Director: Marcelo Mosse

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Actualizado de Segunda a Sexta

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Carta de Opinião

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Há cinco anos, o meu primo perdia o braço na campanha eleitoral. Primo Silva estava pendurado numa camioneta com uma bandeira do seu partido. Ele que era desempregado, mas prometia emprego a outros desempregados, falava em programas de habitação e quando prometia estradas melhoradas e alcatroadas, o primo Silva escorregou e caiu da camioneta. E uma das rodas traseiras da camioneta passou por cima do seu braço direito. Era o começo de uma nova campanha.

 

Primo Silva foi carregado pelos seus companheiros e o seu braço, virado para o além, seguia de trás como uma pata partida de um cão. No hospital José Macamo, o primo Silva levou anos e anos contemplando o seu abraço rebelde que não obedecia aos seus movimentos. Ele levou anos para ser atendido, porque chegou com o abraço embrulhado na bandeira do seu partido e os médicos eram de um outro partido. Agradeço ao Dr. Ivan, que morreu ano passado, grande amigo, que em nome da nossa amizade passou por cima de todos os partidos e engessou o braço partido do meu primo em nome do partido.

 

Depois, o coordenador da campanha evacuou o primo Silva para a casa. Primo Silva, com uma pedra de gesso, chegou a casa com um braço, não conseguiu rodar a maçaneta da porta do quintal, ele que tinha dito que o seu partido ia abrir todas as portas do país. Arrastou-se com o defunto do seu braço, pingando milhares de dedos também mortos, para o interior de casa. A manga da camisa era um pequeno caixão e os botões serviam de parafusos que trancam os mortos na terra.

 

Depois teve de deixar de lutar pela democracia para lutar pelos gessos nos corredores de diversos hospitais; teve de trocar os panfletos do seu candidato por enormes papéis com fotografias do seu abraço. Era uma outra campanha que ele fazia. E até fazia promessas aos deuses, porque queria de volta o seu braço.

 

Hoje, o primo Silva, ali no bairro da Liberdade, tem um braço desprendido do seu corpo apesar de permanecer ali com ele, passa as tardes enxotando com insultos os putos do bairro que troçam dele “mano Silva braço de compasso”. Os putos riem-se dele. Primo Silva está neste momento na Liberdade à espera de um candidato que diga "vota em mim, vou trazer de volta o seu braço".

terça-feira, 27 agosto 2024 11:49

Os 7 milhões de Mukukuni

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O candidato da FRELIMO à presidência da República, Daniel Francisco Chapo, afirma que, se for eleito, vai reactivar o Fundo de Desenvolvimento Distrital, mais popularmente conhecido por programa dos 7 milhões, iniciativa emblemática da presidência de Armando Guebuza.  

 

A ideia, muito aplaudida pelas populações, e com grande potencial para catalizar iniciativas empresariais juvenis locais, pode vir a ser um dos marcos definidores da governação de Daniel Chapo, na sua reiterada determinação de luta tenaz contra a corrupção, se impedir que ela seja, de novo,  transformada  em mecanismo estatal de fomentar clientelismo partidário – o que passaria por delegar a sua gestão a uma instituição vocacionada e protegida de pressões políticas.

 

Ao falar recentemente num comício em Chiure, o Secretário-Geral da FRELIMO colocou nos mesmos termos  da iniciativa original, os fins a que o fundo deverá de ser destinado: estimular o desenvolvimento socio-económico local, financiando iniciativas de geração de renda, com os joven na linha da frente, porem sem excluir outros empreendores elegíveis, designadamente mulheres.

 

Chapo evocou esta iniciativa com visivel convicção, e articulou com segurança o potencial que o Fundo representaria na monetarização da economia rural  e na promoção de  fontes de renda para os jovens e mulheres, através da criação, consolidação ou expansão de mini empresas. E foi entusiasticamente ovacionado, indicação de recepção positiva da ideia, ainda muito fresca na memória das populações.

 

Menos não seria de esperar.  Com efeito, o projecto “7 milhões” , teoricamente enquadrado na estratégia de fazer do distrito polo do desenvolvimento, foi das empreitadas da governação de Armando Guebuza que mais simpatia terá  granjeado  junto das populações, primeiro limitada ao meio rural, e mais tarde, alargada ao combate à pobreza urbana.   Porque foi, a todos os titulos, uma iniciativa inovadora. Com um grande potencial para ajudar a mudar o paradigma dominante, de “pedir apoio”, inimigo da “auto-estima” ,outra das bandeiras do discurso Guebuziano.

 

Mas, se é inegavel o  impacto “galvanizador” da iniciativa, ao promover a cirulação de dinheiro no campo e estimular a  ideia de empreender e, consequentemente, de assumir e gerir riscos próprios – se isso tudo foi verdade – é também indiscutivel que, em grande medida, o fundo viu os seus objectivos oficiais disvirtuados e, em alguns casos, pervertidos.

 

Com efeito, numa primeira fase, o fundo foi posto nos Gabinetes dos administradores distritais sem agenda nem critérios de aplicação claros , resultando na cobertura de gastos superfluos, como a construção de  vistosos alpendres ...para “receber condignamente  as presidências abertas” -  como ouvimos no Distrito de Moma -  ou no seu uso como meio para “massagear” duvidosas fidelidades partidárias. Nas fases seguintes a iniciativa perdeu as  suas caracteristicas de fundo rotativo, pois os níveis de reembolso ficaram bem abaixo dos 20 por cento, como foi na época relatado.

 

Ainda que estes “desvios” não tenham, de forma alguma, retirado todo o mérito à iniciativa, parece porém relevante compreender-lhes as motivações, para evitar a sua repetição, no caso de sua retoma no próximo ciclo de governação.

 

Obviamente que uma definição inequivocamente (mais) clara dos objectivos do Fundo  e dos critérios de elegibilidade é uma condição since qua non, para a sua gestão transparente e aberta à monitoria e prestação pública de contas.  Esta condição será certamente crucial, se o novo Presidente da República estiver efectivamente  determinado a atingir um outro objectivo critico da sua governação: o combate efectivo à corrupção. Pois a transformação de iniciativas como esta em mecanismos estatais de premiação à militância partidária foi sempre, sobretudo ao longo dos lútimos 20 anos, um dos maiores incentivos à corrupção, cujo combate sempre embelezou a retórica oficial.

 

Daniel Chapo, em diferentes ocasiões, quer de entrevistas com orgãos de comunicação social, quer em campanha eleitoral, tem sido muito vocal no discurso de combate à corrupção, “não só com leis e discursos, mas de forma efectiva” (sic) .

 

De outro modo, reeditar-se-ão os episódios de Dondo e de Mukukuni, nas provincias de Sofala e de Inhambane, respectivamente, que na verdade replicados através do país inteiro No primeiro caso, em pleno dialogo com as populações, mobilizando-as para a necessidade de devolução do fundo recebido, um ancião disse ao administrador do Distrito: “Mas  esse dinheiro afinal não é para nos agradecer pelo nosso voto a favor da FRELIMO? Agora...devolver...como?”.

 

Por seu lado, em Mukukuni, uma localidade remota da baia de Inhambane, sempre destemida como sede de terríveis feiticeiros – conhecidos localmente como “dzindroyi”, quando o Secretario do Bairro informou que estava a caminho uma delegação do Governo Provincial, com a missão de ir cobrar os emprestimos do Fundo junto dos mutuários, a população local disse, em reunião pública: “Mas eles querem vir buscar o quê? Esse dinheiro não são os restos das festas deles lá em Maputo?”. E no auge da sua “indignação”, a população lançou ameaças para quem as quissesse aouvir:  “Aqui é Mukukuni! Quem ousar vir para aqui... cobrar dinheiro...vai ver sozinho as consequências...”. Assim, diz-se que em Mukukuni ninguém, do governo ousou ir cobrar um centavo do fundo dos sete milhões! Anos a fio!

 

Parece-nos, pois que, aprendidas todas as lições, fica a convicção da relevância da iniciativa e, logo, da acertada ideia do seu relançamento, mas com um grande “porém”: a gestão do fundo deverá, agora, ser confiada a uma instituição vocacionada e seguramente protegida de qualquer forma de  ingerência ou influência político-partidária: uma das formas de prevenção da mataquenha!

quinta-feira, 22 agosto 2024 07:12

Alfazema. Peço-te um grande favor

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Na verdade quem o pediu, são os eleitores, principalmente, os indecisos. Eles sabem que tens o número do Daniel Chapo. E sim, sabemos todos que fazes campanha indirecta pró Chapo. Eu faço campanha, directa, sem rodeios, pró Venâncio Mondlane. 
 
Aliás, assumi, publicamente, minha escolha. Bom, também não constitui nenhuma falta de modéstia assumir que estes dois são os derradeiros contendedores nestas eleições-2024 e por isso, interessa aos eleitores, aos moçambicanos, no geral, e ao mundo, ver estes dois num frente a frente, em directo. 
 
Sabes Alfazema, vi com bastante lamentação que publicaste, recentemente, uma "coisa" denominada ANÁLISE DOS CANDIDATOS PRESIDENCIAIS... Penso que é momento do Chapo "sair dessa toca" de publicações protectoras e enviesadas, e se dispor a ser perguntado por jornalistas imparciais e a responder algumas questões que o próprio Venâncio Mondlane o faria. 
 
Claro, ele também com os mesmos direitos sobre Venâncio Mondlane. Isto sim seria uma ANÁLISE AOS CANDIDATOS, e com a decência que a honestidade intelectual pede. Penso que não fica bem, passarem a vida a esconderem vossos candidatos. 
 
Primeiro, foi o Rasaque Manhique. Esconderam-no até aquele triste veredicto do CC. Agora é o Chapo. 
 
Mas, Chapo é inteligente. Estudado. Já ocupou alguns cargos no Estado. Já passa muito tempo, desde o último Comité Central de sua outorga como Candidato, logo, ele já se embrenhou no seu Manifesto. Já o domina, de certeza. Então, qual é o impedimento, desta vez? 
 
O formato será simples. Dois jornalistas. Um à vossa escolha e outro à nossa escolha. Cada jornalista tem direito a três perguntas. E os candidatos a cinco cada um. Das cinco, três teriam direito a réplica e sim, as três dos jornalistas, idem, teriam direito a réplica e tréplica... 
 
Em duas horas, com dois intervalos de 10min (para cada um interagir com suas equipas), acho que faríamos um serviço notável à nação moçambicana que, a seguir, iria para as urnas, a 09 de Outubro mais consciente. Podes fazer-nos esse favor? 
 
Um abraço Dinis Tivane DT77
terça-feira, 20 agosto 2024 11:24

Condenado à pena de tormenta

Mas eu não sou o personagem principal nesta trama, também não sou um figurante. Sou o tabuleiro indicado para que todas as cenas passem por mim como nas pontes de betão, onde os camiões de grande tonelagem atravessam, fazendo com que os fundamentos de toda a estrutura estremeçam. Por vezes dá-me prazer vestir a pele que me atribuiram, de um inconsequente, porém noutras vezes sinto que o meu lombo não aguenta, sou frágil demais para suportar este papel, é como se o meu castigo viesse para ficar.

 

A informação que tenho é de vamos partir às quatro da manhã, então às três estarei de pé para aquecer água no fogareiro à carvão, e foi isso que eu fiz. A minha casa de banho é externa, e em cima da hora fui descobrir que a lâmpada fundiu, está escuro lá dentro. Recorri à lanterna do telefone que me dava a sensação de eu próprio ser um fantasma. Ou seja, não parece real alguém estar a tomar banho às três da manhã, num silêncio em que o único som que se ouve, é da água deslizando pela minha cutis.

 

Cheguei a pensar que a única pessoa que estaria acordada àquela hora, sou eu. Mas esses pensamentos não me perturbavam, o que me empolgava era a viagem que iria iniciar daqui a pouco. Uma longa viagem que terminaria numa cidade cercada de montanhas pedra, Tete, e eu conheço o percurso que passa pela espectacular cordilheira de Catandica. Do outro lado fica o Zimbabwe, onde se pode entrar também pela fronteira de Cuchamano. Pensava em tudo isto durante um banho que não durou mais do que dez minutos, um banho quente e agradável.

 

Ao sair da toilett vejo um homem parado em frente à porta da minha casa, na verdade uma silhueta virada de costas para mim, parecia Yupidu, e eu cubro as partes sensíveis com a toalha, entregando o meu tronco à cacimba fria que cai imperceptível, sem deixar, mesmo assim, de ser letal. Perguntei, quem é você!

 

Quem me responde é o silêncio, mas eu estou animado pela viagem que vai começar daqui a pocuo e já são quatro horas! Há uma rola que arrulha à esta hora e isso não é normal, pode ser sinal de mau agoiro. Ao mesmo tempo o meu telefone retine com um número desconhecido. Um cão que ladra lá fora de forma persistente, mas aqui na zona nenhum dos meu vizinhos tem cão. Sinto cheiro de tabaco aceso, alguém está a fumar.

 

Mas isto é um  turbilhão, e o centro do remoínho sou eu, condenado com pena de tormenta, sem julgamento sem nada, o juiz da causa são os meus actos, os meus caminhos tortos. É por isso que estou aqui apenas com a toalha na cintura, e o tronco do meu corpo sendo molhando pela cacimba que cai em gotas microscópicas. Não consigo mexer-me.

 

Então já não tenho dúvidas de que estou perante as mandímbulas do lagarto mais frio do planeta, que se ri como as hienas, porém eu vou viajar. Em liberdade. Cantando as músicas copiadas do Salmos.

terça-feira, 20 agosto 2024 11:22

Espíritos na Diáspora

Em um texto do sociólogo Elísio Macamo uma idosa, que em jeito de nota conclusiva da sua preocupante apreciação sobre a real situação e o rumo do país, pergunta: “Afinal quando é que a independência vai acabar?”

 

“O rumo do país é tal que exige o concurso de outras forças e estratégias para enfrentá-lo”. Quem o diz é um amigo que nos meses de Agosto faz sempre questão de passar as suas férias na terra natal, no interior profundo da província de Gaza.  

 

“É para renovar lealdades (com os antepassados) e recarregar baterias”. A justificação quando preguntado sobre a razão dos seus “tours d'agosto” à terra. Uma tradição que contrasta com a matriz e cognição ocidental do honorável amigo.

 

E por ser Agosto, o mês das suas religiosas férias anuais, não me surpreendem os registos audiovisuais da época que desfilam diariamente no seu “status”.

 

Entretanto, desta vez salta à vista o local das férias por não ser o habitual, mas algures pelo continente europeu. Questionado o detalhe, a pronta resposta: “Os espíritos emigraram e tive que vir ao encontro deles”.

 

A ser verdade - que os espíritos estão também a emigrar - é caso para secundar a pergunta da idosa ou, no mínimo, que a questão levantada seja o ponto de partida para uma profunda reflexão nacional sobre o real “Estado Geral da Nação”.

 

PS: Por conta da intensa onda de calor que abala a Europa neste verão, leva-me a colocar a possibilidade de os espíritos/ancestrais africanos estarem mesmo a emigrarem para a Europa. Agora resta saber se emigram em busca de melhores condições de “vida” ou apenas atrás dos seus mais novos descendentes que para lá têm rumado em debandada nos últimos anos.

segunda-feira, 19 agosto 2024 14:07

Tudo que é campanha tem muita guita…

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Confesso que fiquei de rosto rente à barriga quando vi a guita que os diversos partidos tiveram para a campanha eleitoral. Há muita guita neste país. Diga-se uma coisa: nós somos um país pobre, mas cheio de dinheiro. Um país sem grandes saídas, mas que sempre se vira quando o assunto é arranjar dinheiro para distribuir...

 

Nós somos um país pobre, mas cheio de dinheiro; a frase pode ser complicada, pode ser poética demais; se calhar podia dizer com todos os grumos de saliva: nós somos aquele bêbado que não deixa nada em sua casa, mas, aos fins-de-semana, varre contas e contas em todos os bares. Nós somos a riqueza mais pobre da nossa estupidez.

 

Só temos dinheiro para a campanha eleitoral. Não temos dinheiro para o professor que faz horas extras e ao fim do mês recebe notas de reclamações, não temos dinheiro para injectar e curar a magreza das contas bancárias dos médicos, não temos dinheiro para meter na algibeira do juiz que martela, todos os dias, a nossa justiça torta e com poucos pregos, não temos dinheiro para o polícia que arrasta a AKM carregada de ferrugem, na baixa da cidade, e assiste aos raptos de boca aberta.

 

Afinal, anda, nos corredores da campanha eleitoral, tanto dinheiro assim! Afinal, há tantos partidos assim? Eu conheço um tipo que sempre concorre às eleições, de cinco em cinco anos, abre um estaleiro novo no Chamanculo e tem um quintal cheio de carros. Esse fulano é presidente do partido, é também secretário-geral, é também tesoureiro, é também chefe de limpeza da sua sede (sua sede é uma mochila de costas cheia de papéis), é também presidente da liga juvenil composta só por ele próprio, é também membro único da liga da mulher, é também assessor jurídico e ocupa todas as pastas da assembleia geral composta só por ele próprio.

 

Esse tipo, este ano, teve uma boa guita, uma boa mola. Quando começar a campanha vai fazer o que já nos habituou ali no bairro: comprar pacotes de massa, canetas de feijão, umas caixas de cerveja e pôr os miúdos desempregados do bairro a marcharem com a única bandeira que ele usa há séculos desde que descobriu esse negócio de viver de campanhas. E depois vai pingar uns cartazes em algumas avenidas, estampar umas duas camisetas para ele e a esposa e aparecer na TV sem um mínimo de vergonha para dizer “as nossas delegações estão a trabalhar, vamos ganhar”. Eu acho que ele ainda está estonteado, pois nunca recebeu tanto dinheiro assim.

 

Infelizmente, em Moçambique, tudo que tem o nome campanha envolve muito dinheiro, muita guita mesmo. Quem nunca viu o mar de dinheiro que anda nas campanhas de vacinação que só terminam vacinando os salários gordos dos coordenadores provinciais sentados nos escritórios? A campanha nacional de combate ao HIV/SIDA, muitas vezes, combate a fome dos chefes, a campanha de combate à malária muitas vezes só serve para construir mansões de chefes no lugar de comprar redes mosquiteiras. 

 

A campanha contra a corrupção só enche escritórios de relatórios e no fim de tudo a corrupção é que vence, pois, fica bem ao canto a rir-se por ter criado mais corruptos quando tentavam combatê-la. Tem sido sempre assim. E agora temos a campanha eleitoral, meu Deus. Tudo que é campanha tem muita guita, em Moçambique. Já agora, quem não se recorda da campanha nacional de vacinação contra a COVID-19 que só fez os chefes sorrir de felicidade e riqueza por detrás das máscaras? Tudo que é campanha tem muita guita…

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