Director: Marcelo Mosse

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Economia e Negócios

Uma cidadã vietnamita, de 30 anos de idade, de nome Tran Kiêu Trang, que fora detida em Novembro do ano passado, no Aeroporto Internacional de Maputo, na posse de 127 garras de leão, 36 dentes de leão e 4.3 Kg de cornos de rinoceronte, fugiu do país dias depois de ter sido liberta pelo Tribunal Judicial da Cidade de Maputo.

 

A informação foi avançada à “Carta” por fontes do sector ambiental, entretanto, não precisaram as datas em que a visada terá fugido do país e muito menos as razões que levaram o Tribunal a soltar a indiciada.

 

Refira-se que os troféus terão sido apreendidos, após a intervenção de uma cadela farejadora, de nome “Agente SASA”, pertencente à Unidade Canina da Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC), instalada no Aeroporto Internacional de Maputo. (O.O.)

quinta-feira, 01 julho 2021 08:11

Em vista aumento salarial dois anos depois

A retoma das negociações para o reajuste do salário mínimo, anunciada ontem pelo Governo, é sem reservas uma lufada de ar fresco para todos os trabalhadores que viram 2020 passar sem aumento nas suas remunerações, supostamente por causa dos efeitos nefastos da pandemia.

 

Refira-se, porém, que o patronato, representado pela Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), opôs-se em meados de Junho último a retomar as conversações, alegando falta de condições, visto que a crise continua a afectar negativamente o sector produtivo.

 

No entanto, antes mesmo do “não” da CTA, o Movimento Sindical dizia “sim” às negociações porque o custo de vida aumentou drasticamente e, com os salários “magros”, é quase impossível satisfazer as necessidades básicas que custam no mínimo 24 mil Meticais.

 

Este grito foi acolhido pelo Governo. Na quarta-feira passada, o Porta-voz do Ministério do Trabalho e Segurança Social (MITESS), Emídio Mavila, disse em conferência de imprensa que as negociações entre empregadores, trabalhadores e o Governo irão retomar.

 

“Por consenso, decidiu-se o arranque do processo de negociação, tendo em vista a revisão dos salários mínimos sectoriais. E todos devemos consentir um sacrifício, refiro-me ao Governo, empregadores e trabalhadores. Em princípio, não haverá retroactividade. O mês de referência dos salários mínimos será do presente ano”, afirmou Mavila.

 

Mesmo sem recursos, o representante da CTA, Paulo Cossa, avançou que o patronato deverá reajustar positivamente os salários mínimos, facto que irá em certa medida aliviar o sufoco dos trabalhadores.

 

As discussões sobre o reajuste salarial foram estagnadas em Abril do ano passado. Em 2019, o salário mínimo, na função pública, foi fixado em 4.5 mil Meticais, cinco vezes abaixo do custo do cabaz mensal. (Evaristo Chilingue)

O Banco de Moçambique garantiu ontem que o sistema financeiro moçambicano continua "estável e sólido", após a suspensão preventiva do Standard Bank em todas atividades que envolvam a conversão de moeda estrangeira no mercado cambial.

 

"O Banco de Moçambique comunica ainda que as operações cambiais decorrem com normalidade e que o sistema financeiro, no geral, continua estável e sólido", refere uma nota de imprensa da instituição divulgada hoje.

 

No dia 23 de junho, o banco central moçambicano anunciou a suspensão do Standard Bank do Mercado Cambial Interbancário e, no dia seguinte, a abertura de três "processos de contravenção" contra aquela instituição bancária e dois dos seus colaboradores.

 

"Com vista a salvaguardar os interesses dos clientes do Standard Bank, a continuidade do negócio está a ser assegurada pelos restantes bancos que operam no país, sob orientação e esclarecimento do Standard Bank", refere a nota de hoje.

 

A decisão do banco central moçambicano surge na sequência das "constatações apuradas durante a inspeção on-site em curso", acrescenta a nota, sem mais detalhes sobre as causas da suspensão.

 

Dados do banco central moçambicano divulgados em abril apontavam o Standard Bank como o terceiro na lista dos três bancos de importância sistémica em Moçambique, numa lista liderada pelo Banco Comercial e de Investimentos (BCI) e em que o Banco Internacional de Moçambique (Millennium Bim) está na segunda posição.

 

No rácio que mede a importância para o setor, rotulada com a sigla inglesa D-SIB, o BCI encabeça a lista com 278 pontos, seguindo-se o Millennium Bim com 257 e o Standard Bank com 159. (Lusa)

O prémio Banco Africano para as PMEs de 2021 reconhece o banco que contribuiu significativamente para o desenvolvimento do sector das PMEs

 

O grupo bancário pan-africano, Ecobank Group (www.Ecobank.com), é o Banco Africano das PMEs 2021 do African Banker. O Ecobank venceu uma série de outros bancos no African Banker Awards 2021 para levar para casa o Prémio PMEs em um ano de 2020 tumultuado e caracterizado pela Covid-19. A pandemia continua a devastar muitas economias africanas, sendo que as Pequenas e Médias Empresas (PMEs), são as empresas que enfrentam os maiores desafios.Entre outros critérios, o prémio Banco Africano para as PMEs de 2021 reconhece o banco que contribuiu significativamente para o desenvolvimento do sector das PMEs, ajudando-as a construir a espinha dorsal económica do continente. Parte dos critérios de entrada exigia que o banco vencedor canalizasse significativamente o financiamento para o setor privado na África e promovesse o desenvolvimento empresarial, facilitando o crédito e o acesso ao financiamento para as PMEs.



Desde o início da Covid-19, o Grupo Ecobank aumentou consideravelmente os investimentos em programas direcionados às PMEs, expandindo as linhas de crédito focadas nas PMEs, fornecendo assistência técnica às instituições de desenvolvimento das PMEs e construindo a capacidade das PMEs por meio de programas em colaboração com seus parceiros estratégicos. O Grupo está na vanguarda da promoção da inclusão de género e fechando a lacuna de financiamento por meio de iniciativas inovadoras, como ‘Ellevar por Ecobank’, que visa empresas lideradas por mulheres e com foco em mulheres por todo o continente.A executiva do Grupo Ecobank, Banca Commercial, Josephine Ankomah, disse “2020 foi um ano de desafios sem precedentes por causa da pandemia Covid-19. Exigia resiliência e inovação. Precisávamos repensar nosso negócio e fornecer maneiras inovadoras de ajudar nossos clientes PMEs a sobreviver às dificuldades trazidas pela pandemia. Estamos realmente honrados em receber este reconhecimento. Nossa imensa gratidão vai para nossa equipe, clientes e parceiros que tornaram isso possível.Algumas das medidas tomadas pelo Banco para apoiar as PMEs em 2020 incluem:

 

  • Instituir proativamente ações de mitigação, incluindo extensões de prazo e moratórias de juros, para ajudar as PMEs a administrar o pagamento de seus empréstimos;
  • Aumentar a utilização de canais digitais, como o Ecobank Omni Lite, para fornecer aos clientes a capacidade de fazer pagamentos de forma remota e conveniente;
  • Aumentar a qualificação do pessoal para garantir a sua capacidade para ajudar a desenvolver o setor das PMEs;
  • Colaborar com parceiros de risco existentes, particularmente Development Finance Institutions (DFIs), para compartilhar uma parte do risco associado aos nossos empréstimos das PMEs;
  • Parceria com o gigante da tecnologia Google para fornecer aos clientes PMEs os meios para desenvolver uma presença online gratuita por meio da plataforma Google Meu Negócio;
  • Colaborar com a Agência de Desenvolvimento da União Africana - AUDA-NEPAD - para se concentrar no fortalecimento do apoio da África para micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) e auxiliar na sua recuperação do impacto da pandemia, capacitando as MPMEs com acesso a capacidades, mercados e financiamento, para que possam desempenhar um papel central no relançamento das economias de África;
  • Lançamento do 'Ellevar por Ecobank', um produto pertencente a mulheres e voltado para mulheres, oferecendo às mulheres uma parceria parceria holística, por meio da qual elas ganham acesso a serviços financeiros e não financeiros, como educação financeira, informações sobre produtos, networking e reconhecimento;
  • Aumentar o número de comerciantes que usam os terminais de ponto de venda (POS) do Ecobank de 5.571 para 15.878, além de atrair um número significativo para o EcobankPay, nossa principal plataforma de coleta QR, de 180.060 para 248.664.

(Carta)

O acordo para pagamento da dívida entre a Tmcel e Vodacom continua longe de ser alcançado. É que, conforme “Carta” apurou da Chefe de Relações Públicas da Vodacom Moçambique, Paula Zandamela, o encontro entre as empresas não aconteceu no último dia 28 de Junho corrente.

 

Segundo Zandamela, a reunião foi remarcada pelo Instituto Nacional das Telecomunicações de Moçambique (INCM), instituição que intermedeia as negociações entre a Tmcel e a Vodacom, para o dia 05 de Julho próximo. A nossa fonte não avançou os motivos do adiamento da reunião.

 

Todavia, o Administrador Executivo da Tmcel, Mário Albino, disse ao Jornal que, conforme acordado no último encontro, a empresa já enviou, à Vodacom Moçambique, uma carta, com o conhecimento do INCM, apresentando formalmente o plano de pagamento dos 200 milhões de Meticais em três meses.

 

“Os Presidentes dos Conselhos de Administração das três instituições envolvidas estão em contacto para resolver em definitivo o problema”, acrescentou Albino.

 

A dívida da Tmcel à Vodacom era de 900 milhões de Meticais, mas após encontro de contas entre as instituições, reduziu para 600 milhões de Meticais. A Vodacom queria todo o valor até ao fim de Junho em curso, mas a Tmcel mostra-se incapaz de saldar a dívida, podendo liquidar 200 milhões num trimestre, isto é, até Setembro deste ano. (Evaristo Chilingue)

Em Relatório e Contas da empresa Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM), referente ao ano de 2020, o Conselho de Administração relata queda no manuseamento de carga em todos os portos do país, apontando para isso os efeitos da Covid-19.

 

Detalhadamente, os CFM registaram, sob ponto de vista global, um nível de execução de 82% e uma redução de 9% em relação à realização do período anterior, ao registar 4.9 mil toneladas métricas (mtm) manuseadas, contra 4.8 mtm registados em igual período de 2019.

 

Relativamente aos terminais portuários sob gestão dos CFM, a empresa diz que foram manuseadas durante este período 11.8 mtm contra 8.9 mtm manuseadas em 2019, o que representa um crescimento em torno de 34% comparativamente a ano anterior e uma execução de 106% em relação ao plano, mercê, de entre outros factores, da retoma desde Janeiro da gestão e exploração directa do terminal de carga geral e contentores de Nacala.

 

Contudo, os CFM dizem que o desempenho do sistema ferroviário global, de Janeiro a Dezembro de 2020, fixou-se em cerca de 16.7 mil toneladas líquidas contra cerca de 20.5 mil toneladas transportadas em 2019, representando uma redução em torno de 18% e um nível de execução de 72% em relação ao planificado. Nas linhas operadas pelos CFM, durante o período em análise, transportou-se cerca de 10.5 mil toneladas líquidas contra 11.3 mil toneladas em 2019, uma redução de 7%.

 

Em termos de transporte de passageiros, em 2020, a instituição reporta terem sido transportadas 3.5 mil pessoas, contra 7.4 mil registados em igual período do ano anterior que corresponde a uma redução de 52% e nível de realização de 58%, tendo sido significativa e negativamente afectado pelo confinamento social motivado pelos efeitos da Covid-19, a destacar o mês de Abril em que apenas se realizou 5% do plano.

 

No geral, o Conselho de Administração dos CFM afirma que o ano de 2020 foi caracterizado por muitos desafios impostos pela conjuntura interna e internacional, os efeitos da pandemia da Covid-19, que exigiram da gestão de empresas maior eficiência, melhor capacidade de resposta na operação, para assegurar a robustez e estabilidade da estrutura financeira da empresa. Mesmo assim, a empresa CFM registou resultado de imposto de 7.8 mil milhões de Meticais. (Evaristo Chilingue)