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Economia e Negócios

terça-feira, 08 janeiro 2019 04:41

Governo simplifica registo de empresas em Maputo

Desde o dia 2 de Janeiro do presente ano, todo processo de constituição de empresas na Cidade de Maputo passou a ser efectuado no Balcão de Atendimento Único (BAU), que assumiu as atribuições relevantes da Conservatória de Registos de Entidades Legais (CREL). Segundo um comunicado do Ministério da Industria e Comêrcio trata-se de uma medida administrativa que visa massificar o processo de registo e melhoria dos serviços a nível da Cidade de Maputo.

 

Em entrevista à “Carta” Lubélia Muiuane, Directora da CREL, disse que a medida visa simplificar e flexibilizar os esforços no processo de criação de empresas. Antes tinha se recorrer às duas instituições. Segundo a explicação de Muiuane, as empresas só irão recorrer à CREL quando for para aumentarem seu o capital. Entretanto, o projecto será implementado apenas na Cidade de Maputo, não havendo uma previsão de expansão para outras províncias. (Omardine Omar)

Foi totalmente reposto o fornecimento de electricidade nas províncias de Manica e Sofala, após o apagão ocorrido na última quarta-feira (02 de Janeiro), provocado pela queda de uma torre que liga a subestação de Matambo, em Tete, à de Chibata, em Manica,  disse hoje o Director de Transmissão Centro na EDM, Horácio Bive, em entrevista à “Carta”. Para o restabelecimento pleno de energia foi necessário implantar-se uma nova torre, de reserva. 

 

A reposição da corrente nas províncias afectadas aconteceu hoje pouco depois das 13 horas. De acordo com a fonte, o apagão levou a que a EDM restringisse o fornecimento de energia eléctrica, o que obrigou os clientes industriais a paralisar as actividades por causa da grande capacidade de consumo requerida. 

 

"Isto prejudicou de certa forma os nossos clientes, mas não podemos precisar o volume dos danos, pois é algo que só com tempo é possível avaliar", afirmou Horácio Bive. A fonte frisou que para garantir energia eléctrica, mesmo em capacidade reduzida durante os três dias do apagão, foi necessário recorrer à HCB, por via da linha que abastece o vizinho Zimbabwe. A nova torre implantada está orçada em 3 milhões de Meticais. (E.C.)

sexta-feira, 04 janeiro 2019 03:08

Ponta do Ouro transformada num “Texas”...?

Para os locais, é como se um furacão tivesse passado e devastado a Ponta do Ouro: fezes nas bermas das estradas, urina por todos os lados, preservativos usados e garrafas (partidas) atiradas para cá e para acolá. Foi este o lastimável rescaldo das festas de passagem do ano naquela idílica vila situada no Distrito de Matutuine –  Posto Administrativo de Zitundo.


Aquele que é o ponto mais a sul do país foi sempre tido como um paraíso inacessível para “o moçambicano normal”. Com praias paradisíacas e estâncias turísticas praticamente a cada esquina, a Ponta do Ouro vinha sendo, desde sempre, frequentada maioritariamente por cidadãos sul-africanos (com “pasta”). 
Os preços lá praticados – quer das hospedagens, quer da alimentação – foram sempre considerados proibitivos para a maioria do moçambicano comum.


Mas, mais do que isso, o que impedia muitos dos nossos compatriotas de visitar (pelo menos uma vez na vida) aquela “Meca do turismo e do lazer” eram as vias de acesso, a partir da capital do país. Para se chegar à Ponta do Ouro era necessário possuir-se uma viatura com tracção às quatro rodas (um 4x4).


Acontece, porém, que agora, com a inauguração da ponte e da auto-estrada que liga a capital àquele ponto do país, muita gente se desinibiu e começou a fazer-se à estrada rumo à vila. Foi o que aconteceu neste final do ano: milhares de cidadãos, provenientes da capital e não só, decidiram ir passar a quadra festiva na Ponta do Ouro… 
Se antes havia “só” o Bilene, agora temos também a Ponta do Ouro – foi o que certamente muitos pensaram…


Operadores turísticos desapontados


O que ocorreu, contudo, é que a grande maioria das pessoas que se fizeram àquela zona de lazer, provavelmente ciente dos preços que por ali se praticam, optou por levar o seu próprio “farnel” e as suas próprias bebidas, em “coleman”.O descanso – se é que houve – foi no interior das respectivas viaturas, ou mesmo nas douradas areias das belas praias.

Só que, como é sabido, não é só de “comida, bebida e dormida” que necessita o ser humano. Existe a higiene pessoal e as necessidades biológicas, de toda a espécie, que precisam de ser (satis)feitas…
E foi nesse contexto que os “forasteiros”, sem respeitar a normal “funcionamento” da vila, cometeram os excessos supracitados.

Se os agentes económicos já estavam agastados com o facto de as pessoas virem de Maputo com os seus próprios pertences – e nada gastarem nos seus estabelecimentos – mais ainda ficaram depois dos actos (quase) vândalos por estes praticados.


Como se não bastasse, de acordo com uma fonte por nós contactada, este ano o número de turistas sul-africanos que normalmente se faz à Ponta do Ouro pela fronteira de Kosi Bay reduziu consideravelmente…


Logo, para os agentes económicos a nova ponte e a auto-estrada – pelo menos no concernente a este fim-do-ano – constituiu uma espécie de “azar 2-in-1”.(Homero Lobo)

Moçambique terá de esperar até 2023 para alcançar um crescimento económico de 7,5%, taxa a que já esteve habituado no passado não muito distante, segundo as previsões do Economist Intelligence Unit (EIU). No mais recente relatório sobre o país, que abrange o período entre 2018 e 2023, o EIU antecipa uma progressão suave da taxa de crescimento, que de 5,0% em 2022 aumenta 2,5 pontos percentuais no ano seguinte, em que se prevê o início das exploração de grandes depósitos de gás natural. Se para 2018 a EIU antecipa um crescimento de 3,5%, no ano seguinte deverá ocorrer uma pequena contracção para 3,4%, empurrado pelo facto de os produtores agrícolas terem dificuldade em obter financiamento bem como à queda dos preços do carvão.

quinta-feira, 03 janeiro 2019 07:53

Plexus inicia produção de óleo alimentar em 2019

A empresa moçambicana Plexus vai iniciar em 2019 a produção de óleo alimentar a partir da semente de algodão numa unidade industrial no distrito de Montepuez, província de Cabo Delgado, informou a administradora distrital. Etelvina Fevereiro disse ao matutino “Notícias”, de Maputo, que a unidade de produção Plexus, que cultiva algodão e explora uma fábrica de descaroçamento na região, tem capacidade para produzir 16 500 litros de óleo por dia.

 

“A informação que recebemos dos gestores da fábrica foi de que a mesma vai empregar mais de 100 operários, todos nacionais, com uma produção onde por turno de 5500 litros, o que perfaz 16 500 litros por dia”, disse a administradora distrital. Além de óleo, que será, posteriormente, vendido às empresas de refinaria existentes no país, para uso doméstico, a mesma unidade vai produzir bagaço para ração animal para o mercado interno e externo. A província de Cabo Delgado produz, em média, cerca de 30 mil toneladas de algodão por ano nos distritos de Namuno, Balama, Montepuez, Ancuabe e Chiúre, que devido à falta de indústria têxtil na província é exportado para mercados externos. (Macauhub)

quinta-feira, 03 janeiro 2019 05:35

Governo prepara perdão fiscal parcial às empresas

Um decreto prescrevendo um perdão fiscal às empresas está em vias de ser aprovado pelo executivo, revelou ontem Amélia Nakhare, Presidente da Autoridade Tributária (AT), numa entrevista à TVM. O decreto vai essencialmente estabelecer um perdão sobre os juros das dívidas fiscais, suas multas e taxas relativas à execução fiscal.