O Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) apreendeu, semana finda, 25 Kg de cocaína na praia de Wimbe, em Pemba, capital provincial de Cabo Delgado. A informação foi avançada esta segunda-feira pelo porta-voz da instituição, em Pemba, Sumail Sabila, durante a apresentação dos três supostos integrantes da rede nacional de narcotráfico.
De acordo com a fonte, a operação decorreu na calada da noite, tendo sido apreendido também um motor de uma embarcação e uma motorizada. Sublinhou haver pistas dos supostos mandantes e outros integrantes do grupo.
Fontes da “Carta” envolvidas na operação acreditam que mais de uma tonelada daquela droga pode ter entrado no país, tendo em conta que o tipo de embarcações usadas tem a capacidade de carregar até uma tonelada.
No entanto, os detidos dizem que apenas pegavam os saquinhos (que continham a droga) porque alguém lhes convidou para um trabalho momentâneo e não sabiam do que se tratava. (O.O.)
Uma mulher, de nacionalidade tanzaniana, foi detida, há dias, pelo Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC), na província de Cabo Delgado, indiciada de liderar uma rede de garimpeiros ilegais, que opera na área concessionada à Montepuez Ruby Mining.
Segundo uma nota de imprensa enviada à “Carta”, a suposta comandante do garimpo ilegal, em Namanhumbir, distrito de Montepuez, província de Cabo Delgado, residia na localidade de Nanhupo, naquele distrito. A indiciada, refere a nota, é apontada como uma das principais cabecilhas da rede de garimpeiros ilegais em Montepuez e, igualmente, peça-chave no comércio ilegal de rubis.
O SERNIC garante que a detenção da tanzaniana resulta do trabalho investigativo levado a cabo pela instituição, na sequência da morte de dois garimpeiros ilegais, uma tragédia ocorrida há dias naquela concessão mineira. (O.O.)
Gestores da empresa pública Aeroportos de Moçambique pretendem elevar visibilidade dos aeroportos do país a nível internacional. Essa é uma das várias actividades que a empresa se propõe levar a cabo durante os dois anos à frente dos destinos da Associação Internacional dos Aeroportos de África (ACI-África).
A nomeação dos Aeroportos de Moçambique, concretamente do seu Presidente de Conselho de Administração (PCA), Emanuel Chaves, para o cargo de Presidente da ACI-África tornou-se pública em meados de Fevereiro último. No âmbito dessa presidência, os gestores da empresa querem tirar dividendos, elevando a visibilidade dos aeroportos nacionais além-fronteiras.
O desiderato foi-nos transmitido há dias pelo Porta-voz dos Aeroportos de Moçambique, Saíde Júnior. “Ao tornar os aeroportos nacionais visíveis a nível internacional, estaremos a expor as potencialidades, principalmente turísticas, do país ao continente e ao mundo”, explicou Júnior.
A empresa pretende ainda transmitir a sua experiência no processo de certificação dos aeroportos. Com 19 aeroportos sob sua gestão, dois têm certificação internacional, nomeadamente os aeroportos de Maputo e de Nacala e o aeroporto da Beira em processo de recertificação.
Segundo Júnior, os Aeroportos de Moçambique pretendem objectivamente levar o saber da certificação a outros aeroportos para garantir maior segurança aérea em África.
É também objectivo da Presidência de Moçambique na ACI-África, “tornar os voos dos aeroportos africanos aceitáveis a nível internacional. Isto é adequar a forma de fazer a aviação em África à realidade do continente, pois, o que tem acontecido até agora é que a África tem copiado os modelos de outros continentes, principalmente europeu”, afirmou o nosso entrevistado.
Para além dos aludidos objectivos, os gestores dos Aeroportos de Moçambique pretendem propor a padronização dos passaportes entre países para facilitar a movimentação dentro do continente, unificar os mercados africanos aeroportuários e tornar a região numa zona franca comercial para permitir transacções entre aeroportos e diversos países sem limitação.
“Como Presidente da ACI-África, os Aeroportos de Moçambique pretendem propor a introdução do português como língua de trabalho ao nível dos aeroportos membros da agremiação. Note que, se as comunicações forem em Português haverá um ganho maior para os países falantes da língua, porque, por exemplo, as formações e assistências técnicas ocorrerão em Português”, acrescentou o nosso interlocutor.
Enquanto estiverem à frente dos destinos da ACI-África, os Aeroportos de Moçambique pretendem também continuar a lutar para que haja maior infra-estruturação e cooperação região evitando a importação de conhecimentos de outros continentes.
A pandemia mundial provocada pela Covid-19 constitui um dos principais desafios da Presidência dos Aeroportos de Moçambique na ACI-África. No entanto, Júnior assegurou que, a região voltará a registar o tráfego aéreo pré-pandemia até 2024, graças à vacinação em curso.
“Projecções da ACI-África indicam que, com a vacinação e a criação de condições para que os aeroportos sejam sanitariamente seguros, prevê-se que este ano as predas globais ao nível da associação rondem os 43%, contra os 70% registados em 2020”, concluiu o Porta-voz dos Aeroportos de Moçambique.
A ACI-África foi estabelecida em 1991 e é constituída por 67 membros de 53 países africanos que operam em mais de 260 aeroportos e 44 parceiros. Até 2018 os associados transportaram 213.7 milhões de passageiros e 2.5 milhões de toneladas de carga.
A Associação é a voz dos Aeroportos e representa os interesses dos seus membros junto dos governos e organizações internacionais como a Organização da Aviação Civil Internacional (ICAO), e promove a excelência profissional na gestão e operação aeroportuária. (Evaristo Chilingue)
No âmbito do processo de liquidação do Nosso Banco – Sociedade em Liquidação, o Banco de Moçambique diz, em comunicado, publicado semana finda, que a Presidente da Comissão Liquidatária, Irene Luzidia Maurício, cessou as suas actividades a 16 de Abril do ano em curso, depois de assegurar o pagamento dos valores respeitantes a cada um dos depositantes, bem assim acautelar os interesses dos credores.
O regulador do sistema financeiro nacional comunica, ainda, que doravante irá coordenar as etapas subsequentes do processo de liquidação do Nosso Banco – Sociedade em Liquidação, nomeadamente a recuperação de dívidas e o rateio final do produto da liquidação, através do departamento de Análise Macroprudencial.
O Banco de Moçambique dissolveu o Nosso Banco, a 11 de Novembro de 2016, devido à degradação da situação financeira da instituição, afectando os principais indicadores prudenciais e de rendibilidade. (Carta)
O Ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos de Moçambique, João Machatine, defendeu, esta quinta-feira, a aposta no pagamento de portagens como forma de assegurar a sustentabilidade e desenvolvimento da rede viária do país.
João Machatine falava em resposta a perguntas das bancadas da Assembleia da República (AR) sobre a massificação de portagens no país. "As comparticipações dos utentes através das portagens são uma fonte de financiamento regular e estável na manutenção de infra-estruturas", declarou.
O pagamento pelo uso de rodovias, prosseguiu, vai permitir que as vias com custos de manutenção mais elevados sejam "subsidiadas" por aquelas com custos de manutenção menores.
"A comparticipação dos usuários no financiamento da manutenção das estradas, através do pagamento de portagens, é uma prática comum em vários países do mundo, incluindo na África Austral", afirmou o ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos.
Nesse sentido, avançou, o Governo está a preparar as condições para a introdução de portagens em vários troços de estradas em todo o país, abrangendo 3.800 quilómetros, no âmbito do Programa Autossustentado de Manutenção de Estradas.
Por outro lado, cinco trajectos nas três regiões do país já estão na primeira fase do processo de concessão a operadores privados, acrescentou João Machatine.
Está igualmente em concretização o Projecto Integrado de Desenvolvimento de Estradas Rurais, visando melhorar a acessibilidade rodoviária nas zonas rurais com potencial agrícola e pesqueiro.
João Machatine assinalou que os investimentos na rede viária do país vão inverter o actual cenário em que apenas 8.000 dos 30.000 quilómetros de estradas do país estão asfaltadas. (Lusa)
A Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB) registou, no primeiro trimestre de 2021, uma produção de energia de 3.671,91 GWh, 6,1% acima do que foi planeado para o trimestre em referência.
Em comunicado de imprensa recebido esta quarta-feira (21), a HCB explica que a performance positiva da produção é o resultado dos investimentos na modernização dos equipamentos da cadeia de produção do parque electroprodutor e de uma gestão dinâmica, focalizada na melhoria contínua dos processos de engenharia e toda a cadeia administrativa de produção, transporte e comercialização de energia limpa e fiável.
“O resultado alcançado permite à empresa continuar a implementar os seus projectos de modernização, cumprir com os seus contratos de fornecimento de bens, serviços e equipamentos de produção e transporte de energia, e com o pagamento de impostos e a taxa de concessão ao Estado”, lê-se no comunicado.
A nossa fonte refere que a HCB continua empenhada no alcance da meta anual de produção de 14.125,53 GWh, ao mesmo tempo que se encontra a implementar, com máximo rigor, um protocolo interno de prevenção da Covid-19 e análises constantes do impacto da mesma sobre a performance operacional da empresa. (Carta)