O tráfego rodoviário na estrada Macomia-Oasse foi reposto ontem. Este é um troço importante para a ligação do país do Rovuma ao Maputo, bem como para a ligação entre Pemba e os distritos do norte da província, entre os quais Palma, onde estão em curso projectos ligados à exploração do gás do Rovuma. A ponte metálica que garantia a ligação entre os dois pontos tinha sido danificada no 31 de Dezembro, por um camião com excesso de carga. A situação criou transtornos enormes para a circulação de pessoas e bens para o norte do país e vice-versa. No local foi montada uma nova ponte metálica e o tráfego já foi aberto. (Carta)
O valor do comércio entre a China e países de língua portuguesa supera 134 mil milhões de dólares de Janeiro a Novembro de 2018 valor das trocas comerciais entre a China e os oito países de língua portuguesa ascendeu a 134 981 milhões de dólares no período de Janeiro a Novembro de 2018, um aumento homólogo de 25,27%, segundo dados oficiais chineses divulgados pelo Fórum de Macau. Nos primeiros 11 meses do ano a China exportou bens no valor de 38 311 milhões de dólares (um aumento homólogo de 16,10%) e importou mercadorias cujo valor atingiu 96 669 milhões de dólares (+29,31%), assumindo um défice comercial de 58 358 milhões de dólares. O Brasil, o principal parceiro comercial mundial da China e que no caso dos países de língua portuguesa representou no período em análise 75% das trocas comerciais totais, vendeu à China produtos no valor de 70 666 milhões de dólares (+31,40%) e comprou bens no montante de 30 887 milhões de dólares (+17,65%).
O comércio bilateral entre a China e o Brasil ao longo dos primeiros 11 meses do ano apresentou um crescimento homólogo de 26,89%, segundo os números oficiais chineses. Angola surge em segundo lugar por ordem de valor, com trocas comerciais no montante de 25 362 milhões de dólares (+22,78%), com a China a ter vendido bens no montante de 2046 milhões de dólares (-2,36%) e a ter comprado produtos no valor de 23 315 milhões de dólares (+25,62%).
Portugal aparece em terceiro lugar com um comércio bilateral no valor de 5535 milhões de dólares (+7,49%), resultado de exportações chinesas no montante de 3447 milhões de dólares (+7,05%) e exportações portuguesas que atingiram 2088 milhões de dólares (+8,23%). O comércio bilateral da China com Moçambique atingiu no período em análise 2324 milhões de dólares (+37,66%), com a China a ter vendido bens no valor de 1734 milhões de dólares (+43,89%) e a ter comprado produtos no valor de 589 milhões de dólares (+22,11%). As trocas comerciais da China com os restantes países de língua portuguesa – Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste – atingiram 205 milhões de dólares. (Macauhub)
A Empresa Moçambicana de Exploração Mineira (EMEM) está a instalar, em Manica, um centro de comercialização para a compra e venda do ouro que é extraído naquela província. O início da operação está previsto para finais de Fevereiro. Esta informação foi-nos facultada ontem pelo presidente do Conselho de Administração (PCA) da EMEM, Celestino Sitoe. O centro de comercialização de Manica é o segundo a ser instalado no país. O primeiro existe desde Outubro do ano passado, e está localizado em Nampula.
Em entrevista à “Carta”, Sitoe afirmou que o estabelecimento deste posto visa estancar a exploração e venda ilegal de minerais, especialmente do ouro. Manica é uma das províncias do país onde a ocorrência deste minério é mais acentuada. O centro vai ser um espaço de comercialização interna, em que a EMEM irá comprar o ouro dos fornecedores para posteriormente fazer uma prospecção com vista a identificar um mercado, fora do país, onde irá colocá-lo. “Entretanto, pretendemos fazer lapidação localmente e criar uma marca ‘Made in Mozambique’, para produtos de pedras e metais preciosos, afirmou a fonte.
Sitoe disse que para a venda do ouro e demais pedras e metais preciosos no exterior deverão ser criados ainda neste primeiro semestre do ano dois entrepostos comerciais: um em Nacala e outro em Maputo. “Diferentemente dos centros de comercialização, os entrepostos (criados no âmbito de uma resolução do Conselho de Ministros) servirão como um balcão único para efeitos de exportação, que deverão ser usados por todos os comerciantes de pedras e metais preciosos que operam no país”, explicou Celestino Sitoe.
Para comprar o ouro em Manica, a EMEM contará com a participação de diversas associações de garimpeiros, pessoas singulares, entre outros, com os quais vai firmar contratos em que ficará estabelecido que cada um desses agentes deverá fornecer mensalmente à empresa 2 Kg do seu produto.
"Neste momento não estou em condições de avançar o preço de compra do ouro, pois ainda vamos negociar com os fornecedores, mas não será abaixo dos padrões internacionais", disse o PCA da EMEM, que acrescentou ser prematuro estimar a quantidade a ser comercializada por ano. A nossa fonte garantiu ainda que, para o efectivo estancamento da exploração e comercialização ilegal de minerais, a empresa que dirige irá, nos próximos meses, instalar mais centros de comercialização de minerais, concretamente nas províncias da Zambézia, Cabo Delgado e Niassa. (Evaristo Chilingue)
O Governo indicou o Eng. Aly Sicola Morola Impia para presidir o Conselho de Administração da Electricidade de Moçambique, cerca de 6 meses depois da saída do anterior PCA, o Dr. Mateus Magala. Impia, natural de Pebane, na Zambézia, é um quadro da casa. Já foi Administrador Executivo do Pelouro de Planeamento e Desenvolvimento de Negócios Qualificações Académicas.
Seus colegas dizem que ele é um técnico altamente dotado, conhecedor dos meandros da empresa. E nos últimos 10 anos ganhou experiência nas áreas de gestão, fundamentais para a cadeira onde se vai sentar. Também tem capacidade para trabalhar em equipa, de acordo com uma fonte sénior da EDM. Aly Sicola tem uma Licenciatura em Engenharia Electrotécnica pela UEM (1995).
O novo PCA da EDM já ocupou as seguintes pastas: Director de Planeamento de Sistemas (2012 – 2016), Director da Rede de Transporte (2012), Chefe de Departamento de Planeamento e Segurança de Sistemas na DRT (2009 – 2011). Já foi docente em regime parcial na cadeira de Máquinas Eléctricas, na Faculdade de Engenharia da UEM (2009 – 2010). Na empresa trabalhou em diversos departamentos e para além da licenciatura fez vários cursos de curta duração no exterior.
No seu perfil da rede social Facebook, Aly Sicola descreve-se da seguinte maneira: “Sou Engenheiro Electrotécnico, trabalhador da EDM e Docente em tempo parcial na UEM-Engenharias. Visitei alguns países como Suécia, Noruega, Finlândia, França, Portugal, Alemanha e, recentemente (2010), os Estados Unidos de América. Gosto de conversar, ir à praia, restaurantes e uma boa cerveja gelada, de preferência Heineken”. (Carta)
A economia de Moçambique deverá manter-se sem grande alteração em 2019, com a taxa de variação do Produto Interno Bruto a perder 10 pontos base relativamente a 2018 para 3,4%, segundo a Economist Intelligence Unit (EIU). O mais recente relatório sobre o país afirma que as dificuldades no acesso ao credito por parte dos produtores agrícolas continuará a impedir a capacidade de crescimento deste sector e a quebra dos preços internacionais do carvão vão representar um travão a novos investimentos na exploração mineira.
A EIU menciona igualmente como travões ao desenvolvimento do país os problemas financeiros bem como o elevado montante de pagamentos em atraso por parte do governo que “continuam a pesar fortemente no sector bancário e a minar a confiança dos investidores.” A prazo, particularmente com o início da exploração de depósitos de gás natural na bacia do Rovuma, a economia terá tendência a crescer mais rapidamente, com uma previsão de 4,5% no intervalo 2020/2022.
O relatório recorda a existência de um excesso de oferta no mercado mundial de gás natural e que os materiais para a construção das infra-estruturas necessárias para a extracção e processamento do gás natural terão de ser importados na sua quase totalidade, pelo que o impacto na economia do país será limitado. No entanto, o início da extracção de gás no campo Coral Sul, previsto para 2023, fará com que a previsão de crescimento económico nesse ano cresça já para uma taxa de 7,5%, se bem que a influência deste projecto no resto do tecido económico, através da prestação de serviços, deva vir a ser muito limitado. De entre os principais indicadores económicos a taxa de inflação deverá manter-se entre 6,1% este ano e 6,7% em 2023 e o saldo orçamental deverá aumentar de menos 8,0% em 2018 para menos 8,3% este ano, tempo de eleições, até chegar a 2023 com um valor de menos 4,1%. (Macauhub)
Moçambique está entre os cinco países africanos recomendados pela Consultora EXX África como os melhores destinos para investir este ano, juntamente com Angola, Etiópia, Gana e Mauritânia.Citada pela Agencia Lusa, a Consultora afirma que para colocar Moçambique neste lugar baseou-se na pesquisa local metodologia própria de previsões e cálculos relativamente ao risco quantitativo.
No documento denominado “Africa Investment Risk Report 2019”, os analistas liderados por Robert Besseling, explicam que a análise "apresenta algumas das nossas previsões de risco para este ano e sinaliza potenciais oportunidades de negócio e novos investimentos”, num conjunto de estimativas que leva em linha de conta "os principais motivos para os riscos político e de segurança e económico, bem como outras tendências de mais longo prazo que podem determinar a trajectória de risco de um país”.
Como se pode ver, nesta lista não constam as maiores economias africanas, nomeadamente Nigéria, África do Sul e Egipto. Para os analistas, o facto “pode, ou não ser surpreendente na selecção dos cinco principais países para investir”, mas explicam que além de já terem aparecido em edições anteriores existem questões específicas de cada país, como as eleições muito disputadas na África do Sul e na Nigéria, e a “velocidade de cruzeiro” no Egipto.
Relativamente ao ano passado, a Costa do Marfim saiu da lista devido "às novas pressões orçamentais e à mudança da dinâmica política, mas Angola e Gana continuam solidamente na lista dos favoritos para este ano, que têm também duas apostas em localizações talvez mais “arriscadas”, concluem os analistas, referindo-se a Moçambique, Etiópia e Mauritânia. (Carta)