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Carta de Opinião

segunda-feira, 08 fevereiro 2021 06:27

Nhinguitimo, o vento dos novos tempos

O conto “Nhinguitimo” faz parte da primeira obra literária de Luís Bernardo Honwana, Nós Matamos o Cão Tinhoso, publicado, pela primeira vez, em 1964. Edições subsequentes aconteceram aqui e no mundo. Esta integra o cânone curricular de ensino da língua portuguesa, nas escolas secundárias moçambicanas. Tem sido referência obrigatória para diferentes gerações do pós-independência.

 

Nhinguitimo ou vento sul, na língua ronga, são ventos que antecipam a chegada do Verão. Ocorrem entre os meses de Agosto e Setembro. Velozes e poeirentos, eles simulam um falso Outono, desconforto generalizado e inúmeras alergias. Necessários, porém, indesejados.

 

Os ventos representam o ar em movimento, resultante das variações da pressão atmosférica entre as diferentes regiões de maior pressão, para as de menor pressão. Como qualquer fenómeno da natureza, os povos sempre encontram justificações e analogias para explicar o seu surgimento. Assim, estes ventos têm sido sujeitos à interpretação popular, bem como a mitos e crenças. 

 

Nos dias que correm, e considerando a propagação da COVID 19, Nhinguitimo pode ser, analogamente, comparado à propagação do coronavírus. Aliás, Sara Jona Laisse, no livro “Entre margens” considera que o coronavírus pode bem ser comparado aos vários cães tinhosos que semeiam luto e desgraça. 

 

Licínio Azevedo, conceituado realizador nacional, dos mais galardoados que a indústria cinematográfica nacional, alguma vez, conheceu, decidiu adoptar este conto para filme. Uma curta metragem de um clássico moçambicano que, faz tempo, era merecedor de um filme. Vários filmes. O filme será rodado este semestre, 2021. Uma produção em tempos pandémicos.

 

O personagem principal é Alexandre Vírgula Oito Massinga. Jovem nativo que trabalhava como empregado dos agricultores comerciais brancos.  Vive cultivando, tal como seus concidadãos, as machambas dos seus patrões. Mas, ele tem, também, a sua própria. Reduzidas proporções, com milho como substrato, porém, assegurava uma safra segura e razoável para o sustento familiar.

 

Esta prática tipificava as relações do campesinato no período colonial. Estas pequenas machambas serviam para o auto-sustento, mas, igualmente, para que os agregados familiares pagassem os tributos. Tal como acontecia com as machambas dos outros trabalhadores agrícolas locais, a machamba de Vírgula Oito estava excluída das extensas áreas demarcadas pelos colonos portugueses.

 

Vírgula Oito via a possibilidade de sua pequena plantação obter uma colheita satisfatória. Ele se guiava pelo provérbio que dizia “o que faz andar o barco não é a vela enfunada, mas o vento invisível”. O seu vento ele enxergava, com certeza que nenhum Nhinguitimo prejudicaria sua colheita.

 

Essa certeza derivava do facto de sua pequena machamba estar localizada do lado oposto do rio, que dividia a machamba do seu patrão. Esta localização era beneficiada pelas árvores que faziam a pequena barreira de segurança e protegeriam a sua área. Assim, o Nhinguitimo somente, atingia as plantações dos brancos.

 

A narrativa de Luís Bernardo Honwana que integrou o “African Writers Series”, nos anos 60, é marcada pela consciencialização da exploração, pela revolta e, também, por algum comodismo e medo. O norte de Moçambique já vivia a luta armada de libertação nacional que atiçava a consciência de sectores importantes da sociedade.

 

Alexandre Vírgula Oito vislumbrava, não apenas essa boa colheita, mas, o sonho de, um dia, se transformar em patrão, adquirindo alfaias agrícolas, aumentando as áreas de cultivo e, enfim, perspectivando seu casamento e a melhoria das suas condições de vida.

 

Sucedeu, porém, que a sua pequena propriedade passou a ser cobiçada pelo seu patrão. Não tardou e Vírgula Oito foi expulso das suas terras, com toda a sua família. Desfaziam-se, assim, seus sonhos e as inflacionadas intenções de prosperidades. Esta anexação gerou um certo borbulhando. Os bares fizeram, deste assunto, a conversa do momento. Um dos bares servia de ponto de encontro para os homens da vila, os brancos.

 

Até o administrador ficou ao corrente das desavenças. Solicitou justificação aos seus conterrâneos. Os argumentos não se fizeram esperar. Doía o coração dos brancos ver terras tão férteis sendo desperdiçadas pelos negros. Com as verdades manipuladas e as pretensões desfeitas, a clarividência do Administrador antevia período conturbado. O seu sexto sentido era infalível.

 

Os brancos se respaldavam no argumento da capacidade e suas incomparáveis habilidades para produzir e administrar terras. Aos negros competia trabalhar como empregados dos brancos. Aquelas terras confiscadas estavam desperdiçadas e improdutivas. Eles dariam um novo destino.

 

Luís Bernardo Honwana é pródigo, nesta narrativa, em rever expressões de pretensões das suas gentes, os momentos conturbados e os sinais de injustiça. Alias, este conto representava já uma fase efectiva da literatura que romperia com essa visão cultural eurocêntrica. O autor se esforçou para redefinir o “ser moçambicano” denunciando a segregação e exploração pela qual passam os nativos.

 

Vírgula Oito, nosso personagem, em função das reclamações, foi rotulado de louco e subversivo. Recusava a exploração e a humilhação a que havia sido submetido. Não aceitou ser um mero objecto manipulado. Porém, ele não logrou estruturar essa revolta colectiva. Assumiu o ónus para si próprio. Seus companheiros defendiam que nada poderia ser feito, os brancos continuariam roubando as terras e, ninguém, poderia dizer nem fazer nada.

 

Vírgula Oito, banhado de ódio, propalou a sua revolta. Incitava seus amigos à revolta. A passividade conduziria a todos à pobreza. Ele mesmo, até então passivo, mudara de postura ante as exploração e humilhação sofridas. Da raiva e revolta, Vírgula Oito consome o crime. No calor das discussões com seus companheiros, ele mata um deles.

 

O seu patrão entra, novamente, em cena. Faz um apelo inusitado aos restantes agricultores nativos. Pede que eliminem Vírgula Oito, antes que ele os matasse a todos. Vai mais longe e pede, inclusivamente, que se peguem em armas, para abater o criminoso, antes que todos fossem mortos. Se isso não acontecesse, algo de mais grave, aconteceria a vila.

 

“Nhinguitimo”, denunciou a exploração que serviu de estímulo à revolução. Mas o Nhinguitimo continua um vento presente. Não dá tréguas. Somos assolados por muitos ventos e cães tinhosos. Covid-19 e a instabilidade devastam esta paz tão duramente conquistada. Licínio Azevedo quer retomar ao Nhinguitimo de outros tempos. 

sexta-feira, 05 fevereiro 2021 13:15

Prova de Saúde

Há uns dias, um amigo perguntou-me se eu já tinha feito um teste na internet - denominado de “Prova de Saúde” - que avalia a  qualidade de saúde. Respondi de que não e de que mal sabia da existência de tal teste. Ele passou-me o link e contou-me, bem preocupado, que o resultado dele foi uma pergunta que o questionava se estava vivo. Isto porque dos dados fornecidos e analisados pela aplicação não era possível que ele estivesse vivo. E antes que eu iniciasse o teste, fiquei curioso em saber o tipo de dados solicitados. Imagino que o leitor também esteja curioso e nada melhor, sobretudo em tempos de pandemia,  que aferir a qualidade da nossa saúde.

 

Por acaso os dados são corriqueiros (nome, idade, habilitações, profissão, hobbies, contactos, endereço, alimentação, segurança, rendimentos, referências, etc), entre os quais destaco os relacionados com a alimentação, segurança e referências que, por coincidência, segundo o meu amigo, possam ter contribuído para o resultado obtido (a possibilidade de ele ser um óbito). Já sensibilizado com os dados, avancei para o teste. E no lugar dos meus dados inseri os de Moçambique. Nome: República de Moçambique; Idade: 45 anos;  Contacto: + 258…; Renda:  400/500USD per capita; Alimentação: Mutxotxo; Segurança: Terroristas e Nyongo; Referências: Idai, Chalane e Eloise.  E bem antes de terminar, a aplicação pergunta se eu  estava numa UCI (Unidade de Cuidados Intensivos). 

 

Perante o meu repentino silêncio (não respondi) e bem ao fundo (usava auscultadores) ouvi: “Deve ter entrado em coma”. Felizmente, salvo melhor opinião, o país (Moçambique) não se encontra  numa UCI, nem morto e nem em coma. Contudo,  tal não significa que goze de boa saúde e recomenda-se que se, face aos sintomas conhecidos, que  dirija, quanto antes, a uma unidade de saúde mais próxima.

quinta-feira, 04 fevereiro 2021 09:00

Os bayas e os maços de dinheiro

Os bayas pescam, nas extensas áreas de exploração de ouro e outros minérios. Não pescam golfinhos e nem carapaus, mas sim preciosos recursos a preço de banana. Idosos, crianças e mulheres ralam durante dias nas bocas dos buracos, lagoas e cavernas cavando minérios e, do nada, os bayas chegam e compram tudo como se de molhos de bananas se tratasse. Os tipos circulam com maços de dinheiro em redor dos garimpos, enquanto os "novos escravos" labutam para serem os primeiros a acharem o recurso…

 

São os bayas que definem os preços a pagar por grama ou quilograma do minério, mas estes valores não chegam nem a 1% do valor que os mesmos vendem para os compradores libaneses, somalis, paquistaneses, israelitas, nigerianos e sul-africanos. Os bayas desgraçam as almas das crianças, mulheres e idosos; plantam eles um enorme clarão de pobreza. E com a magia dos maços de dinheiros fazem "escravos" obedientes que aceitam tudo para calar o ronco dos estômagos. A verdade é que os bayas cercam o perímetro para que nenhum "escravo" saía da caverna platónica, a caverna da escravatura onde todos estão amarrados a maços de dinheiro.

 

Compram um determinado minério a 50 meticais do garimpeiro na mina e vendem o mesmo a 4500 meticais ou mais aos intermediários na vila, aos libaneses, aos bengalês e aos israelitas. A situação é deplorável e crítica. Insana e desumana. Os bayas vivem à francesa diante da pobreza acrescida das comunidades detentoras do recurso precioso. Brindam pelo sucesso enquanto os garimpeiros brindam-se de incerteza cavando a terra para achar os minérios.

 

Em Manica e Sussundenga, o termo "baya" é usado para referir todos aqueles que compram ouro ou outro minério nas proximidades das minas e não só. E há diferença nos valores entre os que se enterram procurando minérios e aqueles que ficam de fora molhando o dedo e contando valores.  

 

Os bayas não olham para os riscos que os outros correm, o interesse é adquirir o recurso e pronto. Vender hoje e dia seguinte regressar ao local à procura de uma outra pedra a preço de amendoim. Os bayas nem pensam na poluição dos rios e lagoas que a actividade mineira está provocando, o importante é ter a maior e melhor pedra para vender e dar-se bem na vida! Quantos bayas temos em outros sectores hoje?

quinta-feira, 04 fevereiro 2021 06:48

Caso Tom Bowker: Qualquer um pode ser jornalista

A retirada do cartão de imprensa de Tom Bowker e depois a tentativa de expulsá-lo por não ser jornalista oficial sublinha o fracasso de altos funcionários do governo em compreender que nos Estados Unidos e na Grã-Bretanha a liberdade de imprensa significa que não há registo de jornais ou jornalistas. Qualquer um pode ser jornalista e qualquer um pode publicar um boletim informativo ou escrever um blog. Em Moçambique, onde os funcionários querem controlar e registrar tudo, isso está além da sua imaginação.

 

Sou jornalista profissional no Reino Unido há 50 anos. Tenho um cartão de imprensa, mas é emitido pelo meu sindicato - o National Union of Journalists (NUJ) - que é um dos 21 membros da Autoridade do Cartão de Imprensa do Reino Unido, que é gerida pelos meios de comunicação, não pelo governo. O cartão é reconhecido pela polícia e órgãos públicos.

 

Mas não preciso de cartão para ser jornalista. Quando vou a uma audiência de uma comissão parlamentar, por exemplo, sento-me na bancada de imprensa e ninguém pede provas de que sou jornalista. Para publicações impressas, há dois requisitos: o nome e endereço da editora devem ser incluídos na publicação, e uma cópia da publicação deve ser enviada para a Biblioteca Britânica. E, é claro, jornalistas e editores estão sujeitos às leis de calúnia, difamação e segredos oficiais.

 

Mas nos Estados Unidos e no Reino Unido, qualquer pessoa pode ser jornalista e qualquer pessoa pode publicar - sem registo e sem pedir permissão. Isso se chama liberdade de imprensa. 

É maré cheia e daqui deste aconradouro, o arquipélago de Mucucune que se estende do outro lado de lá, lembra-me o filme de Francis Coppola, Apocalipse Now. A diferença ´porém é gritante, entre a película que vi nos princípios da década de oitenta no Cinema Manuel Rodrigues em Inhambane, e a história que estou a viver neste lugar esplendoroso, mesmo assim vituperado pelo matadouro que nos impregna com o fedor da bosta. No filme o actor principal era Marlon Brando e era ficção, aqui o personagem de proa sou eu e tudo isto é real.

 

Estou à espera, com mais gente, do barco que nos vai levar a Guidzivane, uma das ilhotas do mítico Mucucune e que se localiza no extremo norte, escancarada para o oceano Índico. É a efectivação de um sonho antigo, uma oportunidade de viver esses ritos apregoados desde os tempos. Então, sinto uma grande incapacidade de suster a ansiedade que me devora.

 

Fui o primeiro a entrar na linda barcaça acaba de pintar, logo a seguir vinha uma rapariga a tocar música no seu celular e sentou-se ao meu lado. Esta foi a primeira contrariedade, pois, o que eu queria ouvir ao longo da viagem, era a melodia do vento moderado que sopra do sul, em consonância com o mar sendo amorosamente rasgado pela quilha. Queria contemplar aquela paisagem inteira em silêncio.

 

Partimos sem alarido, deixando as ondas que se iam esbatendo na margem e nas paredes do repugnante matadouro, e aqui dentro do barco com cerca de quinze passageiros,  o silêncio parece triunfar, mas é desmentido pelo som do celular que já está demais. Não consigo concentrar-me no detalhe da viagem e a miúda está animada ouvindo aquilo que até podia ser boa música para os ouvidos dela, mas que oiça isso sozinha porque nós outros queremos escutar a composição da natureza.

 

Eu já estava no limite da irritação diante desta violação ao meu sossego, era insuportável, e na falta de palavras suaves para não magoar a inoportuna  “DJ”, eu disse, moça, porque é que não usas os auriculares? Ela olhou para mim e ignorou-me completamente. E repeti, moça, porque é que não usas os auriculares? Desta vez a rapariga exasperou-me questionando-me, afinal qual é o seu problema?

 

Calei-me profundamente, suportando a faca enterrada no meu peito por uma miúda com problemas sérios de formação. Uma companheira de viagem que podia ter a idade da minha neta, e ela disse mais perante o meu silêncio de derrota, se o senhor não gosta de música a culpa não é minha.

Na terra dos Muzaias nasceram reis, plebeus e bárbaros. O poder local foi sempre repartido por membros destes três grupos. A autarquia é rica, produtiva, com terrenos extensos e devidamente localizados. Na verdade, todos que lá conhecem, querem ter espaços extensos para construir mansões, vivendas e hotéis, mesmo que seja para arrancar ou usurpar dos nativos. Por lá, a Lei está sempre do lado do homem de fato e gravata, linguagem aportuguesada ou dialecto branqueado.

 

Na terra dos Muzaias, chegar ao poder exige lealdade e mudança total do cérebro e da forma de estar e ser dentro do partido. Até para se recolher dinheiro de projectos e usar para fins alheios, não precisa de um exercício magistral basta ter parentes no sector da Justiça e protecção política total.

 

É assim, pelo menos, como vive o jovem autarca da terra dos Muzaias, que ascendeu ao poder em meio a várias trafulhices. Ele teve um primeiro mandato de fotos bonitas, boas aparições da mídia corrupta e inaugurações que agradaram até aos inimigos.

 

Entretanto, o que ninguém sabia é que por detrás daquele discurso refinado havia milhares de munícipes que estavam a ser expropriados das suas terras e machambas.

 

Ninguém imaginava que o autarca estava a construir obras com dinheiro proveniente de golpes palacianos. Ninguém sabe que o autarca tem uma dívida que não para de subir com o Tribunal Administrativo, avaliada em 900 milhões de meticais.

 

O autarca é sortudo! É visto, até ao momento, como o único para segurar a terra dos Muzaias, enquanto se prepara um candidato à altura para gerir aquele território bastante cobiçado.

 

O autarca da “terra dos Muzaias” sabe calar os oponentes, mesmo em plena votação do Plano Anual ou Orçamento Rectificativo da autarquia em que o seu partido tem uma maioria relativa e a oposição junta e unida pode o derrubar.

 

Contudo, estranhamente, o homem conseguiu amarrar e estar a dar de comer membros de Assembleias Municipais dos outros partidos, que sempre votam ao seu favor ou inventam que estão doentes no momento certo, acabando por defraudar aqueles que a muito esperavam pelo momento para encostar o homem.

 

O tipo é um estranho. Consegue gerir um território onde não visita certas zonas porque a população que dirige se cansou dele e chegou até a ameaçar-lo de morte.

 

O autarca da “terra dos Muzaias” por tanto medo de ser exposto na mídia, chegou a pagar a um prurido jornalista e gestor de um vende manchetes da praça dois camiões com mais de 500 sacos de cimento e pedras para que não se tornassem públicos os seus crimes na autarquia dos Muzaias, uma vez que na justiça ninguém o toca.

 

Na terra dos Muzaias, os pássaros cantam tanto em árvores separadas que, quando chega a hora da verdade, não conseguem despejar as fezes de uma vez só na cabeça do autarca.

 

O cenário é lastimável. Os grupos de interesse capturaram a autarquia. A humildade do homem desapareceu num zás. Pelo que a actual estratégia do seu grupo partidário é investir na imagem de um outro jovem, que nos últimos tempos passa a conversar e a comer com vendedores de recargas de telemóvel, passando as noites com os moradores de rua e engraxando sapatos, sempre que vai ao escritório, em plena rua. O objectivo é a promoção de uma imagem que o homem não tem, como demonstrou quando estava na terra do Mapiko!

 

Os projectos mal-parados, na terra dos Muzaias, são tantos, que por falta de seriedade chega-se a abrir concursos para a reabilitação da mesma estrada num ano, mais de seis vezes, mas os problemas prevalecem.

 

Coitados dos munícipes da terra dos Muzaias, que escolheram aparência em vez de cabeça e desenvolvimento. Também, foi sempre assim. Lembremos que Pablo Escobar chegou a ser, ainda que por pouco tempo, membro do senado da Colômbia. O povo votou nele!

 

Hoje, na terra dos Muzaias, ver o autarca virou milagre. É tanta coisa parada e mal explicada que o homem pensa que vive numa montanha ao lado de um super-homem nietzschiano, do tipo Zaratustra. Assim é o autarca da terra dos Muzaias!!!