Mais de um milhão de crianças, em Moçambique, são submetidas ao trabalho infantil, de um total de 168 milhões de crianças que se encontram nesta condição em todo o mundo. Os dados foram apresentados no último sábado, pela Primeira-dama, Isaura Ferrão Nyusi, por ocasião do Dia Mundial de Luta Contra o Trabalho Infantil.
Segundo a esposa do Presidente da República, trata-se de uma situação problemática, causada pelas condições sócio-económicas do país, que levam milhares de crianças a “abraçarem” precocemente o mercado do trabalho para ajudar a família nas despesas de casa.
De acordo com Isaura Nyusi, os aspectos sócio-culturais também contribuem para o actual cenário, pois, a cultura moçambicana valoriza o trabalho infantil, como parte da formação do homem, em detrimento da preparação académica ou técnico-profissional.
“Reconhecemos o papel importante da inclusão de crianças em actividades produtivas como forma de socialização e aprendizagem do sentido de dever (…), porém, o trabalho de crianças é mau, quando afecta o desenvolvimento físico e psicológico”.
Para a Primeira-dama, as instituições do Estado, parceiros sociais e do desenvolvimento, devem reflectir e sensibilizar a sociedade na luta rumo à eliminação das piores formas de trabalho infantil. (O.O.)
Dois membros das Forças de Defesa e Segurança (FDS), sendo um das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) e outro do Serviço de Informação e Segurança do Estado (SISE), perderam a vida na tarde do último sábado, no distrito de Macomia, província de Cabo Delgado, após envolverem-se num acidente de viação.
Segundo as testemunhas, os dois membros das FDS viajavam numa motorizada, quando colidiram com uma viatura que seguia no sentido contrário. Segundo as fontes, o sinistro ocorreu em frente à Residência Oficial do Administrador daquele distrito, um local com uma passagem estreita, devido à cancela montada.
Os corpos dos dois membros das FDS, que se encontravam naquele distrito com a missão de combater o terrorismo, foram transladados para cidade de Pemba, capital provincial de Cabo Delgado, ainda no passado fim-de-semana. (Carta)
O número de casos positivos volta a registar um aumento no país, depois de uma relativa redução. Neste fim-de-semana, mais 259 indivíduos foram diagnosticados com o novo coronavírus, em Moçambique, de acordo com os dados fornecidos pelas autoridades da saúde. Dos novos casos, 76 foram anunciados na sexta-feira, 106 no sábado e 77 neste domingo, aumentando para 71.538 o número total de casos positivos da Covid-19.
Entretanto, no mesmo período, a Covid-19 matou um paciente do sexo masculino, de 85 anos de idade, elevando o total de óbitos para 841.
De sexta a domingo, o Ministério da Saúde (MISAU) registou ainda 141 pacientes recuperados da doença, subindo para 69.881 (97.7%) o cumulativo de indivíduos totalmente recuperados da Covid-19.
Refira-se que, neste momento, o país conta com 812 casos activos, dos quais 22 estão internados. Aliás, no último fim-de-semana, as autoridades registaram a hospitalização de oito pessoas, sendo uma na sexta-feira, duas no sábado e cinco no domingo. (Marta Afonso)
O Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) apreendeu, há dias, 11 pontas de marfim, na província de Maputo. Os troféus estavam na posse de dois irmãos (um de 30 anos de idade e outro de 35 anos de idade) e estavam numa residência no bairro da Zona Verde, no Município da Matola.
Segundo o porta-voz do SERNIC, em Maputo, Elino Panguana, os troféus terão sido retirados de seis elefantes, sendo que um deles foi retirado recentemente. Afirma que o facto chegou ao SERNIC, através de uma denúncia anónima.
Entretanto, a fonte garante estar em curso uma investigação visando apurar a origem das pontas de marfim e o seu destino. Porém, não avançou o estágio das investigações. (Omardine Omar)
Os ataques terroristas, que se verificam na província de Cabo Delgado desde Outubro de 2017, têm contribuído para o aumento do número de crianças de rua, na cidade de Pemba, capital daquela província.
Os dados foram avançados esta semana pela Administradora da Cidade de Pemba, Joaquina Nordine, num debate na Televisão de Moçambique. Segundo a governante, algumas crianças são submetidas ao trabalho infantil, com destaque para o comércio informal.
Na sua intervenção, Joaquina Nordine garantiu que a cidade de Pemba acolhe, neste momento, 157 mil deslocados (dos mais de 800 mil existentes em todo o país), sendo que, destes, 67 mil são crianças.
Aliás, dados do Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD) indicam que 320 mil crianças foram forçadas a sair das suas zonas de origem, devido aos ataques terroristas. O número equivale a 40% do total dos deslocados.
No entanto, até Abril último, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) estimava em 350 mil crianças deslocadas, sendo que, mais de 17 mil estão nessa condição desde o ataque à vila-sede do distrito de Palma, no passado dia 24 de Março.
Refira-se que, desde o início dos ataques terroristas, a 05 de Outubro de 2017, as mulheres, crianças e idosos têm sido as maiores vítimas, enquanto a maioria dos jovens têm-se aliado aos grupos terroristas. (Carta)
Mais 40 pessoas foram diagnosticadas com o novo coronavírus no seu organismo, subindo para 71.279 o cumulativo de casos registados em Moçambique, desde a eclosão da pandemia, a 22 de Março de 2020. Os novos casos foram notificados na cidade de Maputo (16) e nas províncias de Maputo (quatro), Inhambane (seis), Manica (um), Tete (quatro), Zambézia (um) e Nampula (oito).
Na actualização feita esta quinta-feira, o Ministério da Saúde (MISAU) anunciou também a recuperação de mais 31 pacientes, aumentando para 69.740 (97.9%) o número total de pessoas curadas da doença.
Entretanto, o sector da saúde não notificou nenhuma morte causada pela pandemia da Covid-19, mantendo o cumulativo de 840.
Refira-se que, actualmente, o país conta com um total de 695 casos activos, dos quais, 18 estão internados nos Centros de Isolamento, sendo que 10 estão em estado moderado e oito em estado grave. (Marta Afonso)