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Actualizado de Segunda a Sexta

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Economia e Negócios

quinta-feira, 17 janeiro 2019 06:24

Um “elefante branco” na baixa de Maputo?

Construído propositadamente para ser usado por funcionários do Banco de Moçambique, o silo de estacionamento de automóveis, situado no prédio adjacente à (recém-inaugurada) sede daquela instituição, na baixa da cidade de Maputo, até ao momento aparenta ser um “elefante branco”.  Muito dinheiro foi investido naquele edifício com mais de 15 andares.

 

No entanto, constata-se que os bancários continuam a estacionar as suas viaturas na Av. 25 de Setembro e arredores, já para não falar nos passeios públicos, o que não deixa de causar estranheza aos automobilistas que se deslocam àquela zona da urbe e não encontram lugar para parquear os seus veículos. A pergunta óbvia que se coloca é: o que se passa com o silo? Porque é que se gastou tanto dinheiro se aquele edifício afinal não aliviou o congestionamento na baixa da cidade?



“Carta” contactou o BM, nomeadamente o seu responsável pela área de infra-estruturas, que nos informou que o silo continua encerrado porque neste momento ainda decorre o (processo do) concurso para se apurar uma empresa que será responsável por fazer o seguro do edifício em questão.  Tais trâmites, em princípio, só deverão ter o seu término no final deste mês. De referir que, pese embora tenha sido oficialmente “inaugurado”, o silo do BM passou, primeiro, por um processo de licenciamento junto às autoridades municipais da cidade de Maputo, e depois, por uma vistoria do SENSAP.   Esta terceira fase contempla o referido processo do seguro do imóvel. (H.L.)

quinta-feira, 17 janeiro 2019 06:06

Extinto Nosso Banco vai pagar aos credores

A Comissão Liquidatária do extinto Nosso Banco anunciou que vai iniciar o processo de pagamento aos seus credores, no âmbito do trabalho de liquidação que está a levar a cabo. No comunicado emitido por aquela entidade, consta que o valor que vai permitir que tais desembolsos sejam efectuados resulta das cobranças aos mutuários, da venda – por concurso público – de activos tangíveis, da venda da parte de carteira de crédito e da execução de garantias reais e de empréstimos.

 

De acordo com o documento, os pagamentos a serem feitos por transferência para a conta dos beneficiários decorrem até o próximo dia 5 de Fevereiro do ano em curso. Para o efeito, os credores deverão indicar por escrito o nome do banco, número de conta e o NIB, com a respectiva confirmação da titularidade da conta por parte do banco receptor. (Carta) 

De 22 de Novembro último a esta parte, é a terceira vez que são flagradas actividades de exploração ilegal de recursos florestais na concessão da empresa EDN (Edson, Dylka  & Neurice, Lda), no Parque Nacional da Gorongosa (PNG). Trata-se de uma área que está claramente a ser destruída, sem qualquer controlo por parte daquele concessionário. O último episódio aconteceu no passado sábado. Por volta das 15 horas, uma equipa da fiscalização do PNG, através de uma patrulha de rotina, flagrou 3 pessoas a transportar 80 pranchas de madeira da espécie Chanfuta (Afzelia Quanzensis) dentro da área de concessão da empresa EDN, situada na zona tampão. Esta situação deu-se na localidade de Muziwangunguni, distrito de Gorongosa.  

 

As 80 pranchas foram carregadas num atrelado acoplado a um tractor pertencente a uma cooperativa agrícola denominada Kurima Kunapedza, sediada em Gorongosa. Dos três cidadãos detidos, um era o motorista do tractor, outro o seu ajudante e o terceiro o "dono" das pranchas.  Todo o material e a mercadoria confiscadas e entregues e deixadas à guarda da Procuradoria de Gorongosa. De acordo com fontes de “Carta”, o tractor não tinha nenhuma documentação, mas apenas o timbre da cooperativa em questão. (Carta)

A Importadora Moçambicana de Petróleos (IMOPETRO) abriu ontem em Maputo um concurso internacional para selecionar uma nova empresa que vai fornecer ao país – nos próximos seis meses, (a partir de Fevereiro) –  Gás de Petróleo Liquefeito (GPL), vulgo gás de cozinha, a partir dos portos de Maputo e Beira. No concurso, participam quatro empresas, nomeadamente a Goegas, Glencore, Petredec e Sahara, as quais apresentaram ontem as suas propostas financeiras. Nos documentos apresentados, a Petredec propõe-se importar uma tonelada métrica de GPL a um preço premium  (custo de transporte e seguros) de 115 USD, a Goegas a 112 USD, a Sahara a 105 USD e a Glencore a 72 USD. A empresa vencedora do concurso será seleccionada nos próximos 30 dias.

 

Após a adjudicação, a empresa seleccionada deverá fornecer 25 mil toneladas métricas de GPL durante seis meses, distribuindo-as em Maputo e na Beira. Esta quantidade representa um aumento de 5 mil toneladas métricas de GPL, em comparação com a quantidade fornecida actualmente pela empresa Addax Petroleum, uma subsidiária do Sinopec Group. Sérgio Mulhovo, Director Finaceiro da IMOPETRO, explicou que a rescisão com a ADDAX Petroleum deve-se ao facto de o contrato ter terminado e a participação de novas empresas visa evitar que se monopolize o negócio, dando deste modo oportunidade a outros fornecedores. (Evaristo Chilingue)

A produção de grafite na concessão de Balama, norte de Moçambique, atingiu 104 mil toneladas em 2018, tendo no quarto trimestre sido de 33 mil toneladas, informou segunda-feira a empresa australiana Syrah Resources. A empresa informou ainda que a taxa média de recuperação de grafite no quarto trimestre foi de 70%, contra uma taxa média de 53% no trimestre anterior.

 

A Syrah Resources acrescentou num comunicado que pormenores adicionais do desempenho registado no quarto trimestre de 2018 serão divulgados no próximo relatório trimestral de actividades, a ser divulgado dia 30 de Janeiro corrente.

 

Em Dezembro de 2018, a empresa australiana anunciou ter assinado um contrato vinculativo com a chinesa Qingdao Langruite Graphite para fornecer 48 mil toneladas de grafite a extrair na mina de Balama.

 

A Langruite Graphite, com sede em Shandong, é uma empresa relacionada com a Qingdao Guangxing Electronic Materials, com a qual a Syrah Resources efectuou negócios à vista no ano passado. A Syrah Resources anunciou em Novembro ter assinado um contrato de venda de grafite com a empresa chinesa Qingdao Freyr Graphite Co., Ltd.

 

A Syrah Resources está envolvida num projecto de extracção de grafite em Balama, Cabo Delgado, norte de Moçambique, cuja produção é geralmente exportada através do porto de Nacala, na província de Nampula. (Macauhub)

terça-feira, 15 janeiro 2019 05:54

Calor intenso matou 35 mil pintos em Maputo

O calor intenso que se fez sentir no último sábado (12 de Janeiro), que variou entre 39 a 42 graus, na zona sul do país, causou um prejuízo inédito aos avicultores. De acordo com a Presidente da Associação dos Avicultores de Maputo, Fátima Mussagy, 35 mil pintos com menos de 20 dias morreram, o que afectou 40 dos quase 700 produtores que integram a referida associação. Para a fonte, esse prejuízo é estimado em 3.500.000 Mts, um valor que inclui o preço de aquisição de pintos de 1 dia e os insumos para o seu crescimento. 

 

"Esta ocorrência é, para nós, muito preocupante, pois nunca tínhamos registado um prejuízo igual", lamentou Fátima Mussagy, que também explicou que a morte dos pintos deveu-se ao facto de muitos avicultores estarem a repor a produção, após terem vendido grande parte dos seus frangos durante a quadra festiva.  Ela acrescentou que, por causa do calor intenso que se fez sentir nos últimos meses, vários avicultores suspenderam as suas actividades, para evitar os prejuízos. 

 

A presidente dos avicultores de Maputo disse que, para se reverter o cenário, o governo devia dar atenção à produção de frangos nacionais, criando condições para que os avicultores tenham acesso a crédito bancário para melhorar as condições dos seus aviários. Na opinião de Mussagy, cada avicultor necessitaria de mais de 1 milhão de Mts para “a remodelação dos aviários de modo a estarem equipados condições que evitem, no futuro, prejuízos por sobre-aquecimento”. (Evaristo Chilingue)