A falta de local de hospedagem fez com que as autoridades migratórias moçambicanas indeferissem 118 pedidos de visto de fronteira, durante os 31 dias do mês de Março.
Segundo o porta-voz do Serviço Nacional de Migração (SENAMI), Celestino Matsinhe, entre os pedidos indeferidos constam de 33 cidadãos nigerianos, 19 chineses, sete tailandeses, seis sul-africanos, seis congoleses, seis quenianos, cinco etíopes, cinco portugueses, quatro camaroneses, quatro somalis, dois norte-americanos, dois iranianos, dois britânicos e dois colombianos.
Para além da falta de clareza no local de hospedagem, as autoridades moçambicanas indeferiram outros pedidos por falta de correspondência entre o motivo de viagem e o visto de fronteira.
Na fronteira de Mavalane (Aeroporto Internacional de Maputo) foram indeferidos 92 vistos, na Ponta D’Ouro 12, Ressano Garcia sete, no Aeroporto Internacional de Pemba quatro, na fronteira de Negomano dois e na fronteira de Namaacha um.
Entretanto, Matsinhe afirmou que, durante o mesmo período, 1.125 cidadãos foram autorizados a entrar no território nacional. (Marta Afonso)
A 6ª Secção Criminal do Tribunal Judicial da província de Nampula decidiu libertar o cidadão português, detido no passado mês de Fevereiro na posse de 79 tartarugas marinhas da espécie astrochelys radiata (já em risco de extinção), oriundas da Ilha do Madagáscar.
De acordo com uma fonte do Ministério Público, o indiciado foi solto no passado dia 21 de Maio sob termo de identidade e residência, uma vez que, à data dos factos, residia na cidade da Ilha de Moçambique, naquela província do norte do país.
A fonte não avançou os detalhes que levaram o Juiz de Instrução a assinar o despacho de soltura do indiciado.
Lembre-se que, aquando da sua detenção, o cidadão português, de 66 anos de idade, identificado por J. Correia, revelou que criava os animais há 20 anos e que, durante este período, tentava legalizar o processo para depois comercializar a sua criação, porém, o sonho seria abortado pelas autoridades. Disse ainda que gastava, mensalmente, 15 mil Meticais para mantê-los vivos e que nunca comprou e muito menos vendeu qualquer animal aquático. (Carta)
Um cidadão de 39 anos de idade, identificado por Selemane Amisse, foi assassinado na passada terça-feira, na cidade de Nampula, quando se dirigia ao Banco com cerca de 1 milhão de Meticais.
Conforme narram as testemunhas, a vítima foi interpelada por dois indivíduos que se faziam transportar numa viatura de cor cinzenta, da marca Nissan Xtrail. Contam que, após balearem a vítima, os meliantes espalharam algumas notas e levaram o restante valor.
Segundo o irmão da vítima, Selemane era o responsável pelo depósito das receitas colectadas pela sua empresa, a Belusca Comercial, vocacionada à venda de cabelos artificiais e cosméticos. (O.O.)
Mais um garimpeiro ilegal perdeu a vida nas minas da Montepuez Ruby Mining (MRM), no distrito de Montepuez, província de Cabo Delgado. A informação foi avançada ontem pela MRM, em comunicado de imprensa. De acordo com a empresa, a vítima, de 28 anos de idade e natural da província de Nampula, morreu no passado dia 29 de Maio, após o desmoronamento de terra, causado pelas más condições climáticas.
Segundo a mineradora, desde o início de 2021, oito pessoas perderam a vida, devido ao garimpo ilegal do rubi. A empresa avança a inobservância dos mecanismos de segurança como a principal causa das fatalidades.
A MRM diz esperar seriedade, por parte das autoridades, no tratamento destes factos, de modo a evitar situações de género. Afirma que as autoridades devem tomar medidas proactivas contra os que financiam, facilitam e encorajam o comércio ilegal de rubis. (O.O.)
Os ataques terroristas que ocorrem na província de Cabo Delgado, desde 2017, estão a afectar o cumprimento das metas do Programa Alargado de Vacinação. Em relatório publicado há dias, o Fundo das Nações Unidas para Infância (UNICEF) revela que a província de Cabo Delgado registou uma queda de 41%, em 2020, depois de ter cumprido, a 100%, as metas de 2019.
De acordo com o documento, o recrudescimento dos ataques terroristas e o ambiente de insegurança, que têm assolado a província, estão na origem desta situação, ao causar a deslocação, em massa, das populações. Até ao final do ano passado, refira-se, mais de 500 mil pessoas eram dadas como deslocadas devido aos ataques terroristas, na sua maioria mulheres, crianças e idosos.
Nas ofensivas terroristas, sublinhe-se, os centros de saúde não escaparam, tendo sido destruídos pelos malfeitores. Tal aconteceu nos ataques terroristas às vilas de Macomia, Mocímboa da Praia, Muidumbe, Quissanga e Palma (já em 2021). (Marta Afonso)
Uma mulher, cuja idade não foi revelada, foi encontrada morta junto a um Quartel das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) na Ilha do Ibo, província de Cabo Delgado.
De acordo com as fontes, a vítima apresentava indícios de violação sexual, porém, ninguém sabe ao certo quem terá causado tamanha brutalidade. O caso deu-se na primeira quinzena do passado mês de Maio.
As fontes avançam que a vítima era natural de Ingonane, no Posto Administrativo de Mucojo, distrito de Macomia, tendo escalado a Ilha do Ibo, fugindo dos ataques terroristas. A mesma deixa uma criança menor de idade. (Carta)