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Política

Cinco organizações da sociedade civil moçambicanas exigem a repetição do recenseamento para as eleições gerais de 15 de outubro em três províncias do país, por alegadamente terem sido violados princípios nacionais e internacionais, refere um comunicado. As organizações assinalam que o censo deve ser repetido nos círculos eleitorais de Gaza (no sul), Zambézia (no centro) e Cabo Delgado (no norte), diz o comunicado.

 

"Foram recolhidas evidências, nos 161 distritos do país, que permitiu afirmar que o recenseamento eleitoral violou princípios nacionais, padrões regionais e compromissos internacionais que regulam os direitos cívicos e políticos dos cidadãos", lê-se na nota.

 

segunda-feira, 08 julho 2019 06:36

Governo continua a negar credenciar a IDEA

Numa acção sem precedentes, o Ministério Negócios Estrangeiros e Cooperação continua a negar credenciar a IDEA Internacional, uma agência intergovernamental que a União Europeia (UE) está usando para canalizar fundos e apoiar a observação eleitoral doméstica. A IDEA não é uma ONG, mas uma organização intergovernamental - isto é, seus membros são governos. Tem o mesmo status que a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), por exemplo. Ninguém se lembra de Moçambique rejeitar qualquer outra organização intergovernamental.

 

Mas o efeito de se recusar a credenciação da IDEA é que ela não poderá obter um número de contribuinte, abrir uma conta bancária local, ter um escritório oficial ou desembolsar fundos para as várias organizações de observadores da sociedade civil. Isto bloqueou inicialmente o apoio da UE à observação doméstica.

 

 

A consultora FocusEconomics considera que o aumento dos défices gémeos e a subida da dívida pública, no seguimento dos ciclones Idai e Kenneth, vão abrandar o crescimento económico de Moçambique para 1,6% este ano.

 

"O crescimento deverá abrandar abruptamente este ano devido ao impacto devastador dos ciclones Idai e Kenneth; os grandes défices gémeos [desquilíebrio orçamental e da balança comercial], que devem piorar em resultado da assistência de emergência e dos custos de reconstrução, e o elevado peso da dívida pública, ensombram a perspetiva de evolução da economia a curto prazo", refere a FocusEconomics.

 

De acordo com o relatório de julho sobre as economias africanas, enviado aos clientes e a que a Lusa teve acesso, a economia de Moçambique deverá crescer 1,6% este ano, menos 0,1 pontos percentuais que na previsão do mês passado, acelerando depos para 4,1% no próximo ano.

 

Logo no primeiro trimestre, concluem os analistas, a economia abrandou para 2,5% face a um crescimento de 3% no trimestre anterior, quando comparado com os períodos homólogos, "principalmente devido à travagem nos setores dos transportes, comunicações e dos minérios". (Lusa)

segunda-feira, 08 julho 2019 06:00

Nyusi visita Itália entre segunda e quarta-feira

O presidente moçambicano, Filipe Nyusi, realiza uma visita oficial a Itália entre segunda e quarta-feira, durante a qual vai encontrar-se com o seu homólogo e participar em encontros empresariais.

 

Nyusi vai manter conversações oficiais com Sergio Mattarella, presidente italiano, encontrar-se com a comunidade moçambicana residente em Itália e proceder à abertura do fórum empresarial Moçambique-Itália.

 

A visita "inscreve-se no quadro da consolidação e aprofundamento das relações de amizade e cooperação" entre os dois países, que procuram definir "estratégias para o reforço das relações políticas, económicas e empresariais", refere a mesma nota. O programa inclui ainda visitas a empreendimentos de interesse económico e social, bem como, uma deslocação à província de Milão onde Filipe Nyusi vai participar na Conferência Económica da Associação Nacional de Engenharia de Unidades Industriais (ANIMP, sigla italiana).

 

A deslocação a Itália acontece depois de o Presidente da República moçambicano ter visitado Portugal. Acompanham-no os ministros dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, José Pacheco, e dos Recursos Minerais e Energia, Max Tonela. A petrolífera italiana Eni é uma das principais investidoras na exploração de gás natural na bacia do Rovuma, ao largo da costa norte de Moçambique, a par das norte-americanas Anadarko e Exxon Mobil. (Lusa)

O caso do baleamento dos dois agentes da Polícia da República de Moçambique (PRM), da especialidade de Guarda Fronteira, entra, esta sexta-feira, para o décimo nono dia. Com intuito de inteirar-se sobre o andamento das investigações iniciadas imediatamente após o sucedido, “Carta” chegou, na manhã de quarta-feira (17º dia), à fala com o porta-voz da PRM, Orlando Mudumane.

 

Uma análise executiva sobre o Cenário Fiscal de Médio Prazo (CFMP) 2019-21 do Governo, elaborada pelo economista Roberto Tibana e publicada, esta semana, pelo Fórum de Monitoria do Orçamento (FMO), sob responsabilidade do Observatório do Meio Rural (OMR), defende que aquele instrumento de planificação e orçamentação está aquém de constituir uma estratégia efectiva de estabilização macro-económica e promoção da recuperação da economia moçambicana.

 

A conclusão, segundo o autor, deve-se ao facto de, entre outras razões, o CFMP 2019-21 não apresentar o quadro macro-económico completo que sirva de pressuposto ao cenário fiscal; usar valores do PIB (Produto Interno Bruto) que variam de capítulo em capítulo, significando haver inconsistência interna nos cálculos das grandezas macro fiscais num mesmo cenário; e a existência, no texto, de passagens contraditórias com os elementos quantitativos apresentados nas suas tabelas e gráficos.