O valor dos prémios emitidos pelas companhias de seguros a operar em Moçambique atingiu 3325 milhões de meticais (52,1 milhões de dólares) no segundo trimestre de 2019, uma quebra de 30,26% face ao montante contabilizado no primeiro trimestre, informou o Instituto de Supervisão de Seguros de Moçambique.
O ramo Não-Vida, em que se concentra a maior parte dos seguros contratados no país, registou uma contracção de 31,73% no valor dos prémios em termos trimestrais, que passaram de 4227,2 milhões de meticais de Janeiro a Março para 2885,6 milhões de meticais de Abril a Junho. O segmento Incêndio foi aquele que registou uma queda mais elevada, de 64,19%, ao ter o montante dos prémios baixado de 1277,1 milhões para 439,4 milhões de meticais.
O ramo Vida registou igualmente uma quebra no valor dos prémios, de 18,78%, que passaram de 541,5 milhões para 439,8 milhões de meticais, ainda segundo as contas trimestrais do Instituto de Supervisão de Seguros de Moçambique. O valor dos prémios nos ramos Vida e Não-Vida em termos acumulados desde o início do ano atingiu 8094 milhões de meticais (cerca de 126,9 milhões de dólares).
A Empresa Moçambicana de Seguros (Vida e Não-Vida) fechou o semestre como líder de mercado, com uma quota combinada nos dois trimestres de 20,8%, a que se seguiram a Hollard Moçambique Companhia de Seguros (Não-Vida), com 15%, a ICE Seguros (Não-Vida) com 13,3%, a Seguradora Internacional Moçambique (Vida e Não-Vida) com 12,1% e a Global Alliance Seguros (Vida e Não-Vida) com 9,8%.
Os custos com sinistros aumentaram 9,8% no segundo trimestre, quando comparado com o primeiro, ao terem passado de 2328,9 milhões para 2557,3 milhões de meticais, atingindo 4886,3 milhões de meticais no primeiro semestre. A maior parte dos sinistros ocorreu no segmento Incêndio, em que os custos para as companhias de seguros aumentaram 154% para 1287,7 milhões de meticais. (Macauhub)
Falando ontem (11), em Maputo, no âmbito da mudança da marca Barclays Bank para Absa Bank Moçambique, o Vice-governador do Banco de Moçambique, Víctor Gomes, apelou à banca maior reforço da segurança das operações e transacções efectuadas no país. À segurança, Gomes acrescentou a qualidade na prestação dos serviços, com a formação profissional dos agentes da banca comercial. Segundo o gestor, os apelos surgem num contexto em que o sector bancário tem vindo a registar profundas transformações, o que demanda dos bancos um esforço adicional para acompanhar este movimento global e servir melhor os seus clientes.
“O cliente bancário de hoje é mais informado exigente e consciente dos seus direitos o que demanda que os bancos sejam exímios na prestação dos seus serviços, reforçando a formação profissional, os seus quadros, assegurando a qualidade no atendimento ao público e a segurança das operações e transacções efectuadas”, afirmou Gomes perante membros do Conselho de Administração e colaboradores do Absa Bank Moçambique.
Com a adopção da nova designação, o gestor espera que o Absa Bank Moçambique continue a ser uma instituição que prima pela excelência na disponibilização dos seus serviços e continue a ser um banco de referência tanto a nível nacional, como internacional.
Na ocasião, a Presidente do Conselho de Administração (PCA), do Absa Bank, Luísa Diogo, explicou que, ao adoptar o nome Absa, o banco está a preservar a sua rica herança africana, e promover iniciativas relevantes que visam contribuir para desbloquear ainda mais o potencial de Moçambique e apoiar o seu crescimento acelerado.
“Nós começamos como Banco Popular de Desenvolvimento, depois passamos para o Banco Austral, Barclays Bank de Moçambique, até ao que hoje assumimos Absa Bank Moçambique”, lembrou Diogo, tendo sublinhado que a instituição assume a nova designação com capacidade para concorrer a nível global.
O Absa Bank Moçambique faz parte do Absa Group Limited, presente em 12 países africanos e possui um escritório de representação em Londres. O grupo está cotado na Bolsa de Valores de Joanesburgo, África do Sul, possui um balanço com activos totais superiores a 91 biliões de USD e é um dos maiores grupos de serviços financeiros de África. (Evaristo Chilingue)
O Presidente da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), Agostinho Vuma, foi, na última Sexta-feira (08), eleito Presidente da Câmara Agrícola Lusófona (CAL), em Assembleia Geral realizada na Cidade do Porto, Portugal, avança um comunicado recebido na nossa redacção.
De acordo com a nota, no CAL, Vuma irá ampliar as oportunidades de desenvolvimento da agricultura em Moçambique, bem como outros mercados. “A colaboração com a CAL surge no âmbito da internacionalização da CTA, bem como a promoção do agro-negócio como prioridade número um do actual elenco da Confederação, plasmado no seu Plano Estratégico 2017-2020”, sublinha o comunicado.
A CAL é uma associação empresarial sem fins lucrativos que promove a divulgação do agro-negócio a nível internacional com particular ênfase nos países de língua portuguesa, nomeadamente Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor Leste.
A Associação permite às organizações e às empresas estabelecerem parcerias para promover a internacionalização, a inovação e o empreendedorismo. Trata-se de uma entidade reconhecida pelos Governos da Comunidade de Países de Língua Oficial Portuguesa (CPLP). (Carta)
Iskandar Safa, o mogul da Privinvest, que arrastou o Estado moçambicano para uma malha de corrupção multimilionária, com o conluio de elementos da classe política local, quer que uma arbitragem suíça tenha precedência sobre a acção judicial movida por Moçambique em Londres. O construtor quer que a arbitragem suíça delibere primeiro sobre o seu imbróglio com o Estado moçambicano, antes do tribunal londrino de Queens julgar a acção judicial movida por Maputo contra si.
O advogado David Wolfson disse ao juiz Simon Picken, na quinta-feira, em audiência no Tribunal Superior de Queens, que seu cliente, a Privinvest Shipbuilding, com sede em Abu Dhabi, pretende também contestar se o tribunal londrino tem jurisdição sobre o caso.
Moçambique está a processar o bilionário franco-libanês, Iskandar Safa, por fraude. Safa é o fundador da empresa de construção naval no centro do escândalo das "dívidas ocultas" de mais de 2 bilhões de USD. O governo de Maputo, representado pela Peters & Peters Solicitors LLP, apresentou suas alegações em Agosto contra a Privinvest e vários ex-funcionários do banco suíço em Londres, por danos e pretende a anulação de contratos revelantes.
Por sua vez, a Privinvest acusou Moçambique de violar o seu contrato e iniciou um processo de arbitragem contra Maputo na Suíça. A empresa procura uma indemnização. Wolfson diz que Safa vai se bater para que o diferendo seja primeiro dirimido em sede de arbitragem. (Law360.com)
Três empresas estatais de electricidade devem conjuntamente à ESKOM, sul-africana, 632 milhões de Randes em pagamentos atrasados. A nossa EDM deve 221 milhões de Randes. O facto foi revelado no parlamento sul-africano, quando o Ministro das Obras Empresas Públicas, Pravin Gordhan, respondia a uma pergunta feita pela Aliança Democrática (DA, na sigla em inglês). No parecer da DA, embora Gordhan possa ter a opinião de que 632 milhões de Randes teriam um impacto mínimo no fluxo de caixa da Eskom, na realidade, cada centavo conta quando a concessionária de energia elétrica tem dívidas de cerca de 4 bilhões.
As três empresas devedoras são a Autoridade de Fornecimento de Eletricidade do Zimbabwe (Zesa Holdings), que deve 322 milhões, a Electricidade de Moçambique (EDM) 221 milhões e a empresa de energia estatal zambiana, Zesco (89 milhões). "Meio bilhão de Randes é uma enorme quantidade de dinheiro que, poderá, a longo prazo, ajudar bastante a estabilizar os problemas financeiros da Eskom", disse Natasha Mazzone, da DA.
"Como tal, a DA escreveu ao ministro Gordhan para solicitar que ele tornasse público os planos de pagamento que a Eskom possui com esses governos estrangeiros, que devem à concessionária milhões em dívidas não pagas", disse ela. Ela disse que, para além da dívida de empresas estrangeiras, a Eskom também tinha perto 20 bilhões em dívidas pendentes por municípios da África do Sul.
“Claramente, a Eskom é incapaz de cobrar dívidas em casa e no exterior. Isso levanta a questão: a Eskom realmente tem planos para cobrar dívidas? Caso contrário, a concessionária nunca conseguirá estabilizar o seu fluxo de caixa, e o contribuinte continuará pagando resgate após resgate", disse Mazzone. (Carta)
Importadora Moçambicana de Petróleos (IMOPETRO), entidade responsável pela importação de combustíveis ao país, procede, no final da tarde desta sexta-feira (08), em Maputo, à abertura de propostas de concorrentes para o fornecimento de combustíveis líquidos (Gasolina, Jet e Gasóleo) a Moçambique para os próximos seis meses (Janeiro a Junho de 2020.
De acordo com um comunicado enviado à nossa redacção, o processo de abertura compreende três fases, nomeadamente, a pré-qualificação (análise de documentos de prova de capacidade financeira, capacidade operacional e questões de ordem legal), a indicação dos pré-qualificados e o anúncio dos vencedores do concurso.
Actualmente, fornece ao país, mesmo com dificuldades no cumprimento de prazos, a empresa Fienergy. Refira-se que por causa desse comportamento, há poucos meses a companhia ia, por pouco, rescindir contrato com a IMOPETRO. A despesa anual de Moçambique com a importação de combustíveis é de aproximadamente 800 milhões de USD. (Carta)