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Economia e Negócios

As taxas de juro de referência no sistema financeiro moçambicano têm vindo a baixar significativamente nos últimos meses. Após cinco meses de estagnação, desde o início do ano, altura em que se situava nos 14.25 por cento, a Taxa de Juro de Política Monetária, a Taxa MIMO, caiu 1.5 por cento, em Junho e Agosto passados, para os actuais 12.75 por cento.

 

Falando à margem da assinatura de um memorando de entendimento com a Companhia Africana de Gestão de Serviços, o Director da Banca de Retalhos e Negócios do banco Barclays, Pedro Carvalho, disse que a desaceleração da taxa de juro permite que cada vez mais seja mais fácil ou barato o acesso ao crédito às empresas e famílias.

 

“Nós acreditamos que esse movimento de queda de taxas de juros irá prolongar-se ao longo de 2020, o que é benéfico para a economia; cria boas condições de financiamento à economia e a vida de cada um dos moçambicanos pode melhorar de forma mais rápida”, perspectivou Carvalho.

 

Ainda segundo a fonte, com a queda da taxa de juro, o banco sente uma adesão crescente ao crédito por parte de todos os seguimentos da sociedade, desde os particulares até às grandes empresas. (Evaristo Chilingue)

Na semana passada, na zona da Ponta do Ouro, ao largo do Oceano Índico, no sul do país, foram fotografadas, com recurso a uma câmara telefoto 800mm, dezenas de navios de pesca industrial supostamente chineses do modelo Longliners, retirando, do alto mar, elevadas quantidades de peixe, o que suscitou vários debates sobre a delapidação chinesa dos mares moçambicanos.

 

FOTO: O País

Depois de dois anos de intensa batalha, a Mineradora brasileira Vale e o Estado moçambicano foram condenados pelo Tribunal Administrativo da Província de Tete (TAPT), respectivamente, a construir casas modelos, previamente acordadas; e a canalizar as receitas geradas pela extracção do carvão mineral às comunidades daquele ponto do país, tal como define o artigo 20 da Lei nº 20/2014, de 18 de Agosto, denominada Lei de Minas, e pela circular n° 01/MPD/2013, exarada pelo então Ministério da Planificação e Desenvolvimento.

 

A decisão consta do Acórdão nº 09/TAPT/19, divulgado semana finda por aquela instância judiciária, em resposta ao processo movido pela Comissão dos Direitos Humanos da Ordem dos Advogados de Moçambique (OAM), em 2017, visando o respeito das comunidades locais no acesso à terra produtiva, segurança alimentar, dignidade humana, habitação condigna e indemnizações a que as famílias afectadas pelo projecto de mineração têm direito.

 

A empresa financeira Palomar, consultora do Ministério das Finanças de Moçambique em 2016, recebeu 3,8 milhões de dólares num esquema de fraude que provocou ‘dívidas ocultas’ de mais de 2,2 mil milhões em Moçambique, disse hoje um dos acusados.

 

No esquema de fraude, o principal representante da Palomar era Dominic Schultens, que mantinha os negociadores informados das decisões do Governo e dos resultados dos encontros com o Fundo Monetário Internacional (FMI) ou ainda das avaliações da agência Standard & Poor’s (SP) sobre a economia moçambicana.

 

O grupo mineiro Syrah Resources pretende reduzir de imediato cerca de 30% da mão-de-obra na mina de grafite no distrito de Balama, na província de Cabo Delgado, norte de Moçambique, informou o grupo australiano ao divulgar uma actualização relativa ao seu desempenho no terceiro trimestre de 2019.

 

O comunicado ao mercado informa igualmente que, além da redução do número de trabalhadores, actualmente cerca de 200, e dos custos associados à mão-de-obra, haverá a renegociação dos contratos e a reconfiguração dos modelos de extracção mineira e do processamento de minério actualmente em vigor.

 

A aceitação da proposta de reestruturação da emissão de euro-obrigações da Empresa Moçambicana de Atum pelos detentores poderá fazer com que Moçambique volte a poder aceder ao mercado de capitais e que melhore o seu relacionamento com alguns dos seus principais credores, segundo a Economist Intelligence Unit (EIU).

 

A EIU afirma no seu mais recente relatório sobre o governo de Moçambique está a tentar reduzir a sua dependência dos investidores tradicionais Portugal e África do Sul, embora adiante que este último país mantém-se como um parceiro importante, entre eles havendo um importante conjunto de acordos bilaterais.