chegando a custar 520 Meticais.
“Todos os distribuidores envolvidos neste processo não passam facturas, que comprovam a aquisição do produto e o preço praticado, o que remete a INAE a perceber que estes agem com intenção de aproveitar-se do cliente”, explicou a fonte.
Como medidas, garante a INAE, tem estado a trabalhar com as fábricas para traçar melhor estratégia para a distribuição do cimento a nível do mercado. Aliás, a fonte diz haver casos em que os distribuidores chegam a condicionar a compra de outros produtos para quem queira adquirir cimento. (Marta Afonso)