Director: Marcelo Mosse

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Actualizado de Segunda a Sexta

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Economia e Negócios

A Electricidade de Moçambique (EDM), uma empresa 100 por cento pública, responsável pela geração, transmissão, distribuição e comercialização de energia, pretende reformar por completo o processo interno de aquisição de bens e serviços ou procurement.

 

Para o efeito, a empresa solicita, em anúncio publicado há dias, a manifestação de interesse às empresas de consultoria elegíveis. “O concurso será regido pelo regulamento de contratação de bens e serviços de Estado, aprovado pelo decreto 5/2016 de 08 de Março”, diz o comunicado, sublinhando que a manifestação de interesse deve ser submetida em Inglês, em formato físico e por Correio Electrónico, antes do dia 22 de Dezembro que se avizinha.

 

A agência de notação financeira Standard & Poor's melhorou o 'rating' de Moçambique, atribuindo à economia do país uma Perspetiva de Evolução Estável.

 

"O Governo de Moçambique completou uma troca de títulos de 'dívida problemática'. No seguimento dessa resolução, estamos a melhorar o 'rating' para emissões em moeda estrangeira de curto e longo prazo - de SD ('selective default' ou incumprimento financeiro seletivo, em português), para CCC+/C - e afirmamos as emissões em moeda nacional no patamar B-/B", lê-se numa nota divulgada pela agência de notação financeira.

 

segunda-feira, 25 novembro 2019 08:15

Preços futuros com perspectiva de subida

Em Indicadores de Confiança e de Clima Económico referente ao mês de Setembro, o Instituto Nacional de Estatística (INE) reporta que o indicador da perspectiva de preços recuperou de forma ligeira depois de uma redução no trimestre anterior.

 

Publicado há dias, o boletim mensal demonstra que, em Agosto passado, o indicador passou de 92.4 pontos para 94 pontos em Setembro, último.

 

Dados apresentados sexta-feira finda (22), em Xai-Xai, província de Gaza, resultantes de um estudo levado a cabo pelo Banco de Moçambique (BM), indicam que a contribuição daquela província na produção total de arroz no país tende a baixar.

 

De acordo com o estudo, nos últimos quatro anos, a província de Gaza produziu, em média, 44 mil toneladas (ton), contra uma média de 380 mil ton de todo o país. Em termos comparativos, a análise do BM indica que, na campanha 2014/15, o país produziu 375 mil ton de arroz, tendo a província em análise contribuído com 15,6 por conto (58 mil ton). Entretanto, observou o estudo, na campanha agrícola 2017/18, em que a produção nacional foi de 412 mil ton, Gaza contribuiu em 10 por cento (41 mil ton), o equivalente a uma redução perto de 17.300 toneladas.

 

“Segundo um estudo realizado por Abbas (2018), esta queda na produção é explicada pela substituição da produção de arroz por hortícolas, a traduzir maior lucratividade; menores riscos de produção por serem cultivados em períodos de menor probabilidade de cheias e secas; e preços mais flexíveis”, referencia o estudo.

 

Realizado no âmbito do 44º Conselho Consultivo do BM, realizado sob o lema “O Agro-Negócio como Factor de Dinamização da Economia: O Caso da Província de Gaza”, o estudo aponta ainda que o défice na oferta de arroz tende a agravar a nível nacional, devido ao aumento das necessidades de consumo interno daquele cereal.

 

A fonte avança que, entre 2015 e 2018, o aumento das necessidades de consumo do arroz, a nível nacional, foi de 52,4 por cento, facto que indicia a falta de capacidade das zonas produtivas nacionais de suprirem a procura existente no mercado doméstico.

 

“Concretamente, a produção de arroz de Gaza cobriu, em média, cerca de 5,0 por cento das necessidades de consumo nacional. Outrossim, registou-se um declínio da contribuição da província de Gaza de 7,8 por cento em 2015 para 3,6 por cento, em 2018, que pode resultar de dois factores: surgimento de outras regiões produtivas no país e redução da produção em Gaza, reflectindo, em parte, a produção de outras culturas em detrimento do arroz”, explica a análise.

 

Para reverter esse cenário, dinamizando a produção e a produtividade em todo o sector, com foco na produção do arroz, o estudo sugere a importação de insumos em grande escala e por campanha agrícola. Defende também a reposição gradual de direitos aduaneiros na importação do arroz de primeira e segunda qualidade por forma a estimular a produção nacional.

 

A fonte destaca, igualmente, a importância das parcerias públicas e privadas para suprir o défice de infra-estruturas, bem como uma massificação do seguro agrícola e uma Lei de Terra flexível para estimular o acesso ao financiamento, para além da adequação do financiamento bancário ao calendário agrícola e recurso ao financiamento em espécie. (Evaristo Chilingue)

O Porto de Pemba dispõe já de capacidade de resposta contra situações relacionadas com roubo e pirataria, acesso de pessoal não autorizado/clandestino, embarque de droga e ataques físicos às suas instalações, disse o delegado do maior e principal porto da província de Cabo Delgado, norte de Moçambique.

 

Arnaldo Manjate, no decurso de uma reunião entre o governador da província de Cabo Delgado, Júlio Parruque e os gestores e agências utilizadoras das instalações portuárias, disse que tal facto resulta da atribuição do Código ISPS, que tem por objectivo estruturar a avaliação de ameaças e definir acções de protecção apropriadas às embarcações e terminais portuários.

 

Manjate, citado pelo matutino Notícias, de Maputo, disse ainda que a estatal Portos e Caminhos-de-Ferro de Moçambique, dono da infra-estrutura, investiu, nos últimos tempos, cinco milhões de dólares em obras de recuperação e aquisição de equipamento, com o objectivo de torná-la mais eficiente na satisfação dos interesses dos clientes.

 

Dados estatísticos indicam que a carga manuseada anualmente no porto de Pemba não vai para além de 180 mil toneladas, contra as 470 mil toneladas que constituem a sua capacidade instalada.

 

Tal deve-se ao facto de maior parte dos agentes económicos da província de Cabo Delgado realizarem as suas transacções com o exterior, em particular as importações, a partir do porto de Nacala, na província de Nampula.

 

A decisão está relacionada com os valores altos praticados pelo porto de Pemba pela cobrança dos fretes, sendo que em Nacala um contentor recebido ou expedido paga 600 dólares, um terço do que é exigido pela sociedade gestora do porto de Pemba. (Macauhub)

António Fumo, Director de  Conteúdo Local na Sasol discursando em evento visando apresentar oportunidades de negócios da empresa

Nos próximos cinco anos, a petroquímica sul-africana Sasol prevê gastar 9.5 milhões de USD com a mão-de-obra e contratação de serviços nacionais ou locais, disse terça-feira, em Maputo, o responsável pelo Conteúdo Local da empresa, António Fumo.

 

Falando durante a apresentação de oportunidades de negócios da Sasol, com principal foco às Pequenas e Médias Empresas (PME), Fumo explicou que 07 milhões de USD irão destinar-se à capacitação e contratação da mão-de-obra moçambicana para que possa trabalhar naquela multinacional.

 

Segundo a fonte, 2.5 milhões de USD deverão ser gastos na capacitação e contratação de produtos e serviços nacionais ou locais. “Vamos também criar um Fundo de apoio às PME que vai funcionar nos próximos cinco anos, podendo ser renovado ano a ano”, acrescentou o responsável.

 

Fumo explicou, na ocasião, que o investimento consta do plano quinquenal da Sasol, elaborado em parceria com o Governo, que visa maximizar a utilização de bens e serviços nacionais, contribuindo para o desenvolvimento económico do país.

 

Como resultados do plano, a fonte disse esperar que a mão-de-obra nacional, que actualmente se situa nos 94 por cento do total dos trabalhadores da Sasol, atinja os 100 por cento. Com esse investimento ainda “esperamos que cada vez mais aumente a participação das empresas locais, contribuindo assim para o crescimento económico nacional, mas primeiro da província de Inhambane onde estamos inseridos”, afirmou Fumo.

 

Dados partilhados por aquele responsável indicam que 1.100 empresas nacionais encontram-se actualmente registadas na base de dados da Sasol. Em termos de contratação de bens e serviços nacionais, o nível é de 40 por cento. Entretanto, com o investimento em vista, Fumo disse que o plano prevê um incremento da contratação local até 70 por cento.

 

Presente em mais de 30 países, a Sasol explora gás natural em Moçambique desde 2004, a partir da província de Inhambane. (Evaristo Chilingue)