O Executivo aprovou através de um Decreto a área de jurisdição portuária de Chongoene, localizado na província de Gaza, sul do país. O instrumento visa permitir a funcionalidade do Projecto do Terminal Portuário de Chongoene e facilitar o planeamento e a integração de áreas dos futuros terminais e diferentes espaços operacionais e de serviços portuários a conceder, respeitando os aspectos sociais, ambientais, legais e económicos decorrentes do desenvolvimento de outros projectos portuários.
Durante a 20ª Sessão Ordinária do Conselho de Ministros, o Governo aprovou igualmente o Decreto que aprova os Termos de Concessão das Infra-Estruturas do Terminal Portuário de Chongoene, efectuado pelo Governo da República de Moçambique, na sua qualidade de Concedente Portuário, à Sociedade Terminal de Minérios de Chongoene, SA, constituída pela empresa chinesa Desheng Port, S.A., e a empresa pública Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM).
O porta-voz da Sessão, Filimão Suaze, disse que o referido Decreto estabelece a base legal que permite a concessão, em regime de parceria público-privada, a operador privado, para construção, operação, manutenção, gestão e devolução das infra-estruturas do Terminal Portuário de Chongoene, para exploração comercial do serviço público portuário.
Na última sessão, o Governo liderado por Filipe Nyusi aprovou igualmente a Resolução que ratifica o Acordo Internacional do Café, de 2022, assinado pela República de Moçambique a 13 de Junho de 2023, na Sede da Organização Internacional do Café, em Londres, Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte.
O Conselho de Ministros aprovou também a Resolução que ratifica o Acordo Tripartido de Transporte Rodoviário entre os Governos da República de Malawi, da República de Moçambique e da República da Zâmbia, assinado em Nacala, em Outubro de 2023.
Outra Resolução aprovada naquela reunião semanal diz respeito à ratificação do Acordo de Emenda do Acordo Tripartido de Transporte Ferroviário sobre o Corredor de Desenvolvimento de Nacala, entre os Governos da República de Malawi, da República de Moçambique e da República da Zâmbia, assinado em Nacala, em 07 de Outubro de 2023.
Recorde-se que durante a 20 Sessão do Conselho de Ministros decidiu a exoneração de Tuaha Mote do cargo de Presidente do Conselho de Administração (PCA) do Instituto Nacional das Comunicações (INCM), de Américo Muchanga do cargo de PCA dos Aeroportos de Moçambique (ADM) e Chinguane Mabote do cargo de PCA do Instituto Nacional dos Transportes Rodoviários (INATRO).
Para aqueles cargos foram nomeados Helena Maria Lopes Fernandes Tomás, para PCA do INCM e Nelson Mário Monteiro Nunes para o cargo de PCA do INATRO. Todas essas instituições são tuteladas pelo Ministério dos Transportes e Comunicações. (Carta)
A vila de Macomia, na província de Cabo Delgado, voltou a viver momentos caóticos nesta terça-feira, após centenas de cidadãos rebelarem-se contras as acções das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM), acusadas de assassinar um cidadão indefeso naquela região do país, na noite da última segunda-feira.
O caos, vivido logo nas primeiras horas da manhã, levou à morte de dois militares e dois agentes da Unidade de Intervenção Rápida (UIR), num cenário que vem, mais uma vez, caractetizar a difícil relação entre as Forças de Defesa e Segurança (FDS) e as populações das zonas afectadas pelos ataques terroristas.
Em comunicado de imprensa emitido na manhã desta quarta-feira, o Estado-Maior General das FADM afirma que o indivíduo foi assassinado por elementos da patrulha da sua força, após ter sido interpelado a transportar “um recipiente vazio de munições de uma metralhadora, o que levantou grandes suspeitas sobre as suas verdadeiras intenções”.
“Questionado pelos elementos da patrulha conjunta sobre a origem da caixa, o indivíduo pôs-se, imediatamente, em fuga tendo os elementos da patrulha efectuado, sem sucesso, vários disparos de aviso e que na tentativa de neutralizá-lo, o individuo foi atingido mortalmente”, narram as FADM, sem no entanto explicarem as razões que levaram a tropa a disparar, ao invés de perseguir o suspeito. O facto ocorreu por volta das 20h30m, um período de recolha obrigatória, imposta pelas FDS, em Macomia e outras zonas severamente afectadas pelos ataques terroristas.
Na nota de imprensa enviada à comunicação social, as FADM não dão quaisquer detalhes sobre o caos vivido ontem em Macomia, apenas defendem que o “incidente [o assassinato do suposto terrorista]” será “rigorosamente investigado para assegurar que todas medidas de segurança tomadas foram justificadas e necessárias”.
As Forças Armadas defendem que as medidas de segurança estabelecidas, incluindo o recolher obrigatório, “são cruciais para prevenir a ameaça terrorista e garantir a segurança de todos naquela região da província de Cabo Delgado”.
Refira-se que este é o primeiro caso de confronto entre as FADM e a população, devido à alegada má actuação das tropas moçambicanas, que desde 2019 vem sendo acusadas de desmandos nas zonas afectadas pelos ataques terroristas.
Aliás, há menos de duas semanas, a população daquela vila distrital acusou os agentes da UIR (Polícia anti-motim) e membros das FADM de perseguir civis e de colaborar com os terroristas, com destaque para extorsões e actos de violação sexual. Os actos nunca foram comentados e muito menos repudiados pelo Governo. (Carta)
Desfrute das melhores ligas europeias: liga inglesa, la liga, série A, liga dos campeões europeus e muito mais… Em directo!
A época futebolística da liga 2024/25 está quase a chegar. Os adeptos de futebol têm acompanhado as notícias e especulações sobre as transferências. Aguardam com expectativa o início das principais ligas de futebol europeu que serão transmitidas em directo na DStv.
A época anterior trouxe-nos altas e baixas emoções. Este ano, podemos esperar uma ‘montanha-russa’ semelhante quando a nova época começar.
Quer goste do futebol das "grandes" ligas da Europa, como a Liga inglesa, a Série A e a La Liga; quer da classe continental da Liga dos Campeões da UEFA. A DStv é o destino para TODO O FUTEBOL que quiser!
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A Liga inglesa recomeça na sexta-feira, 16 de agosto, com um confronto entre Manchester United e Fulham em Old Trafford, será o centro das atenções da maioria dos adeptos de futebol. Será que o Manchester City vai conquistar um inédito quinto título consecutivo? Ou será que o Arsenal vai dar o passo final para se tornar uma equipa campeã sob o comando de Mikel Arteta?
Como é que o Liverpool se vai adaptar à era pós Jurgen Klopp e será que o Chelsea vai conseguir dar continuidade ao que mostrou no final da época passada? Também damos as boas-vindas aos promovidos Southampton e Leicester City, bem como ao Ipswich Town, que está de volta à primeira divisão depois de uma ausência de 22 anos!
E se quiser ver o melhor jogador do mundo neste momento, terá de ver o Real Madrid em acção, com Kylian Mbappe a reforçar os "Los Blancos" que já era uma equipa fantástica, tendo conquistado a dobradinha La Liga e Liga dos Campeões na época passada!
Em Itália, a Internazionale deverá continuar a dominar, mas o AC Milan, a Juventus e até a Atalanta - que conta com o herói nigeriano Ademola Lookman - querem destronar a equipa de Simone Inzaghi.
Se todo este futebol é espectacular, então adquira o pacote que satisfaz as suas necessidades. No pacote DStv Grande e mais acima, pode assistir à toda a acção da Liga inglesa, da Taça da Inglaterra e das competições de clubes da UEFA, como a Liga dos Campeões, a Liga Europa e a Liga da Conferência Europeia.
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Arrancou, recentemente, o Programa de Estágios Profissionais do projecto Mphanda Nkuwa, com o lema “Juventude, A Chave do Desenvolvimento”, na sua sede, em Maputo, onde os estagiários foram recebidos pelas equipes de recursos humanos e técnicas, que aproveitaram a ocasião para destacar o compromisso do projecto com o conteúdo local, de desenvolvimento de competências e capacitação de jovens moçambicanos recém-graduados.
Os estagiários foram submetidos a um processo de acolhimento e integração, nas duas primeiras semanas, visando familiarizá-los com os processos e procedimentos internos, assim como os elementos relativos a ética e deontologia profissional. Nas semanas subsequentes, serão integrados nos respectivos sectores de trabalho, em função das suas áreas de formação, seguindo se visitas e estágios às empresas nacionais dos accionistas do projecto, nomeadamente a Electricidade de Moçambique e Hidroeléctrica de Cahora Bassa.
Adicionalmente, os estagiários tiveram sessões de indução sobre o funcionamento, composição e atribuições do Fundo de Energia (FUNAE), Mozambique Transmission Company (MOTRACO) e Southern Africa Power Pool (SAPP), prevendo-se ainda sessões com a Autoridade Reguladora de Energia (ARENE).
O Programa de Estágios Profissionais visa dotar os jovens moçambicanos recém-graduados nas diferentes universidades públicas e privadas de todo o país de oportunidades e capacidade técnica na gestão, estruturação, construção e operação de grandes projectos.
O mesmo foi criado para permitir que os jovens recém-graduados possam participar de todas as fases do desenho e implantação do projecto Mphanda Nkuwa, dotando os mesmos de conhecimentos técnicos e práticos com padrões nacionais e internacionais, tendo em conta o envolvimento que terão com vários consultores nacionais e internacionais experientes envolvidos no processo, o que pode constituir mais valia técnica para o país num futuro próximo e noutros projectos semelhantes.
O programa abrange várias áreas de formação, nomeadamente, engenharia, mecânica, eléctrica, electrónica, construção civil, ciências sociais, ambiente, economia e finanças. Os recém-graduados selecionados são oriundos de várias universidades públicas e privadas.(Carta)
O bispo da Igreja Anglicana Carlos Matsinhe, que é também presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE), anunciou ontem que vai para reforma, após 45 anos de exercício na igreja.
“De facto, completo 45 anos cumulativamente de diácono para padre, de padre para bispo e de bispo para arcebispo (…) Ao abrigo das leis que regulam os mandatos da liderança nesta igreja anglicana, chegou então o momento de pôr à disposição os cargos que me foram investidos”, disse Carlos Matsinhe, durante uma conferência de imprensa na Igreja Anglicana, em Maputo, capital moçambicana.
Matsinhe afirmou que vai para a reforma “com muita alegria, gratidão e entusiasmo”, referindo que termina o seu mandato deixando uma “província eclesiástica” com 12 dioceses e 12 bispos cumulativamente em Moçambique e em Angola, de quatro existentes na altura em que assumiu a função.
“Há sementes que foram semeadas, que vão florir e haverá frutos e melhores frutos. Portanto, terminamos com muita gratidão e entusiasmo este ministério”, frisou Carlos Matsinhe, referindo que vai permanecer um membro ativo da igreja.
“Como sou sacerdote, de sacerdote nunca se reforma, hei de continuar a rezar as missas, a pregar o evangelho e a fazer visitações dentro do quadro do espaço que me for concedido por aqueles que hão de me substituir como líderes dessa nossa igreja”, acrescentou.
Em novembro de 2023, a Igreja Anglicana de Moçambique e Angola (IAMA), entidade que cobre “a província eclesiástica” dos crentes destes dois países, pediu o afastamento de Carlos Matsinhe da posição de bispo, um pedido cujo desfecho é desconhecido, pois a reunião para debate da possível resignação foi adiada sem que se conheça a causa.
O pedido da IAMA foi feito num altura em que Matsinhe enfrentava diversas críticas devido à gestão das últimas eleições autárquicas em Moçambique, com várias entidades a exigirem a sua demissão na CNE face à contestação pela oposição e por diversas instituições dos resultados das eleições autárquicas anunciados por aquele organismo.
Carlos Matsinhe esclareceu que a sua reforma não resulta do pedido feito pela igreja, referindo que atingiu a idade máxima para ocupação do cargo.
“É mesmo o tempo da reforma. Os nossos cânones dizem que o bispo, ao atingir 70 anos de idade, põe o seu cargo à disposição. Essa é a idade máxima que atinjo agora, portanto não é aquele pedido, mas exatamente porque já cumpri a missão”, declarou.
Questionado se a sua reforma enquanto bispo também implica o seu afastamento como presidente da comissão eleitoral moçambicana, Carlos Matsinhe preferiu não responder.
A cerimónia que assinala a sua passagem à reforma vai realizar-se no domingo, no pavilhão de desportos da Maxaquene, em Maputo, e vai contar com diversas figuras, entre as quais membros do Governo.(Lusa)
O governo moçambicano está em conversações com as autoridades zimbabueanas para a extensão da linha férrea de Machipanda até ao Botswana. Actualmente, a linha liga o Zimbabwe ao Porto da Beira.
O projecto, uma iniciativa tripartida que envolve Moçambique, Botswana e Zimbabwe, inclui a construção um porto de águas profundas, ligando por linha férrea os referidos países.
A informação foi revelada ontem (08) em Maputo, pelo Presidente da República, Filipe Nyusi, durante a cerimónia de Inauguração da Duplicação e Aumento da Capacidade da Linha Férrea de Ressano Garcia e de Ampliação do Terminal Ferroviário de Passageiros da Estação Central de Maputo.
“Sobre esta linha [Machipanda] estamos a trabalhar com os nossos irmãos da República do Zimbabwe para nos ligarmos ao Botswana”, disse Nyusi.
O estadista disse que vão decorrer nas próximas semanas discussões relativas ao assunto com este país do hinterland. “Ainda esta semana possivelmente vamos desenvolver esta visão no sentido de elucida-los”, apontou.
“Aliás, eles têm uma boa capacidade de equacionar as vantagens e desvantagens. O certo é que esta semana continuaremos a conversar com os colegas do Zimbabwe e Botswana”, acrescentou.
O estadista aponta também como uma de suas preocupações a reabilitação da Linha de Sena, que faz ligação ao Malawi. A linha de Sena, com 357 km, liga o Porto da Beira ao Malawi e possui também o ramal Inhamitanga-Marromeu e o troço Dona Ana-Moatize. A Linha de Sena constitui a espinha dorsal da região centro do país e do Vale do Zambeze, em particular.
“Os nossos irmãos e colegas estão à busca de recursos para ver se conseguem fazer esta ligação [Dona Ana]”, apontou.
“A nossa meta, através da Empresa Pública Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique, é aumentar a carga manuseada nas nossas Infra-estruturas de transporte”, sublinha.
Entregue em Novembro último, a linha reabilitada Beira-Machipanda liga a cidade portuária da Beira, capital da província central de Sofala, ao posto administrativo de Machipanda, que faz fronteira com o Zimbabwe, uma linha com extensão total de 317 quilómetros.
A infra-estrutura foi entregue com o propósito de dinamizar a região da África Austral, incrementando o escoamento da carga pela linha de 600 mil toneladas para 3,5 milhões por ano. (AIM)
Nove mortos e 10 feridos graves é o balanço do acidente de viação registado na manhã deste domingo (07), na estrada circular de Maputo, próximo à portagem da Matola-Gare. O sinistro ocorreu quando uma viatura do tipo minibus galgou o passeio quando tentava esquivar outra que seguia na mesma direcção (Zimpeto/Malhapsene).
Testemunhas oculares contam que um dos veículos, da rota Costa do Sol/Zimpeto, vinha à alta velocidade e com o motorista a falar ao telefone e quando cruzou com outro da rota Zimpeto/Matola-Gare, ao tentar esquivar, perdeu a direcção, galgou o passeio e foi embater contra um obstáculo.
Devido ao impacto do embate, uma criança foi “cuspida” pela janela e oito pessoas perderam a vida no local.
“Ficamos quase uma hora à espera da ambulância da REVIMO para prestar socorro às vítimas e acreditamos que as pessoas acabaram perdendo a vida porque o carro demorou. Procuramos saber onde estava o motorista do carro que provocou o acidente e ninguém soube nos dizer. Acredito que ele tenha fugido depois do sinistro porque vinha à alta velocidade e a falar ao telefone”, explicou Joaresse Mondlane, uma das testemunhas que prestou socorro às vítimas.
Entretanto, o Hospital Central de Maputo confirmou a entrada de 10 pacientes em estado grave, dos quais três já receberam alta e confirmou a morte de outras nove. Dos nove óbitos, dois são crianças e os restantes adultos. (M.A)
A cabeça-de-lista da Resistência Nacional de Moçambique (RENAMO), ao cargo de Governadora de Cabo Delgado, promete dialogar com os terroristas, caso ganhe as eleições de nove de Outubro. Esta é a mensagem que eva para convencer os potenciais eleitores a escolher o seu projecto de governação.
Ela disse que a agenda de diálogo com os grupos terroristas visa devolver a paz na província de Cabo Delgado.
"Em primeiro lugar é preciso procurar saber o que querem esses malfeitores que nos estão a dizimar em Cabo Delgado, e ver se pode haver uma saída para sanar as diferenças para o bem-estar da população de Cabo Delgado que precisa da paz", rematou.
Ângela Eduardo falava na recente marcha organizada pela RENAMO na cidade de Pemba, onde o Delegado Provincial daquela formação política desvalorizou a acção do Governo da FRELIMO na resposta ao terrorismo em Cabo Delgado.
Manuel Lucuane disse não entender o facto de o Governo não conseguir responder aos ataques terroristas há quase sete anos.
"Para nós, trata-se de brincadeiras porque estamos há sete anos que o dito governo não consegue dizer quais são os motivos e quem são as pessoas que estão a fazer o terrorismo em Cabo Delgado".
À semelhança de outras formações políticas, a RENAMO na província de Cabo Delgado também tem estado a desdobrar-se na divulgação da imagem do partido nesta fase de pré-campanha. (Carta)
Contra o calendário normal do funcionamento do Parlamento (que prevê o início da sessão na primeira quarta-feira da segunda quinzena do mês de Outubro), arranca esta quarta-feira, a 10ª e última Sessão Ordinária da Assembleia da República, na sua IX Legislatura, que teve seu início em 2020. Realizando-se num ano eleitoral, a última sessão do parlamento deverá ser a mais curta, prevendo-se que venha a encerrar em Agosto próximo, antes do arranque da campanha eleitoral, e não em Dezembro como tem sido habitual.
Na agenda, os 250 deputados da Assembleia da República levam consigo um total de 18 matérias, com destaque para o reexame do novo pacote eleitoral, aprovado pela Assembleia da República no passado dia 30 de Abril e cuja promulgação foi vetada pelo Presidente da República, alegando que as normas introduzidas nas leis revistas suscitam dúvidas quanto ao mecanismo processual da sua aplicação.
Trata-se das Leis de Revisão da Lei nº 2/2019, de 31 de Maio, que Estabelece o Quadro Jurídico para a Eleição do Presidente da República e dos Deputados da Assembleia da República e da Lei nº 3/2019, de 31 de Maio, de Eleição dos Membros da Assembleia Provincial e do Governador de Província, dois instrumentos jurídicos que deverão regular as eleições de 09 de Outubro.
As referidas normas estão relacionadas com a recontagem dos votos. À luz das leis aprovadas, os Tribunais Judiciais do Distrito podem ordenar a contagem de votos, facto que é contestado pelo Conselho Constitucional, que chama para si ou para a Comissão Nacional de Eleições, o poder de ordenar tal acto eleitoral.
Para além do reexame do pacote eleitoral, os deputados deverão também eleger os membros do Comité de Supervisão do Fundo Soberano, a entidade que será responsável pela gestão das receitas provenientes da exploração do gás natural da bacia do Rovuma; apreciar e aprovar as propostas de revisão da Lei da PRM (Polícia da República de Moçambique); a proposta de revisão dos Estatutos dos Magistrados Judiciais; e o Projecto de revisão da Lei Orgânica da Assembleia da República. Igualmente, estão agendadas as apresentações das Informações do Governo, dos Informes Anuais do Provedor da Justiça e do Presidente da República. (Carta)
A intenção foi manifestada no município da Matola, sul de Moçambique, pelo Presidente daquele Estado lusófono, José Ramos Horta, durante a visita às instalações de Aga Khan. Horta disse que o seu país dispõe de quadros suficientes formados nas diversas áreas das ciências humanas, sendo que as áreas de ciência e tecnologia, que têm sido aposta na maioria dos Estados, ainda registam poucos quadros.
“Temos muitos doutorados em filosofia, teologia em relações internacionais, mas poucos em ciências de tecnologias em digitalização, em inteligência artificial, em medicina, em economia, indústria”, disse.
Horta abordou sobre a necessidade de se aprofundar o estudo das questões sobre captação dos recursos hídricos e sobre as novas fontes de produção de alimentos.
“Estudem sobre questões de água porque o mundo está com dificuldades e vão ser muito graves no futuro. Há carência de água para o ser humano. Apenas 1% da água potável existente no mundo é acessível à população mundial”, disse.
“Já começa a existir grandes carências de águas em vários países do mundo. Estudem novas formas de captação de água de chuva, ou água através do orvalho e novas fontes de alimentos que não dependam muito de água de chuva e que não dependam muito de irrigação”, vincou.
Tratou-se da primeira visita de Estado que o presidente timorense realizou a Moçambique, desde que ascendeu à presidência daquele país falante da língua portuguesa em Maio de 2022. (AIM)