Director: Marcelo Mosse

Maputo -

Actualizado de Segunda a Sexta

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Guy Mosse

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O Conselho Constitucional (CC) aprovou ontem quatro candidaturas para o cargo de Presidente da República nas eleições de 09 de outubro, de um total de 11 submetidas ao órgão.

 

“O Conselho Constitucional delibera admitir como candidatos ao cargo de Presidente da República, para a eleição presidencial de 09 de outubro de 2024, os cidadãos Daniel Francisco Chapo, Lutero Simango, Ossufo Momade e Venâncio Mondlane”, lê-se no acórdão do CC divulgado ontem.

 

O Conselho Constitucional moçambicano recebeu um total de 11 candidaturas a Presidente da República e rejeitou sete porque não tinham, entre outros aspetos, o mínimo de 10.000 assinaturas exigidas, apresentavam fichas sem nenhuma assinatura, com nomes e supostas assinaturas sem nenhum número de cartão de eleitor, sem nenhum reconhecimento notarial e com evidências “flagrantes de terem sido assinadas por um mesmo punho no lugar de vários supostos cidadãos eleitores proponentes”.

 

“As irregularidades em alusão são invalidantes porque não constituem a expressão da vontade do eleitor manifestada em apoio a uma determinada candidatura. O Conselho Constitucional condena veementemente a prática destes atos que violam o direito fundamental de participação política dos cidadãos”, refere o CC no documento.

 

O CC aprovou as candidaturas de Daniel Chapo, apoiado pela Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), no poder, Ossufo Momade, apoiado pela Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), maior partido da oposição, Lutero Simango, apoiado pelo Movimento Democrático de Moçambique (MDM), terceira força parlamentar, e Venâncio Mondlane, apoiado pela Coligação Aliança Democrática (CAD), que congrega nove formações políticas.

 

Segundo o Conselho Constitucional, as quatro candidaturas aprovadas “preenchem o requisito substancial e os requisitos formais exigidos pela constituição e demais leis”.

 

O órgão rejeitou as candidaturas de Domingos Zucula, Feliciano Machava, Manuel Pinto Júnior, Mário Albino, Miguel Mabote, Rafael Bata e Dorinda Eduardo, esta última a única mulher a submeter candidatura.

 

Moçambique realiza em 09 de outubro eleições gerais, incluindo presidenciais, às quais já não concorre o atual Presidente e líder da Frelimo, Filipe Nyusi, por ter atingido o limite de dois mandatos previsto na Constituição, depois de ter sido eleito em 2015 e em 2019.

 

As eleições presidenciais vão decorrer em simultâneo com as legislativas e eleições dos governadores e das assembleias provinciais.(Lusa)

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O Conselho Municipal da Cidade de Maputo atribuiu, esta quinta-feira (20), a chave da cidade ao Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, numa cerimónia marcada pela ausência dos partidos da oposição.

 

O acto contou maioritariamente com os membros da assembleia municipal do partido no poder (Frelimo) e não estiveram presentes os membros dos outros partidos porque consideram que Guiné-Bissau não é um bom exemplo.

 

Na sua intervenção, o Presidente do Município de Maputo, Rasaque Manhique, afirmou que a entrega da chave da cidade representa o reconhecimento pela especial amizade que (o chefe de Estado da Guiné-Bissau) sempre manifestou em relação a Moçambique, principalmente à cidade.

 

Por sua vez, Umaro Embalo mostrou-se grato pela distinção e manteve-se num discurso bastante curto.

 

"O Conselho Municipal de Maputo, legitimado directamente pelo voto dos cidadãos, é um exemplo de vitalidade da democracia moçambicana, é dessa vitalidade democrática que decorre a responsabilidade pelo desenvolvimento do projecto autárquico de servir Maputo e o bem-estar dos cidadãos da cidade capital de Moçambique", frisou Umaro Embaló, em curtas palavras.

 

Já o presidente do MDM, contestando a presença do Presidente da Guiné-Bissau na Assembleia da República, disse que o seu partido não pode participar na recepção de um Presidente da República que impede a existência de um parlamento.

 

Por seu turno, a Presidente da Assembleia da República, Esperança Bias, disse que a ausência dos partidos da oposição demonstra uma manifestação da democracia, mas que seria ideal ter uma Assembleia composta. (M.A)

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Contra as expectativas, os membros do Conselho Consultivo de Investimento do Fundo Soberano de Moçambique (FSM), órgão de consulta do Governo em matérias de investimento da entidade responsável pela gestão das receitas do gás do Rovuma, serão escolhidos a dedo e não por via do concurso público, tal como sucede com os membros do Comité de Supervisão.

 

De acordo com o Regulamento do Fundo Soberano, aprovado pelo Decreto nº 13/2024, de 5 de Abril, os membros do Conselho Consultivo de Investimento, incluindo o seu Presidente, serão escolhidos pelo Ministro que superintende a área das finanças, devendo a proposta ser submetida ao Conselho de Ministros para apreciação e aprovação.

 

O Conselho Consultivo de Investimento do Fundo Soberano será composto por sete membros e integra peritos financeiros e membros independentes do Governo, “que tenham experiência na gestão de carteiras de investimento, que tenham exercido funções internacionais ou estejam ou tenham trabalhado como académicos em universidade ou instituição de ensino superior”.

 

O órgão tem, entre outras atribuições, a missão de avaliar as oportunidades de investimentos do Fundo Soberano em diferentes classes de activos, nomeadamente, acções, títulos, imóveis, infra-estruturas, entre outros, tal como analisar os riscos associados aos investimentos realizados pelo gestor operacional, incluindo riscos financeiros, políticos e de mercado.

 

Segundo o Regulamento do Fundo Soberano, os candidatos a membros do Conselho Consultivo de Investimento devem apresentar, entre outros requisitos, uma sólida formação académica e experiência relevante em áreas como finanças, economia, investimentos, mercados de capitais e gestão de portfólio.

 

Os sete integrantes do órgão irão cumprir um mandato de quatro anos, renovável uma única vez, sendo que a sua remuneração será na base de senhas de presença, por cada sessão, nos termos ainda a definir pelo Ministro da Economia e Finanças. “O Conselho Consultivo de Investimento deve apresentar relatórios mensais sobre o desempenho e as actividades do FSM ao Ministro que superintende a área de Finanças”, sublinha a fonte.

 

Sociedade civil terá dois representantes no Comité de Supervisão

 

Tal como é do domínio público, os membros do Comité de Supervisão do Fundo Soberano serão seleccionados pela Assembleia da República, através de uma Comissão Ad hoc, constituída no fim de Maio último e que tem, até 30 de Junho próximo, a missão de apresentar os candidatos ao órgão.

 

O Comité de Supervisão é um órgão independente do Fundo Soberano, com competência para controlar e acompanhar as matérias referentes às receitas do Fundo; os depósitos na conta transitória; a alocação das receitas ao orçamento do Estado e ao Fundo; e supervisionar a gestão do Fundo. Estará subordinado à Assembleia da República, devendo reportar àquele órgão de soberania todas as suas actividades, através de um Relatório trimestral. As suas conclusões deverão ser de domínio público.

 

De acordo com o Regulamento do Fundo Soberano, o Comité de Supervisão será composto por nove membros, sendo dois representantes da sociedade civil; um representante da comunidade empresarial; dois representantes da academia; um representante da Ordem dos Advogados de Moçambique; um representante da Ordem dos Contabilistas e Auditores de Moçambique; e dois representantes das associações religiosas de reconhecido mérito e abrangência nacional.

 

O mandato dos membros do Comité de Supervisão do FSM é de três anos, renovável uma única vez, sendo que o Presidente do órgão será eleito dentre os seus pares. “Os membros do Comité de Supervisão recebem senhas de presença, por cada sessão”, nos termos a definir pelo Ministro da Economia e Finanças.

 

Refira-se que o Regulamento do Fundo Soberano foi aprovado a 12 de Março, tendo sido publicado no Boletim da República dia 05 de Abril, data em que o decreto entrou em vigor. (Carta)

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Os Estados Unidos e Moçambique assinalaram quatro décadas de colaboração impactante através da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) numa celebração na baixa de Maputo.  O Embaixador Peter H. Vrooman e a Directora da Missão da USAID Helen Pataki foram os anfitriões do evento que contou com a participação do Ministro da Saúde, Dr. Armindo Daniel Tiago, que representou o Governo de Moçambique. 

 

Ao celebrar a solidariedade duradoura entre os Estados Unidos e Moçambique, uma exposição destacou os esforços conjuntos na abordagem dos desafios de desenvolvimento e na resposta a cheias, ciclones, secas e pandemias.  Foi destacada a resiliência dos moçambicanos e décadas de inovação conjunta no trabalho para o desenvolvimento de Moçambique.   

 

O Embaixador Vrooman sublinhou os avanços significativos nos sectores da saúde, educação e economia, afirmando que o país está preparado para novos progressos. Ele também reflectiu sobre as realizações da parceria e expressou otimismo para o futuro, prevendo um progresso contínuo e laços mais fortes entre as duas nações. "Celebramos também o impacto duradouro das inovações no desenvolvimento, a importância dos Moçambicanos na liderança, e um futuro cheio de potencial. Estivemos com Moçambique ao longo dos anos e continuaremos a trabalhar ao lado do povo moçambicano, construindo um futuro mais próspero, mais saudável e inclusivo para todos.", disse o Embaixador Vrooman.  A Directora da Missão, Pataki, sublinhou que a experiência de Moçambique mostra que o desenvolvimento é uma questão de harmonização de esforços e colaboração. 

 

Durante o evento, a USAID-Moçambique também homenageou os talentos e contribuições da juventude, atribuindo prémios a três jovens jornalistas e cinco fotógrafos. A celebração contou com uma nova e poderosa canção da famosa rapper e advogada de direitos humanos Iveth, intitulada "40 anos da USAID", e uma atuação nostálgica da banda marrabenta Ghorwane, que celebrou os seus 40 anos de carreira. 

 

A celebração do 40º aniversário sublinhou o compromisso da USAID em promover o crescimento de Moçambique através de soluções inovadoras nos sectores da agricultura, educação e saúde. Nos últimos 40 anos, a USAID investiu mais de $7.4 biliões de dólares em desenvolvimento e resposta a desastres em Moçambique.  (Carta)

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O Partido Congresso dos Democratas Unidos (CDU) pediu, através de um ofício enviado esta quarta-feira (19), à Comissão Nacional de Eleições, a impugnação da candidatura da Coligação Aliança Democrática (CAD). A CAD suporta a candidatura de Venâncio Mondlane às presidenciais.

 

Constituída por cinco partidos políticos, a Coligação Aliança Democrática fora oficialmente formada, com a autorização de Joaquim Veríssimo, então ministro da Justiça, a 26 de junho de 2018. Através de uma carta a que o nosso jornal teve acesso, assinada pelo actual presidente do partido, João Namua, o Congresso dos Democratas Unidos (CDU) alega que a CAD ignorou os pressupostos e a obrigação das normas estabelecidas aquando da constituição da mesma.

 

Uma das normas, segundo apuramos, inseridas no Boletim da República que cria a coligação, diz por exemplo, no que respeita aos direitos “contribuir com opiniões e ideias para o bom desempenho das actividades políticas da CAD e ser informados dos planos e projectos”. Sucede, porém, que estes e outros foram ignorados.

 

João Namua confirmou a submissão da carta de impugnação da candidatura da CAD, mas escusou-se a dar mais detalhes à “Carta”, alegando que só se poderá pronunciar esta quinta-feira, em conferência de imprensa.

 

Esta é a primeira “chicotada psicológica” que Venâncio Mondlane terá de travar, numa altura em que faltam menos de quatro meses para a realização das eleições gerais. (Carta)

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Os Funcionários e Agentes do Estado do distrito de Quissanga, que se encontram refugiados na cidade de Pemba, capital de Cabo Delgado, na sequência da frequente circulação de terroristas e ataques em algumas povoações, dizem ser prematuro regressar devido a questões de segurança.

 

A indisponibilidade surge na sequência de um alegado plano que visa persuadir os funcionários a regressar aos seus postos de trabalho, sobretudo para garantir os serviços básicos, como saúde e educação.

 

"Por enquanto, vai ser difícil regressar porque a situação não está boa", disse um funcionário do Serviço Distrital de Saúde, Mulher e Acção Social, que lembra que os terroristas estiveram na semana passada na aldeia Nacoba, onde vandalizaram o centro de saúde local.

 

"Não negamos regressar, mas o governo deve garantir a segurança em todo o distrito, porque não basta ir lá e sair de novo a correr", acrescentou outra funcionária, por sinal uma professora.

 

Uma fonte disse à "Carta" que, na semana passada, os terroristas saquearam medicamentos no Centro de Saúde de Nacoba e destruíram bebidas alcoólicas. Na incursão, roubaram nas barracas daquela comunidade e, numa outra aldeia no troço Mahate-Metuge, os terroristas terão mandado parar uma viatura e orientado o motorista a regressar com os passageiros e respectiva carga, alegadamente, porque a mercadoria serviria aos "descrentes".

 

Entretanto, o administrador de Quissanga, Sidónio José, tornou público que naquele distrito não funciona nenhuma unidade sanitária, das sete existentes. Anunciou também que todas as escolas continuam fechadas.

 

Com vista a minimizar a falta de prestação de serviços básicos de saúde, aliada à ausência dos Funcionários e Agentes do Estado, o Administrador de Quissanga disse que o governo e parceiros alocaram 27 agentes polivalentes de saúde para assistir à população. Estima-se que pelo menos 40 mil habitantes tenham regressado às aldeias do distrito de Quissanga. (Carta)

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Há um texto que está a circular vilipendiando a Sociedade Civil (SC) e proferindo impropérios abomináveis contra o trabalho digno de muitas organizações e personalidades ligadas a esse mundo. São afirmações e posicionamentos tão indignos, e que são totalmente contrários aos princípios básicos da sinceridade ética e académica que cultivo muito seriamente.

 

Esses grupos que, para além de serem intelectualmente questionáveis pela qualidade das suas afirmações, têm agendas obscuras com a instrumentalização abusiva da minha imagem e a manipulação nojenta dos meus pronunciamentos no Canal Televisivo MBC.

 

O meu argumento central nessa entrevista foi: todo e qualquer individuo da Sociedade Civil tem a prerrogativa de poder fazer ou participar da política, mesmo que eu entenda que a vocação primária da SC não é necessariamente fazer política, no sentido de Politcs. Ainda, pode haver, e muitos sabemos disso, pessoas que podem usar as organizações da SC para fins contrários ao objecto de sua existência. Não se trata de um fenómeno generalizado, mas pode ocorrer e ocorre. Essa é uma reflexão sociologicamente possível. Não se trata de dizer se é condenável ou não, se é bom ou mau. Apenas existem essas dinâmicas e que podem merecer atenção nossa. Apenas isso. O resto é interpretação abusiva, hermeneuticamente insípida. Há uma clara intenção nesse texto de atacar a Sociedade Civil e algumas personalidades usando infielmente os meus pronunciamentos, desviando o sentido dos meus argumentos e ampliando insensatamente o teor do que disse.

 

Os que me conhecem sabem que a qualidade do texto em circulação agredindo a Sociedade Civil é, tanto no plano formal como no plano do teor, completamente distante daquilo que é o rigor que aplico quando me pronuncio sobre qualquer que seja o sujeito do meu domínio ou interesse. Nunca me pronunciaria tão abusiva e porcamente como fica patente no texto em circulação.

 

Reitero aqui, portanto, a minha completa desaprovação no que concerne à práticas que seviciam a sociedade civil, aos amálgamas que se espalham vindo de sectores reacionários, sectores anti-liberdades cívicas.

 

Continuo absolutamente convicto que as organizações da Sociedade Civil são um corpo fundamental na promoção de uma sociedade mais aberta, mais livre, de uma cidadania mais activa, mais consciente, de uma sociedade mais democrática, mais transparente, mais respeitadora dos Direitos Humanos. Em Suma, afasto-me de todo e qualquer pronunciamento que for contrário ao que digo nesta mensagem, assim como nos meus pronunciamentos no Canal Televiso MBC no dia 12 de Junho.

 

Refuto-me categoricamente a associar-me ao teor do texto associado à minha curta entrevista, que foi de apenas um minuto e dezoito segundos.

 

É uma clara manipulação propagandista, de qualidade interna e de escrita medíocre, e que responde aos interesses de grupos que são contrários aos meus valores, às minhas convicções, e ao profundo respeito que tenho pela minha sanidade intelectual e pela minha responsabilidade ética dentro do meu país, Moçambique.

 

*Régio Conrado##*

 

Académico, Investigador e Pos-doutorando em Public Policy Reforms na Universidade Sheffield ( Reino Unido) Bordeaux ( França)

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A Conferência Mozambique Banking, Financial Services & Insurance  (BFSI Mozambique 2024), a realizar-se no Montebelo Indy Maputo Congress no dia 19 de junho, reunirá líderes e especialistas de diversos sectores para discutir o futuro da banca, serviços financeiros e seguros em Moçambique. O evento contará com a participação de Cláudio Jone, Jacinta Kiruti e Mércio Filipe Sitoe, entre outros, e abordará temas como desenvolvimento de conteúdo local, inclusão financeira e integração nos mega projectos.

 

Cláudio Jone, Administrador Executivo da Televisão de Moçambique (TVM), participará no painel "Reformulando a Narrativa Africana: Desbloquear o Potencial do Continente e Traçar Novos Caminhos." Com uma formação em Comunicação Política e Relações Internacionais pela Universidade de Bordéus, França, Jone traz uma vasta experiência na área de jornalismo, actuando como docente e pesquisador em médias africanas.

 

Tendo desempenhado várias funções editoriais na Televisão de Moçambique e como pesquisador no Centro de Estudos de Médias Africanos da Universidade Michel de Montaigne, Bordéus 3, Jone discutirá como os media podem transformar a percepção global sobre África e como as organizações de media africanas podem contribuir para essa mudança. Ele explorará também a colaboração entre médias locais e internacionais para promover uma imagem mais equilibrada e positiva do continente. Jone destacará a importância dos órgãos de comunicação na moldagem das percepções sobre África, apresentando estratégias para uma comunicação eficaz que promova uma imagem realista. A sua intervenção será uma oportunidade para reflectir sobre como os média podem ser agentes de transformação e desenvolvimento em África.

 

Através de uma narrativa informada e positiva, os média podem contribuir significativamente para a criação de um ambiente favorável ao investimento e à integração das empresas locais em projectos de grande escala.

 

Jacinta Kiruthi, CEO da In Trade Africa e Consultora para a Zona de Livre Comércio Continental Africana (AfCFTA), será a moderadora do painel "Reformulando a Narrativa Africana: Desbloquear o Potencial do Continente e Traçar Novos Caminhos." Actualmente conselheira sobre a AfCFTA na Câmara de Comércio e Indústria da África Oriental (EACCIA) e líder do capítulo da África Oriental do Conselho Empresarial Africano (AfBC), Jacinta integra também o Comité de Implementação da AfCFTA na Câmara Nacional de Comércio e Indústria do Quénia (KNCCI) e a Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos da ONU (ICGLR).

 

Jacinta tem-se destacado como especialista em integração regional, facilitação do comércio, reforma da administração fiscal, regras de origem, participação de mulheres e jovens no comércio internacional, assuntos fiscais e aduaneiros, comércio transfronteiriço e PME’s. As suas habilidades de oratória, desenvolvidas como Toastmaster, tornaram-na uma moderadora profissional em inúmeros painéis africanos. Possui um MBA em Gestão Estratégica e um bacharelato em Economia pela Universidade de Nairobi, além de um diploma de pós-graduação em Administração Fiscal e Aduaneira pelo Instituto de Treinamento da KRA e diplomas em Bancos e Gestão de Sistemas de Informação. Anteriormente, actuou como Gestora Sénior de Programas na Autoridade de Receitas do Quénia, desempenhando um papel crucial na implementação da Reforma da Administração Fiscal.

 

Mércio Filipe Sitoe, Administrador Executivo do Instituto de Supervisão de Seguros de Moçambique (ISSM), fará uma intervenção no painel "Estratégias para um Acesso Massificado e Sustentável à Cobertura Seguradora."

 

Com uma formação sólida em Gestão de Empresas pela Universidade São Tomás de Moçambique, complementada por estudos em Gestão e Liderança na United Graduate College and Seminary (EUA) e Gestão de Risco no Instituto de Harare, a sua carreira inclui funções de destaque, como Director da Banca e Seguros no Banco ABC e Director de Desenvolvimento de Negócios e Marketing na Phoenix Companhia de Seguros de Moçambique, além de experiências significativas no Banco Comercial e de Investimentos e na Hollard Moçambique Companhia de Seguros.

 

Na Conferência BFSI 2024, Sitoe representará o ISSM e abordará estratégias para promover a inclusão e a acessibilidade dos seguros, destacando a importância de uma supervisão eficaz e do desenvolvimento de produtos de seguros adaptados às necessidades do mercado moçambicano.

 

A sua presença sublinha o papel crucial do sector de seguros no desenvolvimento económico sustentável de Moçambique. O seu contributo será essencial para discutir como a regulação e supervisão podem criar um ambiente favorável ao crescimento do sector, assegurando simultaneamente a protecção dos consumidores e a estabilidade financeira.

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Cinco partidos políticos assinaram oficialmente a declaração de intenções de participar no Governo de Unidade Nacional (GNU na sigla em inglês), anunciou o ANC, esta segunda-feira (17).

 

A porta-voz nacional do partido, Mahlengi Bhengu-Motsiri, disse que os cinco partidos são: ANC, a Aliança Democrática (DA), o Partido de Liberdade Intaka (IFP), o GOOD e a Aliança Patriótica (PA), que representam 273 dos 400 assentos na Assembleia Nacional, ou seja, 68 por cento dos assentos.

 

“Este esforço de colaboração está enraizado no nosso compromisso partilhado de defender a Constituição, promover o não-racismo e garantir a justiça social e a equidade para todos os sul-africanos”, disse.

 

Bhengu-Motsiri afirmou que as discussões com outros partidos estavam em curso, acrescentando que todos os partidos políticos representados nas legislaturas eram bem-vindos a aderir ao GNU, mesmo após a sua formação.

 

“Historicamente, o nosso partido demonstrou raciocínio e liderança superiores, evidentes na nossa presença contínua em oito das nove províncias. O GNU, uma iniciativa liderada pelo ANC, garante que nenhum partido, seja o DA, o IFP ou outros, possa manter a nossa agenda nacional como refém”, disse Bhengu-Motsiri. 

 

“O ANC aproveita mais uma vez esta oportunidade para convidar os partidos políticos que resolveram trabalhar fora deste esforço a reconsiderar e aderir ao GNU. Os resultados das eleições de 2024, em que o ANC garantiu 40% dos votos nacionais e enfrentou desafios em Gauteng e KwaZulu-Natal, necessitam de cooperação com outros partidos para fazer avançar a nossa agenda transformadora”- detalhou a porta-voz do ANC.

 

Indicou que o objectivo do ANC é promover a construção da nação, a coesão social e a unidade na diversidade, mantendo ao mesmo tempo a paz, a estabilidade e as comunidades seguras.

 

O GNU elegeu o Presidente da Assembleia Nacional, Thoko Didiz, a Vice-Presidente Annelie Lotriet e Cyril Ramaphosa de volta como Presidente, mas ainda há um longo caminho pela frente.

 

Uma das questões controversas que Ramaphosa terá de enfrentar é a possibilidade de reduzir a composição do seu governo, que há muito tem sido criticado como grande demais após o polemico “inchaço” do ex-Presidente Jacob Zuma em 2009. O número de ministros saltou de 29 durante a administração do ex-presidente Thabo Mbeki para 36 sob a liderança de Zuma, antes de Ramaphosa reduzir para 28 em 2019. 

 

O analista político Ntsikelelo Breakfast disse que as próximas seis semanas e os primeiros 100 dias de mandato do novo governo seriam cruciais.

 

“O sucesso deste acordo será medido pela capacidade do governo para enfrentar o desemprego, a desigualdade, a pobreza e os cortes de energia. Acho que essas são as ameaças fundamentais à segurança nacional ou à nossa democracia”, disse. 

 

Tomada de posse do Presidente da República marcada para amanhã

 

Tudo está a postos para a tomada de posse amanhã, quarta-feira, do Presidente da República, Cyril Ramaphosa, em Pretória.

 

A cerimónia acontece depois de Cyril Ramaphosa ter sido reeleito Presidente da África do Sul, na sexta-feira, na primeira sessão da Assembleia Nacional, que teve lugar na Cidade do Cabo. Ramaphosa recebeu 283 votos contra 44 do líder dos Combatentes pela Liberdade Económica, Julius Malema.

 

A Constituição da República da África do Sul estabelece que o Presidente da República deve ser empossado no prazo de cinco dias após a sua eleição pela Assembleia Nacional.

 

“Consequentemente, o Presidente da África do Sul deve ser empossado esta quarta-feira, 19 de Junho de 2024”, anunciou o Ministro da Presidência, Khumbudzo Ntshavheni, num briefing no sábado.

 

Ntshavheni descreveu a tomada de posse presidencial como um acontecimento importante num ano em que a África do Sul assinala 30 anos de liberdade.

 

“A tomada de posse reunirá sul-africanos de todas as origens, estilos de vida e orientações políticas, unidos na nossa diversidade. Oferece-nos uma ocasião para celebrar os nossos valores democráticos e sistema de governação, incluindo o compromisso acordado do nosso corpo político de que a sétima administração será liderada por um governo de unidade nacional.”

 

Ntshavheni disse que o tema deste ano, '30 Anos de Democracia, Parceria e Crescimento', reúne o passado do país e o caminho percorrido desde 1994, quando Nelson Mandela prestou juramento no Union Buildings como o primeiro Presidente democraticamente eleito. A cerimonia será realizada no Anfiteatro Union Buildings.

 

Segundo o Ministro, o Anfiteatro acolherá dignitários nacionais e estrangeiros, incluindo Chefes de Estado e de Governo. (SAnews/DailMaverick)

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Os terroristas que ainda actuam em Cabo Delgado tornaram-se nómadas nos últimos dias, na sequência da destruição das suas principais bases pelas Forças de Defesa e Segurança e seus aliados e, por isso mesmo, limitam-se a andar no mato.

 

Esta é a leitura do Presidente da República Filipe Nyusi, feita no último domingo (16), durante a celebração dos 64 anos do Massacre de Mueda, quando fazia o ponto de situação sobre a resposta do governo em relação ao terrorismo em Cabo Delgado.

 

Filipe Nyusi afirmou que os terroristas andam fugitivos e em pequenos grupos, com medo de serem encontrados pelas Forças conjuntas de Moçambique, do Ruanda e Locais, bem como da SAMIM, estas últimas em fase de retirada.

 

O Comandante-em-Chefe das Forças de Defesa e Segurança assegurou que os terroristas foram desactivados de todas as aldeias que estavam sob seu controlo, o que deixa aquele grupo filiado ao Estado Islâmico numa situação de nomadismo.

 

Filipe Nyusi apontou ainda que, além da destruição das principais bases dos terroristas, as forças conjuntas puseram fora de combate alguns dos principais líderes.

 

Refira-se que, nos últimos dias, os terroristas estão a actuar em pequenos grupos nos distritos de Macomia, Quissanga, Mocímboa da Praia e Metuge.

 

"Carta" soube que, apesar da questão de liderança dos terroristas ser ainda um assunto menos conhecido, sobretudo depois do abate pelas FDS de Ibn Omar Machude, alguns residentes da vila de Macomia afirmaram terem visto os corpos de dois influentes líderes terroristas supostamente abatidos pelo Exército nacional durante o ataque de 10 e 11 de Maio passado. Trata-se de Muamudo Saha, originário da aldeia Rueia em Mucojo e Mussa Daniel, de Ilala-sede no posto administrativo de Quiterajo. (Carta)

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